sexta-feira, 16 de outubro de 2015

IGREJA, O QUE É ISTO?

Igreja ideal x Igreja real

A Igreja ideal, traçada nas Sagradas Escrituras, é uma igreja unida, onde todos vivem em união e no compartilhar do pão, onde ninguém critica ninguém, mas todos trabalham, levando o evangelho ao maior número possível de pessoas.

A igreja ideal é adoradora e intercessora, é atuante por parte de todos os seus membros, não havendo ninguém ocioso ou preferindo a neutralidade e isentar-se de responsabilidade.

Todos fazem, trabalham e não dão trabalho. A igreja ideal é aquela onde todos são santos e já foram curados de todas as enfermidades espirituais, não havendo mais lugar para rancor, ódio, raiz de amargura, inveja, ciúmes, angústia, depressão, desrespeito, etc.

A igreja ideal é submissa a uma liderança participativa, atuante, amiga e transmissora de poder e unção. Esta é a igreja ideal! Mas há a igreja real, a igreja de hoje, a igreja visível, palpável, terrestre, a igreja onde vivemos, sentimos, percebemos e amamos, a igreja real... Por sua vez, esta é composta de pessoas feridas, machucadas, tomadas de angústias, com feridas profundas, precisando de tratamento, de cura, de libertação.

Na igreja real há críticas, discórdias, entre tantas outras cousas. Há pessoas que se tornaram semelhantes ao mar morto - só recebem, mas nunca dão, nunca compartilham. Pessoas que se esquecem facilmente dos benefícios recebidos, ficando apenas em sua lembrança o que não foi feito - ignorando assim os feitos realizados. Esta é a igreja real! Sem utopias, quimeras, é a igreja vista com os pés no chão.

É esta a igreja que está sendo lapidada, moldada, restaurada, santificada, renovada, revigorada a cada dia pelo Senhor Jesus na atuação do Espírito Santo de Deus. É esta a igreja que devemos amar, honrar, vestir a sua camisa, gastar nosso tempo e nossos talentos, nossa vida, tudo quanto temos e somos, para apresentá-la um dia diante do Senhor da seara. É esta a Igreja onde Deus nos tem colocado, e irá usar-nos para Sua Glória.

Somente quando obtivermos a visão da Igreja real, estaremos aptos para trabalhar nela, amando-a e respeitando-a apesar de suas falhas. Devemos aprender que ninguém é perfeito, que não há lares perfeitos, famílias perfeitas, igrejas perfeitas, líderes perfeitos; há sim, pessoas em busca da perfeição, que estão se aperfeiçoando a cada dia, mas que ainda não alcançaram seu perfeito objetivo.

Pela inspiração divina, esperamos que essas palavras sirvam para nos ensinar a amar mais a nossa Igreja, tolerando mais os fracos e trabalhando com muito amor e sem críticas com aqueles que tanto carecem de nossas orações.

Há sim, a Igreja dos nossos sonhos, dos nossos projetos irrealizáveis, mas há também a Igreja real, que precisa de nós, de nossas orações, nossa colaboração, aceitação, amor, tolerância e, acima de tudo, que quer agir como o Senhor Jesus agiu quando, entre nós, realizou o Seu ministério terreno.





domingo, 11 de outubro de 2015

FÉ- DEPENDE DAS MÃOS QUE O SEGURAM



FÉ- DEPENDE DAS MÃOS QUE O SEGURAM

Uma bola de basquete hoje em minhas mãos, vale uns R$ 80,00. Uma bola de basquete nas mãos do Oscar, valia mais de R$ 200,00. Depende das mãos que a seguram.

 Uma bola de vôlei nas minhas mãos hoje vale uns R$ 70,00. Uma bola de vôlei nas mãos do Tande a algum tempo atrás valia mais de R$ 150,00.

 Depende das mãos que a seguram. Uma raquete de tênis em minhas mãos não tem uso algum. Uma raquete de tênis nas Mãos do Guga o tornou o nº 1 do mundo. 

Depende das mãos que a seguram. 

Uma vara nas minhas mãos serve para espantar animais Uma vara nas mãos de Moisés abriu o Mar Vermelho Depende das mãos que a seguram. 

Um estilingue nas minhas mãos é um brinquedo. Um estilingue nas mãos de Davi se tornou uma arma poderosa para derrubar gigantes. 

