domingo, 8 de novembro de 2020

A MARTELADA

 

A MARTELADA

 

Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou.

Imediatamente o comandante, mandou chamar o técnico do porto mais próximo.

Ele trabalhou durante uma semana, porém sem resultados concretos.

Chamaram então o melhor engenheiro do país. O engenheiro trabalhou três

dias inteiros, sem descanso, mas nada conseguiu. O navio continuava

enguiçado.

A empresa proprietária do navio mandou então buscar o maior engenheiro

especialista do mundo naquele tipo de motor. Ele chegou olhou detidamente

a casa de máquinas, escutou o barulho, observou a tubulação e, abrindo a

sua valise, retirou um pequeno martelo e deu uma Martelada numa válvula

solenóide, apertou uma outra válvula vermelha que estava solta e guardou o

martelo de volta na valise. Mandou ligar o motor, e este funcionou na

primeira tentativa.

Dias depois chegaram às contas ao escritório da empresa de navegação.

Por uma semana de trabalho o técnico cobrou U$ 700,00.

O primeiro engenheiro cobrou por três dias de trabalho o valor de

U$900,00.

Já o segundo engenheiro especialista, por sua vez, cobrou U$ 10.000,0 pelo

serviço.

Atônito com a última conta, o Diretor Financeiro da empresa enviou um Fax

ao especialista, perguntando "Como você chegou a esse valor de U$ 10 MIL

por cerca de 1 minuto de trabalho e uma única Martelada.?"

O especialista então enviou os seguintes detalhes do cálculo à empresa:

a.. Por dar 01 Martelada.......... U$ 1,0

b.. Por Saber onde dar a Martelada U$ 9.999,0

Total............................. U$ 10.000,0.

 

 

MORAL DA HISTÓRIA :

 

"O que vale no Universo não é dar a Martelada, e sim saber onde bater o

martelo. A Martelada em si você pode até delegar para outro."

E é por (querer) ignorar isto que muitos subestimam certos tipos de

trabalho, que são trivialmente avaliados pelo tempo de duração.

"No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas. Dinheiro e

Experiência.

Agarre a Experiência primeiro, e o Dinheiro virá depois."

 

Elisangela Freitas

 

LIBERDADE

 

LIBERDADE

Israel não foi chamado apenas para fora do cativeiro, mas à gloriosa liberdade de Deus e a uma nova terra de promessa de prosperidade e benção. De igual forma, nós não fomos chamados apenas fora desse mundo, ou do mal dessa era, mas fomos chamados para o Reino de Deus. É, também, um lugar de benção e prosperidade sem precedentes. Contudo, temos fundamentalmente que manter em mente que o Reino do Senhor “não é desse mundo” (veja João 18:36). É um reino que transcende muito além dessa realidade. Seu Reino tem domínio sobre a realidade desse mundo, e em cada ponto que esse Reino tocar trará transbordar e benção além de nossas medidas.

Por exemplo, quando o Rei tocou a necessidade de vinho no casamento em Cana, Ele fez muito mais vinho para aquele casamento! (veja João 2:1-11) Quando o Rei toca a necessidade por comida dos cinco mil que O seguiam, houve comida a sobrar (veja Mateus 14:20). Sempre que o Reino dos Céus toca a terra, há um transbordar. Por isso que nossa busca deveria sempre ser buscar primeiro Reino e Sua justiça, sabendo que através do Seu Reino tudo mais será cuidado, com abundância.

Essa é a promessa que o Senhor dá àqueles que são fiéis no dizimar, como lemos em Malaquias 3:10:

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.

O mesmo é afirmado no Novo Testamento em II Coríntios 9:6-8:

Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará,

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.

E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra;

Primeiro, nos foi dito que o Senhor é capaz de fazer “toda a graça” abundar àqueles que forem fiéis nisso. Como seria “toda a graça” abundando na vida de uma pessoa? O apóstolo segue e nos diz como seria: “tendo sempre, em tudo, toda a suficiência.” Então ele avança e adiciona para que “abundeis em toda boa obra.”

Ora ponderemos por um minuto. O que faríamos se tivéssemos “abundância em toda boa obra”?

Temos que manter em mente que essa graça não é para nós mesmos, mas a boa obra. Nós, também, temos a promessa de ter “em tudo, toda suficiência”, mas tal como a vida é o resultado de generosa semeadura de sementes. É uma vida condicional que requer que busquemos primeiro o Reino em tudo. Quando fizermos isso nossos motivos serão purificados, e seremos maduros o suficiente para sermos confiados com tamanha graça. Ainda assim, quando o céu toca podemos esperar por muito!

Todos que falam assim ficam marcados como pregadores do “evangelho da prosperidade”. Confesso que fico de igual forma alarmado pela forma que costuma ser apresentado promovendo, na realidade, egoísmo e ambição egoísta. Contudo, não há duvida que o evangelho de Jesus Cristo inclua prosperidade abundante que é além do que a maioria dos “pregadores da prosperidade” compreende. Assim como Pedro disse concernente aos ensinos de Paulo, o imaturo e inconstante distorcerão tais coisas, assim como ao resto das Escrituras (veja II Pedro 3:14-16). Entretanto, não podemos permitir que esses levem tais coisas ao extremo, ou usem erroneamente esses ensinos, nos levando a reagir e cair na vala no outro lado.

