O DINHEIRO
Todos os males da sociedade, sejam financeiros,
políticos, trabalhistas, escolares ou
religiosos têm a sua origem no coração do homem.
Sabemos como é o coração do
homem (Jer. 17:9; Rom 3:10-23). A instituição que
Deus estabeleceu, ainda no jardim
do Éden, que ajuntou duas pessoas em maneiras
especificas para ser uma unidade é o
que chamamos de família. O ambiente que é formado
pelo amor exercitado entre
todos da família cria o que chamamos de lar. O
lar tem suma importância na vida
humana pois é o berço de costumes, hábitos,
caráter, crenças e morais de cada ser
humano, seja no contexto mundial, nacional,
municipal ou familiar. Então, podemos
dizer, como vai o lar vai o mundo, e também, o
que é bom para a família é bom para o
mundo.Tal lar, tal mundoReconhecendo a existência
e influência do pecado, sabemos
que todos os lares não estão operando com as
mesmas regras e propósitos com os
quais um lar cristão opera. Aprender o que a
Bíblia ensina sobre o assunto do lar é
uma garantia que atingiremos o alvo o que Deus
tem para nós na relação de família.
I. O DINHEIRO NA BÍBLIA
O Dinheiro foi usado por Abraão (Gên 23:2,6),
Jesus (Mat. 17:24-27), reis, os
discípulos e pelos apóstolos. O dinheiro é
mencionado tanto no contexto de benção
quanto de perigo. Para entender a atitude que
devemos ter sobre o dinheiro no lar
convém um estudo do que diz a Bíblia sobre o
assunto.
A. As Bênçãos
Quando se fala de dinheiro na igreja ou a atitude
é coleta para a igreja ou a torpe
ganância. Como dizem uns sábio; há uma valeta nos
dois lados da rua; podemos ver
que quando se fala de dinheiro há exageros tanto
de um lado quanto o outro. Muitas
vezes nos exageros é esquecido os fatos da
realidade e da verdade. Dinheiro é uma
benção de Deus e entre os justos na terra onde
houve muitos ricos (Abraão, Gên 13:6;
Jó, Jó 1:1-3; Rei Davi e Rei Salomão; José de
Arimatéia, Mat. 27:57). De onde vem o
dinheiro que é abençoado por Deus? Dinheiro e
trabalho andem juntos.E procureis
viver quietos, e tratar dos vossos próprios
negócios, e trabalhar com vossas próprias
mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que
andeis honestamente para com os que
estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.
I Tessalonicenses 4:11,12
1. Trabalho abençoado
Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em
palavras leva a pobreza; provérbios
14:23 . Desde a criação do homem houve trabalho
para fazer. Antes do pecado o
trabalho não era uma obrigação (Gên 1:28; 2:7)
mas depois do pecado, o trabalho
tornou obrigatório para sobreviver (Gên 3:17-19).
Por causa da natureza pecaminosa
do homem o homem quer rebelar-se contra as
realidades da necessidade de trabalhar
para sobreviver. O homem sempre está procurando
ganhar sem trabalhar ou como a
Bíblia diz, comer sem trabalhar (II Tess 3:10).
Mas, mesmo que o trabalho é obrigação
não significa que o trabalho tem que ser
desgostoso. Quando o trabalho agrada Deus,
até um servo pode em muito servir o Senhor (Fil.
2:7). Muitas vezes é a atitude que
determina se um trabalho é abençoado ou não.
Atividade em si nem sempre traz
bênçãos de Deus. Seria bom lembrar a parábola dos
talentos para entender que o
esforço mínimo e uma atitude errada não tem
nenhuma virtude (Mat. 25:14-30). O
fruto do trabalho abençoado é doce mas o trabalho
alheio traz ganho só para colocar
num bolso furado (Ageu 1:6).Digno é o obreiro do
seu salário; I Timóteo 5:18. Que
tipo de incentivo para trabalhar é aceito para ser
Bíblico e para o trabalho ser
abençoado? A reposta é: Quando é um trabalho
cujos frutos honram e louvam Ele e
tem por fim suprir necessidades pessoais, as
necessidades da família ou de apoiar a
obra de Deus.
Vamos ver o que diz a Bíblia sobre cada um destes.
a) Suprir necessidades pessoais
· Gên 23:16, Terreno - sepultar família
(planejamento para o futuro)
· Mt 17:24-27, "não escandalizemos" -
pagar tributos
· Atos 18:3; 20:34; 28:30 (I Tess 2:9; II Tess
3:8) - Paulo;para não ser pesados a
nenhum de vós; I Tess 4:11,12, "não
necessiteis"
b) Suprir necessidades familiares
· Gên 42:2,25 - irmãos de José, com dinheiro para
comprar mantimentos, para que
vivamos e não morramos; Rute 2;17,18 - Rute -
trabalho para ter o que era
necessário para sustentar ela e Noemi II Reis
4:1-7 - viúva com botija de azeite - Vai,
vende o azeite, e paga a tua dívida; Prov.
31:13,14,19,24,31, "Faz panos . vende-os.";
Mulher trabalha em casa (v.13,15)
· I Tim 5:4, "recompensar seus pais" I
Tim 5:8, "Cuidado...sua família"
c) Apoiar a Obra de Deus.
Gên 14:20, "dízimo" Pelo versículo
chave desta seção (Gên 14:20) podemos ver a
atitude Bíblica deste assunto. O dízimo nada mais
e nada menos era dado em louvor a
Deus pelas bênçãos recebidas. Antes da lei
existiu o dízimo e era para louvar e
bendizer o Senhor Deus. Dar o dízimo é mostrar o
senhorio de Deus sobre tudo o que
temos. É de reconhecer o fato de que os bens que
temos, vieram dEle (Heb 7:1-9). É
colocar Deus em primeiro lugar (Prov. 3:9). Dar o
dízimo não é para ser uma ação
forçada, mas espontânea em amor e louvor a Ele
pelas bênçãos de poder trabalhar ou
ganhar, lucrar e aumentar a nossa fazenda. Quando
os dízimos não estão dados Deus
já interpreta a falta dessa ação como uma amostra
do estado de um coração egoístico
(Mal 3:8-10). Realmente podemos ver a sabedoria
do fato , porque onde estiver o
vosso tesouro, aí está também o vosso coração;
(Mat. 6:21). Há dízimos e há ofertas.
O dízimo é uma obrigação moral e as ofertas são
ações extras que queremos mostrar
além de um amor básico. É uma oportunidade de nos
sacrificar mais pela obra de Deus
além do normal e comum. As ofertas também mostram
o nosso amor e Deus recebe
tais ofertas como mostras do nosso amor por Ele.
Ele vê também a falta de ofertas
como uma falta de amor por Ele (Mal 3:8). Ofertas
podem ser dadas sistematicamente
e por causas definidas (I Cor 16:1,2). A ação de
dar dízimos e ofertas à obra de Deus
deve ser ;segundo as possibilidades; (I Cor 16:1;
Deut 16:17; Mat. 5:42) , sistemático
(I Cor 16:1), e com alegria (II Cor 9:7). O
trabalho abençoado por Deus é aquele
trabalho cujo frutos honram e louvam Ele.Os
exemplos do dinheiro sendo empregado
na obra de Deus nos dá os parâmetros de quanto é
necessário os dízimos e as ofertas
na igreja como também onde deve ser empregado o
dinheiro recolhido pela igreja
através dos dízimos e das ofertas. Ao homem de
Deus. II Cor 8:9 ;digno é o operário
do seu alimento; Mat. 10:10 Num 18:26 (lei),
levitas ... receberdes os dízimos dos
filhos de Israel; (Deut 12:19) I Reis 17:9, eis
que eu ordenei ali a uma mulher viúva
que te sustente.; V. 13, faze dele primeiro para
mim um bolo pequeno ; I Cor 9:7-14,
v. 13, os que administram o que é sagrado comem
do que é do templo ... e os que de
contínuo estão junto ao altar, participam do
altar, v. 14, "aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho" Gal 6:6,
"reparta de todos os seus bens com
aquele que o instrui.; I Tim 5:17,18, "os
presbíteros que governam bem sejam
estimados por dignos de duplicada honra;
· À Obra Local. Efés 5:23, Cristo é a cabeça da
igreja, sendo Ele próprio o salvador do
corpo.Dai pois a César o que é de César, e a Deus
o que é de Deus; Mat. 22:21.Não é
vergonhoso, contra a ética, em oposição da
Bíblia, nem invenção humana receber
ofertas na igreja. O espírito de dar dinheiro na
adoração a Deus não é em nada
ofendido quando a igreja passa a cesta para
receber ofertas dos membros da igreja.
