quarta-feira, 1 de julho de 2015

TODA PROMESSA SE CUMPRE



O SENHOR NÃO DEMORA A CUMPRIR SUA PROMESSA
"O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento." 
(2 Pedro 3:9)
Quando olhamos para o mundo em que vivemos e vemos a direção que as coisas estão tomando, clamamos: "Senhor, volte. Venha logo." Mas Deus tem a Sua própria agenda: Ele não está atrasado nem adiantado.
Ele virá na horá certa.
Quando Jesus veio à terra pela primeira vez, foi de acordo com o perfeito plano de Deus: "Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos"
 (Gálatas 4:4-5).
Quando chegou o momento certo, na hora marcada, Jesus Cristo - o Filho de Deus - cumpriu as Escrituras e nasceu num estábulo em Belém.
E quando for a hora certa, Jesus Cristo, o filho de Deus, vai voltar à terra.
A Bíblia nos diz: "O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).
O Senhor está aguardando que essas últimas pessoas venham para o Seu reino e depositem sua fé nEle.
Imagine que você conhecesse a pessoa que Deus espera. - Você não ficaria tentado a pressioná-la para tomar logo a sua decisão?
Como cristãos precisamos lembrar pois, que somos relativamente poucos, enquanto a tarefa é imensa e o tempo é curto.
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A ESPERANÇA



A ESPERANÇA MANTÉM SEGURA E FIRME NOSSA VIDA
Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco. (Hebreus 6.19)
Um escritor inglês, do século passado, conta em uma de suas obras que na praia perto de sua casa, uma coisa muito interessante podia ser vista com freqüência: um navio lançando a sua âncora no mar enfurecido.
Dificilmente existe uma coisa mais interessante ou sugestiva do que essa.
Parece estar sob o poder e à mercê delas.
O navio dança sobre as ondas. O vento e a água se combinam para fazer do navio o seu brinquedo. Parece que vai haver destruição; pois se o casco do navio for lançado sobre as rochas, será despedaçado.
Mas observamos que o navio mantém a sua posição. Embora à primeira vista parecesse um brinquedinho desamparado à mercê dos elementos, o navio não é vencido.
Qual é o segredo da segurança deste navio?
Como pode resistir às forças da natureza com tanta tranqüilidade?
A corda à qual ele está amarrado não depende das águas, nem de qualquer outra coisa que flutue dentro delas. Ela as atravessa e está fixada no fundo sólido do mar.
Existe segurança para o navio no meio da tempestade porque ele está ancorado!
Não importa quão forte o vento sopre ou quão altas sejam as ondas do mar... A sua segurança depende da âncora que está imóvel no fundo do oceano.
Muitas vezes nos sentimos no meio de uma tormenta, sendo jogados pelas ondas da vida para cima e para baixo e açoitados pelo vento da adversidade, da tribulação e das aflições da vida.
Parece-nos, às vezes, que não conseguiremos sobreviver a determinados períodos de nossas vidas.
E sem uma vida espiritual sadia, a nossa vida é como um navio sacudido pelo mar enraivecido das circunstâncias incontroláveis da vida.
Mas, confiando em Deus, experimentamos sua presença e amor como âncora da nossa vida.
Nos sentimos encorajados e esperançosos. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco.
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sábado, 13 de junho de 2015

BEM AVENTURADOS OS MANSOS



BEM AVENTURADOS OS MANSOS

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra (Mateus 5:5)

Quando pensamos em compreender qualquer parte do Sermão do Monte é preciso levar em conta o contexto em que Mateus o insere. 

Este evangelho de Mateus é intitulado de “Evangelho do Reino” pois a sua orientação vem deste tema. A porta de entrada do Sermão do monte é Mateus 4:17 que diz: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. 
Jesus demonstra que já em sua pessoa ele começaria a manifestar o reinado de Deus. 

A parte inicial do Sermão do Monte dá-se com a elencação das bem aventuranças, que são mais do que um simples código de ética, são características que fazem parte da vida do próprio Jesus.

A terceira bem aventurança descrita esta em Mateus 5:5 é: “Bem Aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. 

