terça-feira, 22 de novembro de 2022

OS CUIDADOS DO MUNDO

 OS CUIDADOS DO MUNDO

É muito fácil para os cristãos se envolverem e até ficarem atolados naquilo que as Escrituras chamam de “os cuidados do mundo”. Esta categoria abrange coisas tais como: comida, abrigo, roupas, educação, companheiros de vida, oportunidades de carreira, sustento e outros similares. Todas estas são coisas com as quais o homem naturalmente se preocupa. Para muitos, estes interesses são tão importantes que se tornaram o ponto central de suas vidas.

Entendendo esta tendência humana natural, Jesus contou outra parábola sobre os pássaros no ar e as flores do campo – como eles são vestidos e alimentados pelo próprio Deus. Sua censura aos seus discípulos foi bem clara: eles não deveriam se preocupar com estas coisas. Deixe-me repetir isto: “Não se preocupar com elas!” O ensinamento de Jesus foi que os cristãos não devem estar focalizados nestas coisas. Ele tomaria conta delas.

Como pode tal coisa ser verdadeira? Será possível que Jesus não queira que prestemos atenção ao nosso futuro? A nossa educação não é do maior importância? A nossa segurança financeira não é algo com que devemos dar séria e prolongada consideração? Estas coisas não são essenciais à nossa existência?

De acordo com as Escrituras, a resposta é “NÃO”. Somos advertidos a não nos preocupar com estas coisas (Mt 6:25). Certamente isto significa que não devemos dar tempo e atenção a elas. Ao contrário, somos instruídos a trabalhar para o Senhor e para o Seu Reino com prioridade.

Por que Jesus nos exortaria a não nos ocuparmos com coisas que parecem tão vitais à nossa existência? Como poderemos viver neste mundo sem prestar bastante atenção a estas coisas? As respostas a estas questões são razoavelmente simples. Seres humanos são criaturas finitas. Seus corações e mentes só podem se ocupar com um número limitado de considerações.

Quando nossa afeição é dividida e focada nessas considerações terrenas, pensamentos direcionados para Deus e sobre o Seu Reino ocupam, automaticamente, o segundo lugar. Estas coisas começam, então, a tomar um lugar em nossos corações, que deveria estar reservado apenas para Deus.

Ele pretende que nós O olhemos como Provedor de todas as nossas necessidades e quer que aprendamos a confiar Nele completamente. Deste modo, nossas mentes e corações estarão livres para procurar Seu Reino em primeiro lugar – procurar Sua vontade, passar tempo em oração e em nos concentrar como poderemos executar da melhor maneira possível aquilo em que Ele está nos liderando.

Como é fácil estar no estado em que Marta se encontrava quando Jesus veio visitá-la em sua casa em Betânia: “estar distraída” com muitos afazeres (Lc 10:40).

Crianças, limpeza de casa, emprego, roupas novas, compras de supermercado e muitas outras obrigações do dia a dia, tornam-se, para algumas pessoas, o centro de sua existência. Seu trabalho, seus negócios e suas casas se tornam o foco.

Eles sentem que estas coisas são importantes (e é claro que elas são!), mas o problema é quando elas começam a ocupar nosso tempo e atenção, deixando-nos longe do Senhor e focados em coisas terrenas. Jesus disse claramente que, se O procurarmos em primeiro lugar, Ele tomará conta de todas estas coisas e nos deixará livres para darmos frutos.

A ILUSÃO DAS RIQUEZAS

 A ILUSÃO DAS RIQUEZAS

Uma coisa que impede nossa produtividade espiritual é a ilusão de riquezas. É realmente difícil alguém que esteja correndo avidamente atrás de riquezas, algum dia, ser capaz de reconhecer que está longe do plano de Deus. O poder do dinheiro é extremamente sedutor.

Na verdade, hoje existe um completo segmento da população cristã que está ativamente perseguindo as riquezas e ensinando aos outros que esta é a vontade de Deus para as suas vidas. Ainda ouvimos as Escrituras dizerem que “Aqueles que querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (1 Tm 6:9).

