terça-feira, 7 de julho de 2020

AS PARÁBOLAS DE JESUS



                        " AS PARÁBOLAS DE JESUS "


              O Semeador [Os Quatro Solos] (Mt 13:3-9,18-23)

INTRODUÇÃO

1. Quando Jesus pregava a respeito do evangelho do reino de céu
   (cf. Mt 4:17,23), Ele não encontrava uma audiência receptiva...
   a. Até mesmo quando fez obras poderosas, alguns não se arrependeram - Mt 1:20-24
   b. Alguns buscaram engana-lo, assim poderiam ter razão para acusa-lo  - Mt 12:9-14
   -- Por isto Jesus começou a ensinar publicamente através de parábolas " - Mt 13:10-13

2. O problema que Jesus enfrentou é que aquelas pessoas, embora tivessem orelhas para ouvir, os seus ouvidos estavam " endurecidos " - Mt 13:14-15

3. Para ilustrar esta situação Ele contou uma parábola que veio ser conhecida como " A Parábola do Semeador "
   a. Também pode ser chamada " A Parábola dos 4 solos "
   b. Ou " A Parábola da Semente "
   --Isto foi falado por Jesus para ensinar as diferentes reações para com a mensagem do evangelho

4. A parábola está registrada em Mt 13:3-9 (também Mc 4:3-9; Lc 8:  4-8)
   a. É uma das poucas parábolas em que Jesus nos fornece sua própria interpretação
   b. O significado desta parábola é aumentado pelas palavras de Jesus registradas em Mc 4:13...

      Você não entende esta parábola?  Como então irá entender todas as parábolas ?

[O valor desta parábola fica mais evidente à luz da explicação de Jesus, pois podemos ver como realmente estamos recebendo a Palavra em nossas vidas...]

I. A EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA

   A. " O SEMEADOR"...
      1. Não especificamente mencionado, mas compare com Mt 13:37
         a. Está explicado na " Parábola do Trigo e do Joio "
         b. Jesus explica que " quem semeia a boa semente boa é o Filho de Homem "
      2. Assim o " Semeador " nesta parábola tem referência imediata com Jesus
      3. Mas podemos entender nos nossos dias que pode ser qualquer um que fielmente proclama a mensagem do Filho de Homem

   B. " A SEMENTE "...
      1. A semente é " a palavra do reino " - Mt 13:19a
      2. Isto é, o evangelho do reino era o tema da pregação de Jesus - Mt 4:23
      3. Também era um elemento importante na pregação apostólica - cf. At 8:12; 28:30-31

   C. " A BEIRA DO CAMINHO " (O primeiro solo)...
      1. Este solo representa aqueles que " ouvem ...e não entendem " - Mt 13:19a
      2. Eles endureceram os seus corações antes para ouvir a Palavra - cf. Mt 13:15
      3. Os " pássaros " representam " o mau " ( chamado de diabo em  Lk 8:12)
         a. Arrebata a Palavra desses cujos corações estão endurecidos
         b. A condição deles é como se Satanás tivesse " encoberto " os seus corações para não ouvir o evangelho - cf. 2 Co 4:3-4
      4. Enquanto Satanás contribui para cegueira deles, eles são precipitados pela própria dureza de seus corações!

   D. " OS LUGARES PEDREGOSOS “ (O segundo solo)...
      1. Este solo representa aquele que ...
         a. " ouve a Palavra e imediatamente a recebe com alegria " - Mt 13:20
         b. " como não tem raiz, suporta pouco tempo " - Mt 13:21a
         c. " quando surge a tribulação ou perseguição por causa da Palavra, imediatamente ele tropeça " - Mt 13:21b
      2. Alguns ouvem a Palavra e a recebem com grande alegria...
         a. Mas sem raiz, eles não são fundamentados na Palavra
         b. De forma que, quando as dificuldades surgem, não há resistência e tropeçam
      3. Aqui nós aprendemos que uma recepção emocional  da Palavra sem um embasamento na Palavra não permitirá que as pessoas resistam às tribulações e perseguições

   E. " ENTRE OS ESPINHOS " (O terceiro solo )...
      1. Este solo representa aquele que...
         a. " ouve a palavra " - Mt 13:22a
         b. Mas cuja capacidade para gerar fruto é sufocada com:
            1) " os cuidados deste mundo " - Mt 13:22b
            2) " a fascinação das riquezas " - Mt 13:22c
            3) " prazeres de vida " (acrescido por Lc 8:14)
      2. Como estes três " espinhos " podem causar esterilidade é explicado em outras porções da Palavra de Deus...
         a. Os cuidados deste mundo
            1) podem nos envolver se estivermos desprevenidos - cf. Lk 21:34-36
            2) os cuidados e ansiedades podem desviar as nossas mentes daquilo que é verdadeiramente importante - cf. Lk 12:29-32
         b. A fascinação das riquezas
            1) o perigo é descrito em 1 Tm 6:9-10
            2) novamente, o mal das riquezas em que nos desvia a atenção para longe de Deus, nos fazendo sentir auto-suficientes - 1 Tm 6:17
         c. Prazeres de vida
            1) envolve a nossa carne desviando as nossas mentes das coisas do Espírito - cf. Gl 5:17
            2) semeando à carne é impossível colher o Espírito! - Gl 6:7-9

   F. " O BOM SOLO " (O quarto solo)...
      1. Este solo representa aquele que...
         a. " ouve a palavra e a entende " - Mt 13:23a
         b. " realmente frutifica abundantemente " - Mt 13:23b
         b. Lucas acrescenta que ele ouve " a palavra com um bom e reto coração ", e então " retém a palavra e fruta com perseverança " - Lk 8:15
      2. Esses com " um bom e reto coração " são aqueles ...
         a. Que entenderão a Palavra
         b. Que a manterão, e com paciência produzem frutos por toda a vida!
      3. Eles são como os Bereanos que foram recomendados devido:
         a. " terem recebido a palavra com toda a prontidão "
         b. " examinando diariamente as Escrituras para descobrir se as coisas eram realmente assim " - Ac 17:11
      4. Note a importância da " compreensão " em relação a " gerar fruto "...
         a. Jesus fez a conexão entre este os dois elementos nesta parábola - Mt 13:23
         b. Paulo relaciona os dois quando escreve do evangelho produzindo fruto entre o Colossenses " desde o dia que ouviste e entendestes a graça de Deus em verdade " - Co 1:5-6
         --Quando a pessoa " entende ", ele pode “ gerar fruto " ; mas a chave para entender está relacionado com um " bom e reto coração " que está disposto a escutar e aprender!
      5. E que tipo de " fruto " pode ser gerado?  Há diferentes tipos...
         a. O fruto de almas salvas para Cristo - Rm 1:13
         b. O fruto de praticar a santidade - Rm 6:22
         c. O fruto de compartilhar coisas materiais - Rm 15:27
         d. O fruto do Espírito (i.e., o caráter de Cristo) - Gl 5:22-23
         e. O fruto das boas obras - Cl 1:10
         f. O fruto do louvor que confessam Seu nome - Hb 13:15
      6. Uma importante observação é que não produzirão na mesma quantia...
         a. " alguns a cem, uns a sessenta, e outros a trinta por um" - Mt 13:23
         b. Como ilustrado na Parábola dos Talentos: a alguns pode ser dado mais, de acordo com a sua capacidade para usar o que Deus confiou - Mt 25:14-15
         c. Qualquer que seja a nossa capacidade, deve ser exercitada adequadamente - cf. 1 Pe 4:10-11

[Com a explicação provida pelo próprio Jesus, não deveríamos ter problema para entender as verdades espirituais contidas na Parábola do semeador.

Porém,  uma coisa é entender, outra coisa é fazer a aplicação.  Buscando aplicar a parábola, permita-me fazer um desafio: " Que tipo de solo é você "?]

II. APLICAÇÃO DA PARÁBOLA

   A. VOCÊ ESTÁ COMO " A BEIRA DO CAMINHO ? "
      1. Se você ouviu sobre o evangelho de Cristo e o Seu reino, mas ainda não é um cristão...
      2. Você pode estar no processo de endurecimento do coração, quanto mais você espera!
      3. Você esta suscetível ao engano de Satanás por alguma forma, para que o encubra e não permita que a Palavra de Deus atue em sua vida!

   B. VOCÊ ESTÁ COMO " OS LUGARES PEDREGOSOS” ?
      1. Se você aceitou o evangelho, mas não está sendo fundamentado na fé...
      2. Você provavelmente cairá na fé quando vier a perseguição ou a tentação!

   C. VOCÊ ESTÁ COMO " ENTRE OS ESPINHOS "?
      1. Se você aceitou o evangelho, mas está também preocupado com os cuidados, riquezas, e prazeres deste mundo...
      2. Você não irá gerar fruto!
      --E se lembre do que o Jesus disse sobre os ramos que não frutificam! - Jo 15:1-6

   D. VOCÊ ESTÁ COMO " O BOM SOLO" ?
      1. Se você aceitou o evangelho, e está produzindo fruto...
      2. Então você demonstrou várias coisas importantes:
         a. Você tem um coração bom e reto!
         b. Você compreendeu a Palavra!
         c. Você a tem mantido com paciência!
      3. E assim a Palavra de Deus pôde produzir seus efeito sobre você!

CONCLUSÃO

1. Quando Jesus terminou de contar a parábola do Semeador, exclamou:

           " Ele que tem ouvidos para ouvir, ouça ! " - Mt 13:9

2. Da explicação do próprio Jesus, nós aprendemos que nem todos que têm orelhas para ouvir, realmente ouvem !

3. É importante que nós ouçamos bem quando a Palavra de Deus está sendo proclamada, para obter fé por meio dela - Rm 10:17

4. Como VOCÊ ouviu esta parábola e a sua explicação?
   a. Se você é qualquer coisa diferente daquele como " o bom solo ", você precisa se arrepender hoje!

Queridos amigos e irmãos, que verdadeiramente vocês possam ter um coração bom e reto...
Ouçam, examinem, entendam, e aceitem o evangelho de Cristo e o evangelho do Seu reino !
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PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS


PERDÃO, A CHAVE QUE ABRE AS ALGEMAS


"Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." ( Mateus 6.12).