Mas mantenhamos em mente que isso não é para vivermos em luxuria, mas termos abundância do fruto do Reino de Deus. Não é apenas sobre tesouro na terra – é muito mais que isso! Aqueles que compreenderem as “verdadeiras riquezas” (Lucas 16:11) não se preocuparão com as riquezas terrenas. Nós somente queremos lidar com elas corretamente para que sejamos confiados às verdadeiras.

Como um amigo disse. “Um momento de favor de Deus vale toda uma vida de esforço”. Se realmente entendermos a graça de Deus, isso seria a devoção guia de nossa lida. Pode parecer arrogante, mas essa é minha oração e devoção, andar em “toda graça” para que isso abunde e toque a todos com quem eu venha ter contato.

Eu também oro essa oração por minha família, equipe, e todos que a quem me foi dado responsabilidade espiritual e nossas congregações. Oro por nossos parceiros ministeriais, o Time Estratégico MorningStar (MST), assim como para todos em nossa Comunidade de Igrejas e Comunidade de Ministros. Também tento orar diariamente por aqueles que estão conectados a nós de qualquer forma, tal como os que recebem nosso Jornal Morning Star, Mensagem do Mês etc, e aqueles de vocês que lêem essa Palavra da Semana. Tenho a esperança de ver toda pessoa que nosso ministério toca andando em tudo que eles foram chamados para andar. Se nós fizermos isso teremos a atenção de toda terra.

Eu quero, sem desculpa, cuidar bem de minha família. É um desejo íntegro, e um reflexo de como o Senhor quer cuidar de Seus filhos. Quero estar certo de que cada um de meus filhos está bem preparado e bem estabelecido para seu propósito nessa terra. Quero ver que minha esposa está sempre bem cuidada. No entanto, após ter provido para aqueles que foram confiados a mim, tenho a visão de pessoalmente morrer sem nada. Quando meus filhos estiverem crescidos e estabelecidos com suas próprias famílias, quero sistematicamente simplificar minha vida, e fazer todas as coisas e dar tudo que tenho para o bem do evangelho. Quando meus últimos dias vierem, gostaria de ter um balanço zero na minha conta corrente e sem posses, pois tudo foi dado pelo bem do evangelho.

Um dos grandes filmes de nosso tempo é A Lista de Schindler, que termina com uma das mais constrangedoras cenas de qualquer filme. Schindler cheio de remorso de como ele poderia ter vendido seu broche de ouro ou seu carro e ter salvado mais algumas vidas. Eu não quero chegar ao fim da minha e ter esse remorso. Estamos todos aqui para fazer o que Schindler fez, não apenas salvando vidas para o hoje, mas para eternidade!

Uma das coisas mais maravilhosas que encontrei esse ano é como o governo americano aprovou leis que assistem pessoas querendo fazer isso enquanto elas estão vivas através do que chamamos de “Legado de Presente”[1]. Isso não foi feito especificamente para o evangelho, mas para permitir que pessoas deixem ajudas para caridade sem ter pagar taxas, exceto igrejas e ministérios. Coisas como essa me ser mais grato por nosso governo. Sei que não é o reino de Deus, e está longe da perfeição, mas sou muito grato pelo quanto bom é e por programas como esse.

O que isso tem haver com andar no fruto do Espírito? Bom gerenciamento do que nos foi confiado é um fundamento para andar no Espírito e preparo para a vinda do Reino de Deus. A maior parte dos próprios ensinos do Senhor enquanto Ele andou na terra foram sobre mordomia. Aqueles que Ele chamou de “servo bom e fiel” foram os que usaram os talentos que Ele deu a eles sabiamente, tendo um bom retorno para eles. O que Ele chamou de “servo mau e preguiçoso” foi o que enterrou o talento que confiado a ele (veja Mateus 25:14-30). É claro que isso fala sobre nossos dons espirituais, mas literalmente um “alento” era a medida de dinheiro naquele tempo.

Como o Senhor disse em Lucas 16:11: “Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (NVI) Ele quer que sejamos sábios gerentes de tudo que Ele confiou a nós para que sejamos confiados às “verdadeiras riquezas” que são as riquezas de Seu reino. Não há nenhuma falta no céu. Quando o céu toca a terra, há superabundância. Não há doença no céu. Quando o céu toca a terra, o doente é curado. Nossa tarefa é proclamar o evangelho do reino e demonstrá-lo Sua autoridade na Terra.

Não devemos ter medo da abundância ou prosperidade, mas consideremos isso com uma responsabilidade ainda maior. Não nos foi dado para consumir com nós mesmos, mas para investir! Pense nisso. Quanto mais mal seria o escravo que recebeu dez talentos se ele tivesse enterrado todos eles? Quanto mais recebemos, mais fomos confiados, mas também mais somos responsáveis por. Sejamos fiéis com aquilo que nos dado de forma que nos possa ser dado mais, até que nossas vidas transbordem com a bondade do reino “para toda boa obra”.


AVIVAMENTOS

 

Podemos Esperar o Avivamento?

 

Os dias da nossa civilização parecem estar contados. As causas que levaram ao declínio e queda do Império Romano foram descritas vividamente pelo historiador Edward Gibbon, como sendo amor excessivo do prazer e do lazer, altas taxas de impostos, grandes forças militares, ruptura da vida no lar, e decadência da religião. Todos estes fatores são visíveis hoje no nosso mundo.