Perseguir riquezas é perseguir o vento. Nada está mais distante do modo de Cristo do que procurar avidamente por dinheiro. Muitos grandes homens de Deus se arruinaram por isso. Deus é o dono do gado em milhares de colinas. Ele possui tudo. E Ele dará aos Seus servos aquilo que lhes é necessário. Se nós temos em abundância, devemos agradecê-Lo por isto. Se estamos humilhados, a resposta ainda é a mesma. A Bíblia diz que: “Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus, em Cristo Jesus, no que toca a você” (1 Ts 5:18).

Os cristãos precisam aprender a ser gratos a Deus pelo que têm e a confiar que Ele vai cuidar de tudo. Este é um segredo que Paulo descobriu. Ele disse: “Eu aprendi, não importa o estado em que eu esteja, a estar contente” (Fp 4:8).

Quando perseguimos dinheiro, salários mais altos, empregos melhores ou mais educação com propósitos financeiros, nossas mentes e corações facilmente se afastam das obras de Deus. Os resultados são desastrosos. Rapidamente nos tornamos infrutíferos em nosso trabalho para Jesus. Nada pode afligir mais o Senhor do que ver o Seu povo perseguindo tais vaidades. Ele tem tanto para nos dar e haverá muito mais ainda de valor eterno esperando por nós quando Ele voltar.

Como precisamos passar nosso tempo na Terra trabalhando ativamente pelas coisas que levam à vida de Deus! As Escrituras dizem que devemos pensar nas coisas lá do alto e não nas que estão aqui na Terra. As coisas invisíveis é que são eternas. Perseguindo as coisas celestiais acumularemos tesouros que não podem ser consumidos ou destruídos.

A LASCÍVIA

 A LASCÍVIA 

Alguns desejam ser famosos. Outros almejam uma posição particular na comunidade ou sucesso nos negócios. Alguns querem um carro novo, um barco, terras ou uma casa. Pode ser qualquer coisa. Somente você pode saber, diante de Deus, o que está em seu coração que o faz buscar ansiosamente e que está impedindo seu coração de ser inteiramente Dele.

Nosso Deus é um Deus ciumento. Ele quer possuir nossos corações por inteiro. Ele já sabe o que está dentro de nós que está tomando o lugar em nossas afeições que deve ser reservado somente a Ele. Se continuarmos nessa condição sem arrependimento, vamos ser expostos naquele Dia do Senhor como servos rebeldes e infrutíferos.

Não podemos servir a dois mestres. Não podemos servir a Deus e a mamon (Lc 16:13). A lógica disso é que quando nossos corações ficam divididos, acabamos nos afastando do que é menos tangível, menos palpável. E quando nosso coração se afasta de Deus, o suplemento de vida sobrenatural que produz os frutos em nós diminui ou até acaba. Quando nosso Mestre percebe que estamos amando outras coisas e que essas estão tomando o lugar Dele, Ele Se afasta de nós também. O resultado desse mal é uma existência infrutífera e carente da presença de Deus.

Mas se hoje você se ajoelhar diante Dele e abrir seu coração, permitindo que o Espírito Santo perscrute seu interior e o ilumine, você poderá descobrir quais são estes impedimentos. Eu lhe peço, permita que a luz de Deus penetre em seu coração. Permita que Ele exponha estas coisas.

Não tenha medo. Parecerá doloroso apenas por um momento. O que Deus trará para você em substituição a estas coisas as quais você se apega desesperadamente, é muito mais do que você pode pedir ou sequer imaginar. Uma vida cheia do Seu Espírito e ocupada com as obras de Deus é a coisa mais satisfatória e recompensadora na qual uma pessoa pode se engajar.

Entretanto, muitos ainda são afastados desta vida de plenitude e de glórias por estas coisas ilusórias, terrenas e servis, que faz com que a Palavra Viva neles fique infrutífera.

Você deve ter notado que no final desta parábola não se diz que estas pessoas não fizeram coisa alguma ou que elas não eram “boas cristãs” ou mesmo que nunca cresceram um pouco ou que nunca tiveram nenhuma experiência com Deus. Ela simplesmente afirma que eles não deram frutos “à perfeição” – ao amadurecimento.

Talvez haja umas poucas uvinhas, por assim dizer, pendurados em sua videira. Talvez você considere adequado que Deus tenha usado você para dar frutos tais como duas ou três uvinhas.

