Certo dia um gato andava pela região onde havia uma igreja.
Ele foi se achegando e avaliando se ali haveria um lugar para ele, pois estava
sem um lugar seguro para passar a noite.
Como a porta da igreja estava aberta e
ninguém que lhe oferecia perigo estava por ali, o gato entrou calmamente. Deu
uma volta pelo ambiente, olhou em todas as direções e ficou por ali, pois
gostou muito do local, o local era tranquilo e lhe parecia muito bom para
passar a noite.
Aos poucos as pessoas iam entrando na igreja e logo muitos
faziam carinho no gato, davam comida a ele, conversavam com ele, brincavam com
ele. Logo o gato ficou amigo de todos e estava presente todos os dias naquela
igreja. Não tinha uma reunião em que o gato não estava.
O tempo passou e já fazia alguns meses que o gato estava ali
naquela igreja. Ele não saia dali. Estava sempre presente.
Um dia, o pastor da igreja, observando o gato dia após dia,
resolveu compartilhar sobre ele em um dos cultos da igreja.
– Quantos já viram aquele gatinho bonitinho que sempre está
aqui em nossa igreja?
Quase todos levantaram as mãos, pois o gatinho era tão
bonitinho que fazia muito sucesso por ali. O pastor, então, continuou:
– Vocês acham que esse gato é um gato crente?
A igreja toda estranhou a pergunta, mas ficou em silêncio
enquanto o pastor seguia com o sermão.
– Pois é, irmãos, faz alguns meses que esse gato está vindo
aqui na igreja. Ele está em todas as reuniões que fazemos. Observando-o, percebi
que ele até parece um gato crente. Mas será que esse gato é um gato dedicado a
Deus?
A igreja sem entender nada permanecia em silêncio. O pastor
continuou:
– Vejamos se esse gato é crente, pois ele está todos os dias
na igreja, não é verdade?!:
– O gato tem uma vida de oração? Não!
– O gato lê a Bíblia diariamente? Não!
– O gato evangeliza as pessoas? Não!
– O gato jejua ao Senhor? Não!
– O gato contribui para a obra de Deus? Não!
– O gato é um intercessor? Não!
A igreja, então, em silêncio aguardava a conclusão do
pastor.
– Pois é, irmãos, muitas vezes somos como esse gato. Estamos
na igreja, frequentamos, até parece que somos crentes por estar em lugares que
crentes estão, mas, de verdade, como o gato, não somos crentes dedicados ao
Senhor. Somos apenas como gatos que parecem crentes.
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário