terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O CASAMENTO NO NOVO TESTAMENTO

 

O casamento no Novo Testamento

Casamento foi divinamente instituído pelo Criador. Depois da queda, o pecado provocou distorções nessa instituição divina. O casamento se transformou em uma luta por controle, na qual maridos muitas vezes tiranizavam as mulheres enquanto as mulheres procuravam manipular os maridos.

O divórcio rompia casamentos até pelos motivos mais triviais. Praticava-se a poligamia (ainda que não amplamente) e as relações extraconjugais violavam o compromisso sagrado de fidelidade conjugal.

Diante disso, apesar de o ideal divino ser apresentado de forma clara e permanente no relato da criação, havia, nos dias de Jesus e da igreja primitiva, uma necessidade intensa de restauração e renovação.

NÃO SÃO MAIS DOIS, MAS UMA SÓ CARNE: A ALTA CONSIDERAÇÃO DE JESUS PELO CASAMENTO

Os ensinamentos de Jesus sobre os requisitos do discipulado costumam subordinar os laços de família às obrigações do reino.

Apesar de nosso Senhor ter insistido na necessidade de priorizar seu chamado para o discipulado acima de todas as coisas, em termos comparativos, forneceu poucas instruções sobre o casamento.

Sem dúvida, isso se deve principalmente ao fato de Jesus, como seus contemporâneos, tomar como certa a validade do padrão divino para o casamento apresentado nos primeiros capítulos de Gênesis.

 Por esse motivo, seria um equívoco supor que, devido à sua ênfase sobre o chamado espiritual supremo e sobre os requisitos do discipulado cristão, Jesus dava pouco valor ao casamento ou considerava essa instituição divina dispensável ou suplantada por uma vocação mais sublime e nobre que talvez envolvesse viver solteiro, tendo em vista a iminência do fim dos tempos.

Muito pelo contrário. Ao ser questionado sobre o divórcio, Jesus reafirmou de forma inequívoca o caráter permanente do casamento.

Valendo-se dos dois textos básicos do Antigo Testamento, Gênesis 1.27 e 2.24, declarou: “Assim, [marido e mulher] não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19.6)

Fica evidente, portanto, que Jesus considerava o casamento uma união sagrada entre um homem e uma mulher; estabelecida por Deus e firmada diante dele.

 “O compromisso do casamento não é apenas um contrato humano', é um jugo divino. Deus não coloca esse jugo sobre o par casado por meio da criação de uma espécie de união mística, mas sim, pela declaração de seu propósito em sua Palavra”

Embora Jesus tivesse o casamento em altíssima consideração, seus ensinamentos sobre o vínculo familiar natural fornecem parâmetros importantes para sua relevância geral e o situam no contexto mais amplo do reino de Deus.

O ápice dessa progressão será alcançado no estado eterno, quando as pessoas não mais se casarão, mas serão como os anjos (Mt 22.30, par.). Jesus lança, portanto, os alicerces para o ensinamento apresentado por Paulo: “De agora em diante, aqueles que têm esposa, vivam como se não tivessem [...] porque a forma presente deste mundo está passando” (ICo 7.29,31; NVI). Embora continue a ser a instituição divina fundamental para a humanidade, algo a ser cultivado, conservado e protegido, o casamento não deve ser considerado um fim em si mesmo; antes, deve estar subordinado aos propósitos divinos salvíficos mais amplos

O MILAGRE DO RELACIONAMENTO

 


O MILAGRE DO RELACIONAMENTO

"Andarão dois juntos, se não tiverem acordo" Amós 3:3.

O milagre do relacionamento só é possível com a intervenção de Deus, pois é a união de duas pessoas totalmente diferentes. Que depositam muita esperança na sua vida a dois. E vivem na esperança de encontrar alguém para dividir seus sonhos.

Algumas diferenças:

1- O sexo. Esta é uma diferença radical, cada um é feito de um material, a mulher, muitas vezes é a diesel, e o homem à gasolina de jato, é preciso ter uma equação de equilíbrio.

2- A forma de sentir as coisas. (o homem procura acreditar que não é não, a mulher muitas vezes não age assim). Isto deixa o homem sem saber o que fazer, pois a mulher quer que os homens adivinhem o que elas querem e isto gera muita confusão.