A oração acima, conhecida popularmente como a "oração do Pai Nosso" é mais poderosa do que podemos imaginar. Ela quebra correntes, liberta almas aprisionadas pelo ódio e pelo ressentimento.

Temos o hábito de orar apenas por costume, na maioria das vezes, quando somos crianças, aprendemos esta oração e decoramos até conseguirmos repetir perfeitamente cada palavra da oração.....mas, não percebemos que cada palavra tem um significado profundo que pode restaurar nossas vidas. 

A partir do momento que reconhecemos nossa condição de ser humano que possui falhas e que necessitamos do Perdão de Deus, já estamos nos arrependendo de nossos pecados e Deus está pronto para nos perdoar pois a misericórdia Dele é infinita e Ele nos ama .

Mas, será que da mesma forma que recebemos o perdão, nós estamos prontos para perdoar? A Palavra de Deus diz: "ANTES, SEDE UNS PARA COM OS OUTROS BENIGNOS, MISERICORDIOSOS,PERDOANDO-VOS UNS AOS OUTROS,COMO TAMBÉM DEUS VOS PERDOOU EM CRISTO." (Efésios 4.32 ) A falta do perdão pode causar muitos danos em nossas vidas.

Quando sentimos ódio ou ressentimento, uma raiz de amargura brota em nosso coração permitindo a entrada de influências malignas. Desta maneira, o inimigo das nossas almas tem total liberdade para acorrentar, escravizar, sufocar e até destruir a vida de uma pessoa. O ódio é tóxico, causa doenças e feridas na alma de quem o possui, é como se fosse uma bola de neve, vai aumentando, quanto mais se alimenta esse sentimento é pior, vai sufocando, levando até à morte espiritual e física.

NÃO EXISTE NENHUM REMÉDIO PRESCRITO POR MÉDICO QUE PODE CURAR A DOENÇA DA ALMA E CICATRIZAR FERIDAS. SÓ O SANGUE PODEROSO DE JESUS CRISTO QUE PODE NOS PURIFICAR E SARAR NOSSA ALMA. " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida. " ( Provérbios 4.23 ).

Não podemos deixar que as sementes malignas sejam plantadas em nosso coração. É hora de dar um basta na tristeza e esquecer o passado triste. Vamos abrir nosso coração para a Palavra de Deus e deixar que a seu tempo floresça e dê frutos para a obra do Senhor.

O Perdão liberta. Seja livre para viver uma nova vida repleta de bênçãos ! Toda a honra e a glória ao nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO!




Erika Ishibashi



AS TENTAÇÕES DO JUSTO


"As Tentações do Justo"
            
