GRAÇA
Estude o contexto em II Coríntios 9:8-10, deveria ser a meta de todo cristão ter:
1) toda graça, abundando;
2) toda suficiência, em tudo;
3) uma abundância pra toda boa obra;
4) nossa semente multiplicando para que tenhamos mais para semear.
Tome isso pessoalmente. Este é o estado do cristianismo normal e maduro. É onde Deus quer que você ande. Ele tem recursos ilimitados, e não só não se importa em compartilhá-los com você, mas Ele se deleita nisso. Ele quer que você viva a mais frutífera, próspera vida possível de modo que você abençoe a muitos outros, e ser uma benção para outros será sempre a maior benção que podemos ter.
Agora temos que considerar isso como o fator base do que está estamos para caminhar, que é o fruto de nossa Terra Prometida. Isso é o que lemos
Novamente, todas essas coisas são achadas “Nele”. Todas essas são o fruto de habitar Nele.
Por exemplo, Ele não andou em “toda graça abundante”? Ele não teve “toda suficiência em tudo”? Ele não teve “abundância em toda boa obra”? Sua semente não multiplicou em muito mais sementes para semear?
Ainda, Ele não teve sua própria casa, e algumas vezes não tinha nem uma moeda no Seu bolso. Ele não precisou dessas coisas porque Ele era capaz de trazer os recursos do céu a qualquer momento em qualquer lugar.
O Senhor não teve que ser rico nas riquezas terrenas porque Ele tinha riquezas maiores.
Riquezas celestiais podem ser convertidas em riquezas terrenas a qualquer momento, mas o reverso não é verdade. Isso não significa que nós não usaremos riquezas para o propósito do reino; elas nunca podem se tornar riquezas celestes – serão sempre naturais.
Contudo, como cobrimos repetidamente, temos que ser fiéis nas riquezas terrenas antes de sermos confiados às celestiais.
O que você gostaria de ter – o dinheiro para alimentar cinco mil ou a autoridade transformar uns peixes e pães em suficiente para alimentar cinco mil?
Porque precisamos aprender a sermos fiéis com as “riquezas injustas” antes de sermos confiados com as reais riquezas do reino, nós precisamos abraçar e sermos gratos pelo dinheiro quando o tivermos para fazer o bem.
Nossos corações devem estar no Reino de Deus e andar em Sua autoridade e recursos, que são ilimitados e são ainda mais que “todas as coisas”.
Por isso temos que focar nossas mentes em ter como meta habitar Nele. Nós somente temos verdadeira autoridade espiritual na mesma proporção que habitamos no Rei. Então, basicamente, como iremos “crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”? (Efésios 4:15).
O próximo verso, Efésios 4:16 nos diz: “do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor”.
A real vida de igreja, da forma que foi projetada para ser, é o que nos habilita a crescer realisticamente em Cristo.
Estima-se agora que a maioria dos cristãos não está vitalmente envolvida na igreja local. Isso também deve ser considerado com um a razão primária pela qual a maioria dos cristãos continua fraca, derrotada, e geralmente manifestando o oposto ao fruto e poder do Espírito.
É por isso que muitos caem em armadilhas, enganos, e doutrinas de demônios – alguns até se afastam completamente de Cristo. A vida da igreja não é uma opção para o verdadeiro cristão – é essencial!
Já ouvi todas as formas de desculpas de cristãos por não serem parte de uma igreja local, desde o engano de que suas famílias são suas igrejas (se isso fosse verdade, por que o Senhor instituiria a igreja, uma vez que já se tinha famílias), até declarações como “Eu amo o Senhor, eu apenas não gosto de Seu povo”, o que as escrituras refutam como não sendo possível. É garantido, a vida de igreja é geralmente muito difícil, mas é para ser.
E também contém o potencial para ser a maior fonte de benção que podemos imaginar.
Sem todas as maravilhas, amor, empolgação, irritação, frustrações, desapontamentos, chateações, e tentativas e vitórias que são abundantes na vida de uma igreja local, nós simplesmente não amadureceríamos
Quando houve apenas dois irmãos na Terra eles não podiam andar juntos. Isso foi por causa do egoísmo que entrou na humanidade quando seus pais comeram o fruto da árvore errada.
O primeiro resultado de comerem daquela árvore foi que “eles olharam para si...”. Isso os fez se cobrirem e esconderem. Nós temos feito essas três coisas desde então, sendo egocêntricos, tentando prover nossa própria cobertura e retidão, e se escondendo com as múltiplas fachadas que a maioria das pessoas usa. Verdadeira libertação do resultado da Queda vem ao sermos libertos do egocentrismo, não tentando nos cobrir, mas aceitando o sacrifício de Cristo que cobre nosso pecado. Nós deveríamos parar de tentar esconder e sermos abertos e honestos com todos. Por isso que o verso que citamos em Efésios 4:15 começa com “falando a verdade em amor”[1].