3- A mulher gosta de falar e o homem não gosta de ouvir.

4- O homem muitas vezes foi educado "aos trancos", e imagina que esse é o único meio de resolver as coisas, e encara a mulher no casamento e imagina que é assim que é o único meio de sanar problemas.

5- E no convívio do dia a dia, estas e muitas outras diferenças vão causando um mal-estar, pois maneiras de pensar e agir precisam da graça de Deus para que a rotina não torne a relação desgastante e desanimadora no casal.

"Andarão dois juntos, se não tiverem acordo" Amós 3:3.

Como nossa meta de relacionamento é sempre baseada no que vemos no cinema e televisão, dá-nos a impressão que a relação vai ser sempre uma constante surpresa e muito emocionante, tipo: vamos estar em uma aventura em Miami e depois vamos acordar em outro lugar num dia cheio de agitação e novidades, porém, só no cinema é assim. Na vida real, vamos defrontar com um cara que pensa muito em trabalho e jogar futebol ou estar na companhia dos amigos, de uma mulher que pensa muito em gastar, como vai se vestir para a o próximo casamento, ou na manutenção excessiva da casa.

"Andarão dois juntos, se não tiverem acordo" Amós 3:3.

Depois disto, vem a rotina, e os sonhos começam a azedar e bate uma desconfiança: será que casei com o cara certo?

Sem que percebamos, inicia-se um processo de esfriamento e aqui relacionamos algumas atitudes que mostram o desgaste da relação:

1- Anulando um ao outro.(Sempre fiz assim, e você tem que fazer o mesmo)

2- Buscando o que é seu somente. (Ignorando os sentimentos e desejos do outro)

3- Como as conversas são difíceis, usa-se o silêncio para resolver e se amontoa mágoa. Tudo vai para debaixo do tapete, mas o monte vai crescendo, até um dia explodir e voar frustração para todo canto.

Para um crescimento do casal é preciso algumas medidas:

Diálogo, procurar ajuda. Muitos preferem parecer aos outros que está tudo perfeito e deixam de procurar ajuda.

Procurar fazer com amor a sua parte na relação e não ficar querendo mudar o outro.

Saber que, na união, você precisa perder sua identidade egoísta. Ser moldado pela decisão de querer que a relação perdure. A sua rotina de solteiro precisa ser alterada pensando na relação de forma global.

"Com boi e com jumento juntamente não lavrarás". Deut 22:10

Na verdade, o que se tenta fazer no casamento é juntar um boi com uma jumenta, ou uma vaca com um jumento. Calma, não é ofensa, vamos explicar: São muito diferentes e precisam de muita graça e perdão na rotina do dia-a-dia. O texto fala de animais de passos diferentes que nunca vão fazer uma boa junta na hora de arar a terra. Por isso iniciamos falando que o casamento precisa de um milagre. Por sinal, o primeiro milagre de Jesus foi num casamento em que havia acabado o vinho, ou seja, a alegria. Para não acabar a alegria de seu namoro ou casamento, dependa do milagre do Senhor, senão cada um vai "arar a terra de uma maneira".

Para encerrar, quero ler novamente: "Andarão dois juntos, se não tiverem acordo". Amós 3;3. Foi proposital repetir tantas vezes o mesmo versículo, pois queremos fixar a idéia de que é necessário haver concordância para andar juntos.

Quero ler algumas atitudes que evitam o endurecimento da relação narrado no livro Decidindo Amar, página 110.

. Não usar palavras rudes.

. Não fazer pouco caso das opiniões da outra pessoa.

. Não achar que sempre estamos certos.

. Dar atenção ao outro.

. Não fazer piadas ou comentários sarcásticos à custa da outra pessoa.

. Sempre confiando no outro.

. Não procurar forçar o outro a agir de forma que a deixe desconfortável.

. Dar atenção às necessidades genuínas da outra pessoa, considerando-as importantes.

Bom relacionamento a todos na graça do Senhor Jesus.