Depende das mãos que a seguram. 

Dois peixes e cinco pães em minhas mãos se tornarão alguns sanduíches. Dois peixes e cinco pães nas mãos de Jesus podem alimentar multidões. 

Depende das mãos que a seguram. 

Pregos em minhas mãos podem significar a construção de uma casa. Pregos nas mãos de Jesus significam a salvação do mundo inteiro. 

Depende das mãos que a seguram. 

Como você pode concluir, tudo depende de ... em qual mão está ou estão as coisas. 

Então coloque suas preocupações, ansiedades, traumas, interesses, temores, anseios, sonhos, sua família, e seus relacionamentos nas mãos de Deus e verá a diferença !

Dependa de Deus, pois ele dá uma medida de fé para cada um, e cada um cresce com as experiências da vida, e se dependermos de Deus estamos seguros em Sua Mão 

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Efésios 2:8,9)


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A CASA TODA QUEIMADA



A CASA TODA QUEIMADA

Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. 

Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço construiu uma casinha para ele.Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. 

Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:- Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar por completo. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:- Vamos rapaz?Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:- Vamos rapaz, nós viemos te buscar...

- Mas como é possível? 

Como vocês souberam que eu estava aqui?- Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.


MORAL DA HISTÓRIA - Nem sempre vamos entender o modo como nosso Criador, Jeová, age em nosso favor, mas podemos confiar que Ele está sempre visando nossos melhores interesses, não só nesse sistema, mas pra eternidade!

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sábado, 3 de outubro de 2015

O CASAMENTO E O FACEBOOK



CASAMENTO NA ERA DO FACEBOOK

"Novos desafios, como, por exemplo, a internet, as redes sociais, as tecnologias de comunicação como WHATSAP, SMS e MSN, TWITER a proliferação da pornografia, a cultura anti-casamento, a facilitação do divórcio e o avanço da mulher na sociedade são apenas alguns fenômenos recentes que afetam os casais no século 21. 

E muitos não estão preparados para lidar com esses novos desafios. Os casais de hoje estão enfrentando uma nova realidade, um mundo que seus pais não conheceram — aliás, nenhuma geração antes desta conheceu.
 
Pergunte à sua avó quais os sinais que ela procuraria para detectar se o marido estava tendo um caso, e provavelmente ela vai dizer que ficaria atenta a manchas de batom na roupa dele, cheiro de perfume de mulher, e coisas do tipo. 

Hoje em dia, trair o parceiro está muito mais fácil.

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, já é um dos maiores destruidores de lares na Grã-Bretanha. Segundo estudo divulgado pelo site especializado em divórcios Divorce-Online, o Facebook é citado como motivo de uma em cada três separações no país.
 
Cerca de 1.700 dos 5 mil casos mencionaram que mensagens inadequadas para pessoas do sexo oposto e comentários de ex-namoradas(os) no Facebook foram causas de problemas no casamento.
 
Em 2011, a Associação Americana dos Advogados Matrimoniais (American Academy of Matrimonial Lawyers) divulgou que o Facebook é citado em um de cada cinco divórcios.
 
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, foi lançada recentemente no Brasil uma rede social exclusiva para pessoas casadas que “vivem em um casamento sem sexo e querem encontrar outras pessoas na mesma situação”. 

Homens e mulheres comprometidos são o alvo do site, que facilita uma “maneira discreta de ter um caso”.
 
Em menos de seis meses, o site já tinha mais de trezentos mil usuários no país, fazendo do Brasil o segundo em número de usuários, atrás somente dos Estados Unidos, onde o site já existe há alguns anos. 

O site oferece conta de e-mail privada e cobrança por cartão de crédito que não aparece com nome suspeito no extrato — tudo para facilitar os encontros casuais para sexo, sem deixar vestígios para o parceiro traído. 

O slogan do site é: “O verdadeiro segredo para um casamento duradouro é a infidelidade.”
 
Chocante? Isso não é nada. 
Você sabe qual é o negócio que mais cresce no mundo, com um faturamento maior do que os de empresas como Google, Apple, Amazon, Netflix, e Bay, Microsoft e Yahoo — juntas? Chama-se pornografia. 