A raça humana já viu nada menos que 20 civilizações aparecer e desaparecer na cena mundial. Nossa atual civilização moribunda não será nenhuma exceção a este ciclo. As civilizações nascem para morrer, e pode ser que a nossa já tenha passado do ponto de retorno.

 

Nosso Privilégio

Esta situação deveria levar os cristãos ao desespero? Pelo contrário, os cristãos podem muito bem dar graças ao Senhor pelo privilégio de viver nesta era, que pode muito bem ser a mais importante na história do cristianismo.

Somente quando o orgulho humano é humilhado, e a sabedoria humana reconhece sua falência é que os homens no seu desespero ficam prontos para receber Cristo na sua vinda. Enquanto o mundo entra no seu período de grande tribulação, conforme predito pelas Escrituras, os cristãos também serão testados, mas brilharão como nunca antes.

A Igreja do século XX tem vivido num estado de conforto e bem-estar totalmente estranho aos padrões do Novo Testamento, e conseqüentemente tem ficado morna e impotente. Perseguição e sofrimento têm o efeito de purificar a Igreja e de prepará-la para a vinda de Cristo. E quando a Igreja cair de joelhos em quebrantamento e arrependimento, então o fogo cairá!

Sim, estes dias com tantos sinais apontando a iminente volta do Senhor nos oferecem o maior encorajamento de esperar e buscar um avivamento mundial. Por que posso dizer isso?

 

Nossa Certeza

Tantos cristãos no mundo inteiro estão sentindo a profunda necessidade de um avivamento, e estão orando neste sentido. É o Espírito Santo quem coloca esta carga no nosso coração, e Deus sempre responde a oração que ele mesmo inspira, quando cumprimos as condições (Romanos 8.26,27).

Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra sua Igreja para destruí-la (Mateus 16.18). Os ataques satânicos contra a Igreja se multiplicam em todos os lugares, e sem um avivamento para fortalecer os cristãos nas perseguições vindouras, Satanás venceria. E sabemos que isto nunca poderá acontecer.

Esta ainda é a dispensação do Espírito Santo, e podemos esperar derramamentos do Espírito até os últimos dias antes da volta de Jesus. As profecias falam de avivamentos nos últimos dias. Atos 2.16 diz: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Nos últimos dias, diz Deus, do meu Espírito derramarei sobre toda a carne...” Isto foi parcialmente cumprido no dia de Pentecoste, mas seu cumprimento total virá em breve. A Igreja começou com avivamento e terminará da mesma maneira! Temos a promessa tanto da chuva temporã como da serôdia antes da volta do Senhor (Joel 2.23).

O avivamento é necessário para preparar uma Igreja mundana e apóstata para a volta do Senhor. Daniel 12.10 diz que nos últimos dias muitos serão purificados, isto é, feitos santos. Quão poucos hoje são puros e santos! Se muitos serão purificados, então teremos de ter um avivamento. O avivamento certamente virá! A pergunta é: Como?

Adiando o Juízo

Quando o avivamento vier, não salvará a civilização, que já está corrupta e endurecida demais. Mas salvará muitas almas! Paulo, como prisioneiro a caminho de Roma, não tentou salvar o navio, pois sabia que estava condenado. Mas Deus lhe prometeu que as pessoas que estavam nele seriam salvas (Atos 27. 22,24).

O navio da civilização está caminhando para as rochas do naufrágio. Não devemos perder tempo tentando salvá-lo, mas antes devemos buscar a salvação de almas! Os avivamentos realmente afetam apenas uma minoria. A maioria os rejeita e endurece o coração. Jesus não tentou salvar a civilização do seu tempo, e nem os apóstolos. Sua única paixão era ver a salvação das almas. E esta deve ser a nossa também.

Embora o avivamento vindouro não salvará a civilização corrupta, poderá adiar sua destruição inevitável, a fim de que milhões de pessoas no mundo inteiro possam ser salvas antes do Senhor vir em juízo.

O avivamento no dia de Pentecoste, no ano 29, não impediu a destruição de Jerusalém e da nação dos judeus no ano 70. Mas pode ser que a tenha adiado. Se o derramamento de Pentecoste não tivesse ocorrido, a destruição de Jerusalém poderia ter vindo vinte ou trinta anos antes. Aquela poderosa visitação do Espírito amarrou as forças do mal, e deu um espaço para que milhares pudessem ser salvos.

A Igreja estava tão firmemente estabelecida que o fim da nação dos judeus não resultou no fim da Igreja, assim como o fim do Império Romano também não acabou com o cristianismo. Sabemos, também, que o fim da nossa civilização atual, agora tão iminente, não será a morte da Igreja, mas o seu dia de coroação!

Os avivamentos do rei Ezequias em 678 a.C., e do rei Josias em 624 a.C., também não salvaram Judá do cativeiro, mas deram um intervalo de 150 anos durante os quais o profeta Isaías e outros receberam as gloriosas profecias que fortaleceram os judeus no cativeiro e ainda nos inspiram hoje. É possível que o avivamento final tenha o mesmo efeito.

 

Sinais do Avivamento

Ficamos desanimados ao ver que os verdadeiros cristãos são uma minoria tão pequena. Mas não deveríamos ficar. Pois é através desta minoria que Deus certamente operará!