Débora Del Vecchio

 

 



 

OS ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA IGREJA

 

Igreja: Aspectos fundamentais

 

Trabalhamos para o crescimento da Igreja em toda a sua plenitude, tanto no que tange à qualidade como à quantidade. Se alguma coisa é boa, certamente trará resultados numéricos. No entanto, partimos dos aspectos fundamentais que, uma vez cultivados, propiciarão o incremento da Obra em toda a sua extensão. Vamos a eles.

Genuíno e crescente interesse pela Palavra de Deus. “Não é a Igreja que faz a Palavra, mas a Palavra que faz a Igreja”. A centralidade da Palavra no Culto e na vida foi defendida tenazmente pelos reformadores como fundamento para a renovação da Igreja. Se queremos ser fortes espiritualmente, precisamos nos comprometer com o estudo e a meditação da Palavra de Deus. No dizer do Apóstolo Paulo, devemos ser mais “apegados à Palavra” (Tito 1.9).

Vemos com muita satisfação que, praticamente em 100% das atividades que promovemos na vida de nossa Igreja, temos a oportunidade de proclamar a Palavra. Este exercício espiritual, traz benefício a todos, tanto aos crentes, que são edificados, como aos que ainda não se converteram, mas poderão fazê-lo justamente porque a Palavra é a eles ministrada. Para alguns, isto será motivo de consolo, para outros, de advertência. Na vida deste irmão, tal meditação poderá resolver uma crise; já, na vida daquele, será a oportunidade de uma reconciliação. E assim por diante.

Jesus observou que até mesmo os religiosos se equivocavam porque desconheciam as Escrituras (Mateus 22.29). O mesmo se repete em nosso tempo. Boa parte dos problemas em que nos envolvemos é fruto da não observância do que nos recomenda as Escrituras. Se fossemos mais atentos ao que diz a Palavra de Deus acertaríamos mais na vida.

Não estamos interessados em aprender as Escrituras Sagradas apenas para ter um conhecimento histórico e, quem sabe, com muita facilidade, recitar de memória certas passagens bíblicas. Tal destreza poderá ser muito útil quando formos convocados a dar o nosso testemunho de fé a quem não conhece a Palavra de Deus. No entanto, uma vez tendo aprendido as Escrituras, devemos colocá-la em prática. É preciso ouvir e refletir, para então viver e praticar; do contrário, poderemos estar construindo casas sobre a areia (Mateus 7.26-27).

Tudo o que fazemos na vida toma tempo. Na vida moderna, alguns serviços e atividades estão sendo agilizados com o objetivo de valorizar o nosso tempo. Mas para aprender as Escrituras é preciso separar um tempo em particular. A justificativa de que não temos tempo para tal é resultado de que não percebemos a importância de encontrar tempo para nos exercitarmos espiritualmente. Para tudo o que é importante, certamente encontramos tempo.

Todos os dias, tire um tempo para ler a Bíblia e nela meditar. Deus estará falando ao seu coração. Seja aluno da Escola Dominical, a Escola da Palavra; não deixe de trazer a sua Bíblia a toda e qualquer reunião da Igreja. Participe de um dos Núcleos Familiares e trabalhos das Sociedades Internas; nestes encontros, temos oportunidade de conhecer mais ainda a Palavra de Deus. Isto será uma bênção para você e sua família, e para a Igreja e o mundo, também.
 
Vimos, como de fundamental importância para a Igreja, o crescente interesse pela Palavra de Deus. Agora, desejamos falar sobre a vida de oração. Os cristãos não detêm o monopólio da oração. Em outras religiões a prática da oração é usual e, em alguns casos, muito intensa. No entanto, no cristianismo, a oração se constitui num gesto de muita liberdade dos filhos de Deus para com o Senhor Deus.

Não são necessários protocolos infindáveis, lugares determinados, especialistas no assunto. O que se exige é o desejo de buscar a Deus: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).

Este caminho de liberdade de comunicação com Deus é fruto da iniciativa divina em vir ao nosso encontro. Não somos nós que buscamos a Deus em primeiro lugar (I João 4.19). “Ele nos amou sendo nós, ainda, pecadores” (Romanos 5.8). Como resposta ao gesto divino, manifestamos nossa necessidade de comunhão com Deus, pois sabemos que podemos encontrar nele os tesouros da vida.