Esse texto de Mateus 5:5 é uma referência direta ao Salmo 37:11 onde o manso é visto em contraste com o com os malignos, com os ímpios, que pelo seu egoísmo oprimem seu próximo. 

Os mansos, no dizer do salmista, “não se indignam por causa dos malfeitores, nem têm inveja dos que obram a iniquidade” (v.1), e ele ainda diz mais sobre as características do manso: Confiam no Senhor – (v.3). Deleitam-se no Senhor – (v.4). Entregam o seu caminho ao Senhor – (v.5). Descansam no Senhor – (v.7). Esperam no Senhor (v.7).Deixam a ira – (v.8).

Sendo assim, o que podemos aprender com esta bem aventurança:

Há um Modelo a Ser Seguido: É a pessoa e a vida de Cristo que faz das bem-aventuranças e de todo o sermão da montanha algo mais que uma esplêndida utopia ética; faz disso uma realização histórica, da qual cada um pode tirar força para a comunhão que lhe une à pessoa do Salvador.

Se as bem-aventuranças são o auto-retrato de Jesus, precisamos olhar para Ele e ver como Ele as viveu. Os evangelhos são, de ponta a ponta, a demonstração da mansidão de Cristo, em um duplo aspecto: de humildade e de paciência. 

Ele mesmo se propõe como modelo de mansidão. Mateus 11:29 “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;”. 

Sua entrada em Jerusalém no lombo de um burro se vê como um exemplo de rei “manso” que foge de toda idéia de violência e de guerra (Mateus 21, 4). 

A prova máxima da mansidão de Cristo é com certeza dada no momento da sua paixão. Na cruz Jesus não demonstrou nenhuma ira, nenhuma ameaça. 

Pedro diz algo fantástico a respeito desse momento: “Insultado, não respondia com insultos; ao padecer, não ameaçava” (1 Pedro 2, 23).

Essa característica da mansidão encontrada na pessoa de Cristo ficou gravada de um modo tão profundo no coração e na alma dos seus discípulos, que o apóstolo Paulo, ao exortar os Coríntios sobre algo querido e sagrado, diz: “Vos suplico pela mansidão e pela benignidade de Cristo” (2 Corintios 10, 1).

Ao olhar para Jesus vemos a mansidão sendo vivida em todos os momentos da vida. É preciso perceber que não faltaram momentos para perder a mansidão na trajetória do mestre, todavia ele viveu integralmente aquilo que falou e acreditava.

O Foco da mansidão é o Próximo

Há quem julgue que ser Manso é o mesmo que ser fraco, não ter força, firmeza ou virilidade, ser covarde. Não é nada disso. Manso é aquele que pode combinar em sua personalidade, força e delicadeza, virilidade e suavidade, firmeza e ternura. 

Em outras palavras, manso é alguém que conseguiu obter domínio próprio, por isso é capaz de empregar a força, mas também agir com cortesia, segundo a necessidade. 

Mansidão é uma das qualidades do Fruto do Espírito! 


Até agora as duas primeiras Bem aventuranças tinham como fofo o “eu”, ou seja, aplicavam-se diretamente a mim. Já nesta bem aventurança da mansidão, o foco está no próximo, afinal eu ajo com mansidão nas situações da vida, e em toda situação da vida há um próximo envolvido.

Demonstrar mansidão na nossa sociedade atual é uma grande abertura nos relacionamentos para que possamos chegar ao coração e a vida das pessoas com uma mensagem transformadora, onde dizemos que podemos ser mansos sem ser fracos. 

O fato é que devemos mostrar que nossa mansidão vem pelo fato de sabermos que nossa vida está sob os cuidados de Deus. 

Foi isso que Cristo fez a sua caminhada inteira. Conquistou corações em sua mansidão, cumpriu sua missão como cordeiro manso.

Existe Uma Recompensa: A promessa ligada à bem-aventurança dos mansos é que eles “...possuirão a terra” Esta recompensa se realiza em diversos níveis, até a terra definitiva que é a vida eterna, Mas certamente que um dos planos é o humano, Jesus está falando de algo que já posso colher aqui e agora. 

