quinta-feira, 17 de setembro de 2020

MULHER VIRTUOSA

                                Mulher Virtuosa

 Lc.14:28-30; Mt.12:25

 - Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir; é necessário que a base da unidade seja estabelecida.

- Qual seria esta base da unidade? resp: Submissão à Autoridade (Temor do Senhor).

  

Pv.31:10-31

             O texto de Provérbios propõe alguns aspectos e características de uma mulher que seria virtuosa e estivesse comprometida com a edificação de sua casa. Obviamente, o alvo é a mulher, e o escritor não poderia falar do outro gênero que não o feminino, pois o assunto é: mulher virtuosa. Mas, o texto revela, em pano de fundo, alguns aspectos,  expectativas, características que, na verdade, fazem parte de ambos no casamento: marido e mulher. Tais aspectos são, na verdade, características que um espera encontrar no outro, expectativas estas que devem ser bem expressas, e jamais escondidas um do outro, e, se houver algum conflito n’alguma delas, deve ser solvido.

            Fala-se muito em submissão da mulher, mas pouco se investe em se definir o que seria esta submissão. Na verdade, a submissão é bastante confundida com a subserviência, algo que não prevê a participação equiparativa de ambos num relacionamento; tal relacionamento não prevê o tratamento de alguém que foi posto ao lado de outrem para gozar da mesma graça de vida, mas, sim, abaixo da outra, exclusivamente  para servir.

 

- O que é submissão:

 SOB A MESMA MISSÃO => UNIDADE no caminhar:

 

·       Economico-financeiramente ( v.11,16,18,24);

·       Profissionalmente (v.13,19);

·       Educacionalmente (v.26);

·       Funcionalmente no lar (como mãe, esposa, dona-de-casa... - v.14,15,21,22,27,28);

·       Fisicamente (v.17,25);

·       Socialmente (v.20,23,31);

·       Emocional-afetivamente (v.10,11,12,28,29);

·       Espiritualmente (v.30; comp. Ec.12:13).

 

            O interesse e a preocupação nestes assuntos deve ser mútuo, e a participação efetiva. Se apenas uma das partes se envolve com um ou mais destes itens, a tendência é que ela venha a se frustrar e se desanimar, uma vez que é esperado o envolvimento efetivo de ambas as partes; esta é a origem da maioria dos términos de casamento.

            A mulher, por sua natureza, tem a tendência de buscar realizar-se apenas com coisas de seu interesse, buscando seu próprio caminho, tentando enquadrar seu companheiro em sua forma de pensar (Gn.3:6; 2Co.11:3; 1Tm.2:13,14); o homem, por sua vez, tem tentado impor, por sua força, que seus desejos e caprichos sejam satisfeitos. Por isso Deus estabeleceu uma ordem de autoridade e submissão (Gn.3:16). É por isso que a palavra alerta que a mulher sábia edifica sua casa, pois com sabedoria a casa é edificada (Pv.14:1;24:3), e o princípio (regimento e início) da sabedoria é o temor do Senhor (submissão à autoridade), uma vez que, sem isto, nem mesmo o universo se mantém em harmonia (Pv.8:22-31).

            Faz-se necessário, portanto, que ambos, marido e esposa, conversem entre si, a sós, e discutam o que cada um espera do outro nas áreas acima apontadas, para que possam traçar metas e caminhos para viabilizá-las e atingi-las (estarem sob a mesma missão).

            Obviamente, o homem também tem sua participação neste edificar mútuo, destacando-se que, cabe a ele, para ajudar a esposa a ser submissa o amar, exercer sua responsabilidade como autoridade no lar, bem como e exercer disciplina quando necessário, porém, sempre com amor, compreensão, tratando sua mulher como o vaso mais frágil, como a própria Palavra de Deus ensina (1Pd.3:7). Assim, ambos fazem sua parte nesta obra de edificação do lar.

 



CLAMOR NA ANGÚSTIA

 

CLAMOR NA ANGÚSTIA

Texto: Salmo 86:7

I – AS ANGÚSTIAS DA VIDA SÃO INEVITÁVEIS

"No dia da minha angústia".

Exemplos bíblicos:

Jó teve o seu momento de angústia.

Jesus experimentou isto quando esteve no Jardim do Getsêmani - Mt. 26:38 – "A minha alma está profundamente triste até a morte".

Todos nós atravessamos fases de crise: as vezes, é uma enfermidade; as vezes um problema familiar; as vezes uma necessidade financeira.

Todo homem tem a experiência do salmista Davi, quando disse: "No dia da minha angústia".

II – UMA ALTERNATIVA LOUVÁVEL E CORRETA

"Clamo a ti".

Há muitos que no momento da angústia não sabem onde buscar o socorro.

Assim disse o salmista: "Uns confiam em carros, outros em cavaleiros mas, nós faremos menção do nome do Senhor".

É por Deus que nós devemos clamar nos momentos de necessidade: Salmo 121 – Salmo 46 – Provérbios 18:10.

III – UMA GLORIOSA EXPERIÊNCIA

"Porque tu me respondes".

Deus nos escuta:

Porque seus ouvidos estão abertos:

Salmo 34:15

Isaías 59:1

1 Pedro 3:12

Porque suas mãos estão estendidas para nós:

Isaías 59:1

Números 11:23

Aqueles que invocam o Senhor gozam da gloriosa experiência do saberem que Ele lhes responde às orações – Salmo 65:2.

CONCLUSÃO

Três importantes considerações foram tecidas em torno do versículo 7 do salmo 86:

As angústias vêm para todos nós.

Deus deve sempre ser invocado.

O Senhor é Deus que ouve e responde.

 

A LIDERANÇA CRISTÃ E O DISCIPULADO

 

A LIDERANÇA CRISTÃ E O DISCIPULADO

Creio na liderança cristã e creio no discipulado. Compreendo que a liderança cristã tem o trabalho de despertar e conduzir o ser humano para Deus e para tudo o que de Deus recebeu. Creio numa liderança comprometida com o reino de Deus (cf. Mt 6.33), o que, aliás, é uma qualidade- chave do líder cristão. Uma liderança comprometida é fiel (1Co 4.2), disponível (Lc 9.57-62), receptiva à capacitação, ou seja, ao treinamento (um teste é convidar 12 a 20 pessoas para reuniões de treinamento, e observar quem retorna a partir da segunda reunião. O treinamento, por sinal, já é uma seleção). Descobrir pessoas que possuam potencial é tarefa do líder, e isso com o objetivo de treiná-las de modo a que em dado momento a organização possa funcionar sem ele, líder. É um facilitador no ensino dos novos discípulos e na participação deles no global do processo; é exemplo e ajuda em vez de apenas verbalizar, valoriza a participação dos outros, é paciente e confia no Espírito Santo como conselheiro e auxílio nas dificuldades.

