domingo, 8 de novembro de 2020

LIBERDADE

 

LIBERDADE

Israel não foi chamado apenas para fora do cativeiro, mas à gloriosa liberdade de Deus e a uma nova terra de promessa de prosperidade e benção. De igual forma, nós não fomos chamados apenas fora desse mundo, ou do mal dessa era, mas fomos chamados para o Reino de Deus. É, também, um lugar de benção e prosperidade sem precedentes. Contudo, temos fundamentalmente que manter em mente que o Reino do Senhor “não é desse mundo” (veja João 18:36). É um reino que transcende muito além dessa realidade. Seu Reino tem domínio sobre a realidade desse mundo, e em cada ponto que esse Reino tocar trará transbordar e benção além de nossas medidas.

Por exemplo, quando o Rei tocou a necessidade de vinho no casamento em Cana, Ele fez muito mais vinho para aquele casamento! (veja João 2:1-11) Quando o Rei toca a necessidade por comida dos cinco mil que O seguiam, houve comida a sobrar (veja Mateus 14:20). Sempre que o Reino dos Céus toca a terra, há um transbordar. Por isso que nossa busca deveria sempre ser buscar primeiro Reino e Sua justiça, sabendo que através do Seu Reino tudo mais será cuidado, com abundância.

Essa é a promessa que o Senhor dá àqueles que são fiéis no dizimar, como lemos em Malaquias 3:10:

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.

O mesmo é afirmado no Novo Testamento em II Coríntios 9:6-8:

Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará,

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.

E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra;

Primeiro, nos foi dito que o Senhor é capaz de fazer “toda a graça” abundar àqueles que forem fiéis nisso. Como seria “toda a graça” abundando na vida de uma pessoa? O apóstolo segue e nos diz como seria: “tendo sempre, em tudo, toda a suficiência.” Então ele avança e adiciona para que “abundeis em toda boa obra.”

Ora ponderemos por um minuto. O que faríamos se tivéssemos “abundância em toda boa obra”?

Temos que manter em mente que essa graça não é para nós mesmos, mas a boa obra. Nós, também, temos a promessa de ter “em tudo, toda suficiência”, mas tal como a vida é o resultado de generosa semeadura de sementes. É uma vida condicional que requer que busquemos primeiro o Reino em tudo. Quando fizermos isso nossos motivos serão purificados, e seremos maduros o suficiente para sermos confiados com tamanha graça. Ainda assim, quando o céu toca podemos esperar por muito!

Todos que falam assim ficam marcados como pregadores do “evangelho da prosperidade”. Confesso que fico de igual forma alarmado pela forma que costuma ser apresentado promovendo, na realidade, egoísmo e ambição egoísta. Contudo, não há duvida que o evangelho de Jesus Cristo inclua prosperidade abundante que é além do que a maioria dos “pregadores da prosperidade” compreende. Assim como Pedro disse concernente aos ensinos de Paulo, o imaturo e inconstante distorcerão tais coisas, assim como ao resto das Escrituras (veja II Pedro 3:14-16). Entretanto, não podemos permitir que esses levem tais coisas ao extremo, ou usem erroneamente esses ensinos, nos levando a reagir e cair na vala no outro lado.

Mas mantenhamos em mente que isso não é para vivermos em luxuria, mas termos abundância do fruto do Reino de Deus. Não é apenas sobre tesouro na terra – é muito mais que isso! Aqueles que compreenderem as “verdadeiras riquezas” (Lucas 16:11) não se preocuparão com as riquezas terrenas. Nós somente queremos lidar com elas corretamente para que sejamos confiados às verdadeiras.

Como um amigo disse. “Um momento de favor de Deus vale toda uma vida de esforço”. Se realmente entendermos a graça de Deus, isso seria a devoção guia de nossa lida. Pode parecer arrogante, mas essa é minha oração e devoção, andar em “toda graça” para que isso abunde e toque a todos com quem eu venha ter contato.