Talvez uma das maiores recompensas seja a terra dos corações dos homens. Os mansos conquistam a confiança, atraem as almas.

O maior desafio de todos é manterem-se mansos quando esta mansidão parece somente prejudicar-me. 

A sociedade diz que o manso é humilhado e pisoteado, dentro das empresas, nas competições de mercado de trabalho, etc. 

E diante desse quadro surge a questão: O que me mantém manso? 

A resposta não pode ser outra senão, confiar em Deus. Saber que se Jesus prometeu, vai se cumprir. 

A Bíblia diz em Filipenses 2 que Jesus foi recompensado pelo Pai após a cruz. Então eu preciso saber que mesmo que minha mansidão me leve a um caminho de morte, Deus já tem preparado a recompensa para mim.

Serei feliz em ser manso porque tenho a certeza de que Deus me abençoará!

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VIVA NO MUNDO, MAS NÃO AME O MUNDO



VIVA NO MUNDO, MAS NÃO AME O MUNDO

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo." (1 João 2:15-16)

Se você vive no mundo, não há como sair dele, mas evita se corromper com ele, por causa da sua oposição, você percebe que o mundo se entrega àquilo que é contrário à vontade de Deus, ganância, ambição, egoísmo, sensualidade, engano, mentiras e maldade.

Este é um mundo que está totalmente corrupto e poluído com tantas coisas imorais, corrupção, vaidades e mentiras. 


Viver no mundo para os cristãos não é fácil, porque tem que abrir mão de muitas coisas para servir  ao Senhor

Ouvimos muito hoje sobre poluição do ar, da água, mas ninguém parece se preocupar com a poluição das mentes e com o espírito do homem que está obscurecido por todas essas coisas.

Deus perdoa as vezes que colocamos amor nas coisas deste mundo. 

Dar prioridade para as obras do Seu Reino é virar as costas para o mundo no sentido de não se contaminar, mas olhar para o mundo para salvar as pessoas que estão presas a muitos ciclos viciosos e libertá-las.

Só Deus para nos ensinar a andar exatamente segundo a Sua vontade, exatamente no caminho que o Senhor planejou para nós

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O DOM DOS PROFETAS



O DOM DOS PROFETAS

Todo aquele que se esforça para aprender a mensagem de Deus e anunciá-la ao maior número de pessoas já é um profeta

Mas nos últimos dias, ele fala pelo filho, através do Espírito Santo, as pessoas que seguem e ouvem a Jesus conseguem extrair ensinamentos e repassá-los

"Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo." (Hebreus 1:1-2)

Paulo neste contexto está diferenciando Jesus e os profetas do Antigo Testamento, para que não houvesse dúvida.

Uma vez que a Palavra vem aos profetas, e havia na terra um homem manifestando a Palavra de Deus, Ele era um profeta.

Mas Paulo queria mostrar que Jesus era O Profeta, O Filho de Deus, O Verbo encarnado, O Messias, O Herdeiro e o nosso Senhor e Salvador.

Com Jesus no coração transmitiremos o seu amor, a sua paz e a sua justiça. Seremos os profetas desta geração

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. (1 Coríntios 14:1)

Senhor, a Tua Palavra é lâmpada para os nosso pés, é luz para o nosso caminho, e sempre que a noite se torna mais escura, sempre que a vida se torna mais difícil o Bondoso Salvador, a Luz do mundo, a Luz que brilha em meio a escuridão, vem para nos levar de volta para Casa, para nos levar de volta para o que é Original, de volta para o que é correto para o que é verdadeiro.

Assim como o apóstolo Paulo foi usado para revelar esta verdade, que o Senhor possa nos usar para levar a verdade para as pessoas que ainda não a conhecem. Eu oro em nome de Jesus. Amém.

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sexta-feira, 12 de junho de 2015

CRISTO REALMENTE PODE MUDAR O HOMEM?




CRISTO REALMENTE PODE MUDAR O HOMEM?

Um pregador entusiasmado falava em praça pública a um grande número de ouvintes. Como muitas vezes acon­tece, um escarnecedor ousadamente interrompeu-o dizen­do:

- Pregador, o seu Cristo pode fazer tanta coisa como vo­cê está dizendo, mas não pode mudar a roupa deste mendi­go que está ao seu lado.