Em 2006, as rendas desta indústria foram de 97 bilhões de dólares. Mais filmes pornográficos são feitos no mundo do que de qualquer outro gênero, de longe. São em média 37 filmes por dia, ou mais de 13.500 por ano. 

O Brasil é o segundo maior produtor desses filmes, atrás dos EUA. Um estudo reportou que sete em cada dez homens de dezoito a 34 anos visitam sites pornográficos na internet. 

As mulheres também, outrora mais constrangidas com esse tipo de atividade, têm buscado cada vez mais a pornografia, muitas para tentar agradar o parceiro.
 
“Ah, mas graças a Deus somos cristãos e isso não nos afeta.” Não se precipite.
 
Uma pesquisa entre cristãos nos EUA revelou que 50% dos homens e 20% das mulheres na igreja eram viciados em pornografia. Outra pesquisa somente entre pastores revelou que 54% deles tinham visto pornografia nos últimos doze meses e 30% nos últimos trinta dias.
 
Quem está imune?"


(RETIRADO de uma parte do cap 1 do livro: Casamento blindado)

INTROVERTIDOS & EXTROVERTIDOS



INTROVERTIDOS & EXTROVERTIDOS 

Muitas pessoas fingem ser extrovertidas, na realidade são introvertidos disfarçados passam batidos em parquinhos, clubes, festas, igrejas, bairros, escolas e corredores de empresas. 

Alguns enganam até a si mesmos. Mesmo as pessoas mais improváveis
consideram-se introvertidas. Faz sentido que tantos introvertidos escondam-se até de si mesmos.

Vivemos em um sistema de valores que exalta a Extroversão — A crença de que o homem/mulher/jovem ideal, sente-se confortável sob a luz dos holofotes.

O típico extrovertido prefere a ação à contemplação, a tomada de riscos à cautela, a certeza à dúvida.

Ele prefere as decisões rápidas, mesmo correndo o risco de estar errado. Ela trabalha bem em equipes e socializa em grupos.

Gostamos de acreditar que prezamos a individualidade, mas muitas vezes admiramos um determinado tipo de indivíduo — o que fica sempre confortável sendo o centro das atenções.

É claro que permitimos que solitários com talento para a tecnologia que criam empresas em garagens tenham a personal idade que quiserem, mas esses são exceções, não a regra, e nossa tolerância estende-se principalmente àqueles que ficaram incrivelmente ricos ou que prometem fazê-lo.

Introversão — com suas companheiras sensibilidade, seriedade, insegurança e timidez — é, hoje, um traço de personalidade de segunda classe, classificada em algum lugar entre uma decepção e uma patologia.

A extroversão é um estilo de personalidade atraente ao extremo, mas a transformamos em um padrão opressivo que a maioria de nós acha que deve seguir.

O Ideal da Extroversão tem sido bem documentado em vários estudos, apesar de essa pesquisa nunca ter sido agrupada sob um único nome.

Pessoas loquazes, por exemplo, são avaliadas como mais espertas, mais bonitas, mais interessantes e mais desejáveis como amigos.

A velocidade do discurso conta tanto quanto o volume: colocamos aqueles que falam rápido como mai s competentes e simpáticos que aqueles que falam devagar.

A mesma dinâmica aplica-se a grupos, em que pesquisas mostram que os eloquentes são considerados mais inteligentes que os reticentes — apesar de não haver nenhuma correlação entre o dom do falatório e boas ideias.

Até a palavra “introvertido” ficou estigmatizada — qualquer estudo informal
mostra que os introvertidos são descritos como “exóticos” "desleixados", “inseguros", "relaxados", "desastrados" “desajeitados”.

Mas cometemos um erro grave ao abraçar o Ideal da Extroversão tão inconsequentemente.

Algumas das nossas maiores ideias, a arte, as invenções — desde a teoria da evolução até os girassóis de Van Gogh e os computadores pessoais — vieram de pessoas quietas e cerebrais que sabiam como se comunicar com seu mundo interior e os tesouros que lá seriam encontrados.

Sem introvertidos, o mundo não teria: A teoria da gravidade; A teoria da relatividade; “O segundo advento”, de W.B. Yeats; Os noturnos de Chopin Em busca do t empo perdi do, de Proust; Peter Pan; 1984 e A revolução dos bichos, de George Orwell; “O Gato do Chapéu”, do Dr. Seuss; Charlie Brown; A lista de Schindler, E.T. e Contatos imediatos de terceiro grau, os ótimos filmes de Steve Spielberg; O hoje famoso e poderoso "Google" ;até o Harry Potter;

Estes gênios, entre muitos outros criadores, que daria para fazer uma imensa lista eram e ainda são INTROVERTIDOS... Qual é o segredo deles?