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4:1). Que versículo incrível. Mateus ousadamente declara que o Espírito de Deus levou Cristo para uma experiência no deserto, onde teria de sofrer fortes tentações.
Ainda mais surpreendente é que este versículo segue-se à uma cena de grande glória. Jesus havia acabado de ser batizado no Jordão. Ao sair da água, os céus se abriram, e o Espírito veio sob a forma de uma pomba e pousou em Seu ombro. Aí uma voz vinda dos céus declarou: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17).
Talvez você fique imaginando: se Deus se comprazia tanto em Jesus, declarando ao mundo todo que este era o Seu filho amado, por que então levou Cristo à uma experiência no deserto?
Quero lhe lembrar que Jesus é o padrão para as nossas vidas como crentes. João escreve: “...segundo ele é, também nós somos neste mundo” (I João 4:17). Além disso, “foi ele tentado em todas as cousas, à nossa semelhança” (Hebreus 4:15). A mensagem das Escrituras é clara: todos que estão em Cristo - o “Amado” de Deus, sobre o qual Seu Espírito repousa - passarão por uma experiência de provação no deserto, assim como foi com Jesus. E esta experiência será acompanhada de tentações satânicas.
Note: este princípio não se aplica a crentes mornos, ou com coração frio. Estas provações só vêm sobre aqueles que andam no Espírito em comunhão com o Senhor. Em verdade, quanto maior for a paixão da pessoa por Jesus, mais intensas serão suas provações no deserto.
Contudo, quando o Espírito Santo nos leva para o deserto, Deus tem em mente um propósito eterno para nós. Não se engane, porém -- Deus não nos tenta. É o diabo que faz a tentação: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tiago 1:13).
Para descobrir qual é o propósito de Deus para nós na experiência no deserto, precisamos examinar a experiência de Cristo. Fora do deserto as multidões enfrentavam suas próprias tentações. Estas tentações eram as comuns, e tinham a ver com ambição, adultério, violência, roubo, bebida, jogo. Estas pessoas viviam em plano inferior em todos os sentidos.
E Jesus se mantinha acima de tudo isto. Ele não seria tentado por pecados tão grosseiros. Por Ele ser justo, amado, escolhido, suas tentações chegariam a um nível mais elevado. Elas seriam muito mais profundas, misteriosas, e intensas que os pecados habituais da vida. Suas tentações seriam na esfera do espiritual -- e teriam conseqüências eternas.
O mesmo é verdade hoje para nós. Uma pessoa verdadeiramente espiritual não é tentada na linha da carnalidade declarada. Por exemplo, ela provavelmente não será tentada a dar uma escapada a um bar para beber, ou arranjar um quarto de hotel para fornicação com uma prostituta, ou cobiçar a mulher do próximo. E nem irá sequer pensar em jogos de azar, uso de drogas ou em falar palavrões.
Pelo contrário, seu desejo diário é o de se aproximar do Senhor. Ele torna Jesus o Senhor de toda sua vida - devora a cada dia a Palavra de Deus, busca-O em oração. Sua alma clama: “Senhor - quero me aprofundar em Ti. Quero andar mais junto a Ti do que nunca.”
Isso lhe descreve? Se é assim, as suas tentações serão mais do tipo que Cristo suportou. Elas terão a ver com a sua obediência a Deus, e com a dependência à Sua Palavra. E Satanás fará tudo que estiver ao seu alcance para lhe tentar. Ele quer lhe afastar do objetivo que Deus tem para você. Ele vai tentar questionar o seu chamado, e lhe convencer que a aprovação e a bênção de Deus sobre a sua vida são mentira.
1. Depois de Quarenta Dias e Quarenta Noites de Jejum, Jesus Teve Fome.
No instante que Jesus ficou fisicamente vulnerável, o diabo trouxe a primeira tentação. As Escrituras dizem o seguinte sobre Cristo: “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és o Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão” (Mateus 4:2-3).
Não é pecado ter fome. Então, qual é o problema aqui? Satanás estava desafiando Jesus: “Se és inteiramente Deus, então tens em Ti o poder de Deus. E nesse momento, estás em grandes dificuldades. Por que não usas o poder que Deus Te deu para resolver o problema? Ele não Te deu o poder para ver se o usarias corretamente?
Tu nada fizestes para ser colocado nesta situação adversa. E sabes que Deus não gosta de ver Seus filhos sofrendo. Então, não precisas agüentar isso por nem mais um minuto. E não há nada errado em se atender às próprias necessidades. Simplesmente pronuncie a palavra, e ordene Sua saída desta situação.”
Esta é uma das tentações mais insidiosas que vêm sobre as pessoas realmente de Deus. Assim como o nosso exemplo, Jesus, você é apaixonado por Deus. Você determinou em seu coração ser totalmente submisso a Ele. Então o Senhor o leva à uma experiência no deserto - e você agüenta um longo período de provação e aridez. Depois de um certo tempo, vêm as perguntas. Você começa a se desorientar, se questionando sobre os propósitos eternos de Deus para a sua vida. E ao tentar orar e conquistar a vitória, as tentações de Satanás parecem mais terríveis do que nunca.
Esta foi a experiência de Davi. O Espírito Santo levou este homem piedoso à uma prolongada experiência de deserto. Com o tempo Davi ficou tão desencorajado, que achava que o mundo inteiro havia enlouquecido. Ele clama: “...já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens” (Salmo 12:1). “Falam com falsidade uns aos outros...falam com...coração fingido”(12:2).
Davi entrou em aflição por tanto tempo que ficou zonzo de tanto desespero. Disse: “Até quando estarei... com tristeza no coração cada dia?” (Salmo 13:2). E ficou imaginando quando isso iria acabar: “Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? Até quando estarei eu relutando dentro em minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?” (13: 1-2). Ele estava perguntando a Deus: “Senhor, por que tenho de enfrentar uma batalha na alma tão profunda e inexplicável? E até quando vai durar? Vou ter de dar um jeito nisso sozinho? Não consigo descobrir o porquê de tudo.”
No Salmo 35, Davi fala de uma armadilha que seus inimigos lhe prepararam: “Sejam confundidos e cobertos de vexame os que buscam tirar-me a vida...Pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida” (Salmo 35:4,7). Que laços são esses?
É a mesma tentação que Satanás lançou contra Jesus. O inimigo quer que você aja independentemente do Pai. Quando você está em meio à batalha, o diabo diz: “O seu sofrimento não vem de Deus. Você não tem de agüentar isso. Você possui em si o poder de Deus, através do Espírito Santo. Então você não tem de agüentar isso mais um dia. Simplesmente ordene seu livramento. Diga a palavra - liberte-se dessa agitação. Satisfaça sua fome.”
O primeiro esquema de Satanás foi o de criar perda de poder. Ele esperava que Deus não atendesse, caso Jesus pedisse pão. Se faltasse o poder do céu, então Cristo poderia duvidar de Sua própria divindade e se desviar de Seu propósito eterno na terra.
Segundo, Satanás sabia que Jesus foi enviado para cumprir só o que o Pai lhe mandasse. Então ele intencionava convencer Cristo a desobedecer aqui para o Seu próprio benefício. Deste jeito, se Jesus usasse o Seu poder naquela hora para evitar o sofrimento, Ele poderia fazer o mesmo mais tarde para evitar a cruz.
O diabo tem usado esta mesma tentação com multidões de seguidores de Cristo. Estes crentes eram verdadeiramente famintos por Deus. Eram ungidos, cheios de oração, cheios do poder do Espírito Santo. Mas então foram levados para o deserto do sofrimento, da necessidade e do desespero. E Satanás os tentou, levando-os a duvidar de que a provação era conduzida por Deus, e levando-os a usar o poder de Deus para se salvar.
O inimigo cochichou: “Você está cansado dos problemas de dinheiro. E Deus não está respondendo nenhuma oração sua. Todo dia você se desespera com o sofrimento que vem sobre você e a família. E agora você não agüenta mais.
“Você está com a palavra de Deus no coração. E Ele lhe deu poder através do Espírito Santo. Por que não exercer este poder para acabar com o sofrimento? Apodere-se da promessa de Deus, e declare a saída desta dor, já. É para uma boa causa.”
Eles acreditaram na mentira de Satanás. E procuraram se apoderar de uma única promessa de libertação, para tentar acabar com o sofrimento. Pararam de confiar, e invés disso começaram a “ordenar” que as finanças ficassem do jeito que queriam. Mas suas ordens não foram validadas pelo Espírito Santo - e os seus planos fracassaram.
Aí então fizeram a coisa à sua maneira. Ultrapassaram os valores do cartão de crédito e fizeram empréstimos. Foram fazendo cada vez mais dívidas, se vangloriando o tempo todo: “Deus está me abençoando.” Mas no final das contas, tudo explodiu. Foi aí que ficaram amargurados. No final, desistiram da Palavra de Deus e se desviaram. Vi isso acontecer um sem número de vezes.
Estas pessoas acabaram abortando o propósito de Deus para a provação. O Senhor havia desejado levá-los à dependência e à confiança absolutas nEle. Ele queria que as lutas os despojassem de toda confiança no homem e na capacidade própria. Ele também queria produzir neles uma paixão semelhante à de Cristo para com os que estivessem sob sofrimentos iguais. As Escrituras dizem que estes eram os propósitos de Deus até para o Seu próprio filho: “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu”(Hebreus 5:8). “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (2:18).
Então, como Jesus respondeu à tentação do diabo? “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4). Cristo disse em essência: “A minha vinda à terra não foi para satisfazer às minhas necessidades, dores ou para o meu conforto físico. Eu vim para dar à humanidade - não para salvar a Mim mesmo.”
Nem mesmo ao chegar ao ápice do sofrimento Jesus perdeu de vista o Seu propósito eterno. E se o nosso Senhor aprendeu a dependência e a compaixão através de uma experiência no deserto, assim será conosco. Em verdade, os crentes que eu sei que possuem a genuína compaixão de Cristo, são aqueles que suportaram o sofrimento e saíram com o testemunho da fidelidade de Deus. Eles podem dizer com Paulo: “eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6:17).
2. A Seguir, Satanás Levou Jesus Para o Pináculo do Templo.
Quando Jesus estava no ponto mais alto do templo, Satanás cochichou para Ele: “Vá em frente - pule. Se és verdadeiramente Filho de Deus, Ele Te salvará. A Palavra dEle diz que os anjos se acampam em torno de Ti para proteger, para que nunca Te machuques” (ver Mateus 4:5-6).
Você percebe Satanás dando voltas nestas frases? Ele separa uma promessa isolada das Escrituras - e tenta Jesus a lançar toda a Sua vida sobre ela. Ele sugere: “Dizes que Deus está contigo. Tudo bem, prove isso. O Pai já permitiu que eu lhe perturbe. Onde está a presença dEle nisso? Podes provar que Ele está contigo agora mesmo saltando daqui. Se Deus está contigo, Ele providenciará uma descida suave. Então podes basear Tua confiança nisto. Se não, podes também morrer, em vez de ficar imaginando se terias sido deixado ao léu ou não. Tu precisas de um milagre para provar que o Pai está contigo.”
Outra vez Davi suportou opressão semelhante. Ele havia testemunhado ao mundo a fidelidade de Deus para com ele. Agora, porém, se via num poço de desespero. E Satanás chegou acusando e provocando: “Olhe para você; está arrasado e nem sabe porquê. Você diz que Deus é fiel, porém está espiritualmente acabado. Você ora dia e noite, mas todo dia se levanta com uma vontade inexplicável não atendida.Onde está Deus nisso tudo?”
Davi clama: “os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está?” (Salmo 42:10). A seguir acrescenta estas palavras ao clamor: “Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários vindo eu a vacilar” (13:3-4).