O pregador, sem se perturbar, respondeu:

-  Realmente. Nisto o senhor tem razão. Cristo não vai mudar a roupa deste mendigo ao meu lado, mas Cristo pode mudar o mendigo que está dentro dessa roupa.


"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram: eis que tudo se fez novo" (2 Corintios 5.17).

Num episódio bíblico muito conhecido, os apóstolos Pedro e João se encontraram com um mendigo aleijado, onde a única coisa que ele podia fazer é pedir esmola:


E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. 

E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. 

Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; E conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera.  (Atos 3:1-10)

Eles não deram pra ele comida, nem dinheiro, nem roupas! Deram algo muito melhor, deram uma nova vida, agora um homem curado e pronto para as novas oportunidades da vida

Agora ele poderia viver além da margem da sociedade. Era um novo homem, com chances de batalhar na vida, arrumar um novo emprego, ter novos amigos, se relacionar com as pessoas, sair daquele ambiente limitado, onde o máximo que poderia fazer era só pedir esmolas

O mendigo entendeu a mensagem, levantou, andou e sorrindo partiu para sua nova vida, foi até o templo adorou a Deus e agradeceu pela oportunidade  

É isto que o poder de Cristo faz, dar sentido a existência das pessoas, ele oferece algo muito melhor: A VIDA

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QUEM FOI MELQUISEDEQUE?

MELQUISEDEQUE, seu nome é a combinação de duas palavras dos cananeus: melchi = rei, zadok= justiça (rei da justiça). Melquisedeque era rei de Salém, uma cidade de Canaã e este nome Salém significa “paz” na língua dos cananeus. O nome cananeu dessa cidade iria mais tarde fazer surgir a saudação hebraica Shalom e seu equivalente árabe, Salaam. Salém contribuiria com suas cinco letras para formar a última parte do nome Jerusalém, cujo nome significa “o fundamento da paz”. Porém, ainda mais interessante do que a cidade de Salém propriamente dita era o rei que reinava sobre ela, Melquisedeque.
Mas o que fazia um “Rei da Justiça” entre os cananeus, famosos por sua idolatria, sacrifício de crianças, homossexualismo legalizado e prostituição nos templos? Será que ele recebera um nome impróprio? Não. Segundo o autor de Gênesis, este rei atuava também como sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18). O título “altíssimo” era muitas vezes aplicado na antiguidade à divindade Cananéia mais importante. Eles estavam em Canaã, podemos supor então que Melquisedeque era um rei-sacerdote cananeu. Mas, Abraão ao identificar o “Deus Altíssimo” de Melquisedeque com o “Senhor” (Gn 14.22), deu testemunho do Deus único e verdadeiro, a quem Melquisedeque dizia ser servo.

O ENCONTRO DE MELQUISEDEQUE COM ABRÃO
Abraão voltava com seus homens de uma guerra que travara contra cinco reis comandados por Quedorlaomer, rei de Elão, para libertar seu sobrinho Ló que tinha sido levado cativo (Gn 14.14-16). Ao chegar ao Vale de Savé, lhe veio ao encontro Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo (El Elyon).

A atitude de Abraão para com Melquisedeque comprova que este rei era digno de honrarias. Melquisedeque lhe veio ao encontro com uma saudação de paz. Abençoou Abraão e lhe ofereceu pão e vinho. Tudo foi aceito por Abraão. O mais surpreendente, Abraão, lhe entregou o dízimo dos despojos da guerra vencida contra os cinco reis.

Embora o conceito de Melquisedeque acerca de Deus, talvez fosse precário, o modo de Abraão corresponder à benção dele parece mostrar o reconhecimento de que eles dois serviam ao mesmo Deus (Gn 14.18). Melquisedeque é posteriormente mencionado como um tipo de prefiguração de Cristo Jesus, nosso grande Sumo Sacerdote (Hb 4.14), cujo sacerdócio é segundo a ordem de Melquisedeque e não de Levi (Hb 7.11; Sl 110.4).