Com a maldade crescendo cada vez mais entre a maioria, há uma fome cada vez maior por um avivamento entre a minoria. Este crescimento em paralelo de maldade e santidade foi predito pelo profeta Daniel que declarou: “Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados, mas os ímpios procederão impiamente”.

Claramente, o ritmo mais acelerado e a pressão da maldade estão empurrando a minoria de cristãos consagrados em todas as denominações para mais perto de Deus, e para mais perto uns dos outros. O Espírito de Deus está agindo em resposta ao clamor dos corações dos crentes preocupados!

Quando a perseguição ou tribulação começar a afetar a Igreja, esta pressão poderá ser a faísca do avivamento mundial, assim como a compressão crescente no motor a diesel fornece o calor necessário para liberar a poderosa explosão que movimenta o trem irresistivelmente para frente.

Evidências do avivamento vindouro incluem os diversos movimentos para distribuição das Escrituras, que está agora em dimensões sem precedentes. O Evangelho está chegando ao mundo inteiro através de estações de rádio de grande potência. Tem havido um grande crescimento no número de livros cristãos, de filmes e gravações.

Reuniões de oração estão sendo realizadas pelo mundo inteiro, em números sem precedentes. Os leigos estão participando cada vez mais da liderança. Estão levando o desafio do cristianismo a cada vocação na vida, e estão alcançando pessoas que não freqüentam igrejas. Os jovens também estão exercendo um papel mais importante neste surto recente da fé. Estas e muitas outras manifestações do Espírito de Deus surgiram nas últimas décadas, de forma que há muito mais atividade evangélica e missionária hoje do que sessenta anos atrás.

 

A Responsabilidade de Deus

Deus nunca permitirá que sua Igreja expire. Vez após vez, a Igreja esteve no leito da morte, e os críticos estavam dispostos  a enterrá-la. Mas a Igreja tem ressurgido, levantando-se do seu leito para enterrar seus críticos. Quanto mais ímpia uma geração se tornar, mais seguros podemos estar de que o avivamento está a caminho!

Não devemos cometer o erro de pensar que o próximo avivamento será como o último, ou como qualquer outro avivamento passado. O mundo mudou, as condições mudaram, o avivamento que virá será apropriado para resolver as novas condições.

Por todos os lados, vemos a angústia e perplexidade das nações, como previsto pelo nosso Senhor (Lucas 21.25). A soberania de Deus não pode ser negada. Seus propósitos não podem ser derrotados. Tomemos coragem, e acreditemos que as gotas de misericórdia que já estão caindo possam se transformar em chuvas de bênção e até na inundação do maior despertamento espiritual do mundo!

 

Nossa Responsabilidade

Qual é então a nossa responsabilidade como cristãos?

Primeiro, garantir que estamos em prontidão espiritual para a volta do Senhor. Isto significa abrir-nos completamente para a habitação do Espírito Santo e para seu poder.

Segundo, orar para o avivamento, até que o Espírito seja derramado em tal medida que o primeiro Pentecoste pareça muito pequeno em comparação.

Certamente, não devemos ficar perturbados. As dores terminais da nossa civilização serão as dores de parto do Reino que virá, aquele Reino cuja vinda deve fazer parte da nossa oração diária. Que glorioso seria se pudéssemos estar vivos para ver tudo isto acontecer!

Major Allister Smith

 

OS PECADOS DOS SALVOS

 

OS PECADOS DOS SALVOS

Texto Para Estudo – 1 João 1.1 a 2.2

 “Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.”

1 João 2.1

Há multidões de membros de igrejas que imaginam que são crentes por não haverem nascido na África ou na Índia. Têm a esperança de ir para o céu ao morrerem; mas desconhecem o milagre da regeneração ou novo nascimento. São iletrados bíblicos e ignoram seu estado de perdição. Estão espiritualmente mortos. 

Agora, porém, vamos tratar não desses, mas dos homens e mulheres que foram salvos mediante o sangue do crucificado. Muitas dessas pessoas, entretanto, ignoram as verdades reais do Evangelho da graça e não estão bem informados. Muitas têm aceitado a Cristo como seu Salvador, mas pensam que em adição à sua fé nEle devem fazer a sua parte e viver de conformidade com certos padrões a fim de poderem reter sua salvação. Tais pessoas não falam muito sobre a certeza da salvação. Entretém a idéia de que se, se tornarem culpados de certas espécies de pecados, perdem sua salvação e precisam ser novamente convertidas. Em última análise, isso é salvação pelas obras, e não pela graça de Deus. Essas pessoas, que não compreendem que a segurança do crente depende da fidelidade de Cristo e não do padrão de vida do crente, são muito infelizes. E os que sustentam tais doutrinas são chamados legalistas. 

  

Os Salvos Não Vivem Sem Pecado 

 Quando nos damos conta do que é realmente pecado, temos de reconhecer que ninguém está isento de tornar-se culpado de praticar atos pecaminosos. 

