Tristeza segundo o mundo, ou tristeza segundo Deus?
Paulo escreveu isso para a Igreja, não para o mundo.arrependimento é para o mundo tanto quanto o é para a Igreja. Nessa passagem, "arrependimento" vem da palavra grega metanoia que significa "mudança da mente". Deus não está procurando arrependimento de pecados somente, mas uma mudança de mente e de coração através do processo de pensamento que tolera essa maneira de viver. Ele quer que arrependamos do caráter que alimenta o pecado.
Arrependimento é mais do que se desculpar por alguma coisa feita. Paulo disse que há uma tristeza que não produz arrependimento, mas a morte! Nem todas as tristezas são piedosas. Nem todas as lágrimas são motivadas por um arrependimento genuíno.
Através do verso acima, entendemos que há um tipo de tristeza (do mundo) que nos leva à morte e outro (tristeza piedosa) que nos leva à vida. Qual é a diferença entre "a tristeza do mundo e a tristeza piedosa? A diferença é simples: a tristeza do mundo focaliza você, enquanto a tristeza piedosa focaliza Cristo. A tristeza de acordo com o mundo se preocupa com as consequências resultantes do pecado, não com o fato de que o pecado tem nos separado do coração de Deus. Quando uma pessoa está preocupada em como o pecado pode afetar seu status, seu bem-estar, sua posição ou reputação, não é uma tristeza piedosa. Isso produz um enfoque egoístico, que leva aquela pessoa, cada vez mais, a um estado de endurecimento do coração! Isso eventualmente leva à morte!
Para ilustrar essa diferença, vamos examinar a vida e os motivos do rei Saul e do rei Davi. Deus ordenou ao rei Saul que atacasse Amaleque e destruísse totalmente tudo que lá tivesse. Ele tinha de matar homens, mulheres, crianças e bebês, gado, ovelhas, camelos e burros. Saul foi para a guerra; entretanto, ele trouxe o rei Agague vivo e ficou com o melhor do gado, das ovelhas, dos animais confinados, dos cordeiros e com tudo que era bom, sem destruir tudo. Então, a Palavra do Senhor veio ao profeta Samuel sobre a desobediência de Saul à ordem de Deus. Samuel confrontou Saul porque em seu coração não havia arrependimento. Saul se defendeu dizendo que havia feito tudo o que Deus lhe havia ordenado. Samuel apontou especialmente o que Saul havia omitido e, quando Saul viu que Samuel estava correto, ele se desculpou e culpou o povo. Samuel declarou que era a Saul que havia desobedecido a ordem do Senhor. Quando Saul percebeu que não havia ninguém mais para ele culpar, rspondeu: Pequei; honra-me, porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor teu Deus (1 Samuel 15.30). Ele reconheceu os seus pecados como muitos fazem quando são apanhados em flagrante. Entretanto, era uma tristeza do mundo, pois ele estava preocupado com a exposição de seu pecado diante dos líderes e dos homens de Israel, não porque ele havia pecado contra Deus. Sua resposta era para guardar sua reputação e o seu reino, e seu motivo era a ambição egoísta. Como resultado, o reino que ele tentou proteger duramente da sua própria maneira foi tirado dele. Ele temeu o homem mais do que temia a Deus, o qual é a motivação daqueles que buscam seus próprios interesses!
John Bevere
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