O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Antigamente, as ruas eram de terras, não tinha asfalto e os postes eram de madeira.
Muitas crianças gostavam de acompanhar o acendedor de lampiões. (Na verdade, em 1927, os
lampiões já tinham sido substituídos por lâmpadas, mas o nome do funcionário
continuou, acendedor de lampiões.)
Hoje, as modernas lâmpadas de mercúrio,
ou as lâmpadas comuns, se acendem automaticamente ao cair da tarde e se
apagam de manhã com o clarear do dia.
Mas antigamente não era assim. Os
automóveis funcionavam com luz a carbureto, bruxuleante, e a iluminação pública
era muito deficiente.
Os postes precisavam ser acesos, um a um, ao cair da
tarde, com operação inversa todas as manhãs.
A criançada acompanhava o funcionário da
prefeitura. Ele, com uma vara comprida, suspendia a chave de cada poste,
clareando um pedaço de rua.
As crianças acostumadas com isso, corria para o poste seguinte. Mais um jorro de
luz. Mais outro... mais outro.
Quando as crianças ficavam muito distante das suas casas e
não tinha permissão dos pais de irem além, já não se divisava mais o acendedor de
lampiões.
A sua imagem era engolida pelas sombras, e, de repente, mais um jato
de luz, e ia ficando um rastro luminoso por onde ele passava.
Muitos cristãos são exatamanete como um acendedor
de lampiões: Vão deixando um rasto luminoso por onde passam. Mas outros nem tanto...
"Vós sois a luz do mundo: não se pode
esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se
coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus"
(Mateus 5.14-16).
Nenhum comentário:
Postar um comentário