terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O CASAMENTO NO NOVO TESTAMENTO

 

O casamento no Novo Testamento

Casamento foi divinamente instituído pelo Criador. Depois da queda, o pecado provocou distorções nessa instituição divina. O casamento se transformou em uma luta por controle, na qual maridos muitas vezes tiranizavam as mulheres enquanto as mulheres procuravam manipular os maridos.

O divórcio rompia casamentos até pelos motivos mais triviais. Praticava-se a poligamia (ainda que não amplamente) e as relações extraconjugais violavam o compromisso sagrado de fidelidade conjugal.

Diante disso, apesar de o ideal divino ser apresentado de forma clara e permanente no relato da criação, havia, nos dias de Jesus e da igreja primitiva, uma necessidade intensa de restauração e renovação.

NÃO SÃO MAIS DOIS, MAS UMA SÓ CARNE: A ALTA CONSIDERAÇÃO DE JESUS PELO CASAMENTO

Os ensinamentos de Jesus sobre os requisitos do discipulado costumam subordinar os laços de família às obrigações do reino.

Apesar de nosso Senhor ter insistido na necessidade de priorizar seu chamado para o discipulado acima de todas as coisas, em termos comparativos, forneceu poucas instruções sobre o casamento.

Sem dúvida, isso se deve principalmente ao fato de Jesus, como seus contemporâneos, tomar como certa a validade do padrão divino para o casamento apresentado nos primeiros capítulos de Gênesis.

 Por esse motivo, seria um equívoco supor que, devido à sua ênfase sobre o chamado espiritual supremo e sobre os requisitos do discipulado cristão, Jesus dava pouco valor ao casamento ou considerava essa instituição divina dispensável ou suplantada por uma vocação mais sublime e nobre que talvez envolvesse viver solteiro, tendo em vista a iminência do fim dos tempos.

Muito pelo contrário. Ao ser questionado sobre o divórcio, Jesus reafirmou de forma inequívoca o caráter permanente do casamento.

Valendo-se dos dois textos básicos do Antigo Testamento, Gênesis 1.27 e 2.24, declarou: “Assim, [marido e mulher] não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19.6)

Fica evidente, portanto, que Jesus considerava o casamento uma união sagrada entre um homem e uma mulher; estabelecida por Deus e firmada diante dele.

 “O compromisso do casamento não é apenas um contrato humano', é um jugo divino. Deus não coloca esse jugo sobre o par casado por meio da criação de uma espécie de união mística, mas sim, pela declaração de seu propósito em sua Palavra”

Embora Jesus tivesse o casamento em altíssima consideração, seus ensinamentos sobre o vínculo familiar natural fornecem parâmetros importantes para sua relevância geral e o situam no contexto mais amplo do reino de Deus.

O ápice dessa progressão será alcançado no estado eterno, quando as pessoas não mais se casarão, mas serão como os anjos (Mt 22.30, par.). Jesus lança, portanto, os alicerces para o ensinamento apresentado por Paulo: “De agora em diante, aqueles que têm esposa, vivam como se não tivessem [...] porque a forma presente deste mundo está passando” (ICo 7.29,31; NVI). Embora continue a ser a instituição divina fundamental para a humanidade, algo a ser cultivado, conservado e protegido, o casamento não deve ser considerado um fim em si mesmo; antes, deve estar subordinado aos propósitos divinos salvíficos mais amplos

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