Em verdade, a igreja está praticando o que é
digno para com Deus. A igreja é o corpo
de Cristo e em Cristo Deus está sempre
glorificado (Efés 5:23: João 12:28). Dando
oferta na igreja em adoração a Deus é uma prática
consistente com a razão principal
em dar ofertas a Deus que é de reconhecer a Seu
senhorio e mostrar gratidão pelas
bênçãos recebidas (Gên 14:20). Dando os dízimos e
as ofertas na igreja estamos
seguindo o exemplo da igreja que Cristo
estabeleceu aqui na terra enquanto estava
aqui. Ainda antes da crucificação, o ajuntamento
de Cristo tinha tesoureiro para cuidar
do dinheiro para as necessidades daquele
ajuntamento (Jo 13:29).Êx 25:1-8 - para
fazer o tabernáculo as ofertas eram várias (Êx
35:29). II Reis 12:1-16, dinheiro foi
dado pelo povo para a casa do Senhor. I Cron.
29:1-9, para construir o templo, o povo
contribuiu voluntariamente. Mal 3:10, "para
que haja mantimento na minha casa" Mar
12:41-44, Jesus estava observando o que foi
colocado na arca do tesouro. Ele não
condenou a coleta no tabernáculo mas o espírito
mesquinho que foi dado. Por isso a
ação generosa da viúva foi apontada como exemplo
do espírito certo de ofertar ao
Senhor. Atos 4:32-37, dinheiro do povo foi
trazido à igreja para suprir as necessidades
do povo na igreja.É uma benção participar na obra
de Deus e Deus aceita essa
atividade como adoração verdadeira quando é dado
no espírito certo. Quando todos os
membros de uma família participam juntos, há uma
alegria geral. É importante os pais
ensinaram os filhos as bênçãos desta atividade.
Às Obras Missionárias
Todavia fizestes bem em tomar parte na minha
aflição; Fil. 4:14
A obra missionaria é custosa mas não aparte da
obra local. A igreja é missionaria pela
natureza dela (Mat. 28:19,20). O que é da igreja
é para missões também. Temos o
exemplo também no Novo Testamento que ofertas
especiais eram recebidas e
enviadas aos missionários nos seus respectivos
campos e essas ofertas eram além das
ofertas recebidas nas coletas normais da
igreja.Rom 15:26, uma coleta para os pobres
dentre os santos que estão em Jerusalém, Fil.
4:15-20. Porque também uma e outra
vez me mandastes o necessário a Tessalônica.; II
Cor 8:4,7,8, 10-12,19,
“nesta graça que por nós é
ministrada.Obs. Há várias maneiras que uma igreja
pode empregar para recolher ofertas missionárias.
Essas maneiras diferentes estão
citadas para que todos conhecam essas maneiras e
se for conveniente empregar uma
para o uso na igreja. Há igrejas que separam uma
porcentagem de todas as ofertas
recebidas no mês e essa quantia separada seria
para o emprego de missões. Com o
passar de tempo e com o crescimento nessa graça,
a porcentagem poderia ser
aumentada assim tornando uma igreja missionaria
mais e mais. Há igrejas que passam
uma cesta enfeitada especialmente para missões
para os membros participarem além
dos dízimos com uma oferta para missões.
Essa cesta seria passada num determinado culto
todo domingo. Um domingo de cada
mês poderia ser fixado para que tudo que é
recebido como dízimos e ofertas naquele
domingo seja direcionado para as obras
missionárias. Há também um sistema
chamada promessa pela fé; que funciona assim: no
começo do ano os membros que
querem participar deixam a diretoria da igreja
saber que eles se propõem dar uma
quantia especificada extra todo mês para o uso de
missões além das ofertas normais.
Essa quantia então é recolhida mensalmente em
envelopes marcados especialmente
para missões. Nessa maneira a diretoria da igreja
pode saber antemão o valor que vai
receber por mês e podem planejar o envio mensal
de ofertas aos missionários no
campo. Com o passar do tempo os membros,
crescendo nesta graça de ser generosos,
aumentam as ofertas dadas e a igreja aumenta os
valores enviados para as obras
missionárias.
