A RENÚNCIA É A CHAVE QUE ABRE OS COFRES DE DEUS
A renúncia é a chave que abre os cofres de Deus que contêm os seus melhores e mais profundos tesouros.
Bem, acontece que há algo bastante impopular na geração de hoje! Eu posso até ver quem esteja franzindo as sobrancelhas, e com certa indignação dizendo: "Renúncia? Não brinque comigo!" Quem é que é encorajado a renunciar qualquer coisa nestes dias de hoje? Se eu mencionasse algumas áreas, eis as respostas que eu ouviria:
- Renuncie os seus direitos “Você está brincando? Eu vou é entrar com um processo na justiça!”
- Renuncie o seu futuro - “Não dá! Já tomei as minhas decisões.”
- Renuncie a sua vontade - “Não eu! Eu não me rendo a ninguém.”
- Renuncie os seus sonhos - “Nunca! Depois de tanto que eu trabalhei!”
- Renuncie o seu companheiro - “Eu? É a minha vida!”
- Renuncie as suas finanças - “O quê? Tenho planos de me aposentar!”
Nós temos criado uma geração de rapazes e moças que são obstinados, briguentos, independentes. Renúncia é uma palavra que não está no seu vocabulário. É pena, pois a renúncia é a chave que abre os cofres de Deus que contêm os seus melhores e mais profundos tesouros. Com paciência ele espera pela nossa rendição, espera que paremos de lutar contra ele, que permitamos que o seu plano tenha o seu curso normal, que nos voltemos para ele e alcancemos a nossa segurança e realização. Quando ele testemunha o nosso agir assim, passa a revelar-nos a si mesmo e também a sua vontade com uma profundidade muito maior.
Ao longo dos anos eu tenho conhecido o Senhor. Renunciar a minha vontade para me ater ao seu caminho era muito mais difícil no início. Quando eu era mais jovem, muitas vezes eu disse que queria que o seu plano se concretizasse; mas eu resistia a ele muito mais do que posso me lembrar, especialmente quando ele incluía retornos e desapontamentos. Finalmente, depois de me cansar de correr atrás das conseqüências de minhas próprias escolhas, aos poucos fui percebendo que o caminho de Deus era melhor.
Eu concordei com o que entendi ao ler as seguintes palavras num livro que aprendi a apreciar. Até hoje não li nada melhor que descreva a luta do dar e tomar dos meus primeiros anos de vida cristã. São palavras de uma coleção de orações e devoções dos puritanos.
Quando Tu queres me guiar, eu é que me controlo.
Quando Tu queres ser soberano, eu é que dirijo a minha vida.
Quando Tu queres tomar conta de mim, eu me basto.
Quando eu deveria depender de tuas provisões, eu me supro.
Quando eu deveria submeter-me à tua providência, eu faço a minha vontade.
Quando eu deveria ponderar, honrar, e confiar em ti, eu me sirvo.
Eu critico e corrijo as tuas leis para se adequarem a mim.
Em vez de a ti eu busco a aprovação dos homens, e eu sou por natureza um idólatra.
Senhor, o que eu mais quero é levar o meu coração de volta para Ti.
Esta é a confissão honesta de uma vida que ainda não se rendeu ao Senhor. O que é triste é que, embora estas palavras sejam tão antigas, elas descrevem a situação de muitos que pertencem à família de Deus nos dias de hoje.
Charles R. Swindoll
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