domingo, 1 de março de 2015

A ESPERANÇA



A ESPERANÇA

 “Estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15).

O século 20 começou em tom de grande otimismo. Desde o início da Era do Iluminismo, o otimismo dominava o modo de pensar do mundo ocidental. 

Como seres humanos, podíamos não só descobrir toda a verdade usando a razão, mas também éramos capazes de ostentar perfeição moral. 

Novas invenções, novos meios de transporte, o aumento dramático do conhecimento médico, a introdução de novas máquinas e o firme avanço da moralidade humana melhorariam a vida de todos. 

Mas, depois de duas guerras mundiais, o holocausto, a ameaça nuclear da Guerra Fria e o terrorismo mundial como perigo sempre real, juntamente com a percepção de que a humanidade está em processo de destruição do ambiente de que precisa para a sobrevivência humana, restaram poucos motivos para otimismo.

Porém, existe esperança, não no que vemos nem no que podemos fazer, mas no que Deus prometeu em Jesus, Seu Filho.

Para os seguidores de Cristo, eles podem ter esperança mesmo em meio a um mundo que de si mesmo nada oferece. 

E isso porque essa esperança não está baseada em nós mesmos nem em qualquer coisa que nós ou o mundo possamos oferecer. Essa esperança está fundada somente em Jesus e em Suas promessas para nós.

Esperança neste nosso mundo

Depois de 11 de setembro de 2001, a vida mudou muito. As pessoas se lembrarão para sempre da imagem de aviões voando em direção às Torres Gêmeas do World Trade Center. Todos percebemos que isso pode acontecer novamente. 

Não existe maneira de estar completamente protegidos de pessoas que estejam preparadas para morrer utilizando como bomba voadora um avião lotado de homens, mulheres e crianças ou estejam dispostas a explodir-se em um ponto de ônibus ou em um supermercado. 

Há medo em todos os lugares e, considerando o mundo em que vivemos, esse medo é compreensível.

O que Jesus destacou como uma das características do tempo do fim? 

Lucas 21:25, 26

“A transgressão quase alcançou seus limites. A confusão enche o mundo, e breve cairá grande terror sobre os seres humanos. O fim está mui perto. O povo de Deus deve se preparar para o que está prestes a sobrevir ao mundo como avassaladora surpresa” 

Nosso mundo está envolto em guerra, corrupção, cobiça e terror. E sabemos que muitas coisas desagradáveis ainda acontecerão no futuro – no mundo, e até mesmo na igreja! 

Mas seja o que for que aconteça, temos esperança em Jesus. Pode haver angústia entre as nações. As pessoas podem até desmaiar de terror – “pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo” (Lucas 21:26) – mas não será assim para os que estão aguardando o Senhor Jesus. 

Nenhuma dessas coisas terríveis devem nos causar surpresa. Afinal, a Bíblia nos advertiu a todos em suas páginas de que devemos esperar labutas, sofrimento e infortúnios até que Jesus volte. 

O fato de que vemos essas coisas só deve confirmar a veracidade da Palavra de Deus.

Que esperança Jesus nos oferece em meio a todo o tumulto e terror do mundo? 

Lucas 21:28

Por que é tão inútil e vazio colocar a esperança neste mundo e no que ele oferece? Por que tendemos a fazer isso, embora seja óbvio que, se quisermos ter alguma esperança, deve ser algo que transcenda qualquer coisa que este mundo possa dar?

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

O AMOR

O Amor

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13).

Não deixa de ser natural que uma IMPORTANTE lição das Escrituras que trata dos conceitos-chave da fé cristã comece com o assunto do amor. 