Creio na liderança capacitada pelo Espírito de Deus, "carismatizada" para o benefício da Igreja de Cristo, para que todo o edifício bem ajustado cresça para templo santo cuja glória seja unicamente a de Deus, ou como colocou a Bíblia em Português Corrente (edição da Sociedade Bíblica de Portugal, 1993): "É em Cristo que todo o edifício está seguro e cresce até se transformar num templo que honre ao Senhor" (Ef 2.21).

Creio também no discipulado cristão, pois é somente observar a ênfase dada por Jesus ao cuidado, carinho, busca e instrução dos que O seguiam. "Discípulo", por sinal, parece ser a palavra favorita de Jesus para aqueles cuja vida estava ligada a dEle. Aparece 269 vezes nos Evangelhos e no livro dos Atos dos Apóstolos.

O líder cristão do século 21 não pode esquecer que as condições do discípulo são um daqueles princípios imutáveis, apesar das transformações litúrgicas, administrativas, pelas quais a Igreja de Cristo vem passando através dos séculos. Quem as declara são os Evangelhos:

· Transportar a cruz (Lc 14.27). A cruz não é brinquedo, mas instrumento de morte, na qual o eu deve morrer. Ir para o Calvário é um caminho escolhido deliberadamente, visto que a cruz é o símbolo da perseguição, vergonha e abuso que o mundo jogou sobre o Filho de Deus e jogará sobre os que escolhem navegar contra a corrente, o discípulo.

· Renúncia (Lc 14.33), que é entrega irrevogável a Jesus Cristo, autonegação, nos termos de Lucas 14.26 e Mateus 16.24. Nosso amor a Jesus e à Sua causa há de ser tão evidente que, em comparação, todos os demais serão diminuídos. Billy Graham afirmou que "a salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos".
· Constância (Jo 8.31). É passar a viver em companhia de Jesus, comunhão de destinos com Ele, segui- Lo, permanecer nEle. O verdadeiro discípulo se caracteriza pela estabilidade.

· Produção de frutos (Jo 15.8). União frutífera como Senhor (Jo 15.4,5).

O líder cristão há de observar os dois aspectos básicos do discipulado em sua própria experiência de vida: a união com Cristo e a dedicação sem reservas, que Jesus Cristo descreveu em termos de videira e ramos (cf. Jo 15.5ss). Em relação ao primeiro aspecto, Paulo usa inúmeras vezes a expressão "em Cristo" para com isso significar que nós estamos nEle e Ele está em nós (Cl 1.27). Por sua vez, Romanos 6.1-12 indica o significado do regime de dedicação exclusiva a Jesus.

O alvo do discipulado deve permanecer bem definido na mente do líder cristão: é a semelhança de Cristo em caráter e em serviço. O Espírito Santo dá-nos o caráter de filhos de Deus, e nessa linha de raciocínio, o fruto do Espírito é o retrato desse caráter: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio.

OIKOS, UM CONCEITO PARA O SÉCULO 21

As grandes cidades, sejam capitais legais, formais ou informais são um centro dominante A característica maior é a concentração de população várias vezes superior à cidade seguinte em importância. Tem primazia política, econômica, acadêmica e cultural (a área metropolitana de Tóquio é maior que a metade da população do Canadá). É também nessa situação que o líder cristão há de exercer o discipulado.

São características dos habitantes da urbis:

· Um ser solitário. Quem mora na roça vive praticamente num sistema de clã (estilo semita bíblico). Na cidade grande está perdido.

· Um ser pobre. Mora em invasão.

· Um ser que sonha. Não perdeu essa capacidade.

· Um ser que escuta. E a ele muitos "discipuladores" querem falar.

OIKOS, UM NOVO VELHO CONCEITO

Oikos é o "lar familiar", a esfera de influência. É o sistema social primário composto por aqueles que são relacionados por laços comuns de família, trabalho e vizinhança. Três são as constantes culturais: o parentesco, a comunidade e a associação:

· parentesco são laços de sangue ou de afinidade.

· A associação é voluntária com normas, autoridade, mobilização de recursos, e movidas por amizade, sexo, poder, ideais, interesses, prestígio (sindicatos, igrejas, clubes).
· A comunidade é determinada pela geografia.

Se isso existe hoje, e é uma constante antropológica, existiu nos dias neotestamentários. É o oikos (cf. Michael Green. Evangelização na Igreja Primitiva). Alguns casos são:

-         a família de Betânia (Jo 12.1-3);

· a casa de Cornélio, oficial romano (At 10);

· a casa de Lídia (At 16.13-15);

· a família do carcereiro de Filipos (At 16.25-34);

· a casa de Prisca e Áqüila (Rm 16.3-5);

· a casa de Aristóbulo (Rm 16.10);

· a casa de Narciso (Rm 16110.

Os descrentes têm dois problemas: o de informação (não conhecem a um cristão de verdade), e o de reputação (conhecem um "cristão" que não tem a mente de Cristo).

IMPEDIMENTOS

Liderança que não encarna ideais e falta de mobilização do povo de Deus. Falar de liderança é falar de pastores, presbíteros, diáconos, ministros na várias áreas, professores, conselheiros, relatores, etc. Através da história, Deus tem chamado homens e mulheres para abençoar Seu povo.

No século 21 muita coisa tem mudado: igrejas querem dinheiro, não poder do Espírito; santuários cheios de pessoas, mas não de poder; animação, mas não renovação.

A liderança há de ter visão.

 


AMAMOS VERDADEIRAMENTE?

 Amamos Verdadeiramente?


Na maioria das vezes, estamos em nossas igrejas e, com toda alegria, cantamos, declaramos nosso amor a Deus, mas não nos preocupamos com a pessoa que está sentada ao nosso lado. Se é alguém desconhecido, nem mesmo perguntamos o seu nome. Não nos interessamos em saber se ela está precisando de alguma ajuda, de uma palavra de ânimo ou simplesmente um sorriso sincero. "Se eu perguntar e ela precisar de ajuda, eu terei que gastar tempo com ela", "ajudar quem está precisando é tarefa dos pastores da igreja e não minha", são respostas que, nas maioria das vezes, ouvimos das pessoas.

