SOFRIMENTOS INCOMPREENDIDOS
"POR QUE O JUSTO MESMO ESTANDO SOBRE A PROTEÇÃO DE DEUS SOFRE TRIBULAÇÃO?"
O que devemos analisar de imediato é que a lei da semeadura e da colheita está em pleno vigor. A Palavra de Deus preceitua que tudo quanto o homem semear, isso também ceifará. Não raro, sofremos apenas a conseqüência de nossa imperícia.
Todavia, existem casos que desafiam e anulam essa justificativa. Então, surgem as perguntas:
"POR QUE SOFRE O JUSTO?"; "POR QUE O CRISTÃO, PROTEGIDO PELO AMOR DE DEUS, PADECE TRIBULAÇÕES?"; "POR QUE O ÍMPIO, QUE AMALDIÇOA E ESCARNECE DA DIVINDADE PARECE VENCER E PROSPERAR EM TODAS AS COISAS?;
"Como explicar que alguém no vértice de sua comunhão, com Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, se veja de repente soterrado pela adversidade, pela tragédia e pela destruição?"
Estas perguntas não são novas. Foram sempre a arma maliciosa e cruel que os céticos e materialistas usaram, e ainda usam, para ridicularizar e pôr em dúvida a confiança e a firmeza dos fiéis, ao se encontrarem falidos e desamparados. [...]
Ainda hoje prevalecem essas conjecturas. "Sofremos porque nossos pais pecaram" - dizem uns. "Sofremos - argumentam outros - porque nós mesmos pecamos em tempos remotos; pagamos dívidas antigas, a fim de evoluirmos espiritualmente."
Pergunta-se então ao próprio Cristo: "Terá o sofrimento caráter tão-somente negativo?"
Eis a resposta do Mestre Divino: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isso aconteceu para que se revelasse a glória de Deus". E para que coisa mais positiva do que revelar-se a glória de Deus entre os homens?
O grande enigma do sofrimento dos justos é nos impossível decifrar. [...]
De fato, temos de convir, quer queiramos ou não, que Deus não procede, em geral, e também neste caso, como nós gostaríamos que Ele agisse. Não é assim no mundo material, nem no espiritual. Os ter¬remotos e os tufões não são os seus meios ordinários, mas extraordinários.
A razão por que Deus permite certas coisas, encontra-se além das nossas conjeturas. Contudo, poderemos estudar suas obras na natureza, e acharemos que concordam com as obras da sua providência: Mt 6.25-32. "Deus tem a eternidade perante si", diz santo Agostinho, e "pode esperar". O seu tempo não é limitado como o do homem, que, se tem alguma coisa a fazer, quer fazê-lo logo, pois a noite vem. Porém, não é assim com Deus: Ele opera, em nosso pensar, deliberada, segura e irresistivelmente.
Não devemos contar os anos de Deus como contaríamos os poucos dias a nós reservados: "Não retarda o Senhor a sua promessa como alguns entendem". O nosso fraco alcance, a profundidade do infinito e a sua extensão, lembram que os juízos de Deus são muito profundos. Aprendamos, portanto, que quando Deus trabalha, ninguém pode impedir; contudo, Ele trabalha como o eterno Deus: Jo 13.7.
Extraído do Livro a bíblia responde - Casa Publicadora das Assembléias de Deus – CPAD
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