A batalha que agitava a mente de Davi é comum a todas as pessoas piedosas. Às vezes Deus parece estar em silêncio. Podemos nos ver em lutas que não compreendemos. Como Davi, suplicamos: “Até quando, Senhor? Quando vais me mostrar uma prova de que estás comigo? Por favor, me envie um sinal, uma amostra.”
Neste ponto, você deve estar pensando: “Qual é o mal de se lançar nas promessas de Deus? A Bíblia diz que todas as promessas de Deus são 'sim e amém' para os que crêem” (ver 2 Coríntios 1:20). Realmente, somos livres pelas fiéis promessas de nosso Deus.
Mas há um sério perigo para a pessoa que separa um versículo do resto das Escrituras e lança toda sua fé sobre ele. Dou um exemplo. Conheço uma senhora que estava em total desespero com as finanças. Ela precisava de uma série de milagres simplesmente para sobreviver. Então ela colocou toda a fé em uma só promessa bíblica: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Malaquias 3:10).
Esta senhora começou a dar o dízimo fielmente, achando que seria abençoada financeiramente em retorno. Mas não funcionou. Então ficou zangada com Deus, clamando: “Fiz o que manda a Palavra de Deus. Coloquei minha confiança em Sua promessa, dando o dízimo com fidelidade. Mas agora a situação ficou pior do que antes. Deus trancou as janelas do céu para mim.”
Esta mulher se lançou do templo e descobriu que não havia rede. O diabo com sucesso destruiu sua fé. Como? Ele a convenceu a ignorar o aconselhamento conjunto das Escrituras.
Sim, Deus realmente promete abrir os céus para os que dão. Mas Ele também requer uma certa condição dentro do coração dos dizimistas: “Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por ter o povo pecado contra ti...” (2 Crônicas 6:26). Esta senhora nunca tratou com outras passagens que exigem a necessidade de perdoar. Ela abrigava inveja e ciúme no coração.
A maioria das falsas doutrinas, dos erros e das seitas religiosas nascem destas tentativas enganosas. Quando as pessoas tentam separar uma promessas das Escrituras, querem forçar Deus a se provar a Si próprio sendo fiel àquela promessa. Contudo ignoram o resto que as Escrituras pedem na área em que fazem os pedidos. Esta é a razão da resposta prévia de Jesus a Satanás: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4).
Bem - no topo do templo, considero profundo o fato de Deus ter permitido que Seu Filho fosse levado a um ponto de decisão tão perigoso. E, por Jesus ser inteiramente humano e inteiramente Deus, Ele deve ter feito Suas perguntas. Teria Ele pensado: “Pai, sei que me chamastes para que eu desse a vida. E alegremente aceito isso. Mas onde estás nesta hora? Por que permitistes que eu fosse colocado numa provação destas?”
Como respondeu Jesus? Ele declara: “...está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Mateus 4:7). O que Jesus quer dizer exatamente com “tentar a Deus” aqui?
O Israel antigo é um exemplo. Dez vezes o Senhor se provou fiel aos israelitas em suas provações. E em todas as dez ocasiões, o povo de Deus recebeu prova visível de que o seu Senhor estava com eles. Contudo, toda vez o povo fazia a mesma pergunta: “Está Deus entre nós ou não?” Deus chama isso de “tentá-Lo”. Houvera Deus permitido, não teria havido fim nessa busca de “prova”.
Agora Jesus usa esta mesma frase - “tentar a Deus” - na resposta a Satanás. O que isso nos diz? Isso nos mostra que é um sério pecado duvidar da proximidade de Deus em nossas lutas. Não importa o quão derrubados estejamos, ou o quanto é pequena a evidência que temos da presença de Deus, não podemos questionar se Ele está conosco.
Com muita freqüência, os cristãos colocam Deus à prova em suas experiências no deserto. Dizem: “Senhor, não vou conseguir a menos que mostres uma prova de que estás comigo. Satanás está me acusando, e não consigo deixar de pensar que ele está ganhando a parada. Estás comigo ou não? Se Tu não me livrares rápido, ou se não me deres um sinal da Tua bênção, vou parar de lutar.”
Porém, assim como com Israel, Deus já nos deu uma enormidade de provas. Primeiro, temos na Sua Palavra múltiplas promessas da proximidade dEle conosco. Segundo, temos a nossa própria história pessoal com Deus - o testemunho das muitas libertações que Ele operou em nossas vidas. Terceiro, temos a Bíblia repleta de testemunhos da presença de Deus ao longo dos séculos de lutas e dificuldades. Sem dúvida o nosso Senhor já se provou a nós uma vez após outra. Mas ainda exigimos uma prova física - caso contrário.
A Bíblia é clara: devemos andar com Deus pela fé e não pela vista. Caso contrário, iremos acabar como um Israel incrédulo.
3. Jesus Foi Levado a um Alto Monte Onde Lhe foram Mostrados os Reinos do Mundo
Sobre o monte, Satanás tentou Jesus com esta oferta: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4:9). Isso soa tão absurdo, tão ridículo; como poderia alguém achar que fosse tentação? Satanás realmente acreditou que Jesus seria tentado por isso?
Acredite ou não, foi uma oferta poderosa e atraente. Satanás estava desafiando Jesus dizendo: “Deus Te chamou para entregar a vida por um mundo perdido. E agora viestes para libertar os prisioneiros das minhas mãos. Jesus, quero Te dizer uma coisa: Tu podes fazer tudo isso agora mesmo, num segundo.
“Eu prometo que se apenas Te curvares aos meus pés, num ato único de adoração, eu cesso a luta. Abro mão de todo o poder sobre estes reinos. Não possuo e nem escravizo mais ninguém. Acabam a escravidão demoníaca, o assédio vindo dos meus principados e potestades. Sei que amas a humanidade o suficiente para Te tornar amaldiçoado por Deus em favor deles. Então, por que esperar? Tu podes Te sacrificar agora mesmo, e libertar o mundo a partir deste instante.”