2. Como Ser Abençoado
Como a Bíblia é a nossa única regra de fé e
ordem, ela cuida de tudo que é necessário
para que o homem agrade a Deus. Sobre o assunto
de dinheiro, ela não é diferente. A
Bíblia mostra como ser abençoado, ou melhor, como
usar o dinheiro na maneira sábia
para sermos abençoados. Deve ficar claro que a
Bíblia não mostra ao homem como ser
rico ou abençoado com bens. Quando falamos de ser
abençoados no assunto de
dinheiro falamos de como usar o dinheiro para
agradar Deus. Deus sendo agradado há
bênçãos. Estas bênçãos podem ser virtudes,
sabedoria, ou até bens. O alvo para o
justo é agradar Deus, não ter qualquer benção.
Segue abaixo umas regras para usar o
dinheiro numa maneira sensata e assim obedecer a
Deus no assunto do dinheiro.
· Seja fiel. Mal 3:10 (Luc 19;17; II Cor 8:12)
· Seja generoso. Fil. 4:18,19; Luc 6:38 (II Cor
8:2-5)
· Seja honesto. II Cor 8:20,21
· Seja sábio. Prov. 21:20
O assunto sobre como ser abençoado pode ser dito
em resumo com o seguinte
versículo:
Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a
primeira parte de todos os teus ganhos;
E se encherão os teus celeiros, e transbordarão
de vinho os teus lagares; Provérbios
3:9,10
B. Os Perigos
A maneira de obter o dinheiro pode determinar se
o dinheiro é uma benção ou um
perigo. Como é uma verdade que “em todo
trabalho há proveito; (Prov. 14:23)
também é verdade que os tesouros da impiedade de
nada aproveitam; (Prov. 10:2).
Há um equilíbrio necessário quando se pensa do
assunto de dinheiro.
1. Amor ao Dinheiro/ Avareza/ Cobiça
Deus quer ser amado acima de tudo (Mar 12:30).
Qualquer coisa que vem entre o
amor de Deus já é pecado. O amor ao dinheiro está
tratado com palavras distintas na
Bíblia e necessita uma atenção especial. Podemos
ver a atitude de Deus diante desse
amor que o homem freqüentemente coloca entre ele
e Deus estudando o resultado de
amar o dinheiro. O fim do homem que ama o
dinheiro ensinará o homem sábio: Mas
os que querem ser ricos caem em tentação, e em
laço, e em muitas concupiscências
loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína.Porque o amor ao
dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e
nessa cobiça alguns se desviaram da
fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores;
I Tim 6:9, 10
· Prov. 1:17-19 "perder a alma"
· Ecl. 5:10 - o dinheiro em si é impossível para
satisfazer a alma. Isso só pode ser feito
por Deus.
· Lucas 19:1-10 - Zaqueu. Resultou em uma vida
desonesta e de má fama
· Mat. 28:11-15 - Soldados na cruz de Cristo
amaram mais o dinheiro do que a
verdade, levou para uma vida mentirosa
· Gên 13:7-11- Ló desejou ter o melhor para si.
Levou Ló para uma vida
comprometida.
2. Torpe Ganância
Dinheiro não é, em si, torpe ganância. Como já
estudamos, dinheiro obtido em
maneira honrosa e para usos de responsabilidade,
já é uma bençãoObs- O torpe
ganância não é o dinheiro mas a atitude do homem
que tem em relaçao ao dinheiro; é
ganhar dinheiro de um modo vergonhoso. Quando o
alvo principal é ganhar dinheiro,
apesar das maneiras usadas, a existência da
caraterística que a Bíblia chama torpe
ganância é evidente. O que diz a Bíblia sobre
este assunto e quais são os casos
mencionados por ela?
· Usura ou suborno - Salmos 15:1-5
· Mercadores no templo - Mat. 21:12, 13
· Judas Iscariotes - Mat. 26:14-16
· Ananias e Safira - Atos 5:1-10
As qualificações de pastores incluem a
qualificação, não cobiçoso de torpe ganância (I
Tim 3:3; Tito 1:7) pois Deus quer que os crentes
tenham exemplos em vida como
devem viver. Pastores tem uma responsabilidade
maior diante de Deus e do povo de
viver segundo as Escrituras (Mar 12:38-40).
3. Falta de usar certo
Há um perigo não só na atitude para com o
dinheiro mas também pelo uso dele.
Considere os casos seguintes para ter uma
instrução em como não usar o dinheiro.
· Ter só para si - Luc 12:13-21; Prov. 11:24
· Deixa de ser inativo ou não usar com sabedoria
- Luc 19:11-27
· Ter propósitos errados - Atos 8:17-20
4. Esperança Errada Mt 19:16-24
Sempre colocamos esperança em algo que não virar
acontecer teremos tristeza. É o
caso com dinheiro também. Não podemos esperar do
dinheiro o que ele não foi feito
para ser.Gozo vem de Deus, é fruto do Espírito
Santo (Gal 5:22). Há uma tendência do
homem de procurar um atalho para ter gozo sem
passar por Deus. Freqüentemente o
homem procura alegria no dinheiro. Salomão, tinha
mais dinheiro que o maior parte de
nós, procurou também o sentido da vida nas
possessões que o dinheiro pôde fornecer.
O resultado era nenhum proveito debaixo do sol
(Ecl. 2:4-11). O amor ao dinheiro leva
para o desvio da fé, e traz muitas dores (I Tim
6:9, 10). Não adianta buscar de
homem as coisas que só vem de Deus. Se tiver uma
dúvida do assunto busque o
conselho de Acã (Josué 7), Ananias e Safira (Atos
5), e de Judas Iscariote (Mat. 27:3-
5). O homem procura também segurança no dinheiro.
O dinheiro, para muitos, torna
uma cidade forte ou como uma muralha na sua
imaginação; (Prov 18:11; Luc 12:18-
21). Mas espere no dinheiro ser o que não foi
desenvolvido para ser traz muita
decepção para os que pensam assim. O perigo é de
ter esperança falsa no dinheiro.
Por isso o apóstolo Paulo instrui Timóteo a
avisar os ricos deste mundo não serem
altivos, nem ponham a esperança na incerteza das
riquezas; pois a verdade é que a
segurança vem de Deus;que abundantemente nos dá
todas as coisas para delas
gozarmos (I Tim 6:17; Heb 13:9; Tiago 1:11).
II. O DINHEIRO NO LAR
Temos estudado até aqui sobre o que diz a Bíblia
sobre as bênçãos e os perigos do
dinheiro. Queremos agora dirigir a nossa atenção
sobre o que diz a Bíblia sobre o
dinheiro no contexto do lar.
A. O Direito do Dinheiro no lar
Quem é que tem direito de ter dinheiro no lar?
Pode alguém pensar que por estar num
lar tem direito de ter parte do dinheiro no lar?
Os princípios do dinheiro abençoado não
mudam quando pensamos do dinheiro no contexto do
lar. Ainda é a verdade que digno
é o operário do seu alimento; (Mat. 10:10) até no
lar. Isso sendo a verdade Paulo
ensina os Tessalonicenses ;se alguém não quiser
trabalhar, não coma também (I Cor
3:10). Há o pensamento que os pais são obrigados
a darem mesadas aos filhos. Há um
princípio atras deste pensamento que os filhos
devem aprender controlar o dinheiro e
quanto mais cedo melhor. Se o princípio é ensinar
os filhos respeitar o dinheiro, então
nada melhor para eles ganharem o dinheiro
trabalhando por ele. Há sempre tarefas
extras no lar que qualificam para ser uma fonte
que forneça um dinheiro. Se o filho
trabalha para obter o dinheiro, ele o respeitará
muito mais e quanto mais cedo melhor.
Se o filho recusa trabalhar para obter o que ele
quer, ele pode já desde cedo aprender
o resultado de tal atitude: ficar sem. Isso não é
crueldade, é equipar o filho para a vida
real.
B. A Distribuição do dinheiro no lar
O homem é o principal trabalhador no lar e
usualmente é dele que vem a maior parte
da renda do lar. Ele sendo a cabeça do lar, e o
que fornece a renda, ele deve ter a
responsabilidade de decidir como tal renda é
usada. Todavia, ele não é o único no lar
que trabalha. A esposa fiel e responsável para o
marido e para a família trabalha muito
também. Ela pode ser confiada parte da renda para
cuidar do lar como ela achar
necessário. Isso é de dar a ela do fruto das suas
mãos; (Prov 31:11,12,31).