Mas o desejo de Cristo é que possamos dar muitos frutos, até a perfeição, para cumprirmos o ministério que Ele nos deu. Ele quer que nos enchamos completamente à medida que Deus planejou para nós. Uma vida investida na obra de Deus servindo aos outros, resultará na maior recompensa que uma pessoa pode ter. Ninguém que busque este procedimento se arrependerá.

Se você estiver interessado neste tipo de existência, deixe-me reiterar que o único caminho para que isto aconteça é tomar a firme decisão de, a partir deste dia, render sua vida completamente a Jesus e colocar o reino Dele em primeiro lugar. Nós, Seu povo, precisamos oferecer nós mesmos no altar de sacrifícios. Romanos 12:1,2 diz que “isto é razoável, aceitável e agradável a Deus”.

Uma vez que já nos entregamos sem reservas, então Ele pode começar a nos usar, a Se mover em nós e através de nós, para cumprir os Seus propósitos. Não há dúvida que é isto o que Deus deseja. Também é inquestionável que haverá um preço. Deus requer tudo o que somos, tudo o que temos e tudo o que podemos ter ou ser. Em lugar disto tudo, Ele nos dará tudo o que Ele é e tudo o que Ele tem.

A BUSCA PELO PRAZER

 A BUSCA PELO PRAZER

Uma coisa que impede muitos crentes de fazer a obra de Deus é a busca pelo prazer. Nossa sociedade, hoje, parece estar centralizada no conforto e no prazer. A TV, o teatro, o cinema, os esportes e os entretenimentos de todo tipo dominam a vida de muitas pessoas.

Alguns se sentem mal se passam um dia sem ler a coluna de esportes de seu jornal ou sem descobrir as atividades de seus times favoritos.

Os cristãos desperdiçam muito dinheiro buscando o prazer. Eles também desperdiçam um tempo valioso que Deus poderia estar usando para Seus próprios propósitos. Caros jantares recreativos, esportes, festas, vários passatempos – qualquer coisa desta natureza – podem direcionar nossos corações para o desejo de mais e mais prazer.

Uma das coisas mais preciosas que temos para oferecer a Deus é o nosso tempo. Se Ele não possui o nosso tempo, também não nos possui. E, a menos que Ele nos possua, não poderemos ser frutíferos da maneira que Ele deseja. A maneira que estamos usando nosso tempo é um indicador seguro de quais são as nossas prioridades.

Alguns crentes gastam horas incontáveis assistindo a programas de TV que são moralmente questionáveis ou porcaria pura. Outros gastam seu tempo de sobra, dinheiro e energia, construindo uma casa de férias onde podem passar seu tempo de lazer. Indo à academia todo dia e a preocupação com praticar esportes voltam a atenção de muitas pessoas para a condição de seus corpos.

Bem, não estou dizendo que os cristãos não têm necessidade de, ocasionalmente, ter algum tempo para relaxar se estiveram trabalhando demasiadamente na obra de Jesus. Mas muitos crentes desperdiçam muito mais tempo do que o necessário simplesmente se divertindo. 

Isto não apenas entristece o Espírito Santo, mas nos torna infrutíferos, frustrando e impedindo os propósitos de Deus na Terra. Mais uma vez, aquilo que fazemos com o nosso tempo mostra onde realmente está o nosso coração.

Não há dúvida que muitos dos filhos de Deus terão dificuldades em compreender o problema de que as diversões aparentemente inocentes poderão impedir a sua caminhada espiritual. Tenho conhecido muitos que até se ofendem quando este tipo de questão se levanta.

Tudo o que tenho a lhes dizer é isto: Se vocês desejam uma vida espiritual frutífera e abundante, devem ser daqueles que não se envolvem em busca de interesses próprios. Devem ser aqueles completamente consagrados a Deus em todas as coisas.