Somos assim atraídos pela misericórdia divina para andarmos em íntima comunhão com Deus. Não, apenas, para declararmos a Deus as nossas necessidades, que ele conhece muito bem, mas para termos os nossos passos orientados na direção dos seus propósitos para conosco. Assim se expressou o salmista: “a intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Salmo 25.14). Quando oramos, revelamos verdadeiro temor de Deus e, estamos aptos a compreender os caminhos do Senhor.

Em que sentido a vida de oração se constitui num princípio fundamental para o progresso da Igreja? É mister reconhecer que a oração, via de regra, tem se tornado uma prática de profunda individualidade dos filhos de Deus. Não estamos, com isto, criticando aquilo que Jesus recomendou nestas palavras: “tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6.6). Jesus estava condenando a atitude dos religiosos que se exibiam e cuja oração era totalmente inconsistente.

O que nos preocupa é o egoísmo das nossas orações, revelado inclusive quando participamos das próprias reuniões de oração. Levamos a estes encontros nossas solicitações particulares. Até aí nada de mais. O problema vem a lume quando destes encontros não levamos para nossa oração em particular os motivos comunitários, a intercessão pela Igreja, pelo país, pelo mundo, pelos missionários, pelos que sofrem.

A oração é vital para a Igreja, na medida em que os crentes se utilizam dela para terem os seus olhos bem abertos, a sua visão bem alargada, para aquilo que Deus está fazendo, através da própria Igreja. Podemos e devemos orar em favor uns dos outros; não, porém, para uma mera satisfação pessoal, mas para o progresso do Reino de Deus, visando sempre a glória do Senhor.

Nos dois últimos comentários, afirmamos que genuíno e crescente interesse pela Palavra de Deus e vida de oração são aspectos primordiais na Igreja de Cristo. Bíblia e Oração, devem sempre andar juntos, manifestando o intenso grau de comunhão com Deus.

O aspecto que desejamos ressaltar, agora, diz respeito à Liderança da Igreja. Antes de tudo, temos bem claro que Cristo é o cabeça (Colossenses 1.18), Senhor da Igreja e do Universo; a doutrina da soberania de Deus é muito cara a nós, de tradição reformada. Mas quando nos referimos à liderança, queremos destacar aqueles que se acham na função de conduzir a Igreja sob o comando de Cristo. A recomendação bíblica é que tais pessoas devem ser acatadas, já que realizam este trabalho no Senhor, ou por causa do Senhor (I Tessalonicenses 5.12).

A liderança da Igreja não está restrita ao exercício de um cargo. É bom que os líderes ocupem os cargos e que os cargos sejam ocupados por pessoas que sejam verdadeiramente líderes. Mas eventualmente podemos encontrar líderes que não desempenham um papel definido na estrutura da Igreja; muitas vezes, porque não há tantos cargos a serem preenchidos.

A liderança pode ser inata; há pessoas que revelam capacidade para liderar desde muito cedo. Outros, porém, são colocados na linha de frente e precisam se esforçar muito para corresponder à expectativa. No entanto, é imprescindível que se leve em consideração o chamado divino para o exercício da liderança. Não importa, se inata ou adquirida, a liderança no seio da Igreja deve ter origem no chamado de Deus. Aquele que é chamado não pode fugir à vocação (Jonas 1.3). Por outro lado, aquele a quem Deus chama, tem no próprio Deus a garantia do sustento desta vocação. Deus não chama para depois abandonar.

Além da vocação divina, é mister atentar para o verdadeiro papel da liderança. Muitas vezes confundimos liderar com dominar, liderança com mandonismo. O Apóstolo Pedro repudiou esta compreensão e recomendou aos líderes que não fossem dominadores, mas modelos (I Pedro 5.3). Ser líder é ir na frente na expectativa de que outros venham atrás. E o método para conseguir esta proeza não é o autoritarismo, mas o exemplo. O líder deve ser “padrão dos fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (I Timóteo 4.12). Sendo assim, quem pode liderar?

Todo crente pode liderar, se Deus assim o chamar. Os pré-requisitos espirituais e morais do líder não se diferenciam das exigências básicas de cada crente. O que se espera ver no líder é o mesmo que devemos ver nos liderados. Os graus de santidade que muitas vezes propomos não correspondem ao padrão bíblico; pensamos: em tal posição de liderança, mais fé e mais exemplo; num nível intermediário, quem sabe fé seja suficiente; e do crente em geral, nem fé é esperado. Grave equívoco. Líderes e liderados devem ter a mesma postura diante de Deus e dos homens.