C. A Provisão de dinheiro no lar
Quem é que deve gerar a maior parte da renda no
lar? O princípio do homem ser a
cabeça do lar não pára quando o assunto é
dinheiro. É ele quem tem essa
responsabilidade e geralmente a maior capacidade
física e disposição para enfrentar os
desafios da vida fora do lar. Há os casos que a
mulher gera mais renda que o marido,
mas esses casos são exceções e não a regra. A
ordem que a Bíblia mostra para que o
lar seja sustentada é:
· Da cabeça do lar - a maior parte (I Cor 11:3)
· Da mulher do lar - a menor parte
· Dos filhos do lar - recompensar seus pais (I
Tim 5:4)
D. O Orçamento de dinheiro no lar
I Cor 14:40, Mas faça-se tudo decentemente e com
ordem.” II Cor 8:21, ;Pois
zelamos do que é honesto, não só diante do
Senhor, mas também diante dos homens.
Alvo: Viver Dentro de Suas Possibilidades
1. Considerando o Orçamento
O alvo de ter um orçamento é de viver dentro de
suas possibilidades financeiras. O
orçamento foi desenvolvido para dar uma visão de
mês em mês a sua maneira de
viver em comparação das suas capacidades
financeiras. Para ter um orçamento
funcional é necessário um equilíbrio entre
necessidades, preferências e desejos.
Necessidades são aquelas despesas indispensáveis
para o funcionamento normal do lar
(alimentação, vestimenta, moradia, atenção
medica, escolaridade, etc.). Preferências
são as decisões que podemos fazer sobre a
qualidade dos bens que sentimos
necessário (vestimenta social em vez de
vestimenta escolar, filé mignon em vez de
hambúrguer, um carro novo em vez de um carro
usado, etc. Considere I Ped 3:3,4).
Desejos são aquelas coisas que podem esperar até
que as necessidades sejam
cuidadas (uma segunda casa, moveis novos na casa
inteira, forno microondas, etc.
Considere I João 2:15,16).Sempre há barreiras
para atingir qualquer alvo. Há aquela
pressão social de adquirir mais e mais bens e
também existe a atitude de que só o
melhor de tudo é melhor. Essas duas idéias são
barreiras para ter um orçamento bem
ordenado. Crédito para adiar decisões importantes
e dificeis pode também ser uma
barreira para atingir o alvo de qualquer
orçamento. Se estamos precisando crédito
constantemente é uma indicação que estamos vivendo
fora das nossas possibilidades.
Por último não tendo um fundo para emergências
pode ser uma barreira também para
cuidar das necessidades de uma família e viver
dentro das possibilidades
financeiras.Se não somos cientes das barreiras e
se não temos um equilíbrio preciso
entre as necessidades, preferências e os desejos,
seremos levados para o ponto onde
a renda quase nem cuida das despesas. Se isso é o
seu caso há uma decisão
necessária: ou inventa um meio de ter mais renda,
ou corta as despesas. Não há outra
fórmula mágica ou segredo.Quando se pensa em
fazer um orçamento, pode ser que
pensamentos exagerados invadam seu raciocínio que
podem destruir os princípios
fundamentais dele. Devemos sempre lembrar que
nunca um orçamento deve ser
enquadrado como uma camisa de força, nem uma arma
para ferir um ou outro
membro da família. O orçamento não foi
desenvolvido para desanimar ninguém na
família mas contrariamente, foi fórmulado para
estimular consistência para atingir
alvos reais e dar flexibilidade no manejo da
renda no lar. Se o orçamento é entendido
de outra forma, um entendimento melhor do que é
um orçamento é preciso. Se vamos
fazer algo decentemente e com ordem como a Bíblia
nos pede, devemos ter um plano.
Todavia, um plano bom sempre requer ação, auto controle
e pode até requerer
sacrifícios.
2. Reconhecendo as Divisões do Orçamento
O orçamento ideal deve ser divido em três partes:
Primeiramente será a divisão de
Deus e o governo. Em segundo lugar deve ser a
família e as dívidas. Por último há
expansão. Vejamos estas três: a) Deus e o
Governo. Devemos colocar Deus em
primeiro lugar onde Ele merece e deseja estar.
Até no assunto do planejamento do
nosso dinheiro podemos servir o Senhor. (Mat.
6:33; Malaquias 3:8). O governo
merece a sua parte também. Mal ou bem, o governo
é um instrumento que Deus
estabeleceu para cuidar de nós (Rom 13:1-7; Mat.