É DIFÍCIL AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO - só amamos de verdade quando descobrimos que Jesus Cristo nos amou primeiro


No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.   (1 João 4:18-21)
O apóstolo Paulo assinala que por mais que sejam importantes a fé, esperança e outros elementos do cristianismo, tudo começa com o amor. Sem amor, como ele disse, não somos “nada” (1Corintios 13:2).
Cerca de cinco sé­­culos antes do nascimento de Cristo, o filósofo grego Sófocles disse: 
“Uma palavra nos livra de todo o peso e dor da vida. Essa palavra é o amor.” 
Embora essas palavras sejam verdadeiras, esse sábio grego ainda ignorava a profundidade do amor que seria proclamado e exemplificado por JESUS CRISTO.
Deus é amor. Embora Deus seja muito mais, e haja feito muito mais, e ainda haverá de fazer – tudo é uma manifestação de Seu amor. 
Esse amor é confortante e, ao mesmo tempo, difícil de ser compreendido. 
O amor de Deus ultrapassa em muito o que normalmente se rotula como amor, que, às vezes, é meramente um sentimento superficial ou obsessão passageira, frequentemente misturada com egoísmo e cobiça. 
Deus não só tem amor ou mostra amor. Ele é o amor.
 O amor de Deus pela humanidade foi revelado de inúmeras formas, sendo a maior delas a cruz de CRISTO. 
Como Cristão seguidor de Jesus eu falo desse amor abertamente, porque respondemos ao Seu amor amando os outros como Cristo nos amou.
Sem amar a Deus e as outras pessoas nada seremos, a vida continuará a ser um existência sem sentido
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

SANTIDADE

SANTIDADE 

“ A fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.”
I Tessalonicenses 3:13

Para falar sobre santidade vamos pegar a origem da palavra. Santificação, vem do grego Hagíamos que significa tornar santo. 


O termo santificar pode ser expresso de várias formas como, “amarás ao Senhor” (Mt. 22.37), “irrepreensível ao Senhor” (I Ts 3.13). Devemos ser sinceros e totalmente dedicados ao Senhor e o “aperfeiçoamento da santificação” (II Co 7.1) matando assim a carne (II Co 7.9; Rm 8.12,13; Gl 5.16). 

Não levamos uma vida santificada sem a imaculada morte de Cristo. O crente foi liberto do pecado, não precisando mais pecar. Somos libertos do pecado (Rm 6.18).


É uma obra de Deus, com a cooperação do seu povo ao se guardar da corrupção do mundo(Fp 2.12,13). A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com Cristo. Através da oração (Mt 6.5.13), obediência a palavra (Jo17.17); mortificar o seu corpo de pecado (Rm 6), continua obediência a Deus e ter uma vida cheia do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).


Podemos classificar santificação em três níveis. E bom lembrar e deixar claro não existe outra forma da pessoa ser santificada há não ser através do sangue precioso de Jesus o qual morreu pelo nosso pecado e ressuscitou ao terceiro dia e foi levado ao céu entre as nuvens com poder e grande glória.

Primeiro: santificação justificativa. A santificação não é um método que requer o abandono do pecado de pouco a pouco. É apresentada como um ato definitivo (Rm 6.18; II Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). 


No mesmo momento em que nós aceitamos a Cristo como salvador, imediatamente, somos santificados pelo sangue de Cristo em nossa vida e através da nossa fé que fomos salvos e libertos. “Justificados pela fé temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.


Segundo: santificação continua ou diária. A santificação no mesmo tempo que ela e imediata, ela também se torna continua sendo descrita como um processo vitalício pelo qual continuamos a mortificar a carne, ou seja, os desejos da carne. (Rm 8.1-17; II Pe 3.18). 

Temos vários exemplos na bíblia que Paulo e Pedro, advertiu a toda igreja a se santificarem e separarem do mundo, então vemos logo que a santificação é além do ato da salvação inicial. A pessoa deve viver um vida separada do mundo de pecado deixando e abandonando.


Terceiro: santificação glorificativa ou de gloria. A última o crente alcançará a santificação de gloria, a partir do momento em que ele deixar o corpo corruptível e receber o corpo incorruptível, que será dado no dia em que o cristão for levado ao céu (I Co 15.50-58). A santificação também faz parte da glorificação do crente, sendo assim uma forma continua de eterna, na vida do crente.

Então continuemos a acreditar e santifiquemo-nos a cada dia para que possamos alcançar e receber o nosso tão desejado troféu. O nosso eterno e merecido descanso.


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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O NOBRE E AS DÍVIDAS

O NOBRE E AS DÍVIDAS

"É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades"(Salmos 103.3).

Chegando a uma cidade, certo nobre, que vivia viajando de um lugar para outro, mandou que fosse amplamente divulgado o seguinte anúncio: "Pagarei as dívidas de qualquer pessoa que venha ver-me amanhã, entre as oito e as doze horas da manhã."

Já se aproximava das onze horas, sem que nada houvesse acontecido; entretanto, algum tempo depois foi chegando timidamente um pobre homem. Ao entrar tirou da cabeça o velho chapéu e um tanto acabrunhado disse: 

- Senhor, é verdade que prometeu saldar as dívidas em geral de qualquer pessoa que nessa manhã procurasse avistá-lo?

- Sim. Efetivamente está correta a notícia. Veio me procurar para esse fim? Estou pronto a atendê-lo já. Quanto deve você? - falou o nobre.

O homem, ainda que meio confuso com tamanha generosidade, disse do quanto era a sua dívida e o nobre preencheu e entregou-lhe um cheque, contendo o valor correspondente ao montante da dívida. Ordenou-lhe em seguida que permanecesse ali sentado, até que soassem as doze horas.

Meia hora mais tarde chegou outra pessoa, que foi recebida e tratada da mesma maneira. Ao badalar do grande relógio da praça, anunciando as doze horas, o nobre despediu-se dos dois, dispensando-os.

Ao chegarem à rua, encontraram-se com muita gente já preparada para zombar deles, por haverem sido tão ingênuos e tão crédulos, ao ponto de caírem naquela armadilha ridícula.

Essa era a opinião da grande massa. Mas qual não foi a surpresa de todos, quando viram, nas mãos daqueles dois homens, os cheques que receberam para quitar suas dívidas.

Correram então apressadamente até à porta da casa, onde se hospedava o cavalheiro; mas, era tarde demais! A hora determinada por ele já havia se escoado e a porta se encontrava agora fechada. Voltaram tristes e envergonhados, por não haverem confiado na promessa do nobre.

ESSE CONTO ILUSTRA AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS PARA SE OBTER O PERDÃO DOS PECADOS. E ESSA ATITUDE SIMBOLIZA TAMBÉM UM DOM DA GRAÇA DIVINA. HÁ UM TEMPO ESPECÍFICO, DURANTE O QUAL SE ENCONTRA ABERTA A PORTA DA GRAÇA. MAS ESTA PORTA NÃO SE CONSERVARÁ ABERTA PARA SEMPRE.

CHEGARÁ UM TEMPO, QUANDO SERÁ DEMASIADO TARDE PARA SE ALCANÇAR A SALVAÇÃO DE DEUS. O ÚNICO TEMPO CONSIDERADO OPORTUNO E DISPONÍVEL, PODENDO PORTANTO SER CHAMADO NOSSO, É AGORA - O TEMPO QUE SE CHAMA HOJE.

A proclamação divina amplamente divulgada é: "Se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hebreus 3.15).

Por endurecerem os seus corações, desprezando a oportunidade de um encontro com Deus, é que muita gente tem partido sem Cristo e sem o conforto da salvação.

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O CHAMADO

O CHAMADO

Sou um Cristão. Para o que Deus me chamou? 


Primeiramente, Ele me chamou para ser um sincero e dedicado seguidor de Cristo. Isso é tão elementar, que facilmente podemos esquecê-lo. 


O profissionalismo é um dos grandes perigos do ministério de um cristão. 


Por exemplo, um pastor pode se tornar competente na realização do seu trabalho. 


Assim como todas as demais profissões, certas habilidades podem ser desenvolvidas e aprimoradas no ministério do evangelho. 


Ele pode se tornar tão proficiente em seu ministério público, que os outros o considerarão bem-sucedido. 


Mas, quando a mentalidade do “profissionalismo” conquista um pastor, seu coração inevitavelmente começará a ser negligenciado. 