*** escrito por SUSAN CAIN

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

OS LUGARES TORTUOSOS


OS LUGARES TORTUOSOS 
Há pessoas que são naturalmente fortes. Outras sofrem de timidez e fraquezas. Mas, há também aquelas cujas vidas têm sido emaranhadas pelo inimigo.
Em algum instante de suas vidas, provavelmente na infância, experimentaram algo devastador, que deixou uma cicatriz emocional em seu caráter.
Para algumas, isto pode ter sido abuso sexual ou estupro. Para outras, pode ter sido maus tratos físicos. Outros, ainda, foram psicologicamente traumatizados por contínuo abuso verbal e/ou rejeição.
O divórcio de seus pais, por exemplo, freqüentemente proporciona este tipo de devastação na personalidade das crianças.
Estas coisas e muitas outras deixam as pessoas que as experimentaram com um tipo de ponto de vista “tortuoso” da vida. Elas têm cicatrizes emocionais profundas.
Quando o curso normal da vida as põe em contato com estas danificadas áreas internas de sentimentos, elas fogem ou exibem reações peculiares.
Elas evitam qualquer situação que possa lhes lembrar destas experiências ou que lhes faça revivê-las outra vez.
Assiduamente, maridos, esposas ou outros ao redor desses pessoas, não conseguem entender porque eles reagem à vida, da maneira como o fazem. Essas são áreas danificadas através das quais Deus não pode Se mover.
Tais indivíduos usualmente não querem que Deus ou ninguém mais esteja mexendo com estas partes interiores. Freqüentemente, há uma grande dor associada àquilo que causou esta distorção psicológica.
Portanto, eles evitam qualquer transação pessoal, que possa tocá-los na área de dor. Suas vidas manifestam um tipo de comportamento enrolado e estranho. Ao invés de reagir normalmente às situações do dia a dia, muitas vezes enxergam nelas um perigo escondido.
Assim, pelo menos internamente, eles se fecham, voltando-se para se esconderem atrás de alguma barreira emocional frágil que erigiram em suas mentes e que, acham, irá protegê-los de mais dores.
Entretanto, isto não funciona. Vendo estas reações peculiares, aqueles que estão ao redor deles, com freqüência, são estimulados a fazer ou dizer as coisas exatas que irritam o ferimento. Tentando ajudá-los a se libertar destes estranhos modos, acabam por feri-los mais.
A solução de Deus para estes ferimentos profundos é trazê-los para a luz. Precisamos abrir nossas vidas para Jesus e deixá-Lo “ver” o que nos aconteceu.
Precisamos deixá-Lo tocar e curar nossos ferimentos mais profundos. Mais uma vez, a fé é requerida. Precisamos saber e confiar que Deus nos ama completamente e sem reservas. Precisamos crer que Ele nos tratará, com a mais tenra bondade.
Precisamos ter fé que, porque Ele nos fez, sabe como curar nossas feridas e que o fará com o mínimo de sofrimento.
A menos que sejamos capazes de abrir essas áreas de nossas vidas inteiramente a Ele, nunca poderemos experimentar Sua cura.
É absolutamente imperativo para nós, abrirmos totalmente cada “porta” interna a Ele, permitindo que veja tudo. Tudo o que aconteceu, tudo o que nos foi dito ou feito, todas as nossas dores e lágrimas devem ser colocados aos Seus pés. Deste modo, o Grande Médico virá, colocará Sua mão sobre você e o curará.
Em alguns casos, indivíduos feridos emocionalmente sepultaram tão profundamente sua ferida que mesmo suas próprias mentes “esqueceram” o que aconteceu.