Nenhum cantinho de sua vida é pequeno demais ou nenhuma área é tão sem importância, de maneira que Deus não a deseje possuir. Como esta parábola mostra claramente, se nossas vidas estão espiritualmente letárgicas e improdutivas, esta poderia ser a razão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

EMOÇÕES E EXPERIÊNCIAS

 EMOÇÕES E EXPERIÊNCIAS

Aquilo que não prova que nossas emoções vêm de uma verdadeira experiência de salvação
Emoções religiosas podem ser naturais ou espirituais na sua origem. Podem existir em pessoas que não são salvas, assim como naquelas que são verdadeiramente convertidas.
Nesta mensagem, vou examinar experiências que não provam que nossas emoções sejam espirituais nem que não sejam espirituais em sua natureza. Noutras palavras, quero que examinemos experiências que nada nos dizem quanto à espiritualidade ou não de nossas emoções.

1. EXPERIÊNCIAS FORTES E VIVAS NÃO PROVAM QUE NOSSAS EMOÇÕES SEJAM ESPIRITUAIS OU NÃO

Algumas pessoas condenam todas as emoções fortes. Têm preconceito contra qualquer um com sentimentos poderosos relacionados a Deus e coisas espirituais. Instantaneamente pressupõem que tais pessoas estão iludidas.
Mas se a verdadeira religião reside em nossas emoções, como provei, segue-se que grandes porções da verdadeira religião na vida de alguém produzirá grandes emoções.
Amor é uma emoção: acaso algum cristão diria que não devemos amar a Deus e a Jesus Cristo em grande medida? Ou ainda, alguém diria que não deveríamos sentir enorme ódio e tristeza em relação ao pecado? Ou que não deveríamos ter grande gratidão a Deus por Sua misericórdia? Ou ainda, que não deveríamos desejar muito a Deus e à santidade? Porventura algum cristão poderia dizer: “Estou totalmente satisfeito com a medida do amor e gratidão que sinto para com Deus, e com o ódio e tristeza que sinto quanto ao pecado? Não haveria necessidade de orar para ter uma experiência mais profunda dessas coisas?"
Em I Ped. 1:8 fala-se de emoções fortes e intensas quando diz: "exaltais com alegria indizível e cheia de glória". De fato, as Escrituras requerem, muitas vezes, sentimentos fortes.
No primeiro e grande mandamento, as Escrituras exaurem os recursos da linguagem para expressar o grau em que deveríamos amar a Deus: "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mar. 12:30).
As Escrituras também nos ordenam que sintamos grande alegria: "Os justos, porém, se regozijam, exultam na presença de Deus e folgam de alegria" (Sal. 68:3). Freqüentemente nos chamam a sentir grande gratidão pelas misericórdias de Deus.
Os crentes mais notáveis, cujas experiências são registradas nas Escrituras, muitas vezes expressam emoções intensas. Tomemos como exemplo o salmista. Ele menciona seu amor como sendo indizível: "Quanto amo a tua lei!" (Sal. 119:97).
Ele descreve altos graus de anseio espiritual: "Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma" (Sal. 42:1). Fala de grande dor pelos seus próprios pecados e pelos pecados dos outros: "Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados excedem as minhas forças" (Sal. 38:4). "Torrentes de água nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei" (Sal. 119:136).
Ele expressa fervorosa alegria e louvor espiritual: "Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Assim cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome levanto as mãos... à sombra das tuas asas eu canto jubiloso" (Sal. 63:3-4,7).
Isto prova que a existência de emoções religiosas em altíssimo grau não é necessariamente um sinal de fanatismo. Estamos seriamente errados se condenamos as pessoas como fanáticas somente porque suas emoções são fortes e vivas.
Por outro lado, o fato de nossas emoções serem fortes e vivas não prova que sejam verdadeiramente espirituais em sua natureza. As Escrituras nos mostram que as pessoas podem se tornar excitadas sobre religião, sem serem verdadeiramente salvas.
No Velho Testamento, por exemplo, a misericórdia de Deus para com os israelitas no êxodo moveu grandemente suas emoções, e cantaram Seus louvores, Ex. 15:1-21. Todavia, esqueceram Suas obras rapidamente. A dádiva da lei do Sinai os comoveu mais uma vez; pareciam cheios de entusiasmo santo, e bradaram: "Tudo o que o Senhor falou, faremos" (Ex.l9:8). Não obstante, logo depois estavam adorando o bezerro de ouro!
No Novo Testamento, as multidões em Jerusalém professaram grande admiração por Cristo, e louvaram-nO grandemente. "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" (Mar. 21:9). Contudo, quão poucos daqueles eram verdadeiros discípulos de Cristo. Logo as mesmas multidões gritariam, "Crucifica-O!... Crucifica-O!" (Mar. 15:13-14).
Todos os teólogos ortodoxos concordam que sentimentos sobre o cristianismo podem ser muito vigorosos sem nenhuma experiência autêntica da salvação.