Eu também oro essa oração por minha família, equipe, e todos que a quem me foi dado responsabilidade espiritual e nossas congregações. Oro por nossos parceiros ministeriais, o Time Estratégico MorningStar (MST), assim como para todos em nossa Comunidade de Igrejas e Comunidade de Ministros. Também tento orar diariamente por aqueles que estão conectados a nós de qualquer forma, tal como os que recebem nosso Jornal Morning Star, Mensagem do Mês etc, e aqueles de vocês que lêem essa Palavra da Semana. Tenho a esperança de ver toda pessoa que nosso ministério toca andando em tudo que eles foram chamados para andar. Se nós fizermos isso teremos a atenção de toda terra.

Eu quero, sem desculpa, cuidar bem de minha família. É um desejo íntegro, e um reflexo de como o Senhor quer cuidar de Seus filhos. Quero estar certo de que cada um de meus filhos está bem preparado e bem estabelecido para seu propósito nessa terra. Quero ver que minha esposa está sempre bem cuidada. No entanto, após ter provido para aqueles que foram confiados a mim, tenho a visão de pessoalmente morrer sem nada. Quando meus filhos estiverem crescidos e estabelecidos com suas próprias famílias, quero sistematicamente simplificar minha vida, e fazer todas as coisas e dar tudo que tenho para o bem do evangelho. Quando meus últimos dias vierem, gostaria de ter um balanço zero na minha conta corrente e sem posses, pois tudo foi dado pelo bem do evangelho.

Um dos grandes filmes de nosso tempo é A Lista de Schindler, que termina com uma das mais constrangedoras cenas de qualquer filme. Schindler cheio de remorso de como ele poderia ter vendido seu broche de ouro ou seu carro e ter salvado mais algumas vidas. Eu não quero chegar ao fim da minha e ter esse remorso. Estamos todos aqui para fazer o que Schindler fez, não apenas salvando vidas para o hoje, mas para eternidade!

Uma das coisas mais maravilhosas que encontrei esse ano é como o governo americano aprovou leis que assistem pessoas querendo fazer isso enquanto elas estão vivas através do que chamamos de “Legado de Presente”[1]. Isso não foi feito especificamente para o evangelho, mas para permitir que pessoas deixem ajudas para caridade sem ter pagar taxas, exceto igrejas e ministérios. Coisas como essa me ser mais grato por nosso governo. Sei que não é o reino de Deus, e está longe da perfeição, mas sou muito grato pelo quanto bom é e por programas como esse.

O que isso tem haver com andar no fruto do Espírito? Bom gerenciamento do que nos foi confiado é um fundamento para andar no Espírito e preparo para a vinda do Reino de Deus. A maior parte dos próprios ensinos do Senhor enquanto Ele andou na terra foram sobre mordomia. Aqueles que Ele chamou de “servo bom e fiel” foram os que usaram os talentos que Ele deu a eles sabiamente, tendo um bom retorno para eles. O que Ele chamou de “servo mau e preguiçoso” foi o que enterrou o talento que confiado a ele (veja Mateus 25:14-30). É claro que isso fala sobre nossos dons espirituais, mas literalmente um “alento” era a medida de dinheiro naquele tempo.

Como o Senhor disse em Lucas 16:11: “Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (NVI) Ele quer que sejamos sábios gerentes de tudo que Ele confiou a nós para que sejamos confiados às “verdadeiras riquezas” que são as riquezas de Seu reino. Não há nenhuma falta no céu. Quando o céu toca a terra, há superabundância. Não há doença no céu. Quando o céu toca a terra, o doente é curado. Nossa tarefa é proclamar o evangelho do reino e demonstrá-lo Sua autoridade na Terra.

Não devemos ter medo da abundância ou prosperidade, mas consideremos isso com uma responsabilidade ainda maior. Não nos foi dado para consumir com nós mesmos, mas para investir! Pense nisso. Quanto mais mal seria o escravo que recebeu dez talentos se ele tivesse enterrado todos eles? Quanto mais recebemos, mais fomos confiados, mas também mais somos responsáveis por. Sejamos fiéis com aquilo que nos dado de forma que nos possa ser dado mais, até que nossas vidas transbordem com a bondade do reino “para toda boa obra”.


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