Porque nós costumamos ter uma visão idealística de como a igreja deveria ser, e quando isso cai da nossa medida, é difícil não se desapontar ao ponto de querer abandoná-la. Sem dúvida, a igreja, da forma que o Senhor planejou para ser, é a maior instituição social na Terra. Contudo, nós precisamos ter nosso idealismo transformado na real visão de Deus, não em nossos próprios desejos. Há um processo requerido para isso, mas muitos não estão dispostos a irem através do deserto para chegar à Terra Prometida. Por essa razão eles, também, como a primeira geração de Israel a deixar o Egito, pereceram enquanto andavam em círculos, sem nunca realmente provarem o fruto da terra.
Como Paulo orou pelos crentes em Colossenses 2:2-3:
para
que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da
plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus -
Cristo,
no qual estão escondidos
todos os tesouros da sabedoria e da ciênciaAté que estejamos “unidos em amor”, nós simplesmente não teremos a “plenitude do conhecimento” ou o “pleno conhecimento do mistério de Deus”, o próprio Cristo. Ele é manifestado em Seu corpo, a igreja. Isso é o que Ele disse em Mateus 23:39: “Pois eu vos declaro que desde agora de modo nenhum me vereis, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor!” Após Sua crucificação, ressurreição e ascensão não podemos vê-Lo a menos que O vejamos naqueles que Ele envia, Seu povo.
Não é uma tarefa fácil, mas é requerida se nós queremos andar em Sua autoridade e portar Seu fruto. Para vê-Lo naqueles que Ele envia geralmente requer ver passar muitas coisas que não são Ele. Por isso que até o grande apóstolo Paulo reconheceu que “sua carne era uma tentação” para os Gálatas, mas eles o receberam como se ele fosse um anjo de Deus (veja Gálatas 4:14).
Nós não O veremos em outros até que paremos de buscar as falhas e comecemos a buscar por Ele em Seu povo. Isso não significa desconsiderarmos os problemas e não tentar corrigi-los, mas fazendo com fé a partir da perspectiva positiva e não da perspectiva negativa da dúvida.
Primeiro mantenha em mente que a igreja é para o Senhor, não para nós. Nossa principal dedicação deveria ser buscar o lugar e o povo onde Ele quer habitar, não apenas o que atrairá pessoas.
Ele escolheu alguns dos mais improváveis líderes para Sua igreja – eles ainda estavam perguntando quem era o maior bem antes de Sua crucificação e então se dispersaram Dele quando Ele mais precisou de Seus amigos. Vamos encarar os fatos; os apóstolos originais eram umas figuras. Como poderia alguém colocar sua confiança neles, muito menos o Senhor? A razão por que Ele confiou neles foi porque Sua confiança estava no Espírito Santo, não neles, assim como a nossa deveria ser também.
No início diz que o Espírito Santo movia sobre o que era “sem forma e vazia” (Gênesis 1:2) ou como algumas traduções dizem, Ele se movia sobre “o caos”.
Parece que Ele ainda gosta de pegar o que parece um caos e fazer uma linda criação a partir disso. No processo de amadurecimento de toda igreja existirão tempos em que parecerá que está exatamente como somos, mas será uma das melhores oportunidades par o Espírito Santo mover-se! Precisamos ver cada problema, até se for algo que aparenta ser um caos, com uma oportunidade para o Espírito Santo, e nos erguermos com a expectativa do ver que grande coisa Ele fará.
Amamos ver milagres, mas poucos querem se por na situação onde precisariam de um. Nem um dos apóstolos do Senhor era qualificado para essa grande tarefa. Foi em suas fraquezas que Sua força foi aperfeiçoada. Foi o que faltava neles que fez deles ainda mais dependentes do Espírito Santo.
Queremos autoridade perfeita antes de nos submetermos a ela, mas se nós rejeitarmos a autoridade que o Senhor nos envia, a despeito da condição que estivermos, estaremos rejeitando a Ele. De fato o real teste que separará as ovelhas dos bodes será a habilidade de vê-Lo nos menores de Seu povo e tratá-los com Seu povo. Esse é o porquê Moisés explicou a Israel que se eles rejeitassem a ele, eles estariam rejeitando o Senhor. Moisés não estava dizendo ser perfeito, mas ele era o que Deus havia enviado a eles. Logo se você rejeita o mensageiro, você rejeita Aquele que o enviou.
Se de fato queremos
crescer em logo em Cristo, quanto mais difícil for a vida na igreja, melhor
será. Cada problema é uma oportunidade de crescer em amor, paciência, paz, etc.
Não crescemos em amor se somente amarmos os que nos amam. Para crescer em amor
temos que aprender a amar não-amável, e então até aprender a amar nossos
inimigos.
Como fomos exortados em Hebreus 6:11-12: “E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo
zelo até o fim, para completa certeza da esperança; para que não vos torneis
indolentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as
promessas”.
1) toda graça, abundando;
2) toda suficiência, em tudo;
3) uma abundância pra toda boa obra;
4) nossa semente multiplicando para que tenhamos mais para semear;
Não se conforme com nada menos que isso na sua vida. Esse é seu chamado e sua herança.
Rick Joyner*
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