22:21).b) Família e Dívidas. Depois
de Deus e o governo vem a família (I Tim 5:8) e o
cumprimento da nossa palavra
(dívidas, Sal 37:21)c) Expansão. Esta só vem
depois de cuidar dos primeiros dois
pontos e inclui os investimentos, poupança,
multiplicação dos bens e ajuda extra aos
outros (II Cor 8:14).
3. Começando o Orçamento
Antes de colocar o plano em andamento, um
levantamento de dados sobre o nível
presente de renda e gastos é necessário. Um mês
de anotar cada gasto talvez seja
necessário para perceber com exatidão onde a
renda está sendo utilizada. Depois que
já sabe em quais ralos estão indo o dinheiro no
lar todos os meses e necessário
determinar quais são os alvos e as ações que
vamos implementar para atingir os
alvos.
4. Planejando o Orçamento
a:) Deus e o Governo
1) Dízimo - Dando Deus o primeiro parte (no
mínimo 10%).
2) Imposto - Dando às potestades a devida parte .
b.) Família e Dívidas
·1) Moradia - não deve ultrapassar 35% do total
que tem para gastar. Inclui tudo
relacionado com a moradia: gás, água, IPTU,
manutenção, prestação/aluguel.
2) Alimentação - usualmente consome uns 15% do
total para gastar. Inclui tudo usado
usualmente na cozinha e banheiro. Não inclui
marmitas ou despesas no restaurante.
3) Transporte - 15% do total para gastar.
Despesas com carro, seguro do carro,
gasolina, manutenção, poupança para trocar o
carro. Ônibus e taxi incluído aqui.
4) Seguro - com 5% do total para gastar. Seguro
medico, hospitalar. Não inclui seguro
de carro ou de casa neste item.
5) Dívidas - usando 5% do total para gastar,
quita as dívidas de mês em mês com a
quantia que der para satisfazer as contas e o seu
orçamento. Se tiver grandes dívidas,
quita primeiro as pequenas e depois vai
parcelando as maiores. Esse item não inclui as
dívidas de carro ou de moradia.
6) Lazer - 5% do total para gastar em
restaurante, hobby, clubes, equipamento para
esportes, poupança para as férias. Se o seu
orçamento não permite muito lazer, corte
este item um pouco mas não elimine-o. Lazer é
necessário para todos na família para
manter um equilíbrio saudável.
7) Vestimenta - com um nível de 5% de tudo que
tem para gastar. Um mínimo de
R$10.00 por pessoa por mês deve ser programado.
8) Poupança - 5% do total deve ser poupado para
emergências.
9) Médico - 5% do total para gastar deve ser
estipulado para gastos médicos tais como
medicamento, dentista, ótica, e gastos com
médicos.
10) Outros - Geral - este item inclui gastos com
limite de 5% de tudo que tem para
gastar para despesas que não cabem em outros
itens tais como despesas com
cabeleireiro, presentes, miscelânea, etc.
11) Escola - nem todos têm despesas extra todo
mês com mensalidades de escolas
pagas, mas todos que tem crianças tem despesas
com material escolar. Dependendo
da sua situação estipule o necessário para cuidar
das despesas de mês em mês.
12) Investimento - aposentaria, e outros desejos
( bens, terras, casas). Deve ser
programado depois que os outros itens estiverem
supridos.
C.) Expansão
· 1) Extra - se sobrar dinheiro: ofertas extras à
igreja, projetos mais ambiciosos, mais
investimentos. Se não tiver planos para qualquer
extra, coloque numa poupança.
As despesas maiores são de moradia, alimentação,
dívidas, vestimenta e médico. Se
tiver mais gastos do que renda, será necessário
repassar o orçamento cortando o que
precisa para que tudo saia bem. Se a renda não
for suficiente é necessário fazer uma
decisão: trabalhar numa outra atividade a mais ou
gastar menos. Usando crédito,
consolando as dívidas, ou tomando empréstimos não
são maneiras aceitáveis para
resolver a situação. Ou ganha mais ou gasta
menos. Não tem outra solução.
É necessário lembrar que qualquer orçamento nunca
pode ser perfeito. Mas ele sempre
pode nos guiar para perfeição.
É melhor planejar e falhar do que falhar de
planejar
"Mas faça-se tudo decentemente e com
ordem."
I Coríntios
14:40