Certo juiz, conhecido por sua retidão e justiça em
todas as sentenças proferidas, um dia encontrou-se numa situação difícil. A ele
foi dado o julgamento de sua própria esposa, por quem, todos sabiam, tinha um
profundo amor, mas que, pelo que fizera, poderia ser condenada à morte.
O julgamento foi longo, as provas eram evidentes e
as testemunhas de acusação, incontestáveis.
Após um longo processo, o grande dia chegou. A sala
do julgamento estava lotada, com clima tenso e profundo silêncio. Fitando os
olhos em sua amada, o juiz ergueu-se e de maneira firme e resoluta, com
lágrimas, proferiu:
- Declaro a ré culpada e a sentencio à pena máxima,
à pena de morte...
Espanto geral, logo substituído por outro ainda
maior quando ele, saindo de onde estava, despe-se de sua toga, coloca-se ao
lado de sua esposa e declara:
- ... e determino que eu morra em seu lugar.
Essa história é impossível na justiça humana, mas
ilustra exatamente o que aconteceu com o Senhor Jesus quando morreu por nós na
cruz. Ali vemos, ao mesmo tempo, a plenitude da justiça e do amor de Deus
(Salmo 89:14), portanto, Ele jamais poderia deixar de ser justo. Todavia, este
mesmo Deus é amor (1 João 4:16) e Seu amor foi provado pelo fato de Cristo ter
morrido por nós (Romanos 5:8), atendendo às exigências da Sua própria justiça
para nós, as quais somente Ele poderia atender. Não há como entender plenamente
isso. Apenas somos constrangidos a entregar-nos totalmente a Ele!
(Extraído do Livro: Em Tudo Uma Lição... - Água da
Vida. Ed. Árvore da
Vida)
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