Sobre este tema, já falamos do genuino e crescente interesse pela Palavra de Deus, da vida de oração e da importância da liderança da Igreja. De certa forma, temos olhado para dentro de nós mesmos, numa visão interna da Igreja. Agora precisamos olhar para fora e demonstrarmos intensa Visão Missionária.

“Não é possível que o maior alvo da Igreja seja o crente como indivíduo; Deus deseja toda a humanidade para si” (Hendrikus Berkhof). A Igreja não existe para si, mas para o serviço de Deus no mundo. Todos os elogios que possamos prestar à realidade da comunhão dos santos, de sua vida harmônica, de seu ambiente fraterno, perderão o significado se a vida da comunidade não se dirigir para alcançar a todos os homens.

Podemos afirmar, num sentido bem amplo, que a Igreja não tem razão de ser, apenas, para si mesma. Ao contrário, ela deve direcionar o seu olhar para os outros, porque toda a humanidade deve estar na Igreja. Neste ponto, Charles Van Engen indaga: “se a Igreja é para todos, por que nem todos estão na Igreja?” A resposta deverá ser buscada no atendimento ao desafio evangelizador que cabe à Igreja.

Sua missão é proclamar o Evangelho da graça de Deus a todos os homens. Boa parte da humanidade não se encontra na Igreja porque ela tem falhado em seu papel evangelizador. Há uma íntima afinidade entre comunhão e evangelização. A Igreja está inserida no contexto do mundo, justamente, para proclamar o Evangelho da graça de Deus aos homens.

A militância da Igreja que aguarda sua condição de triunfo se dá neste contexto. Daí, a expectativa da Igreja triunfante em meio à sua existência no mundo tira-lhe o desafio evangelístico. Não fosse a proclamação de que foi incumbida, e a Igreja já poderia ter deixado a vivência terrena para ir gozar as mansões celestiais. No entanto, prevalece a condição original: a Igreja permanece no mundo.

De outro lado, ela fica no mundo como comunidade congregada, demonstrando à humanidade as características vivenciais do Reino de Deus. Através de sua estrutura e conteúdo ela pode apresentar-se ao mundo como a alternativa de vida, convocando a todo homem a participar da comunhão dos santos. De certa forma, temos tanto uma comunhão evangelizadora, como uma evangelização que traz à comunhão.

O apóstolo Paulo achava-se em prisão quando remete Epafrodito e diz ter a intenção de enviar Timóteo (Filipenses 2.19, 25). Certamente não era um momento em que ele se sentisse muito resguardado e em condições de abrir mão de companhias tão prestimosas. No entanto, sua visão do Reino o levou a incentivar o deslocamento de seus companheiros de ministério.

Temos falado sobre a importância de querer estar juntos como fator para o crescimento da Igreja. As pessoas atravessam muitos quilômetros para se encontrarem e adorarem juntos a Deus. Mas em algumas situações é preciso perceber o chamado de Deus para não mais congregarmos aqui ou ali, mas irmos mais adiante onde o Senhor deseja que realizemos o nosso ministério visando ao incremento do Reino.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

O PALÁCIO DA BÍBLIA

 

O PALÁCIO DA BÍBLIA

 

A Bíblia é semelhante a um palácio maravilhosamente construído: de pedras ornamentais preciosas, contendo sessenta e seis (66) salas majestosas, cada uma das quais é diferente das suas companheiras e perfeita em sua beleza individual; sendo que formam um edifício incomparavelmente belo, glorioso e sublime.