  

As Escrituras Registram os Pecados dos Homens Salvos 

 Uma das evidências da inspiração da Bíblia é que ela retrata os homens que ocupam suas páginas, tais quais eles eram. Seus pecados, tanto quanto as suas virtudes e atos de fé, são registrados. Se homens tivessem sido os autores das Escrituras, jamais teriam revelado certos fatos que ali são registrados. Mas Deus é fiel à realidade. Os fracassos e pecados dos homens são registrados na Bíblia a fim de que seja destacada a maneira providencial de Deus os tratar, bem como julgamentos divinos e Suas operações graciosas. 

Abraão enganou Faraó a respeito de Sara, sua esposa, e foi expulso do Egito por causa disso (Gn 12.10-20). Moisés perdeu a calma e feriu a rocha, quando, segundo foi instruído, deveria ter-lhe falado. Por causa dessa desobediência, morreu prematuramente e foi proibido de introduzir o povo de Israel na Terra Prometida (Nm 20.10,11). Davi pecou gravemente e foi severamente castigado por esse motivo (II Sm 11). Pedro amaldiçoou e jurou (Mt 26.70-74). Isaías, Paulo, Tiago, e João, todos admitiram seus erros (Is 6.5; Rm 7.15-24; Tg 3.2; 1 Jo 1.8-10). 

  

A Perfeição Impecável Não É Ensinada Nas Escrituras 

 Alguns membros dos “grupos holiness” pensam [pensavam] que podem [podiam] viver sem pecado, mas estão [estavam] enganados. Os chamados “pregadores de santidade” pregam a perfeição impecável, mas ignoram as verdades reais da Palavra de Deus. Seu versículo favorito é 1 João 3.9. Tiram-no de seu contexto e usam-no como prova daquilo que o versículo não ensina. Conforme a Tradução de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil, da Sociedade Bíblica do Brasil, deixa indicado, não “vive na prática de pecado” porque não “pode viver pecando” ou, em outras palavras, não vive mais dominado pelo princípio escravizador do pecado, não vive mais na esfera do pecado. Atos isolados de pecado, contudo, são possíveis em um crente verdadeiro, pois 1 João 3.9 precisa ser harmonizado com 1 João 1.8-10. 

  

Impecabilidade Não É Experimentada Por Ninguém 

Salomão, o homem mais sábio que já viveu, ao dedicar o Templo, disse:  “... (pois não há homem que não peque)...” (1 Rs 8.46). 

João, o discípulo amado, escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, afirmou: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós” (1 Jo 1.10). O testemunho coerente das Escrituras é que a impecabilidade não é experimentada por qualquer mortal. Os homens salvos cometem atos pecaminosos. 

  

 Os Salvos Não Têm Licença de Pecar 

 Que ninguém imagine, porém, que estamos diminuindo a hediondez dos pecados ou diminuído a gravidade das ações pecaminosos. Os salvos não têm o direito de pecar. 

  

Os Salvos São Advertidos Contra o Pecado 

 O sexto capítulo de Romanos é uma importante passagem que trata dessa importantíssima questão. Os homens são salvos mediante a graça de Deus, através da fé, e à parte de obras humanas. Isso, porém, não lhes dá o direito de viverem segundo o “homem velho” ou pecado no “íntimo”. A união com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição, pela fé, repudia o “homem velho” e seus caminhos. O crente morreu em Cristo, pelo que o “homem velho” precisa ser “destruído”. O termo “destruído”, conforme aqui usado significa “tornar inútil, inoperante, ineficaz” (West). Em outras palavras, o “homem velho” precisa ser paralisado. 

O batismo em água é um testemunho, da parte do crente, sobre como ele foi salvo, e é uma declaração de seus propósitos para o futuro. Sua disposição espiritual é dramatizada. O batismo em água dramatiza as verdades de como a vida espiritual é obtida e como ela deve operar. Co-crucificação com Cristo é o meio de salvação. O método do morrer diário é dado nos versículos 11 a 13. Cada crente deveria considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus, em Cristo Jesus. E isso deve fazer negando ao pecado que habita no íntimo e não permitindo que se entronize sobre sua vida, ao mesmo tempo em que cede cada membro de seu corpo a Deus, para a retidão e a vida santificada. Por outro lado, deve negar diariamente, ao pecado que habita no íntimo, o uso de qualquer membro de seu corpo. 

II Coríntios 5.17. O filho de Deus é “... nova criatura (criação) ...”. Nunca poderá ser novamente ser o mesmo de antes. A regeneração lhe proporcionou a própria natureza de Deus (II Pedro 1.4). A posse da natureza de Deus impele o indivíduo a ter aversão a seus pecados. Os crentes foram “... criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). 

  

Inimigos Sutis Atacam os Salvos 

 Os filhos de Deus têm de enfrentar inimigos perigosos – “o mundo”, “a carne” e “o diabo”.  O mundo, ou seja, este sistema mundano de viver, é antagônico a Deus e aos Seus caminhos. O crente mundano não progride espiritualmente. Seu mundanismo lhe rouba sua alegria cristã e sua comunhão e utilidade espirituais. Ele é um crente derrotado, e freqüentemente serve de pedra de tropeço para outros. O mundo é inimigo declarado da espiritualidade. Ao filho de Deus foram dirigidas as palavras que se encontram em 1 João 2.15,16. Ninguém pode mostrar-se amigo do Pai e também do mundo. Muito da carnalidade existente entre os crentes é causado pelos seus esforços de obterem a aprovação do mundo ou de tentarem tornar o Cristianismo aceitável ao mundo. O Evangelho não pode ser feito atrativo ou popular perante o mundo. O mundo crucificou a Jesus Cristo e nunca será amigável para qualquer de Seus seguidores que queria ser fiel a Ele. Crente, o atual sistema mundano é teu inimigo. 

