A PORÇÃO DE COSTUME DE CADA DIA

 A PORÇÃO DE COSTUME DE CADA DIA

Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão. (Provérbios 30: 8 e 9).

O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6:11)

O sábio Salomão em sua “riqueza” de sabedoria nos disse que não era bom viver em extrema riqueza, nem tão pouco em extrema miséria, significando dizer que o homem foi feito pra viver sempre em equilíbrio e com muito bom senso.

Entretanto existe na alma humana uma busca insaciável pelo acúmulo e isto é fator gerador de tudo que de mais perverso já aconteceu e ainda acontece no mundo, pois a maioria de nós caminha sem nunca olhar com atenção para esse pilar da existência que torna a vida do homem muito mais fácil, simples e útil.

A busca é sempre para o mais. E nunca para o contentamento agradecido.

Do ponto de vista da secularização vigente a maioria da sociedade ignora cabalmente esse princípio, todos buscam um lugar sempre mais elevado e honrado e por que não dizer necessariamente “proprietário”, ou seja, todos querem ter inúmeras posses.

A alma humana tem intrinsecamente essa sede e fome de poder. Não é a toa que “Adão”(Eu)” e “Eva”-(Eu) comeram do fruto, pois o convite era esse: se comeres serão semelhante ao Altíssimo.

Todavia falando de fome e sede no homem, existe também uma sede-fome que é visceral na humanidade, essa fome é pela completude e que gera serenidade do ser.

E nesse caso o homem também não poupa esforços para encontrar o ponto “x” de equilíbrio total.

Contudo a busca se configura em multiformes situações e nem sempre nós achamos, pois a completude do homem está em fazer a vontade do Pai-Criador.

Então, quero analisar a verdade que Salomão disse do ponto de vista do evangelho, pois tenho aprendido que tudo na escritura tem-se que passar pelo crivo da palavra encarnada, Jesus.

Portanto acho tão simples realizar a conexão, principalmente por que quando Jesus nos ensina a orar a oração que todos os cristãos conhecem, o que ele diz é o que nele já estava dito por Salomão.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. É no agradecimento diário do que supri minhas necessidades básicas que habita o contentamento.

Porem isso no meio cristão tornou-se algo tão brega que a maioria nem percebe mais esse texto.

Ele serve muito mais como “amuleto” fetichista, do que com o que de fato ele significa.

O engraçado é que não conheço uma “Campanha ou Corrente baseada no pão nosso”.

Você já viu?

Comunique-me, por favor, se encontrar.

Contudo o que vejo é sempre a teologia de “Mamon” ganhar o lugar de destaque nos templos, nas mídias, nos meios e por que não dizer no coraçãozinho de milhares de pessoas humildes e simples que estão sendo enganadas por esses “falsos profetas” que se arrogam um dia ter conhecido o evangelho...

De fato podem até ter conhecido, porem hoje experimentam outro evangelho no qual eu como discípulo de Jesus conjuntamente com nosso irmão Paulo digo sem medo de errar: Anátema (Excomunhão, Maldição, Reprovação).

Anátema (do latím anathema) significa na perspectiva bíblica, com seu uso principal que indica o significado de maldição, no sentido de condenação a ser colocado de lado ou separado, cortado do seu ambiente como se corta um membro, de uma comunidade de crentes.

A palavra Anátema será de certa forma uma sentença pronunciada e mediante a qual se expulsava alguém considerado um “herege” do seio da sociedade religiosa

Portanto o que é necessário para obtermos êxito na vida, segundo Jesus, não é ganhar o mundo e sim ganhar a alma, não é ter de mais nem de menos, é conseguir viver em equilíbrio, é buscar a centralidade da vida a partir do Evangelho...

É procurar praticar ante nossa tendência malévola, o principal mandamento do Senhor Jesus, Amar.

Dá-nos Senhor essa porção de costume e que possamos não só ter o “pão meu” de cada dia, mas, sobretudo o “pão nosso”, de todos nós.

Este é o mistério: Não ter demais! Entretanto ter suficientemente o necessário para gerir nossa casa e ajudar nosso irmão.

Postado por Calebe Freitas

***