E o coração é a primeira ferramenta de todo pastor. Se você não está amando a Deus com todo o seu coração, porque tem negligenciado as responsabilidades básicas do discipulado, não importa o quanto você pode se tornar bem-sucedido profissionalmente. Na realidade, isso é uma vergonha. 


Spurgeon nos fala sobre um pastor que “pregava tão bem e vivia tão mal, que, ao subir ele ao púlpito, todos diziam que ele nunca deveria sair dali; e, quando ele saía do púlpito, todos declaravam que tal pastor nunca mais deveria retornar ao púlpito”. 


Essa divisão da vida em áreas distintas pode ser aceitável em outras profissões; no entanto, dificilmente ela pode ser harmonizada com o cristianismo vital e, menos ainda, com a fidelidade no ministério pastoral. 


Muitos homens bons têm tropeçado nesse primeiro nível da vida pastoral. Portanto, guarde o seu próprio coração. Leia a Palavra de Deus, antes e acima de tudo, como um cristão verdadeiro. 


Um pastor precisa das mesmas coisas que ele declara que os outros necessitam. Ele deve seguir a sabedoria de Robert Murray M’Cheyne, o qual afirmou: “Deus abençoa muito mais a semelhança com Jesus do que os grandes talentos. 


Um pastor que vive em santidade é uma arma poderosa nas mãos de Deus”. 


O apóstolo Paulo advertiu aos presbíteros de Éfeso: “Atendei por vós”. Quando ele repetiu essa advertência a Timóteo, acrescentou que fazer isso é um ingrediente essencial para salvar “tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Tm 4.16). 


Os pastores têm de transformar em um assunto de prioridade e disciplina o ler, o meditar e o memorizar as Escrituras. 


Eles precisam também orar pela obra do Espírito Santo em suas próprias vidas. Qualquer outro procedimento pastoral, que corresponda a menos do que isso, será uma prática espiritual incorreta.


Todos tem um chamado de Deus para servir, não é só pastor, qualquer um começa servindo!!!  


Isso é um privilégio, seguido de uma grande responsabilidade


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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O SALMISTA E AS CRIANCINHAS

Como o salmista, poderia se regozijar de esmagar as criancinhas contras as rochas?


O salmo 137 foi composto por um judeu exilado na Babilônia, que havia presenciado a brutalidade dos soldados caldeus, à época da captura de Jerusalém em 587 a.C. 

Ele contemplou aqueles monstros sem coração arrancar os bebês do colo de suas mães e bater a cabeça deles no muro mais próximo, rindo da perversidade que cometiam e pronunciando as blasfêmias mais grotescas contra o Deus de Israel enquanto praticavam aqueles atos bárbaros, sanguinolentos, de extrema impiedade. 

O desafio contra a soberania e honra do único e verdadeiro Deus, desafio que atiraram contra o Senhor ao mesmo tempo em que massacravam o povo eleito não poderia ficar sem resposta para sempre.
Sendo o guardião e implantador de sua lei moral, Deus poderia manifestar sua glória apenas trazendo uma vingança terrível sobre aqueles que haviam tratado com tanta crueldade seus cativos incapazes de opor resistência, e cujo Deus havia desprezado.
Portanto, o exilado que compôs esse salmo julgou-se totalmente justificado ao invocar o nome de Deus para que o Senhor infligisse sanções dentro de sua lei, e providenciasse punições apropriadas contra aqueles que perpetrassem tão horrendas atrocidades. Só assim o mundo pagão poderia aprender que existe Deus no céu e requer de todos os homens a obediência aos padrões básicos do que é certo e errado, os quais pesam sobre as consciências.
Precisavam aprender que a violência cometida contra o próximo com toda certeza se voltaria contra eles próprios. A única maneira de o mundo pagão aprender essa lição seria passando pela experiência das conseqüências aterradoras de tripudiar sobre as sanções da humanidade; que se fizesse a eles exatamente o que haviam realizado aos outros.
Chegaria o tempo em que os medos e persas vitoriosos tratariam os bebês babilônicos da mesma forma que os seus soldados fizeram com os recém-nascidos judeus, quando Judá foi levado ao exílio. As criancinhas babilônicas enfrentariam a mesma brutalidade infligida pelos soldados babilônicos aos bebês de outros povos. Só assim eles poderiam convencer-se da soberania e do poder do Deus dos hebreus.
Portanto, o motivo principal desta oração não é o desejo de vingança; antes, é a vontade que o Eterno se manifeste perante o mundo pagão, imerso em zombaria, destronando catastroficamente o poder caldeu que trouxera tão grande dor e aflição desnecessária nos dias da provação de Jerusalém.
Marcelo Oliveira