2. O FATO DE NOSSAS EMOÇÕES PRODUZIREM GRANDES CONSEQÜÊNCIAS NO CORPO NÃO PROVA QUE SEJAM ESPIRITUAIS OU NÃO

Todas as nossas emoções afetam nosso corpo. Isso resulta da íntima união entre corpo e alma, carne e espírito. Não surpreende, então, que fortes emoções tenham grande efeito no corpo.
Entretanto, emoções fortes podem ser de origem natural ou espiritual. A presença de conseqüências corporais não prova que as experiências sejam simplesmente naturais ou verdadeiramente espirituais.
Emoções espirituais, quando poderosas e profundas, certamente podem produzir grandes efeitos físicos. O salmista diz: "Meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo" (Sal. 84:2).
Aqui encontramos uma clara diferença entre coração e corpo; sua experiência espiritual afetou a ambos. Diz ele, mais uma vez, "a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja" (Sal. 63:1). De novo, há uma clara diferença entre alma e corpo.
O profeta Habacuque fala de sua sensação da majestade de Deus dominando seu corpo: "Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz tremeram os meus lábios, entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram" (Hab. 3:16). Encontramos a mesma coisa no salmista: "arrepia-se-me a carne com temor de ti" (Sal. 119:120).
As Escrituras nos falam de revelações da glória de Deus que tiveram poderosos efeitos corporais naqueles que as viram. Por exemplo, Daniel: "não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma" (Dan. 10:8).
Eis como o apóstolo João reagiu a uma visão de Cristo: "Quando o vi, caí a seus pés como morto" (Apoc. 1:17). Não adianta protestar dizendo que estas foram revelações aparentes e não espirituais, da glória de Deus. A glória exteriorizada foi um sinal da glória espiritual de Deus. Daniel e João teriam entendido isto.
A glória aparente não os dominou somente por seu esplendor físico, mas precisamente por ter sido um sinal da infinita glória espiritual de Deus. Seria presunçoso dizer que em nossos dias Deus jamais dá ao crente visões espirituais de Sua beleza e majestade que produzem efeitos físicos semelhantes.
Por outro lado, efeitos físicos não provam que as emoções que os produziram sejam espirituais. Fortes emoções que não são verdadeiramente espirituais em sua origem podem produzir grandes efeitos físicos.
Portanto, não podemos indicar o simples efeito físico como prova de que nossa experiência venha de Deus. Precisamos de outra maneira para testar a natureza das nossas emoções.

3. O FATO DE NOSSAS EMOÇÕES PRODUZIREM GRANDE CALOR E DISPOSIÇÃO PARA FALAR SOBRE O CRISTIANISMO NÃO PROVA QUE SEJAM ESPIRITUAIS OU NÃO