O pão e vinho oferecido a Abraão por Melquisedeque era uma refeição comum naquela época (Jz 19.19), não podendo ser relacionada à ordenança neotestamentária da Ceia do Senhor. Melquisedeque ofereceu o alimento e a bebida para demonstrar amizade e hospitalidade.

A HUMILDADE DE ABRAÃO
Abrão era o detentor das promessas de Deus. Era em Abrão que todas as famílias da terra seriam abençoadas. Era Abrão que seria uma benção. Tudo isso Deus havia dito à Abrão. Mas diz o texto de Gênesis 14.18-19 “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo (El Elyon). E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo (El Elyon), o Possuidor dos céus e da terra”.

Qual seria a resposta de Abraão se ele fosse cheio de orgulho arrogância e altivez: “Um momento alteza! O nome correto para o Altíssimo é Yahweh e não El Elyon! Além disso, não posso aceitar uma benção oferecida sob esse nome cananeu El Elyon, visto que todo conceito cananeu deve estar tingido de noções pagãs como a idolatria. Além do mais, Javé me disse que Eu é que deverei ser uma benção e abençoar todas as famílias da terra, inclusive Vossa Majestade. Não está se achando presunçoso ao abençoar-me?”.

Mas não foi nada disso que aconteceu, a resposta de Abraão a benção de Melquisedeque foi lhe entregar os dízimos de tudo que havia tomado na guerra (Gn 14.20). Este ato de Abraão ao dar o dízimo a Melquisedeque deu lugar mais tarde a um extenso comentário do escritor da Epístola aos Hebreus, no Novo Testamento: “Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão” (Hb 7.4-5).

Diz também o texto de Hebreus, que Melquisedeque abençoou o que tinha as promessas: “Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior” (Hb 7.6.7).

A GRANDEZA DE MELQUISEDEQUE
O autor de Hebreus cita uma profecia do rei e salmista Davi. A profecia declara explicitamente que o Messias judeu, quando vier não servirá como membro do sacerdócio levítico inerentemente temporário, com sua linhagem restrita. Em vez disso será um sacerdote da “Ordem de Melquisedeque”, e cuja ordem não ficará restrita a qualquer linhagem particular. Davi diz que a filiação do Messias à “Ordem de Melquisedeque” foi um juramento divino. “Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 104.4).

Como podemos entender a afirmação bíblica de que Melquisedeque era espiritualmente superior ao pai Abraão? O que o fazia superior?

Segundo Don Richardson, autor do livro “O Fator Melquisedeque”, a resposta parece estar no que cada um deles representava na economia de Deus: "Melquisedeque representava a revelação geral de Deus para a humanidade; Abrão representava uma revelação especial de Deus à humanidade, baseada na aliança, conforme registrada na Bíblia. A revelação geral de Deus é superior a sua revelação especial de duas maneiras: ela é mais antiga e tem influenciado toda a humanidade (Sl 19). Assim era apropriado que Abraão, como representante de um tipo de revelação mais recente e menos universal, pagasse o dízimo de reconhecimento ao representante da revelação geral".

CONCLUSÃO
A presença de Melquisedeque servo do Deus Altíssimo, em Canaã, antes de Abraão, não diminuiu de forma alguma o destino especial dado por Deus a Abraão, nem lhe tirou o privilégio de ser um missionário de Javé. Não existe no texto bíblico a menor evidencia de algum tipo de ciúme ou inveja entre os dois. Ao oferecer a Abraão pão e vinho e este entregar a Melquisedeque o dízimo eles deram uma prova de que serviam ao mesmo Deus, não interessa o nome como cada um deles se referiam ao Todo-Poderoso, eles eram servos de El Elyon/Javé, e aliados na mesma causa, fazerem o povo conhecer o seu Deus.

Não podemos esquecer: Melquisedeque era um homem real, rei de uma cidade existente, não como alguns querem fazer crer que ele era uma aparição de Jesus. Ele era uma tipificação de Cristo, como foi José do Egito, Moisés e muitos outros.
 

Fonte: www.santovivo.net

Fontes:
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista
O Fator Melquisedeque, Don Richardson – Editora Vida Nova
Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra - Editora Cultura Cristã

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