Em I João 4:20, o autor diz que aquele que disser que ama a Deus e não amar seu irmão, é mentiroso. Nossas igrejas estão cheias de pessoas deste tipo, dizem que amam a Deus e viram as costas para as necessidades do próximo.

Amar o próximo não é simplesmente dizer: "eu te amo meu irmão". Amar o próximo é ter um amor genuíno dentro do coração, um amor que se interessa pelo próximo, pela pessoa dele e não pelos bens dele. Há muitos que se aproximam de alguém, simplesmente para se aproveitarem da posição de destaque que essa pessoa ocupa. É necessário ter um amor não apenas de palavras, mas um amor prático. Mais forte que nossas palavras, são nossas atitudes.

No capítulo 4 de Gênesis, encontramos a história de Caim e Abel. É uma história bem conhecida por todos nós. Por causa da inveja, Caim matou o seu próprio irmão.

"Disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele respondeu: Não sei. Acaso sou eu tutor de meu irmão?" (Gn. 4:9).

Ao contrário do que pensava Caim, nós somos responsáveis pela vida de nosso irmão. Somos responsáveis por sua vida espiritual. O amor de Deus, que deve estar dentro de nós, nos leva a um interesse pela vida de nosso irmão. Como eu posso estar bem comigo e com Deus se meu irmão está passando por algumas necessidades?

O amor que deve existir na igreja, um amor puro, derramado por Deus, deve eliminar todo o individualismo e egoísmo que são tão prejudiciais às pessoas.

Quantas pessoas passaram por nossas igrejas e hoje estão no mundo? Quantas pessoas que você já teve oportunidade de conversar, mudaram de igreja pela falta de amor que reinava onde elas estavam?

Todas estas pessoas são vítimas da falta de amor e de companheirismo que, infelizmente, imperam na maioria das igrejas.

Talvez você esteja pensando: "Não, esta culpa não cairá sobre mim pois, eu tenho muitas amizades".

Será que, com suas muitas amizades você está "fechado" para novas amizades ou para uma pessoa que não tenha o mesmo nível social que você, ou até mesmo, para uma pessoa que não seja tão "simpática" como as pessoas do seu grupo?

Quantas pessoas já fizemos tropeçar em nosso "testemunho" parcial, sem amor?

A verdade é: Matamos a vida espiritual com nossas palavras e atitudes impiedosas.

"Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus. Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus". ( I Jo 4:7).

Nós, que somos discípulos de Cristo, eu tenho que amar como Cristo amou.

Creio que está na hora de nos perguntar:

· Como tem sido meu relacionamento com meu irmão?

· Tenho sido pedra viva ou pedra de tropeço?

· Tenho edificado ou destruído?

· Tenho inspirado pessoas com meu testemunho ou desestimulado com minhas atitudes?

· Tenho amado o meu próximo como a mim mesmo ou tenho demonstrado total indiferença?

O desejo do meu coração é que você possa influenciar positivamente as pessoas que estão ao seu lado (dentro e fora da igreja), através do seu exemplo, da sua fé, e principalmente, através do amor.

Se você tem dificuldade de expressar seu amor, peça a Deus que Ele dará condições para você.

"O Senhor vos aumente, e vos faça crescer em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco". (I Ts 3:12).

Eberson Christoni

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA


ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe
notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho; e
além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o
parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a
expulsão da lixa.
Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais,
entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que
sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único
perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o
seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a
discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro
trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim,
não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos
pontos fortes."
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e
dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro
era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de
qualidade.
Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se
tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos
fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.
Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!


O CACHORRO E O COELHO


O CACHORRO E O COELHO

  
Eram dois vizinhos

O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos.

Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai.

O homem comprou um pastor alemão.

Papo de vizinho:

*Mas ele vai comer o meu coelho!

De jeito nenhum.    Imagina.      O meu pastor é filhote.       Vão crescer juntos, serão amigos.    Entendo de bicho.         Problema nenhum.

E parece que o dono do cachorro tinha razão.         Juntos cresceram e amigos ficaram.         Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.         As crianças felizes.

Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.    Isso na sexta-feira.

No Domingo de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.

Pasmo geral!

Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto.

Quase mataram o cachorro.   O vizinho estava certo.   E agora!?   E agora é que eu quero ver!         

A primeira providencia foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança.

Claro, só podia dar nisso.

Mas algumas horas  e o vizinhos iam chegar.

E agora?

Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas.

Já pensaram como vão ficar as crianças?

Cala a boca!(diz a esposa)

Não se sabe  exatamente  de quem foi a idéia, mas era infalível.      Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem, límpido, depois a gente seca com o secador da sua mãe  e o colocamos na casinha dele no quintal.         Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram.

Até perfume colocaram no falecido.     Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.

E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco.       

Umas três horas depois, eles ouvem a vizinhança chegar.    Notam o alarido e os gritos das crianças.

Descobriram!

Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater a porta. Branco, lívido, assustado.   Parecia que tinha visto um fantasma.

*O que foi?            Que cara é essa?

*O cococoelho... o cocoelho....o coelho ?

*Morreu!

Todos: - Morreu?         

Ainda hoje a tarde parecia tão bem....

*Morreu na sexta-feira!

*Na Sexta?

*Foi.  Antes de agente viajar as crianças enterraram ele no fundo do quintal!

A História termina aqui.         O que aconteceu depois, entre os vizinhos, não é mais importante.  Não importa.  Nem ninguém sabe.  Mas o personagem que mais cativa nesta história toda, o protagonista da história, é o cachorro.

Imagine o pobre do cachorro que, desde de sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho.  Depois de muito farejar descobre o corpo.         Morto.         Enterrado.   O que faz ele?

Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos.            Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar pancadas de tudo quanto é lado.

Portanto, antes de tomar medidas drásticas tente levar pôr detrás de um fato, para depois não se arrepender das suas ações.

Está escrito: "Mas, se vocês tratam as pessoas pela aparência, estão pecando, a lei os condena como culpados." (Tiago 2:9)





O PREGADOR E O SERMÃO


O PREGADOR E O SERMÃO 

1. QUALIDADES DO PREGADOR DO EVANGELHO 

Naturalmente para que alguém obtenha êxito como mensageiro de Deus deve possuir certas qualidades, ou satisfazer a determinadas condições.

O fator essencial, a característica de maior importância, é a piedade, que, no dizer do apóstolo, "para tudo é proveitosa", I Timóteo 4:8. Só o crente consagrado, verdadeiramente espiritual, alcançará grandes vitórias por Deus e para Deus. O homem leviano, superficial, poderá ser notável orador político e obterá, talvez o aplauso e admiração de muitos, porém jamais conseguirá tornar-se um eficiente pregador ou um instrumento poderoso usado pelo Senhor.