Muitas pessoas têm fortes preconceitos contra aqueles que falam calorosa e prontamente de coisas espirituais. Condenam-nos como sendo hipócritas vaidosos. Por outro lado, muitos supõem por ignorância que os conversadores desembaraçados devem ser verdadeiros filhos de Deus.
Dizem: "Deus abriu-lhe a boca! Costumava ser moroso ao falar, porém agora está pleno e desinibido na expressividade. Abriu seu coração, fala de suas experiências e dá glórias a Deus". Se essa abundância de fala religiosa parece calorosa e séria, convence a muitos de modo especial que deve ser um sinal de conversão.
Contudo, não é necessariamente um sinal de conversão. Aqueles que pensam assim estão confiando em suas próprias idéias e não submetendo-se às Escrituras Sagradas como seu guia.
Não há, nas Escrituras, lugar que afirme que a linguagem espiritual seja um verdadeiro sinal de conversão. Pode ser simplesmente a religião da boca, que é simbolizada nas Escrituras pelas folhas de uma árvore. Nenhuma árvore deveria estar sem folhas, no entanto estas não provam que a árvore seja boa.
A prontidão em falar sobre coisas espirituais pode vir por bom motivo, ou por motivo mau. Talvez seja porque a pessoa está com o coração pleno de emoções santas - "porque a boca fala do que está cheio o coração" (Mat. 12:34).
Por outro lado, pode ser resultado de seu coração estar cheio de emoções que não sejam santas. É da natureza de todas as emoções fortes que as pessoas tenham prontidão em falar sobre aquilo que as afetou.
Tal conversa será, de fato, tão séria quanto calorosa. Assim, as pessoas que falam livre e calorosamente sobre coisas espirituais estão, obviamente, excitadas sobre o cristianismo; mas já mostrei que o entusiasmo religioso pode existir sem haver uma experiência de salvação verdadeira.
Algumas pessoas transbordam de conversa sobre suas experiências; falam sobre elas em todos os lugares e com todos. Isso é mau sinal. Uma árvore muito cheia de folhas normalmente não dá muito fruto. Emoções falsas, se fortes, são mais rápidas para se declarar do que as verdadeiras emoções.
É da natureza da religião falsa amar sua própria ostentação, como faziam os fariseus.
Jonathan Edwards

OS MISTÉRIOS DE DEUS E AS SUAS MARAVILHAS

 AS MARAVILHAS E OS MISTÉRIOS DE DEUS

Coisas profundas são intrigantes. Selvas pro­fundas. Águas profundas. Cavernas profun­das, desfiladeiros profundos. Pensamentos profun­dos e conversas profundas.
Não há nada como a profundidade para nos tor­nar insatisfeitos com as coisas superficiais, rasas.
Uma vez que tenhamos cavado abaixo da superfí­cie, e experimentado as maravilhas e os mistérios que há na profundidade, percebemos o valor de in­vestirmos o tempo necessário e enfrentarmos todo obstáculo para alcançarmos essas profundezas.
Isso é particularmente verdadeiro no reino espi­ritual. Deus nos convida a irmos mais a fundo, e não ficarmos satisfeitos com os aspectos superficiais.
Lemos nas Escrituras que o Espírito de Deus "a todas as cousas perscruta, até mesmo as profunde­zas de Deus" (1Co 2:10).
A profundidade de sua sabedoria e de seus caminhos é definida como "insondável" e "inescrutável", de acordo com Roma­nos 11:33:
Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Próximo ao fim de suas tribulações, Jó refere-se aos propósitos profundos, misteriosos e inexplicá­veis do Senhor como sendo "cousas maravilhosas demais para mim, cousas que eu não conhecia" (Jó 42:3).
O profeta Daniel afirmou que Deus "revela o profundo e o escondido" e que "conhece o que está em trevas" (Dn 2:22).
Certamente nosso Senhor opera em domínios muito além da nossa capacidade de compreender, mas ele espera que nós exploremos e experimente­mos aquilo que está além do que é óbvio.
Extraído do Livro Intimidade com o Todo Poderoso de Charles R. Swindoll

O GRANDE EU SOU

 O GRANDE EU SOU

Jesus não pode ser comparado a nada, nem a ninguém! Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo – e por isso vale a pena segui-lO e ser cristão!
Jesus "é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis...
Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste" (Colos 1.15-17).
"Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Filip 2.6-11).
No Evangelho de João encontramos uma série de testemunhos de Jesus sobre Si mesmo, por exemplo:
"Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede" (João 6.35).
"Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (João 8.12).
"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem" (João 10.9).
"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (João 10.11).
"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11.25).
"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6).
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor" (João 15.1).
Jesus é “o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (João 10.11).
Quando a samaritana disse a Jesus: "Eu sei... que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas" (João 4.25-26), o Senhor lhe respondeu: "Eu o sou, eu que falo contigo" (vs 25-26).
Quando Pilatos perguntou: "Logo, tu és rei?", Jesus respondeu: "Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (João 18.37).
Os discípulos ouviram todos esses testemunhos de Jesus sobre si mesmo e viram Suas obras e Seus milagres.

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