Isso na verdade repete as palavras do apóstolo Paulo: “ porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne” (Romanos 9:3). Aqui Satanás estava trabalhando na compaixão humana de Cristo. Estava tentando Jesus com uma visão de um mundo onde o diabo abdicaria de governar os ímpios -- tudo em troca de um ato.
Por que Satanás estava querendo deixar todo o seu poder por isso? Mais uma vez, ele estava tentando salvar a própria pele. Satanás sabia que seu destino eterno seria selado no Calvário. Então, se ele simplesmente conseguisse evitar que Jesus fosse para a cruz, poderia se livrar deste destino. E convencendo a Cristo a desistir agora, a cruz poderia nunca acontecer. O diabo estava dizendo basicamente: “Seja amaldiçoado, Jesus, para salvar o mundo já.”
Você pode estar pensando: “O que isso tem a ver comigo?” Respondo que Satanás ainda continua tentando o justo oferecendo a mesma coisa. Explico.
Primeiro, Satanás sabe que os crentes consagrados nunca se dobrarão a ele para realizar qualquer ato de adoração. Então, por isso ele chega à nós com ameaças e acusações. Ele diz: “Você não precisa me adorar - pois já tenho acesso à sua carne. Conheço todas as suas fraquezas e tendências. Eu as tenho alimentado desde a sua infância; e posso lhe atormentar com isso à vontade.
“Não há vitória para você na cruz. Todas as promessas da aliança são mentira. Detenho o controle absoluto sobre a sua natureza adâmica, aquele pecado que habita em você. Já lhe provei isso várias vezes. Você sabe que eu posso lhe subjugar à hora que eu quiser, quando você menos espera.
“Então, vá em frente e testifique da sua liberdade em Cristo. No momento em que estiver cantando o maior dos louvores, dominarei sua mente com o mal. Vou levar o pecado a você de um jeito tão poderoso, que você entrará em desespero por estar livre. Você não tem poder. Até mesmo agora você cede à mais leve tentação.”
Conheço ministros que estavam libertos da escravidão ao pecado há décadas. Aí, mais tarde na vida, numa hora de grande unção ou de bênção, a velha lascívia apareceu. O inimigo a colocou diante deles para tentar lhes amedrontar e produzir pensamentos de condenação. Isto aconteceu comigo algumas vezes durante o ministério. O inimigo me perseguiu com maus pensamentos e me disse que a aliança era mentira - que eu era impotente contra o domínio do pecado, e que ele iria sempre se levantar em mim.
Como devemos responder às acusações de Satanás? “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Não importa quantas tentações Satanás lança contra você. Você não precisa ter medo de nenhum pecado do passado. Se o sangue de Cristo cobriu este pecado, então o diabo não pode fazer coisa alguma para separá-lo do Pai.
É claro que você sempre possuirá a natureza pecaminosa habitando em si. E sempre enfrentará bruscas surpresas do pecado. Mas o Espírito Santo é fiel para dizimar antigas luxurias, quando O invocamos para mortificá-las. Ele não permite que elas nos destruam. As promessas da aliança de Deus nos libertam do poder e do domínio do pecado.
4. O Diabo Deixou Jesus, e Anjos O Serviram
Imagine você chegando até Jesus no quadragésimo primeiro dia - o dia imediatamente após as tentações no deserto. A face dEle brilha, pois anjos refrigeraram Seu espírito. Ele se rejubila, louvando o Pai, pois conquistou grande vitória; venceu as tentações do inimigo.
Você vê Jesus exsudando vida e confiança. Ele agora está pronto para enfrentar os poderes do inferno. Então, com ousadia sai a caminho das grandes cidades que jazem nas trevas. Ele prega o evangelho, seguro da Palavra de Deus. E cura os doentes, sabendo que o Pai está com Ele.
Agora, examinando sua própria vida, você vê exatamente o oposto. Você ainda enfrenta sua árida experiência no deserto; suportou ardorosos ataques de Satanás, e a alma está destroçada. Você não consegue evitar o pensamento: “Jesus nunca passou por provações como as minhas. Ele estava acima de tudo isto.”
Você vai à igreja com a cabeça deste jeito - tentado, testado, desesperado. E agora na sua frente está o pastor - um homem que parece forte na fé. Ele fala de um jeito tão seguro da presença de Deus, como se houvesse acabado de receber visita de anjos ministradores. Você pensa: “Ele nunca passou por problemas como os meus.”
Se você soubesse. Você não viu quando Deus chamou este homem para o ministério. O Espírito Santo lhe trouxe um chamado glorioso - e imediatamente o levou ao deserto para ser tentado de maneira tremenda. Você nem sabe dos dias, semanas e meses em que foi afligido por uma fome profunda de Deus, que não se satisfazia. Você jamais experimentou as mentiras que Satanás colocou na cabeça desse homem, os maus pensamentos que foram incutidos nele algumas vezes. Você não o viu nos dias em que ficou reduzido à nada, destroçado no desespero. E você não percebe que muitas vezes seus melhores sermões vieram das provações na própria vida.
Paulo nos previne a não medirmos nossa justiça com aquela que achamos ser a do outro: “Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos, revelam insensatez” (2 Coríntios 10:12).
Não conseguimos ler o coração dos outros. Quem teria dito no quadragésimo primeiro dia que Jesus havia acabado de sair de uma longa e terrível tentação? Quem poderia dizer que a glória que viam nEle brotava de um combate pior que qualquer outro que poderiam um dia enfrentar? Temos de olhar só para Jesus. E temos de depender só da justiça e da santidade dEle. Ele deu a todos nós acesso idêntico a isso.
Deus o ama nas horas das provações. O próprio Espírito dEle levou você para o deserto. No entanto, o Seu próprio Filho já esteve lá -- e Ele sabe exatamente o que você está passando.
Permita que Ele complete a obra de edificá-lo para dependência e confiança absolutas nEle. Você sairá com confiança -- piedosa compaixão, e força para ajudar outros.