DOIS TIPOS DE DISCIPULOS

Dois tipos de discípulos


Respondeu-lhe Felipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pouco. Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” – João 6.7-9
Filipe e André são discípulos de Jesus com nomes gregos significativos: “amigo dos cavalos” e “homem”. Um voltado para animais e outro para pessoas. Ambos são mais de bastidores que da linha de frente. São mencionados sempre em papéis secundários, e nunca propriamente de comando.
André é uma figura fantástica. Viveu nos bastidores e à sombra do irmão, Pedro, que ele levou a Jesus. Sempre com uma palavra positiva e colaborando para decisões. No episódio em tela, Jesus levanta a questão: onde arranjar comida para tanta gente? Já decidiu o que fará, mas experimenta os discípulos. Se foi um teste, do ponto de vista de Recursos Humanos, Filipe foi reprovado e André foi aprovado.
Quando Jesus traz o problema a Filipe, este o agrava: sete meses de salário de um trabalhador não bastariam. Filipe dramatiza o problema. André aponta numa direção. Não chega a dar uma resposta, mas devolve o problema para o Senhor, após mostrar alguma coisa. E a pista de André é assumida imediatamente por Jesus, que age a partir de sua sugestão. Se fosse se lastrear na palavra de Filipe, Jesus apenas teria o problema com cores mais vívidas.
Há gente que nunca tem soluções, e sempre aumenta os problemas. Há gente que busca soluções. E há dois aspectos mais que são elucidativos no estilo de André. O primeiro é que a conversa é entre Jesus e Filipe. Mas André se envolve. 
Aquilo é com ele também. Ele faz parte do grupo. Problema do grupo é problema dele. Quantos se omitem e acham que o problema é dos outros! Sempre têm uma palavra crítica e desalentadora. Não somam. Aumentam a dificuldade. 
O segundo é que André vira um menino com um lanche. No meio de uma multidão ele viu um menino e seu lanchinho. Vê e valoriza as coisas pequenas. Deus diz para não desprezarmos as coisas pequenas (Zc 4.10). Coisas pequenas se tornam grandiosas nas mãos de Deus. Nem devemos desprezar as pessoas pequenas. Muitos pastores, missionários e obreiros de valor foram chamados por Deus quando eram crianças.
André é discípulo dos bastidores. Mas se envolve. A coisa é com ele, é dele e ele faz parte do todo. Não censura nem se queixa. Apresenta soluções. Vê a obra de Jesus como sendo algo que lhe diz respeito. E valoriza coisas pequenas.
A vida do homem dos bastidores foi fantástica. Missionário, chegou à Cítia, por isso é o padroeiro da Rússia. É o padroeiro da Escócia, porque teria chegado lá com o evangelho. Assim, a Igreja Anglicana comemora seu dia de missões em 30 de novembro, dia de Santo André. Morreu crucificado na Acaia, Grécia, para onde voltou. Sua agonia durou dias e ele foi posto em uma cruz em forma de x, a cruz de Santo André, o que explica o brasão da cidade deste nome no ABC Paulista. Durante a sua agonia, exortava as pessoas que vinham ver o espetáculo de sua morte a entregarem a vida a Jesus. Evangelizou até morrer.
Um homem dos bastidores, atento, dedicado e consagrado. Envolvia-se com a obra de Jesus e mostrou isso servindo até a morte. Filipe não foi um inútil. Deus o usou. Mas André é o tipo de crente que as igrejas necessitam. Há donos demais nas igrejas. E servos de menos. André é servo. Sem holofote, mas homem leal e útil. Imitemos André.

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