No mínimo três elementos são essenciais à eficiência do seu trabalho:
humildade, para alcançar graça; oração, a fim de conseguir poder; estudo da Bíblia, para obter sabedoria.


2. PREPARO INDIVIDUAL DO PREGADOR 
Antes mesmo de preocupar-se com a mensagem, deve o pregador cuidar de si. É princípio inegável que aquilo que ele faz depende do que ele é. Daí as recomendações de Paulo a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo (a pessoa) e da doutrina" (o trabalho); e mais adiante: "Procura apresentar-te aprovado perante Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar (o indivíduo) e que maneja bem a palavra da verdade", (a ação) (I Timóteo 3:16 e II
Timóteo 2:15).

Para que o pregador seja bem sucedido em seu trabalho, é indispensável uma preparação completa, a qual abrange três aspectos: físico, intelectual e espiritual.

Preparação física: boa condição do organismo; saúde equilibrada. A Bíblia fala muito a respeito do equilíbrio das refeições. Nunca devemos exagerar na alimentação. Só recentemente que a ciência descobriu que a comida em excesso, pode ser prejudicial. Porém, a Bíblia Sagrada ensinava essa verdade há 3.500 anos atrás. "Depois disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis. Todavia pode-se usar a gordura do animal que morre por si mesmo, e a gordura do que é dilacerado por feras, para qualquer outro fim; mas de maneira alguma comereis dela" (Levítico 7:22-24). Temos conhecimento no dia de hoje, quão pernicioso é o colesterol em nosso sangue. O exercício também é muito importante para quem quer servir ao Senhor. Longas caminhadas e outras  atividades que "desemperram" os músculos são indispensáveis na vida do servo do Senhor. Acredito que o fator que pesou na longevidade de anos na vida dos servos do Senhor, foi sem dúvida alguma, as longas caminhadas que eles eram obrigados a fazer no cotidiano de suas vidas. Abraão, Isaque, Jacó e muitos outros patriarcas eram caminhantes inveterados.

O próprio Moisés caminhou no deserto, conduzindo o rebelde povo de Israel, pelo menos quarenta anos. Não é de admirar que Moisé morreu com 120 anos de idade (Deuteronômio 34:7). Se Moisés tivesse algum problema sério de saúde, naturalmente não seria usado por Deus para estar à frente do povo hebreu por longos quarenta anos.

Vamos imaginar se Moisés fosse um cardíaco. Como resistiria ele as longas caminhadas naquele deserto abrasador? É necessário, portanto, que o servo do Senhor cuide de sua saúde. O apóstolo João, o ancião, desejou saúde ao seu amigo Gaio (III João 2).



Preparação intelectual: É natural que o pregador seja amante dos livros. Indispensável, pois, se torna que vá, aos poucos, formando a sua biblioteca. Devido ao elevado custo atual dos livros, deve o pregador selecionar os volumes que precisa adquirir, evitando gastar tempo e dinheiro com obras que poderia dispensar.  O pregador compreensivo se dedicará às matérias essenciais, ao tipo de estudo mais proveitoso para o seu ministério. Não perderá os seus momentos preciosos com leituras supérfluas ou que nada edificam.

Além da Bíblia, que é o primordial, e da Arte de Pregar, a língua materna deve merecer sua atenção perene. Como é lamentável o pregador, e quanto é prejudicial à mensagem, cometer graves erros de português. Não se fala de ser um erudito, mas de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais eficiente será o seu ministério. O pregador
precisa conhecer bem o homem e a cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode contentar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.

O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a
respeito do povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e integrar-se nela.

Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o que não presta); estar se informando dos mais diversos noticiários do mundo. Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo. Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos (II Timóteo 4:13). Concluimos, pois, que Paulo valorizava o preparo intelectual.

 Além da Bíblia, que é o primordial, e da Arte de Pregar, a língua materna deve merecer sua atenção perene. Como é lamentável o pregador, e quanto é prejudicial à mensagem, cometer graves erros de português. Não se fala de ser um erudito, mas de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais eficiente será o seu ministério. O pregador precisa conhecer bem o homem e a cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode contetar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.

O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a respeito do povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e integrar-se nela.

Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o que não presta); estar se informando dos mais diversos noticiários do mundo. Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo.

Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos (II Timóteo 4:13). Concluímos, pois, que Paulo valorizava o preparo intelectual.


3. PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários, mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da santidade, (I Timóteo 4:13).

a) - Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o pregador ou pastor precisa desenvolver o hábito de estudar com afinco o Santo Livro.

"Não se aparte de sua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Josué 1:8). Neste pequeno e excelente versículo, temos uma receita divina. Deus, aqui, mostra o que futuro sucesso de Josué, seria observar e pôr em prática o Santo Livro. Paulo também sabia do valor das Escrituras Sagradas na vida de Timóteo, seu filho na fé. Eis o conselho que Paulo deu ao Jovem Timóteo: "Procure apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15).

As Santas Escrituras são instrumentos poderosíssimos na vida de quem quer dedicar na causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de Cristo, disse: "Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16). 
b) - Oração: Devido a grande importância do assunto, dedicaremos alguns parágrafos à oração, como fator sem igual para o progresso espiritual do obreiro.

Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.

Todas as Escrituras estão cheias de exemplos de homens de oração profunda e piedosa. Os heróis do Antigo Testamento a usavam como arma eficiente nas suas grandes vitórias. Um dos grandes exemplos de oração é o do patriarca Jó. Jó sofreu as mais terríveis pressões que a vida reserva; porém, a Bíblia diz que Jó continuou imbatível em sua jornada de fé. Jó perdeu todos os seus bens materiais, perdeu todos os seus dez filhos, e, por fim, perdeu a saúde, mas não perdeu a sua esperança no Todo-Poderoso. Este valoroso homem continuava orando a Deus, apesar dos dissabores que sofreu. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito de Jó e sua oração: "O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42:10).

Davi, o segundo rei da nação de Israel, também era um homem de oração. Este homem foi notável em seus momentos de devoção a Deus. São dele essas palavras que nos estimulam às orações: "De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei (oração); e Ele ouvirá a minha voz" (Salmos 55:17).

Quando estudamos o Evangelho de Lucas, que apresenta Jesus com homem perfeito, e dá ênfase à sua dependência de Deus na realização do ministério na terra, aprendemos que o Senhor vivia em constante comunhão com Deus; no batismo, "orando Ele, o céu se abriu" (Lucas 3:21); após a efetuação de prodígios, retirava-se para o deserto e ali orava (Lucas 5:16); antes de escolher os doze, "subiu ao monte a fim de orar, e passou a noite em oração a Deus" (Lucas 6:12); esteve sozinho, orando pouco antes de interrogar aos seus discípulos: "Quem dizem o homem que eu sou?" (Lucas 9:18); noutra ocasião levou três dos mais íntimos companheiros "e subiu ao monte a orar e ali se transfigurou" (Lucas 9:29); exultante, orou ao Pai com ação de graças pelas revelações aos humildes seguidores (Lucas 10:21); "estando Ele a orar em certo lugar" os seus discípulos suplicaram que lhes ensinasse a orar (Lucas 11"1); na cruz orou, pedindo perdão para os inimigos (Lucas 23:34). E conforme o testemunho do autor da carta aos hebreus, ainda hoje "vive para interceder por nós" (Hebreus 7:25).

Paulo é outro exemplo magnífico: não obstante as múltiplas responsabilidades do apóstolo, suas contínuas viagens, as perseguições que enfrentava, as lutas do ministério e os labores constantes, encontramo-lo sempre em oração intercessória, conforme aprendemos dos seus escritos: "Incessantemente faço menção de vós, pedindo nas minhas orações..." (Romanos 1:9-10). "Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada"

(I Coríntios 1:4). "Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria" (Filipenses 1:4). "Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós" (Colossenses 1:3).

Por falta de espaço e tempo, não podemos transcrever aqui muitas outras passagens que revelam a importância da oração.


4. PREPARO ESPIRITUAL DO PREGADOR
O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários, mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da santidade, (I Timóteo 4:13).

a) - Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o pregador ou pastor precisa desenvolver o hábito de estudar com afinco o Santo Livro.

"Não se aparte de sua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Josué 1:8). Neste pequeno e excelente versículo, temos uma receita divina. Deus, aqui, mostra o que futuro sucesso de Josué, seria observar e pôr em prática o Santo Livro. Paulo também sabia do valor das Escrituras Sagradas na vida de Timóteo, seu filho na fé. Eis o conselho que Paulo deu ao Jovem Timóteo: "Procure apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15).

As Santas Escrituras são instrumentos poderosíssimos na vida de quem quer dedicar na causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de Cristo, disse: "Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16).

b) - Oração: Devido a grande importância do assunto, dedicaremos alguns parágrafos à oração, como fator sem igual para o progresso espiritual do obreiro.

Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.

Todas as Escrituras estão cheias de exemplos de homens de oração profunda e piedosa. Os heróis do Antigo Testamento a usavam como arma eficiente nas suas grandes vitórias. Um dos grandes exemplos de oração é o do patrairca Jó. Jó sofreu as mais terríveis pressões que a vida reserva; porém, a Bíblia diz que Jó continuou imbatível em sua jornada de fé. Jó perdeu todos os seus bens materiais, perdeu todos os seus dez filhos, e, por fim, perdeu a saúde, mas não perdeu a sua esperança no Todo-Poderoso. Este valoroso homem continuava orando a Deus, apesar dos dissabores que sofreu. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito de Jó e sua oração: "O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42:10).

Davi, o segundo rei da nação de Israel, também era um homem de oração. Este homem foi notável em seus momentos de devoção a Deus. São dele essas palavras que nos estimulam às orações: "De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei (oração); e Ele ouvirá a minha voz" (Salmos 55:17).

Quando estudamos o Evangelho de Lucas, que apresenta Jesus com homem perfeito, e dá ênfase à sua dependência de Deus na realização do ministério na terra, aprendemos que o Senhor vivia em constante comunhão com Deus; no batismo, "orando Ele, o céu se abriu" (Lucas 3:21); após a efetuação de prodígios, retirava-se para o deserto e ali orava (Lucas 5:16); antes de escolher os doze, "subiu ao monte a fim de orar, e passou a noite em oração a Deus" (Lucas 6:12); esteve sozinho, orando pouco antes de interrogar aos seus discípulos: "Quem dizem o homem que eu sou?" (Lucas 9:18); noutra ocasião levou três dos mais íntimos companheiros "e subiu ao monte a orar e ali se transfigurou" (Lucas 9:29); exultante, orou ao Pai com ação de graças pelas revelações aos humildes seguidores (Lucas 10:21); "estando Ele a orar em certo lugar" os seus discípulos suplicaram que lhes ensinasse a orar (Lucas 11"1); na cruz orou, pedindo perdão para os inimigos (Lucas 23:34). E conforme o testemunho do autor da carta aos hebreus, ainda hoje "vive para interceder por nós" (Hebreus 7:25).

Paulo é outro exemplo magnífico: não obstante as múltiplas responsabilidades do apóstolo, suas contínuas viagens, as perseguições que enfrentava, as lutas do ministério e os labores constantes, encontramo-lo sempre em oração intercessória, conforme aprendemos dos seus escritos: "Incessantemente faço menção de vós, pedindo nas minhas orações..." (Romanos 1:9-10). "Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada"

(I Coríntios 1:4). "Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria" (Filipenses 1:4). "Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós" (Colossenses 1:3).

Por falta de espaço e tempo, não podemos transcrever aqui muitas outras passagens que revelam a importância da oração.


5. AQUELES QUE O SENHOR CHAMA
Consideremos então a importância do crente redimido por Jesus Cristo ser o arauto das verdades eternas do Evangelho. Como crente em Cristo, muitos privilégios tenho tido em minha vida. Porém, nenhum outro privilégio pode se comparar com a oportunidade de servir o meu Criador. Lembro-me do apóstolo Paulo que considerava o grande privilegiado de ser escolhido para "...anunciar as inescrutáveis riquezas de Cristo" (Efésios 3:8). Pregar o Evangelho de Cristo, sem dúvida alguma, é pregar a maior riqueza de todo o universo. Estou certo de que Deus concede a todos os convertidos, seja homem ou mulher, seja moço ou moça, menino ou menina, essa grande bênção de falar de Cristo aos seus semelhantes que necessitam de salvação. Todos os regenerados pelo poder do Espírito Santo de Deus, podem e devem falar de Jesus como sendo a única esperança ao perdido pecador.

Pregar o Evangelho de Cristo, não quer dizer com isso, que todos devem ocupar a direção ou liderança de uma determinada igreja. Aprendemos nas Escrituras Sagradas que nem todos são chamados para ocuparem o pastorado da igreja. Deus, que conhece os corações, escolhe e capacita àqueles que por Ele são chamados para este grandioso serviço. Paulo mesmo disse que nem todos têm um mesmo dom na Igreja de Cristo. "E uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas: são todos mestres? são todos operadores de milagres? todos têm dom de curar? Falam todos línguas? Interpretam todos? Mas procurai com melhor zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente" (I Coríntios 12:28-31).

Sabemos que, no caso da mulher, Deus proíbe terminantemente ocupar uma posição de liderança na igreja. Apesar deste ensino produzir muita polêmica entre igrejas e pastores, ele continua firme nas páginas das Escrituras Sagradas. Veja as seguintes passagens: (I Coríntios 14:34; I Timóteo 2:11-13). Quando uma mulher se levanta para fazer uma pregação, exercendo assim, a liderança sobre os homens, ela está frontalmente desobedecendo a palavra do Senhor.

Porém, com isso, não quer dizer que a mulher não pode fazer nada pela causa de Cristo. Muito pelo contrário, a mulher pode e deve ser uma ferramenta útil nas mãos do Senhor. O mesmo apóstolo que ordenou que as mulheres aprendessem em silêncio nas igrejas, mais tarde disse: "E peço a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no Evangelho..." (Filipenses 4:3). Paulo está se referindo às duas mulheres (Evódia e Síntique) que aparentemente estavam tendo alguns problemas pessoais. Mas o que nos chama a atenção é Paulo (chamado por muitos de machista) dizendo que essas duas mulheres trabalharam com ele no Evangelho.

 A mulher Samaritana também serve como exemplo de que a mulher pode ser muito útil na causa do Senhor. A mulher Samaritana, a mando de Cristo, foi à cidade e convidou (não pregou) aos homens e disse: "Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?" (João 4:29-30). Sim, esta mulher fez algo muito importante, pois ela foi convidar os homens da cidade a virem até onde Cristo estava. Isto as mulheres podem fazer nos dias de hojem também. As convertidas, na semelhança da mulher Samaritana, podem convidar homens, seus conhecidos e amigos, a virem à Igreja para ouvir a pregação do Evangelho.

Algumas mulheres que foram milagrosamente curadas por Cristo, acompanhavam-no e o serviam com as suas posses (Lucas 8:1-3). Aprendemos, então, que as mulheres podem fazer muito em prol do Evangelho. Hoje em dias, em nossas igrejas, as irmãs têm contribuído muito, principalmente quando usam os seus dons musicais, ajudando com suas vozes e, mesmo nos intrumentos musicais, como pianos, teclados, acordeons etc. Elas colaboram desta maneira sem exercer nenhuma liderança sobre os homens. Quantas irmãs têm sido úteis no Evangelho como educadoras de crianças, encaminhando-as a Cristo como Salvador.


6. O QUE É CHAMADO DEVE OBEDECER IMEDIATAMENTE
Quando alguém se sente chamado para o ser pastor, evangelista ou pregador, não deve hesitar, mas sem delongas aceitar a chamada de Deus. Temos o exemplo do apóstolo Paulo, que quando chamado, não questionou com Deus, mas imediatamente aceitou o grande desafio de ser usado pelo Senhor. Veja Gálatas 1:16-17. Também o profeta Isaías, no Antigo Testamento, é um exemplo de obediência imediata quando sentiu que Deus o estava chamando para o ministério: "Depois disso ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim". (Isaías 6:8).

O chamado por Deus para pregar o Evangelho não deve esquecer que os anjos também desejariam desempenhar este glorioso serviço. "...para as quais coisas os anjos bem desejariam atentar" (I Pedro 1:12). Os anjos são numerosíssimos, pertencentes a muitas ordens diferentes, dotados de grande inteligência, poder e autoridade, e alguns deles são dirigentes de vastas regiões dos mundos celestiais. Veja Efésios 1:21 e Apocalipse 19:17.

Aceitar a chamada de Deus para o trabalho de anunciar o Santo Evangelho, é o que de mais honroso se poderia almejar. Muitos se enchem de orgulho pelo simples fato de ser aprovados num concurso do Banco do Estado, do Banco do Brasil, do Banco Central etc. Outros se acham agraciados por ocuparem altos cargos nas mais altas hierarquia do Governo ou de uma grande empresa de prestígio internacional. Mas digo com toda a convicção, que nenhum cargo na terra, por mais importante que seja entre os mortais, se eqüivale ser chamado por Deus para o seu santo serviço.

Há vária maneiras de pregar o Evangelho de Cristo. Você pode falar com um amigo ou amiga. Podemos ir a um hospital ou presidiário e, então expor com humildade, a mensagem aos doente ou presos.


7. EXEMPLOS DE ALGUNS HOMENS CHAMADOS E USADOS POR DEUS
Gostaria de relacionar alguns homens, que apesar de serem fracos e vulneráveis ao pecado, Deus os usou poderosamente para desempenhar alguns trabalhos especiais:

- Moisés foi chamado especialmente para tirar o povo da escravidão do Egito (Êxodo 3:10).  - Deus chamou Josué para liderar o povo de Israel em direção da terra prometida (Josué 1:1-2).  - Samuel foi usado para ser o último grande Juiz da nação Hebraica e ajudar o povo a escolher o primeiro rei de sua história (I Samuel 3:1-14; 8:6-7; 10:1).  - Davi, o segundo rei da história de Israel, foi chamado pelo Senhor para substituir Saul que deixara Israel com moral baixa (I Samuel 16:11-13).  - Salomão foi chamado por Deus para dar continuidade ao reinado de seu pai, o rei Davi (I Reis 1:37 e 2:1-4).  - Jonas foi chamado para pregar a um povo estranho às alianças de Deus, o povo de Nínive (Jonas 1:1-2).  - Jesus chamou os doze apóstolos para estarem ao seu lado e, também, para serem os primeiros fundamentos de sua Igreja (Lucas 9:1-6; I Coríntios 12:28).  - Paulo, o apóstolo aos gentios, foi chamado pelo Senhor para sofrer pelo seu nome (Atos 9:15-16).  - Timóteo, o jovem companheiro do apóstolo Paulo, foi chamado para trabalhar na causa do Evangelho (I Timóteo 4:14-15).  - Alguns são chamados para exercerem o pastorado da igreja e outros são chamados para o honrado trabalho diaconato (Atos 6:1-6 e I Timóteo 3:1-10).

É bom lembrar novamente, que, quando alguém é chamado por Deus para pregar o Evangelho, não se deve questionar o Todo-Poderoso. Lembremos de Moisés e como ele queria fugir, mas não pôde (Êxodo 4:10-17).  Outro homem que procurou "tirar o corpo fora" foi Gideão, mas também não pôde (Juízes 6:14-15).

Poderíamos ainda falar do profeta Jonas, que ao ser chamado para pregar aos ninivitas, ele procurou fugir desta grande responsabilidade (Jonas 1:1-4).


8. AS DIFICULDADES NA VIDA DO PREGADOR
A vida de quem prega o Evangelho de Jesus Cristo é marcada de muitos obstáculos e dificuldades. É lamentável que a maioria não compreende a vida daquele que se entrega para o serviço de Deus. Aqueles que acham que a vida do pregador, evangelista ou pastor é "moleza", são os que menos cooperam na causa do Evangelho.

Todo pregador do Evangelho, mais cedo ou mais tarde, será criticado. Porém, a crítica mais dolorida não é tanto dos descrentes, pois deles é de se esperar qualquer tipo de crítica, mas as que mais ferem o pregador são aquelas que vêm de pessoas que estão no rol da membros da igreja. Paulo sofreu este ataque de alguns membros da Igreja de Corinto (I Coríntios 4:3; II Corintios 10:10-13; II Coríntios 11:6). Outro exemplo de crítica ferina que abala o pregador ou dirigente encontra-se no livro de Números quando Arão e Míriam criticaram a Moisés devido o seu casamento com a mulher cuhita (Números 12:1-15). Deus, entretanto, tomou as dores de Moisés e deu uma dura reprimenda em Arão e Míriam por terem falado contra Moisés. Não sei o porquê, mas Deus foi muito mais severo com Míriam, irmã de Moisés, deixando-a leprosa (Números 12:10).

Outra dificuldade que o pregador, evangelista, pastor ou qualquer dirigente de igreja depara em seu caminho, é quando algumas pessoas o considera como um "superstar" ou "super-espiritual". Há pessoas, por incrível que pareça, que consideram o pastor ou dirigente de igreja um "semi-deus". É claro que o pastor ou pregador deve ser exemplo em tudo, mas considerá-lo como alguém que tem a solução para todos os tipos de problemas, é o cúmulo do absurdo. Creio que todo pregador mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar esse tipo de problema. A nação de Israel caiu grave neste erro quando achou que seu líder era um "super-homem". Moisés não agüentou a pressão de tanta "choradeira" do povo e disse a Deus: "Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. Eu só não posso levar a todo este povo, porque me é pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria" (Número 11:12-15). Quando o pregador é pressionado desta maneira, a sua reação é semelhante à de Moisés. Mas com o tempo o pastor ou dirigente de uma igreja aprende a se esquivar de tais problemas, mas naturalmente, isto se aprende depois de muitos anos no "batente". Antigamente eu perdia noites de sono com alguns problemas que membros de minha igreja me traziam. Eram problemas que estavam além de minha capacidade. Eram questões familiares, tais como: brigas de esposo e esposa; pais que vinham reclamar de um determinado filho rebelde; alguns dizendo que precisavam de emprego; outros que diziam que estavam com falta de dinheiro etc. Ora, esses tipos de questões o pastor ou dirigente de igreja não pode solucionar. Podemos e devemos orar a Deus, e esperar que Ele dê a solução ao problema. Se o pastor ou dirigente de igrejas forem ajudar financeiramente os irmãos pobres, então precisaria de uma fortuna tal como a do Bill Gates ou de qualquer outro bilionário deste mundo. Porém, como é o caso de muitos pastores e dirigentes, eles estão na lista dos mais pobres de suas igrejas. O pastor ou pregador do Evangelho deve aprender que sua principal ocupação é cuidar do rebanho de Deus e procurar ganhar almas para Cristo. Que nós, pastores e pregadores, aprendamos agir como Cristo: "Homem, quem me constituiu a mim como juiz ou repartidor entre vós?" (Lucas 12:14). As dificuldades financeiras e as diferenças sociais são uma realidade, porém, o pastor ou dirigente não pode fazer nada para resolver esta questão. As Sagradas Escrituras dizem que os pobres sempre existirão na terra. Veja Deuteronômio 15:11 e Mateus 26:11.


9. A PREGAÇÃO
Vamos agora falar da pregação. Pregar significa anunciar, divulgar, proclamar em alta voz uma determinada mensagem. Qual é a mensagem que o pregador deve proclamar? A mensagem da Bíblia. A Bíblia e somente a Bíblia que o pregador deve anunciar.

As Sagradas Escrituras é a fonte inesgotável da mensagem de Deus. Suas páginas inspiradas contêm tudo o que precisa o servo de Deus para o desempenho eficiente da missão de pregar. Este maravilhoso Livro apresenta variado material para o abastecimento perene do obreiro: poesia, história, biografia, doutrina, profecia... A Bíblia tem uma palavra adequada para cada ouvinte, em todo o tempo e em qualquer circunstância: é pão para o faminto, água para o sedento, alívio para o amargurado, conforto para o perseguido e luz para o duvidoso.

Não podemos negar o valor da psicologia, da filosofia e da antropologia, mas recorrer a esses valores para convencer o homem de seu estado pecaminoso, é atingir as raias do absurdo!!!

O apóstolo Paulo reconheceu o valor das Escrituras Sagradas, quando disse: "Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (II Timóteo 3:16-17). Jeremias, o profeta do Antigo Testamento, também reconheceu o valor da Palavra do Senhor, quando ouviu de Deus as seguintes palavras: "Não é a minha Palavra como fogo, diz o Senhor; e como martelo que esmiúça a pedra?" (Jeremias 23:29). O famoso rei Davi disse: "Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos" (Salmos 19:8).

Portanto, não podemos deixar de reconhecer que o Livro Divino contém tudo quanto o pregador ou pastor precisa em seu trabalho.

É muito importante que o pregador examine a sua Bíblia de diferentes modos, evitando assim o enfado ou monotonia e tornando o estudo mais atraente e proveitoso. Deve considerá-la como um todo, procurando vê-la de maneira ampla ou geral, como alguém que, de avião, contempla panoramicamente determinada cidade. A seguir, procure estudar livro por livro, a fim de compreender os ensinos principais, os fatos salientes de cada um deles, inclusive o autor, a data, as circunstâncias históricas, a quem foi dirigida a sua mensagem e com que intento. Depois estude os seus capítulos mais notáveis, os quais apresenta verdades profundas e essenciais. Então procure os textos que se destacam pelo seu valor e profundeza, buscando sempre entender o seu verdadeiro sentido.


