O sacrifício pelas almas
O seguidor do Senhor Jesus Cristo tem que responder a si
mesmo a seguinte
pergunta: “Onde é que eu quero servir a Deus: no átrio ou
no altar?”. Se no mais
íntimo do coração ele deseja servir a Deus no átrio, e no
entanto, na mente ele
toma a decisão por servi-Lo no altar, então, mais cedo ou
mais tarde, o coração
dele vai se manifestar contra e gritará com toda a sua
força, para que todo o
mudo saiba, que é um enganador, porque nunca quis estar
no altar, e sim no
átrio.
Esta é a verdadeira razão pela qual existem “malas” na
Igreja. Pois no fundo do
coração querem viver no átrio, mas, na mente, talvez
porque tenham medo de
enfrentar o mundo sozinhos, ou porque preferem ter as
regalias da segurança de
estarem no altar de uma igreja, vivem como parasitas, à
custa dos sacrifícios
dos outros companheiros. O fato é que estão no altar, mas
o coração deles está
no átrio.
Desta forma, nem eles nem o povo são abençoados! E a obra
de Deus fica amarrada
por esse motivo. O único que ganha com isso é o inferno.
E o pior é que os seus
filhos estão sendo testemunhas do seu fracasso espiritual
no altar e
provavelmente, serão vacinados contra tudo o que diz
respeito à Palavra de Deus.
Porque o seu pai prega uma coisa que não vive e não acontece
na sua própria
vida!
Mas se ele é sincero e no seu coração quer mesmo servir a
Deus no átrio, então,
ele precisa assumir essa postura e lutar até alcançar seu
objetivo. E Deus será
com ele por onde for, cumprindo a Palavra que diz: “E
todos os povos da terra
verão que és chamado pelo nome do Senhor, e terão temor
de ti.” (Deuteronômio
28.10).
Entretanto, se o cristão, sinceramente, deseja servi-Lo
no altar custe o que
custar, então precisa depositar tudo o que tem, tudo o
que é, tudo o que
pretende ser, tudo que pretende ter, no altar de Deus. Do
contrário deve
esquecer o altar e ficar no átrio! Mas se ele já está no
altar, ele tem de
perguntar a si mesmo, dia após dia, se realmente ele tem
se sacrificado pelas
almas.
Porque quem serve no altar é como uma mulher que dá a luz
a filhos. Cada filho
que nasce requer gritos de dor no parto. Se o homem de
Deus quer gerar filhos
espirituais, ele precisa se conscientizar que isso requer
choro, pranto e
sacrifício.
Muitos dos que servem hoje, no altar, têm confiado nos
meios disponíveis de
comunicação, emissoras de rádio e TV, jornais, revistas,
folhetos etc. Com isso,
ficam acomodados e descansados, confiantes de que a
propaganda substituirá o
sacrifício das orações e jejuns no sentido de trazer o
povo à Igreja. Isso é
errado! Esta é a razão do atual fracasso da Igreja do
Senhor Jesus diante das
lutas contra satanás: ela tem estado acomodada, esperando
que os veículos de
comunicação façam o seu trabalho.
Nós podemos e até devemos usar todos os meios possíveis
para trazer o povo à
igreja, porém, nunca e jamais poderemos contar com isso
para gerar filhos de
Deus. Muitos homens de Deus, no passado, foram
verdadeiros expoentes nas mãos do
Espírito Santo, tiveram grande êxito no altar por terem
confiado apenas na ação
do Espírito de Deus para ganhar as almas. Eles não
tiveram outro “meio de
comunicação” senão as suas súplicas, com choro e jejuns
no altar.
Toda propaganda que estiver disponível para proclamar as
virtudes de Nosso
Senhor é tremendamente importante, mas o ministério do
homem de Deus não pode
ser medido pelo grande número de pessoas que está
freqüentando sua igreja. É
justamente isso que tem causado ilusão a muitos servos,
pois vendo o templo
repleto, obviamente acham também que Deus está aprovando
o seu ministério.
Na verdade, essa é a mais diabólica ilusão porque a força
de uma igreja está nos
seus discípulos serem cheios do Espírito Santo, e nunca
no número de
freqüentadores.
Os veículos de comunicação produzem freqüentadores, porém
o homem de Deus produz
discípulos. Para que o trabalho do homem de Deus seja
proveitoso, ele precisa
juntar o seu pranto no altar pelas almas com os meios de
comunicação
disponíveis. Isso fará o seu trabalho desenvolver-se mais
rapidamente e,
sobretudo, com qualidade. Mas, se ele confiar apenas no
seu trabalho de
comunicação para que a sua igreja se desenvolva, o seu
fracasso será inevitável,
tendo em vista que o espírito de acomodação se apossará
dele. Bispo Macedo
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