Por David Wilkerson

AS PARÁBOLAS


Encontrando nosso caminho através das parábolas

Há alguns princípios importantes que precisam guiar-nos se quisermos descobrir os tesouros das parábolas. A falta de conhecer e observar a pauta natural que governa a interpretação do tipo especial de literatura ao qual as histórias de Jesus pertencem produzirá confusão antes que iluminação.

                    Um exemplo clássico de como não fazer é visto no tratamento de Agostinho da parábola do Bom Samaritano. Ignorando o indício contextual, o grande norte-africano alegorizou a simples história de Jesus numa história da humanidade. O homem derrubado por ladrões (Satanás e seus anjos) era Adão que tinha, em rebelião, saído de Jerusalém (a cidade celestial) e partido para Jericó (mortalidade).
Satanás tinha-o despido (de sua imortalidade) e deixado semi-morto (espiritualmente, mas não fisicamente). O sacerdote e o levita (sacerdócio e ministério do Velho Testamento) que passaram foram incapazes de salvar o homem e ele foi deixado para o samaritano (o Senhor) atar suas feridas (coibir o pecado), derramar óleo (esperança) e vinho (fervor). A estalagem é a igreja, o estalajadeiro é Paulo, e os dois dinheiros são ou os dois maiores mandamentos, ou os dois "sacramentos". Nenhum comentário sobre tão evidente excesso é necessário.

                    As parábolas de Jesus devem ser abordadas naturalmente, tomando cuidado para não desencaminhá-las de seu simples propósito. Elas são histórias ilustrativas geralmente concebidas para ter três partes básicas: ŒUma ocasião histórica que produziu a parábola. A história ou narrativa. E Ž a lição principal a ser extraída dessa história. Com isto em mente, olhemos para certas regras importantes a seguir na busca das mensagens individuais das parábolas.

                    ŒEstude a parábola em seu contexto histórico para determinar por que foi contada. Todas as parábolas foram primeiro contadas a uma determinada audiência numa ocasião específica. Por exemplo, a história do Bom Samaritano foi ocasionada pela queixa de certo advogado a Jesus, que era difícil amar seu próximo quando não podia imaginar quem ele era (Lucas 10:25-30), e as três maravilhosas parábolas sobre as coisas perdidas em Lucas 15 foram uma resposta aos ataques feitos contra Jesus pela "má companhia"  que ele estava mantendo (versículos 1-2). Às vezes esta informação de pano de fundo está faltando e o significado de uma determinada parábola precisa ser buscado na informação mais ampla dos Evangelhos, mas, quando presentes, as circunstâncias nas quais uma parábola foi contada nos dão uma indicação mais certa quanto ao propósito do Senhor para sua história. O contexto precisa sempre governar o texto.

                    Procure a verdade principal que a parábola pretende ensinar. Muitas parábolas pretendem desenvolver apenas um ponto, e não ser um veículo para todo o esquema da redenção. Lições secundárias podem muitas vezes ser legitimamente extraídas de uma parábola, mas isto deve ser feito com cuidado e somente depois que a mensagem principal tiver sido determinada.

                    Não se perca nos pormenores da parábola. Os pormenores de uma parábola às vezes podem ter significado, mas na maioria das vezes eles não contêm nenhum significado oculto e são simplesmente designados a preencher a história. O bezerro cevado, música e dança, anel de ouro, sapatos e vestes da história do filho pródigo não são simbólicos de nada, mas simplesmente refletem, em termos significativos para o tempo, a alegria do pai pela volta de seu filho. Uma boa regra é não dar nenhum significado figurativo a minúcias, a menos que o contexto o autorize.

                    Não tente estabelecer uma posição doutrinária somente por uma parábola. Há muito que é esclarecido para nós pelas parábolas de Jesus, mas precisam sempre ser entendidas à luz dos ensinamentos claros da Escritura, nunca em contradição com ela. Estas ilustrações são mais destinadas a serem janelas do que pedras de fundação. Elas não declaram tanto uma doutrina quanto ilustram uma faceta significativa dela.

                    Finalmente, e mais importante, procure sempre uma aplicação pessoal de cada parábola. Depois de ter determinado a lição, ou as lições corretas da parábola sendo estudada, a pergunta mais importante é: "Encontrei a mim mesmo nesta parábola?" "Quais mudanças em minha vida e meus pensamentos esta parábola exige de mim?" Não há nada tão trágico como um estudo dos ensinamentos de Jesus que não é conduzido por mais do que uma curiosidade intelectual, a menos que seja o estudo de algum pregador que sente a necessidade "profissional" de pregar um sermão a outros sem um único pensamento de fazer qualquer aplicação a si mesmo. É imperativo, em nosso estudo das parábolas, que cada um continuamente pergunte, "Senhor, o que há aqui para mim?" Deste modo somente encontraremos os ouvidos de ouvir para os quais nosso Senhor apelou quando pela primeira vez ele ensinou por parábolas (Marcos 4:9, 23).





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