10. TIPOS DE PREGAÇÃO
Todos apreciam a variedade. Em razão disso, o pregador deve esforçar-se para não se escravizar a um só tipo de mensagem, o que prejudicaria o seu trabalho. Porém, ele tem que expor ao povo do Senhor "...todo o conselho de Deus" (Atos 20:27). Nunca esquecer que em determinadas ocasiões, o pregador deve trazer uma mensagem apropriada. EXEMPLO: Num velório, a pregação deve ser mais séria; o pregador deve trazer uma mensagem de esperança às pessoas que assistem. O servo de Deus deve ter sempre em mente que numa ocasião desta, as pessoas estão mais receptivas do que, quando assistem culto em uma festa de aniversário ou de casamento. No livro de Eclesiastes encontramos as sábias palavras do rei Salomão: "Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiastes 7:2).

Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO. Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos de sermões: 

10.1 Sermão Tópico:
quando um assunto se desenvolve através de comparação de diversos trechos da Bíblia. Muitos pregadores usam este tipo de sermão, pois a vantagem de ser usado facilita com que o pregador apresente um assunto mais completo. Jesus e seus apóstolos fizeram uso largamente deste tipo de sermão. Vamos ilustrar aqui alguns sermões deste tipo: 
I - Palavra da Cruz - I Coríntios 1:18-31.
1) Mensagem do amor divino; 2) Mensagem da dor ou do sofrimento; 3) Mensagem do perdão; 4) Mensagem da vitória.
II - "Vinde" - Lucas 14:15-24. 
1) Uma necessidade (do homem); 2) um apelo (de Deus); 3) Uma oportunidade (para todos); 4) uma responsabilidade (dos que escutam o convite) 
III - Símbolo e Realidade - Números 21:1-9. 
A serpente de metal como um perfeito tipo de Cristo: 1) Providenciada por Deus; 2) Para socorrer a um povo aflito; 3) Semelhante, mas distinta; 4) Levantada; 5) O alvo da fé; 6) O suficiente.  


9.2 Sermão Textual:
quando não apenas o assunto, mas de igual modo os pontos ou divisões são extraídos do próprio versículo. Assim, o pregador analisa mais minuciosamente o conteúdo do texto, explicando as suas verdades, ou salientando as suas frases. As divisões da mensagem correspondem exatamente às cláusulas do versículo sobre o qual está baseada. É de grande utilidade este método, pois consiste na interpretação do texto da maneira mais completa.

Vejamos alguns exemplos de sermões textuais: 
I - A Mensagem do Evangelho - Atos 17:30-31 
1) Divina: "Deus"; 2) Perdoadora: "Não tendo em conta os tempos da ignorância; 3) Urgente: "Agora"; 4) Universal: "A todos os homens, em todo o lugar"; 5) Definida: "Que se arrependam"; 6) Responsabilidade dos que a ouvem ou perigo de desprezá-la: "Há de julgar o mundo com justiça". 
II - Os verdadeiros seguidores de Cristo - João 10:27-28. 
1) Obedientes: "ouvem a minha voz"; 2) Dedicados: "me seguem"; 3) Salvos: "dou-lhes a vida eterna"; 4) Seguros: "nunca perecerão"; 5) Protegidos: "Ninguém as arrebatará da minhas mãos"

Ou, ainda, estes outros: 
Sal 9:17
Baseando-nos no Salmo 9:17, usamos o seguinte esboço: l) Uma classe: os ímpios; 2) uma punição: serão lançados; 3) U lugar: o inferno; 4) Uma atitude: esquecimento de Deus. 
Mat 8:11
Usando Mateus 8:11, pregamos um sermão com as seguintes divisões:  1) A maior garantia - "EU vos digo"; (a palavra infalível de Cristo); 2) A mais sábia escolha: "virão"; 3) A mais ampla oportunidade: "do Oriente e do Ocidente" (isto é, todos, a humanidade inteira); 4) O melhor descanso: "sentarão"; 5) A mais doce companhia: "Abraão, Isaque e Jacó" (todos os remidos); 6) A mais feliz habitação: "o reino de Deus", o céu. Concluindo, analisamos, por contraste: 7) A mais lamentável tragédia: ser lançado fora (por desprezar o Evangelho). 

3º) Sermão Expositivo: 
é uma exegese da Escritura, a análise de um trecho da Bíblia, com maior número de pormenores. Tem sido, por certo, o tipo menos popular. Sem dúvida alguma, esse tipo de sermão exige um estudo sério, uma meditação profunda. A essência do sermão expositivo é a explicação detalhada de um trecho das Escrituras Sagradas escolhido pelo pregador. Para este tipo de sermão, exige-se da parte do pregador um cuidado especial, pois, se a exposição do trecho não for bem claro em sua explanação, haverá da parte dos ouvintes uma interrogação ("no ar") pelo fato de não te entendidos a mensagem.

O sermão expositivo possibilita maior conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou edificação da igreja; dá mais honra à Palavra inspirada; a interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso torna-se uma grande bênção para o obreiro.

Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria: 
I - A Mulher Cananéia - No trecho de Mateus 15:21-28. 
1) Sua posicão - estrangeira; 2) Sua necessidade - a filha enferma; 3) - Seu embaraço - aparente indiferença de Jesus e repreensão do povo; 4) - Sua humildade, perseverança e fé; 5) - Resultado: a cura.
II - A história do cego de nascença - No capítulo 9 de João. 
1) - Sua condição - cego, mendigo; 2) - Sua oportunidade: encontrar-se com Jesus; 3) - Sua atitude - obediência, fé, persistência; 4) - Sua cura - imediata, completa; 5) - Sua prova- as oposições; 6) - Seu testemunho corajoso - vs. 16, 33 e sobretudo o 25. 
III - A parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-24)
Podemos considerar as diferentes atitudes do moço ou as suas várias situações.  1) - Arrogância - "da-me"; 2) - Dissipação - "gastou tudo"; 3) - Ruína total - padecendo necessidade; 4) - Humilhação - procurando emprego; Despertamento - "caiu em si"; 6) - Decisão - voltando ao lar; 7) - Recompensa - a recepção festiva. 
IV - Uma série de condições para se ser salvo, encontramos no trecho clássico de Isaías 55:1-8. 
1) - Ter sede; 2) - Vir a Cristo; 3) - Receber de graça; 4) - Não demorar; 5) - Abandonar a vida pecaminosa.


Creio que os exemplos destes três tipos de pregação são mais do que suficientes para aqueles que porventura podem aproveitar este estudo. 


DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO

DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO  A cruz do Calvário é o lugar onde podemos descarregar todas as nossa ansiedades e preocupações, t...