segunda-feira, 3 de outubro de 2022

A Raposinha da Instrumentalidade

 A Raposinha da Instrumentalidade

Vamos ler Êxodo 20:25-26 “Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás. Nem subirás por degrau ao meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta”.
Às vezes chegamos num ‘grau’ tão grande de ‘santidade’, e achamos que somos os únicos instrumentos de Deus, então nos tornamos arrogantes e indisponíveis para Deus.
Temos um claro exemplo na Bíblia da síndrome do ‘só sobrou eu’, ‘só eu sou santo’, ‘só eu faço a obra’, veja do que eu estou lhe falando, é um texto longo, mas vale a pena conferirmos isso na vida do profeta Elias, 1ª Reis 18:21 à 19:18 “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei dos profetas do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens. Dêem-se-nos, pois, dois novilhos; escolham eles para si um dos novilhos e, dividindo-o em pedaços, o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo; eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. Então, invocai o nome de vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra. Disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós outros um dos novilhos, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome de vosso deus; e não lhe metais fogo. Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém não havia uma voz que respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito. Ao meio- dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará. E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue. Passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele;
Elias restaurou o altar do SENHOR, que estava em ruínas. Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome. Com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de sementes. Então, armou a lenha, dividiu o novilho em pedaços, pô-lo sobre a lenha e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. Disse ainda: Fazei-o segunda vez; e o fizeram. Disse mais: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez. De maneira que a água corria ao redor do altar; ele encheu também de água o rego. No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus! Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou. Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque já se ouve ruído de abundante chuva. Subiu Acabe a comer e a beber; Elias, porém, subiu ao cimo do Carmelo, e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos, e disse ao seu moço: Sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: Volta. E assim por sete vezes. À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te detenha. Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. A mão do SENHOR veio sobre Elias, o qual cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de Jezreel. Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. Temendo, pois, Elias, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence a Judá; e ali deixou o seu moço. Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta;
Toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta- te e come, porque o caminho te será sobremodo longo. Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. Quem escapar à espada de Hazael, Jeú o matará; quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o matará.Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou”.
Veja aqui que em três ocasiões distintas Elias sucumbe de pena de si mesmo, depressivo com a síndrome do ‘só sobrou eu’.
Meus queridos, muitos líderes, ministros, homens e mulheres têm caído nessa falácia de acharem que só eles tem o poder de tal coisa, o dom disso, a virtude daquilo e que sem eles a obra não será feita, é puro engano do diabo nessas mentes.
Dinheiro nenhum, nem ninguém, nada podem comprar a glória de Deus. Em muitos lugares a fama tem substituído o conteúdo, o talento tem substituído a piedade e o estrelismo humano tem substituído o caráter.
Quem olha só para as aparências se engana redondamente no Reino de Deus, Samuel mandado por Deus viu Eliabe, moço bonito e disse é esse o homem!
E estava absolutamente enganado, porque o homem vê o exterior e Deus vê o interior e o oculto.
Não desprezes o dia das pequenas coisas, Zacarias 4:10 “Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar- se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra”. Não devemos desprezar a ninguém, pois o nosso desprezado pode ser o nosso substituto no futuro.
Somos apenas servos inúteis e devemos continuar sempre assim, embora cresçamos ministerialmente, financeiramente ou profissionalmente.
Às vezes pensamos que somos prioritários, insubstituíveis, irremovíveis, vitalícios, antes somos, descartáveis, substituíveis e removíveis, o único vitalício nesse Reino é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Lutemos contra esse algoz e sutil inimigo que tenta roubar a cena todos os dias em nossas igrejas.

Conclusão

Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas; pois as nossas vinhas estão em flor.
Precisamos reconhecer que estas raposinhas estão atacando nossas vidas, ministérios, famílias e igrejas, precisamos discernir sempre os locais onde estão se dando esses ataques e precisamos em uma grande força tarefa nos unir em oração e espírito de equipe, para vencermos esses inimigos e destruirmos suas obras no nosso meio.
As sete raposas: instantâneidade, superficialidade, complexidade, superioridade, sensualidade, vulgaridade e instrumentalidade, são vencidas pelo sangue do Cordeiro e Pela Palavra do Testemunho.
Apocalipse 12:11 “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”. E ainda em Apocalipse 22:14 “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”.
PAULO BUENO

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