No livro de Gênesis encontramo-nos no vestíbulo magnifico, onde somos introduzidos imediatamente aos arquivos das obras excelsas de Deus, na Criação. Este vestíbulo dá entrada nas Audiências Judiciais; depois das quais, chegamos as Galerias de Pinturas dos livros históricos. Aqui encontramos a Sala de Música - o livro de Salmos, e aqui nos demoramos tocados profundamente pelas mais sublimes harmonias que jamais chegaram aos ouvidos humanos. Logo depois, entramos no Gabinete de Negócios - o livro de Provérbios, no centro do qual se acha a divisa: "a justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos." Logo após, damos no Gabinete de Investigações - o Eclesiástes, e daí, para o Conservatório - os Cânticos de Salomão, onde nos saúdam o aroma fragante de frutas escolhidas e de belas flores com o canto doce dos passarinhos. Depois chegamos ao Qbservatório, onde os Profetas com os seus telescópios estão esperando o aparecimento da "Estrela Resplandecente da Manhã", antes do despertar do "Sol da Justiça".

Atravessando o Pátio do Silêncio, alcançamos a Sala de Audiências do Rei – os Evangelhos, onde podemos ver quatro retratos do próprio Rei, os quais revelam as petições de Sua beleza Divina e infinita.

Em seguida, entramos no Gabinete de Trabalho do Santo Espírito - os Atos dos Apóstolos e além dele, está a Sala da Correspondência - as Epístolas, onde vemos: Paulo, Pedro, Tiago, Judas e João ocupados nas suas bancas, sob a Inspiração do Espírito da Verdade.

Finalmente chegamos A Sala do Trono - livro de Apocalipse onde ficamos arrebatados pelo imenso volume de adoração e louvor, que é dirigido ao Rei Entronizado e que enche a vasta sala, ao passo que nas Galerias e no Tribunal de Glória, relacionadas com a futura manifestação do Filho de Deus, que é o "Rei dos reis e Senhor dos senhores".

 

"Autor desconhecido"

 

MORTO, MAS SÓ ATÉ DOMINGO

 

 MORTO, MAS SÓ ATÉ DOMINGO

 

Todos ao redor da mesa conversavam sobre as suas últimas palavras...

Ele estava dizendo para todos os seus amigos mais chegados que iria passar por uma experiência traumática mas necessária para que eles mesmos e milhares de outras pessoas, em todos os tempos, pudessem vencer a maior barreira conhecida pela humanidade: a morte. Parecia loucura ouvi-lo falar com tanta certeza e determinação sobre isso: "Vou ser morto, mas ficarei assim só até domingo!", dizia ele.

"Puxa como alguém poderia passar três dias morto e retornar?", pergunta o mais jovem do grupo. "Vocês não se lembram?", disse um dos que estava à direita da mesa. E complementou: "Lembram-se do que aconteceu na cidade de Betânia, perto da capital, com aquele homem chamado Lázaro? Ele já estava sepultado há alguns dias quando foi trazido de volta por ele!" "É mesmo, isso é verdade, eu estava lá!", acrescentou outro homem postado na extremidade esquerda da mesa.

O mais incrível é que isso realmente aconteceu. Jesus, o Mestre, que insistia em dizer que ficaria morto só até domingo e depois ressuscitaria, cumpriu o que prometeu. Os relatos bíblicos são tão claros, citam tantas testemunhas e apontam provas diretas desse fato. Até o historiador judeu, Flávio Josefo, o qual não tinha compromisso nenhum com os cristãos, considerado ‘a testemunha da história’, registrou esse fato histórico em um de seus livros.

O que desejo deixar para você é que a Páscoa conta uma história linda de coragem, altruísmo, força, determinação, esperança, fé, vitória e principalmente amor! Jesus disse: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas." (João 10:11) "Ninguém tira a minha vida de mim, pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e para reavê-la." (João 10:18)

A grande ênfase da Páscoa não pode ser somente a morte de Jesus e a sua ressurreição. Mas o motivo pelo qual ele fez isso! As pessoas gostam de se martirizarem exigindo que sentimentos de dó e remorso constituam o ambiente de seus corações nessa época da Páscoa. Privam-se de certas comidas e se abatem, mas só até o final de mais essa data do calendário religioso. Depois retornam às suas atividades normais sem guardarem efeitos objetivos daquele esforço. Sem mudança de vida!