A carne, isto é, o “pecado” que habita no íntimo, também é um adversário da espiritualidade (Gl 5.16,17). Quando o Espírito é agradado, a carne é insultada. A carne é contrária ao Espírito, e essa oposição é mútua. Os crentes precisam reconhecer que têm um verdadeiro inimigo residindo em si mesmos. 

I Pedro 5.8,9. O diabo não está morto, e nunca tira “férias”.  Ele é contrário a tudo aquilo que Deus é a favor. Ele promove a incredulidade de mil maneiras diferentes. A religião é uma de suas especialidades. As religiões falsas do mundo são produtos seus. Além dos cultos sem sangue e os “ismos” que aumentam cada vez mais em número, há multidões  de igrejas cristãs professas que não obtendo salvação de almas por meio da regeneração. De conformidade com a filosofia de tais, Jesus foi um mestre maravilhoso e um ótimo bom exemplo. Não salientam a redenção pelo sangue, a necessidade de arrependimento e do novo nascimento. Não fazem convite pessoal para que os homens aceitem a Cristo como Salvador e convite para que os homens aceitem a Cristo como Salvador e confessem-nO perante os homens. Gostaríamos de falar noutro tom, mas todas as igrejas que não estão pregando a redenção pelo sangue de Cristo nem estão pregando a redenção pelo sangue de Cristo nem estão obtendo conversões mediante a regeneração, são simulacros criados por Satanás. Chamam-se igrejas cristãs, mas em realidade não o são. São imitações habilidosas e sutis daquilo que é genuíno. Satanás se opõe à freqüência e à filiação nas igrejas que pregam a Bíblia, amam a Bíblia, crêem na Bíblia e são governadas pela Bíblia. Ele sabe que essas são suas mais eficazes adversárias. Odeia-as, portanto. 

Salvos e Seguros Pela Obra de Mediação de Cristo 

A morte de Cristo, sobre a cruz, satisfez a justiça divina. Quando Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor, disse que Seu sangue era “... o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para a remissão de pecados” (Mt 26.28). Quando Pedro pregou aos judeus, em Jerusalém, no dia de Pentecostes, declarou  que a fé em Cristo é o que outorga a “... remissão dos ... pecados ...” (At 2.38). E Pedro pregou aos gentios a mesma verdade, na casa de Cornélio (At 10.43). Paulo escreveu: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). E às igrejas de Éfeso e Colossos escreveu ele: “... no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça...” (Ef 1.7; Cl 1.14). João destacou a mesma verdade (1 Jo 1.7; Ap 1.5). Como é que algo poderia ser mais claro ou mais positivo e específico? Cristo pagou a penalidade, e os crentes recebem perdão. Os pecados da vida inteira do indivíduo são judicialmente perdoados quando Cristo é recebido pela fé, visto que Ele morreu por eles no Calvário. 

A presença de Cristo na Glória guarda os crentes. Os pecados do crente afetam sua comunhão, mas não sua relação. Cristo acha-se atualmente no Céu, na qualidade de nosso Sumo-Sacerdote e Advogado. Ele pleiteia constantemente a nosso favor, baseado nos méritos de Seu próprio sangue precioso, mediante o qual satisfez à justiça divina e tornou possível nossa comunhão com Deus (Rm 5.9; Hb 7.25; 1 Jo 2.1). Havendo feito um grande investimento em nós, Ele certamente cuidará desse investimento em nós, Ele certamente cuidará desse investimento. Suas realizações no Calvário, e Seu presente ministério na Glória, conservam cada crente salvo e seguro. 

A morte de Cristo garante a salvação do crente para o tempo e a eternidade. As “vestimentas de pele” feitas para Adão e Eva certamente foram aceitáveis a Deus porque Ele mesmo as fez (Gn 3.21). Os hóspedes que tinham vestes nupciais, fornecidas pelo rei, eram aceitáveis ao rei (Mt 22.1-14). A justiça que torna o pecador aceitável a Deus não é a justiça própria, não é a justiça humana, mas a justiça de Deus que o crente recebe como presente da parte de Deus (Rm 3.21,22). Aos crentes acha-se escrito: “... nele estais aperfeiçoados...” (Cl 2.10). Nada pode ser adicionado àquilo que é completo. Se o crente aceitar o que dizem João 3.16-18; 5.24; e 6.37, pode estar certo que todo crente está seguro e garantido. Jesus Cristo declarou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (Jo 10.27-29). 

A certeza da salvação é privilégio de todo filho de Deus, comprado pelo preço de sangue. A falta de segurança é um grande furto. Pois assim Deus é roubado da glória que Lhe é devida; assim o crente é roubado da alegria que lhe pertence por direito; e os contemporâneos do crente são roubados do testemunho que precisam ouvir. A certeza da salvação é um poderoso incentivo à vida santa. Crer naquilo que Deus diz acerca de Jesus Cristo salva o indivíduo. Acreditar naquilo que Deus diz acerca do crente torna o crente certo de sua salvação.  

