JESUS CRISTO
COMO UM HOMEM
Temos de perceber que Cristo é um homem. Ele carregou nossos
pecados como homem. Deus viu Cristo como homem e incluiu todos nós Nele.
Quando Deus julgou Cristo, Ele também nos julgou. Portanto,
Deus nos julgou em Cristo e também nos perdoou em Cristo. Esse perdão é
absolutamente justo.
Em 2 Coríntios 5:14 diz-se: "Julgando nós isto: um
morreu por todos, logo todos morreram." O "um", aqui, refere-se
a Cristo, e o "todos" refere-se a nós.
Quando Cristo morreu, todos nós morremos com Ele, porque
todos fomos incluídos Nele.
Da mesma maneira, se estamos em Cristo, quando Cristo passou
pelo julgamento, nós igualmente passamos. Sua morte tornou-se nossa terminação.
No versículo 21 do mesmo capítulo, lemos: "Àquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus”.
Aquele que não conheceu pecado novamente é Cristo. Ele foi
feito pecado por nossa causa. Que significa "ser feito pecado?”
Significa que quando Cristo foi pregado' na cruz, Deus O
considerou como o pecado seu e meu. Ele considerou Cristo como um pedaço de
pecado representando toda a raça humana.
Quando Cristo morreu, o pecado foi removido e terminado de
maneira todo-inclusiva. Agora, todos nós que estamos Nele temos nossos pecados
terminados; nós nos tornamos a justiça de Deus em Cristo.
A Justiça de Deus para nos Perdoar
Por que aqui é dito "fôssemos feitos justiça de
Deus" em vez de "fôssemos feitos justos?” Qual é a diferença entre os
dois? Ser feito justo implica em termos feito uma boa obra, enquanto ser feito
justiça de Deus declara que o próprio Deus é justo.
Há uma grande diferença entre os dois. Deus não é um Deus
evasivo. Quando Ele perdoa, Ele o faz de maneira justa. Esse perdão justo é uma
declaração do Seu caráter justo.
A salvação de Deus é baseada no julgamento do Seu Filho. Nós
recebemos nosso perdão no Filho.
Propondo Jesus como Propiciação
Romanos 3:25-26 diz:
"A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para
manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a mani¬festação da sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificados daquele que tem fé
em Jesus." Essa porção da Escritura não é tão facilmente entendida.
Entretan¬to há dois pontos que necessitamos notar.
Deus estabeleceu Cristo como a propiciação. Na língua
original, a palavra "propiciação" significa
"propiciatório".
No Antigo Testamento, a arca da aliança era coberta por uma
tampa de ouro chamada propiciatório. A oração do homem passava por essa
cobertura para chegar a Deus, e a resposta de Deus passava pela mesma cobertura
para alcançar o homem.
Aquele era um lugar de reunião entre Deus e o homem. Agora,
Jesus tornou-se esse propiciatório. Ele é o ponto central entre Deus e o homem.
Agora ambos podem encontrar-se Nele, baseados no Seu sangue.
Jesus morreu por nós. Ele derramou Seu sangue e perdoou nossos pecados. Agora
Ele se tomou nosso propiciatório.
Antes de Jesus morrer, Deus deixou “impunes os pecados”.
Anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da
sua justiça no tempo presente". De Adão a Jesus, por mais de quatro mil
anos, um número incontável de pecados foram cometidos pelo homem. Embora Deus
os tenha deixado impunes, Ele não os deixou desaparecer.
Isso mostra a Sua justiça nos tempos antigos. No tempo
presente, Ele enviou Seu Filho, em quem somos justificados.
Essa justificação é, em si mesma, um ato justo. Há,
portanto, duas maneiras de Deus tratar com o mesmo problema. Primeiramente, Ele
deixou impunes os pecados anteriormente cometidos, dando a enten¬der que Jesus
viria; nisso Ele provou ser justo.
Em segundo lugar, Ele perdoa todos os pecados cometidos
agora, basean¬do-se no julgamento de Cristo; nisso Ele também manifesta-se
justo. Pela morte de Jesus, Deus tanto nos declarou sem pecado como declarou a
Si mesmo justo.
Watchman Nee
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