Mas, na verdade, o sentimento que deve brotar de dentro de você nessa Páscoa é o de gratidão e de reconhecimento do amor demonstrado por Jesus, morrendo e ressuscitando, por mim e por você. Isso revela que somos muito importantes para Deus e alvos de seu amor grandioso. Você não deve se comprometer com sentimentos de dó e revolta, mas abrir o todo de sua vida, o trono, a posição de liderança, o centro dela para que possa viver a profunda experiência do amor de Jesus dentro de você, fazendo tudo novo de dentro para fora. É uma experiência acessível a qualquer pessoa, não importando credo, classe social, preferências, etc... Basta conversar com Deus agora mesmo e dedicar seu passado, presente e futuro à liderança do Senhor Jesus. Daí a Páscoa poderá trazer a tristeza de um sacrifício, mas a alegria da vitória que todo o que confia em Jesus pode ter à partir de agora!

"Disse Jesus: Eu vim para que tenham vida e vida completa!" (João 10:10b)

PODE UMA ALMA AFOGAR-SE?

 

Pode Uma Alma Afogar-se?

Alguém já falou que existem dois tipos de mortes agonizantes: a morte por queimaduras e a morte por afogamento.

A Bíblia fala de uma situação diferente, de águas passando sobre a nossa alma.

O salmista começa o seu cântico no Salmo 124 afirmando por duas vezes que o Senhor "esteve" ao seu lado (versos 1 e 2), denotando firmeza e segurança, isto é, se não fosse o Senhor, a situação poderia ser diferente.

Em seguida ele fala de problemas: "homens se levantam contra nós", "teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós", indicando a luta, a adversidade e o perigo (versos 2 e 3).

Passado o perigo causado pelos homens, vem o perigo das águas. Águas transbordantes, correntes, altivas, passando sobre a alma (versos 4 e 5). Aqui surge a expressão implícita de "afogamento da alma". Como pode uma alma afogar-se? É possível isso?

O afogamento normal de uma pessoa constitui-se de um acidente em que é caracterizado pela falta de habilidade de saber nadar ou quando esta pessoa encontra-se a lutar contra ondas ou correntezas, vindo a ingerir grande quantidade de água em seu sistema respiratório e morrendo.

Para ser salvo de uma situação de afogamento é preciso estar munido de um colete de salva-vidas ou estar próximo a um salva-vidas, ou ainda tentar agarrar-se ou segurar alguma coisa firme, caso não haja nenhuma embarcação disponível para efetuar o resgate.

Davi em seu salmo diz que sua alma escapou. Escapou de quê? Escapou dos homens e das águas! Como foi possível? Ele escapou "porque o Senhor estava ao seu lado". O Senhor é aquele salva-vidas que está atento a olhar aonde estamos "nadando" ou se afogando. Ele livra-nos das adversidades humanas e de toda sorte de dificuldades espirituais. Ele está ao lado.

Quando alguém se afoga grita por SOCORRO, SALVA-VIDAS, ou qualquer outra palavra que possa falar e ser entendido naquele momento de agonia.

O salmista já possuía experiência disso e disse que o "nosso socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra". Quaisquer que sejam os problemas o Senhor está ao nosso lado. Aleluia! É preciso chamar e invocar o nome do Senhor nos momentos difíceis para receber Dele a salvação e o livramento.

Aproveite este momento e invoque o NOME do Senhor! A Bíblia diz : "buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto" (Is 55:6) e "ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação: eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (II Cor 6:2).

Seja salvo!

PARA QUEM DEUS SE REVELA?

 


PARA QUEM DEUS SE REVELA?

Deus Se revela em símbolos masculinos, como pai e irmão. Mas Deus também usa símbolos femininos para descrever Seu caráter

Veja alguns exemplos: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! (Mateus 23:37)

Jesus está comparando Deus com uma galinha e nós, seus filhotes, os pintinhos

E até à velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carregarei; eu vos fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei, e vos livrarei. A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes? (Isaías 46:4-5)

Há muitos detalhes onde Deus quer manifestar Sua presença no meio da humanidade. Ele conhece intimamente cada pessoa

Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.
Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim.
(Isaías 49:15-16)

Ainda em Genesis 3:15 e Apocalipse 12:17 uma mulher é usada como símbolo para simplesmente simbolizar a igreja de Deus na terra

Fontes de Sabedoria

 Conselhos Fontes de Sabedoria Um jovem com casamento marcado, diante de uma gran­de crise na região onde morava, teve de deixar sua noiva e...