 

C. M. Keen

A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO

 A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO 

A Segurança da Salvação

1Jo 5.13 Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creais no nome do Filho de Deus.”


Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2Co 5.8). O propósito de João ao escrever esta primeira epístola é que o povo de Deus tenha esta certeza (5.13). 

Note que João não declara em parte alguma da carta que uma experiência de conversão vivida apenas no passado proporciona certeza ou garantia da salvação hoje. Supor que possuímos a vida eterna, tendo por base única uma experiência passada, ou uma fé morta, é um erro grave.

 Esta epístola expõe nove maneiras de sabermos que estamos salvos como crentes em Jesus Cristo. 


(1) Temos a certeza da vida eterna quando cremos “no nome do Filho de Deus” (5.13; cf. 4.15; 5.1, 5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que o confessa como o Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.


(2) Temos a certeza da vida eterna quando temos Cristo como Senhor da nossa vida e procuramos sinceramente guardar os seus mandamentos. “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele” (2.3-5; ver também 3.24; 5.2; Jo 8.31, 51; 14.23; Hb 5.9).


(3) Temos a certeza da vida eterna quando amamos o Pai e o Filho, e não o mundo (2.15; cf. 5.4)


(4) Temos a certeza da vida eterna quando habitual e continuamente praticamos a justiça, e não o pecado (2.29). Por outro lado, quem vive na prática do pecado é do diabo (3.7-10; ver 3.9 nota).


(5) Temos a certeza da vida eterna quando amamos os irmãos (3.14; ver também 2.9-11; 4.7, 12, 20; 5.1; Jo 13.34,35).


(6) Temos a certeza da vida eterna quando temos consciência da habitação do Espírito Santo em nós. “E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado” (3.24). Ver também 4.13: “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito”.


(7) Temos a certeza da vida eterna quando nos esforçamos para seguir o exemplo de Jesus e viver como ele viveu (2.6; cf. Jo 13.15). 


(8) Temos a vida eterna quando cremos, aceitamos e permanecemos na “Palavra da vida”, i.e., o Cristo vivo (1.1), e de igual modo procedemos com a mensagem de Cristo e dos apóstolos, conforme o NT (2.24; cf. 1.1-5; 4.6).


(9) Temos a certeza da vida eterna quando temos um intenso anelo e uma inabalável esperança pela volta de Jesus Cristo, para nos levar para si mesmo. “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (3.2,3; cf. Jo 14.1-3).


 

 

domingo, 11 de outubro de 2020

GRAÇA COMUM

 

Graça Comum


Além dessa graça especial que resulta na salvação dos seus objetos, há o que podemos chamar de "graça comum", ou influências gerais do Espírito Santo que, a um nível maior ou menor são experimentadas por todos homens. Deus faz com que o Seu sol nasça sobre o mau e sobre o bom, e manda chuva sobre o justo e sobre o injusto.

Ele provê estações frutíferas e dá muitas coisas as quais contribuem para a felicidade da humanidade em geral. Entre as bênçãos mais comuns que devem ser atribuídas à esta fonte, podemos enumerar a saúde, a prosperidade material, a inteligência em geral, os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc. Em muitos casos, os não eleitos recebem estas bênçãos em abundância maior do que os eleitos, pois muitas vezes vemos que os filhos deste mundo são para a sua própria geração mais sábios que os filhos da luz. A graça comum é a fonte de toda a ordem, o refinamento, a cultura, a virtude comum, etc., que encontramos no mundo, e através dela é que o poder moral da verdade no coração e na consciência é aumentado, e as paixões maléficas dos homens são restringidas. Ela não leva à salvação, mas livra esta terra de transformar-se em inferno. Ela prende a efetivação do pecado, tanto quanto o discernimento humano prende a fúria de bestas selvagens. Ela previne o pecado de ser manifestado em toda sua hedionda expressão, e assim bloqueia a explosão das chamas da fogueira fumegante. Como a pressão da atmosfera, é poderosa e universal, ainda que não sentida.

A graça comum, no entanto, não mata essência do pecado, e portanto não é capaz de produzir uma conversão genuína. Por intermédio da luz da natureza, das obras da consciência, e especialmente por intermédio da apresentação exterior do Evangelho é possível ao homem saber o que ele deveria fazer, mas isto não proporciona o poder do qual o homem necessita. As Escrituras Sagradas ensinam constantemente que o Evangelho torna-se efetivo somente quando é auxiliado pelo poder iluminador do Espírito, e sem este poder ele é pedra de tropeço para os Judeus e tolice para os Gentios. Assim é que o homem não regenerado nunca pode conhecer a Deus, exceto de uma maneira exterior, e por este motivo a retidão exterior dos escribas e dos Fariseus é declarada não ser retidão de forma alguma. Jesus disse aos Seus discípulos que o mundo não poderia receber o Espírito da verdade, "...porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós."[João 14:17]. A doutrina Arminiana acaba com a distinção entre graça comum e graça eficaz (vocação eficaz), ou quando muito faz com que a graça eficaz seja uma assistência sem a qual a salvação é impossível, enquanto que a doutrina Calvinista faz dela uma assistência pela qual a salvação é certa.

Com relação às transformações, às reformas produzidas pela graça comum, o Dr. Charles Hodge diz: -- "Freqüentemente acontece de os homens que têm sido imorais em suas vidas mudarem completamente o curso de suas vidas. Eles passam a ser exteriormente corretos em seu comportamento, em sua têmpera, passam a ser puros, honestos e bondosos. É uma grande e louvável mudança. É extremamente benéfica àqueles que dela são objetos, e a todos quantos eles estiverem ligados. Pode ser produzida por diferentes causas, pela força da consciência, ou por uma consideração pela autoridade de Deus e um temor da Sua desaprovação, ou por uma consideração ao bom conceito de homens, ou pela mera força de uma consideração iluminada de interesse próprio. Mas qualquer que seja a causa próxima de tal reforma, de tal transformação, ela está sempre bem longe de santificação. As duas coisas diferem em natureza tanto quanto um coração limpo difere de uma roupa limpa. Tal transformação externa pode deixar o caráter íntimo do homem não transformado, não modificado à luz de Deus. Ele pode permanecer destituído de amor para com Deus, ou de fé em Cristo, e de todos os santos exercícios ou afeições." 11 E diz o Dr. Hewlitt: "Poderia o cadáver no cemitério ser levantado através da mais doce música já composta, ou pelo ribombar do maior trovão, que parece estremecer os pólos da Terra? Assim que o pecador, morto em pecado e ofensas, possa ser movido pelo trovão da lei, ou pela melodia do Evangelho; poderá então o Etíope mudar a cor da sua pele, ou o leopardo as suas malhas." "...então podereis também vós fazer o bem, habituados que estais a fazer o mal..."[Jeremias 13:23]. 12

O parágrafo seguinte, escrito pelo Dr. S. G. Craig estabelece de maneira muito clara as limitações da graça comum: -- "O Cristianismo entende que educação e cultura, que deixam Jesus Cristo fora de consideração, enquanto possam fazer homens mais inteligentes, polidos, brilhantes, não têm o poder para mudar dos seus caracteres. Quando muito tais coisas em si mesmas podem limpar o exterior do recipiente, sem no entanto afetar a natureza do seu conteúdo. Aqueles que depositam a sua confiança na educação, na cultura e em coisas afins, assumem que tudo o que seja necessário para transformar uma oliveira selvagem numa oliveira boa é regar, podar, cultivar e assim por diante, enquanto que o que a árvore precisa, em primeiro lugar, é seja enxertada com um broto de uma oliveira boa. E até que isto seja feito, todo trabalho dispensado à árvore é na maior parte jogado fora. Nós não subestimamos o valor da educação e da cultura, e todavia alguém poderia tanto supor-se capaz de purificar as águas de um rio simplesmente em melhorando as margens do mesmo, como também supor que estas coisas, próprias de si mesmos são capazes de transformar os corações dos filhos dos homens .... como um antigo provérbio Judeu diz: "pegue uma árvore de frutos amargos e plante-a no jardim do Éden e regue-a com as águas dali; e deixe o anjo Gabriel cuidar dela, e a árvore ainda assim produzirá frutos amargos."


Loraine Boettner.

 

EU PRECISO FREQUENTAR UMA IGREJA

 Eu preciso “freqüentar uma igreja”?

A salvação é individual. É verdade! Paulo disse que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10). Não seremos julgados coletivamente como igrejas.

A igreja não salva ninguém. Isso, também, é verdade! É pelo sangue de Jesus que recebemos “a remissão dos pecados” (Efésios 1:6-7). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2:8). A igreja não morreu por nós, e não é capaz de nos salvar.

Algumas pessoas, compreendendo estes fatos, chegam à conclusão que a vida cristã não tenha nada a ver com a igreja. Pode freqüentar uma se quiser, mas também pode usar o tempo igualmente bem recebendo amigos em casa, passeando no shopping ou indo pescar. Pode comunicar com Deus em qualquer lugar, então quem precisa de igrejas?

Antes de descartar ou desprezar a igreja na sua vida, não seria importante ver o que Deus diz a respeito dela?

A igreja (grego, ekklesia) é um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado e pertencerem a Cristo. Jesus prometeu edificar a igreja dele (Mateus 16:18). Deus comprou a igreja com seu próprio sangue no sentido que ele comprou cada pessoa salva (Atos 20:28; cf. 1 Coríntios 6:20).

Paulo frisou a importância de procedimento adequado “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Embora a igreja não salva, ela tem um papel fundamental na divulgação do evangelho. Devemos valorizar a casa de Deus.

Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas que exigem a nossa participação nas reuniões de uma igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua (Hebreus 10:23-27).

Outras instruções exigem a nossa participação nas reuniões da igreja para participar da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:17-34; cf. Atos 20:7), para juntar ofertas (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36-37; 5:1-2) e para resolver questões de pecado na congregação (1 Coríntios 5:4-5). Discípulos de Cristo se juntam, também, para cantar hinos de louvor e edificação (Efésios 5:19-21) e para ensinar a palavra do Senhor (1 Coríntios 14:26).

Pessoas que negligenciam estas responsabilidades, não participando dos cultos da congregação, desobedecem a Deus. Pecam contra os irmãos e contra o Senhor.

Seja fiel na sua participação em uma congregação local. E não deixe de examinar tudo para verificar que a igreja onde você congrega esteja realmente agradando a Deus em doutrina e prática (1 Tessalonicenses 5:21-22).

–por Dennis Allan

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