Eles reprimem os sentimentos tão severamente – tornando-se um aleijado emocional, no processo – que encobrem completamente o que aconteceu. Isto pode ser especialmente verdadeiro em casos de estupro ou abuso sexual de criancinhas.
Mas, à medida que crescemos espiritualmente, e somos mais e mais íntimos de Jesus, Ele pode e vai trazer estas coisas à mente. Ele irá fazer brilhar Sua luz sobre elas. Não quero dizer que devemos tentar pensar ou imaginar que algo ocorreu, quando realmente não foi assim.
Apenas sei que, em Seu tempo e a Seu modo, Ele pode revelar “memórias esquecidas”, sepultadas, que estão impedindo nosso progresso espiritual.
Então, com Sua luz, Ele pode curar essa área para que Sua Vida possa fluir por meio de nós, de maneira nova.
Um segredo para a cura emocional é o perdão. Jesus pode nos capacitar a dar o perdão genuíno e profundo, para aqueles que nos machucaram.
Este é um fator extremamente importante no processo de cura. Quando somos capazes de perdoar aos outros, experimentamos uma libertação maravilhosa.
À Sua luz, podemos ver como aqueles que nos feriram eram apenas fantoches do inimigo de Deus. Podemos entender como eles também, talvez, sofreram coisas semelhantes e que, vivendo e agindo nas trevas, simplesmente foram instrumentos do diabo.
O perdão de Cristo pode inundar nossa alma e libertar a ambos, a nós e àqueles que nos feriram, da escravidão dos nossos próprios sentimentos. Este perdão sobrenatural abre caminho para a cura divina em nossas almas.
Após trazer tudo para a luz de Deus e, então, perdoar aos outros, há ainda um outro passo. Estes indivíduos feridos e emaranhados, precisam abrir estas áreas de suas vidas para Jesus preencher. Eles, como aqueles com vales de fraquezas e medos, precisam, pela fé, desejar pisar nestes territórios que antes eram apenas dor. Precisam, confiando na proteção de Jesus, acelerar os passos em obediência, para experimentá-Lo no que, talvez, fosse apenas uma “carne moída” emocional.
Eles precisam derrubar suas frágeis barreiras psicológicas protetoras, que erigiram em suas mentes; precisam parar de correr de relacionamentos íntimos e emocionais e começar a deixar a Vida de Jesus preencher essas áreas.
Precisam desejar deixá-Lo agir e reagir, deixá-Lo amar e ser amado. Apenas arriscando tudo e caminhando por fé nestas áreas emocionais feridas, alguém pode ser liberto e curado completamente.
Evitar tal abertura da alma somente causará mais dor a si mesmo e aos outros.
Através do perdão e do toque curador de Jesus, as áreas danificadas de nossas vidas, então, se tornam abertas para a Vida de Deus viver e morar dentro de nós. Talvez isto tome algum tempo, talvez mesmo alguns anos, nos abrindo para o nosso Curador. Não há regra aqui. Cada vida é diferente, e Jesus sabe o que é melhor.
Sem dúvida, com o tempo e fé, poderemos experimentar a nova Vida enchendo estas áreas feridas. Elas também podem ser usadas por Deus para manifestá-Lo. Os modos tortuosos podem se tornar retos, para que
Ele possa Se mover por meio de nós. Além disso, é através destas determinadas áreas onde somos atacados e feridos pelo diabo, usando outras pessoas, que podemos ter o impacto mais poderoso. Estas partes de nossas vidas, depois de terem sido curadas e preenchidas por Deus, tornam-se armas poderosas contra o maligno que tentou nos destruir. Certamente, “...até o aleijado levará sua presa” (Is 33:23 NVI).
escrito por David W. Dyer

