BRINCADEIRA É COISA SÉRIA
Base bíblica: Pv 26: 18 – 19
“Como o louco que atira brasas e flechas mortais, assim é
o homem que engana o seu próximo e diz: ‘Eu estava só brincando!’”
Ao cristão, é permitido brincar,
divertir-se, dar boas gargalhadas?
Não apenas permitido, mas
incentivado, como sinal de vida saudável. A Bíblia é, sem dúvida, um livro
sério, mas não sem uma equilibrada e bela dose de bom humor.
1.
Deus tem humor!
Você é capaz de lembrar situações
engraçadas narradas nas escrituras? Eis algumas:
·
Deus fazendo com que a mula, surrada pelo
profeta, falasse ao vidente ganancioso – e ele ainda respondesse (Nm 22:28-30).
·
A notícia entregue pelo anjo ao casal de
velhinhos, que teriam um filho – o “ridículo” da situação só poderia dar numa
risada fugida pelo canto da boca – sabe quando a gente não consegue segurar uma
gargalhada num ambiente em que isso não é, exatamente, apropriado? Imagine sua
vovozinha grávida... A família iria se divertir um bocado (Gn 18:1-15).
·
A Igreja orando pela libertação do apóstolo
Pedro (prisioneiro de Herodes), e ele, milagrosamente liberto por anjos,
aparece na porta da casa onde a reunião aconteceu. A empregada, de tão
assustada e alegre, corre à reunião, sem dar-lhe acesso. Ninguém acredita,
dizem ser um fantasma. Não fora a insistência da mulher, teriam passado a noite
suplicando a libertação daquele que já estava à porta. Esta é o que podemos
chamar de “fé incrédula” (At 12: 1-19).
Posso ainda citar mais algumas,
como por exemplo:
·
Zaqueu (Lc 19: 1-4);
·
Ou quando Davi (1Sm 24:3), escondido do rei Saul
em uma caverna teve que agüentar a sua entrada na mesma caverna, não para
achá-lo, mas para satisfazer suas necessidades fisiológicas. Que situação
constrangedora...!
2.
Princípios para uma brincadeira saudável:
·
Não confundir divertir com desmoralizar;
·
Não confundir divertir com ferir;
·
Não confundir divertir com mentir;
·
Não confundir divertir com dissimular.
|
O que não é brincar, implicando
em imaturidade:
·
Brincar ofendendo o outro, não é brincadeira, é preconceito.
·
Brincar com o que é santo, não é brincadeira, é desrespeito.
·
Brincar ferindo outro (moral, emocional,
espiritual ou fisicamente), não é brincadeira, é agressão.
·
Existe aquele que faz do brincar um estilo de
vida. É aquele que só ri das tristezas ou vergonhas do outro. É aquele que
“apronta” e ri às custas dos outros, que ofende achando que é diversão, que
está tão alienado que acha tudo normal, acha tudo apenas "“uma
brincadeirinha”. Brincar é uma coisa. Ser perverso, maldoso, ímpio é outra.
Este está confundindo brincadeira com maldade (Pv 4: 14-17).
Vamos analisar algumas
“brincadeirinhas”:
1.
“Trote” em escolas e universidades (vocês
lembram do jovem oriental que morreu afogado na piscina da USP, em São Paulo?).
2.
As “brincadeiras” de acampamento – passar pasta
de dente nas pessoas enquanto dormem (chamado “batismo” para os novatos); jogar
alguém na piscina ou lago, desprevenido; atirar bombinha nos quartos; concurso
dos “mais-mais” (o mais gordo, o mais feio, o mais antipático, o mais
chato...).
3.
Puxa a cueca ou baixar o calção de algum
rapaz... Pior ainda se for com meninas...
Precisamos pensar um pouco sério
sobre “brincadeira”.
Infelizmente, há pessoas que:
·
Não conseguem “divertir-se com” (rir com) –
preferem “rir de...
·
Não sabem brincar sem ofender.
·
Para se livrar das conseqüências, dissimulam, ao
invés de se confessarem e se converterem!
Algumas pessoas
não sabem se divertir de modo saudável e cristão, visto que não conseguem dar
boas risadas sem afetar a dignidade e a moral de seus amigos. Usam brincadeiras
que tocam freqüentemente na ferida aberta do preconceito, destacando
deficiências, atropelando temas e situações sérias e, não poucas vezes,
reduzindo a nada coisas santas e sagradas.
O desafio é que
sejamos alegres, bem humorados e felizes, mas dentro dos padrões de Deus. Que
sejamos bênção para as pessoas, de tal modo que até o nosso brincar seja para
agradar ao Senhor.
A Ele a honra,
a glória e o poder, para todo o sempre!
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