CONVERSA COM O ESPELHO


Conversa com o espelho
Ricardo Gondim
No espelho, olhos nos olhos, reconheço três inimigos em minha alma. Eu os encaro e procuro desafiá-los. Sei, porém, que há tempo os três me espreitam. São adversários sorrateiros. Eles gostam de me assombrar nas esquinas onde aguardo o fim da madrugada insone. Crio coragem para chamá-los por seus nomes: fracasso, impotência e culpa.
Fracasso é sentimento, nunca constatação. Não é necessária uma derrota para alguém se sentir fracassado. O sentimento de fracasso vem do destreino de lidar com inadequações. Depois de décadas absorvendo o discurso de perfeição, confesso acometido, vez ou outra,  pela sensação de derrota. Nesses episódios, minha fraqueza parece maior do que realmente é. Sem conseguir flechar alvos na mosca, me sinto fustigado por cobranças imateriais e o peso dos erros pesa como um fiasco monumental. Somem-se ainda as demandas religiosas, as pressões culturais e eu, como qualquer outro, me flagro arfando por compreensão. Me fadigo só de pensar que devo dissimular as minhas inaptidões. O sujeito que me encara de dentro do espelho tem rugas profundas – e eu sei o porquê.
Me confesso calouro. Desafino a melodia da vida. Não consigo sair das divisões de base para ser escalado no time profissional. Piso na bola. Perco gols embaixo da trave. Muitas vezes me enrosquei em pecadilhos bobos por superestimar a minha capacidade de sair de enroscos. Me ensinaram que os erros passados tendem a retornar como um bumerangue. Agora sei que essas ameaças objetivam manter as pessoas bem comportadas. Digo ao homem que me espia de dentro do espelho que se transgredi alguma lei eterna, e se ofendi a divindade, espero mais por uma misericórdia infinita do que por uma justiça pontual.
Se me entrevistam sobre convicções, gaguejo. Busco fazer um caminho próprio, mas tropeço em meus cadarços frouxos. Obrigado a ouvir quase diariamente discursos doutrinariamente corretos, sinto não caber na roda onde sentam os mestres da ortodoxia. Não quero ser apologético. Como não alcancei galgar os degraus mais altos da piedade, também não almejo a cátedra de Moisés.
Ouço pregadores da culpa, especialistas em conscientizar os outros sobre as exigências divinas, e só tenho desdém. Quanto mais esbravejam menos consigo entender os motivos que levam as pessoas a frequentar uma religião que os constrange e os massacra.
Em minha exaustão, diante do espelho, despedaço o ícone que tentaram forjar em mim. Não alimento mitos ilusórios. Aconselho a minha alma a permanecer comum. Lembro a mim mesmo que máscaras podem grudar na cara da gente; e mesmo sozinho, eu não conseguiria me desvencilhar delas.
Os anos correm velozes. Agora, mais do que nunca, me vejo obrigado a admitir: não sou onipotente. Devo me despir da obrigatoriedade de desempenhar como os messias – ainda não aprendi a decretar milagre com a eficiência dos sacerdotes mais ungidos.
A propaganda sobre poder espiritual não me fascina. Na verdade, quero fugir da tentação de encabrestar a vida. Argumentei, preguei e ensinei em auditórios grandes, pequenos, ricos, pobres, eruditos e simples. Depois de tudo, tenho que admitir: muito dos meus argumentos jazem no esquecimento das pessoas. Meus ouvintes guardaram apenas o que lhes convinha. Para muitos, falhei em comunicar o que eu valorizei tanto.
Nunca me imaginei genial. Nenhum conhecimento me chegou fácil. Aprendi devagar. Fui obrigado a ler o dobro para aprender um mínimo. Não decoro. Esqueço rápido o que acabei de estudar. Os inúmero volumes que devorei não ajudaram a me tornar perspicaz. Agora me aproximo do fim. Minha capacidade de atinar para além das fronteiras do pensamento chega, perigosamente, perto do limite.
Sofri porque fui bronco, um teimoso quando devia antecipar incidentes. Houve ocasião em que fui ingênuo. Eu não soube proteger as costas de conspirações insidiosas. Quase adoeci quando invejosos tentaram me destruir. Não intui, e fatos cruéis me assustaram.
Depois que enfrento os meus três grandes inimigos – fracasso, impotência e culpa – , faço as pazes comigo mesmo. Questiono quem subiu o sarrafo existencial tão alto e digo que é falsa a ideia de que podemos controlar todas as variáveis da existência. Repito: se culpa tem algum efeito terapêutico, ela deve ser passageira; caso permita que ela se enraíze em mim, me arraso em autocomiseração.
Não preciso ser campeão em nada. Celebro a minha identidade sem precisar me explicar e o meu dia sem atender ao imperativo de quem me quer perfeito. Ergo a cabeça. O meu valor não depende de cumprir roteiro que outros rabiscam em meu nome. Pisoteio, assim, o fantasma do fracasso. Todavia, não esqueço: o demônio da vaidade me acena em cada fôlego. Preciso saber lidar com ele. Neste diálogo tenso comigo mesmo, sigo adiante sem esquecer de elogiar essa esquisitice chamada vida.
Soli Deo Gloria

Fontes de Sabedoria

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