sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A ALMA ENGORDA?


A ALMA ENGORDA?
“A alma do preguiçoso deseja e nada alcança, mas a alma dos diligentes engorda” Provérbios 13: 4.
Alma “engorda”? Alguém já viu alguma alma “gorda” por aí? É preciso discernir o verso para entendê-lo.
Até porque pouco nexo há entre as duas frases. O desejo é inerente à alma, logo, tudo certo sobre esse aspecto.
Porém, há sentido dizer que a alma deseja e não alcança por ser seu “dono” preguiçoso?
Quer-se dizer que basta ser diligente, e não preguiçoso, e todos os desejos nos serão realizados?
Por certo que não. A vida não funciona assim, definitivamente. E depois se diz que a alma dos diligentes engorda? Engorda como?
O sentido meramente literal das duas frases que compõem o verso apenas nos causa perplexidade, não é mesmo?
Resta-nos, pois, apelar para o sentido figurado. Veja-se, nessa esteira, a interessante pergunta feita por : “Não prova o ouvido as palavras, como o paladar prova as comidas?” – Jó 12: 11.
Vamos adicionar a isso, para alargar o nosso raciocínio, parte da Profecia de Amós: “Vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” – Amós 8: 11.
Em seguida, somamos ao todo palavras de Jesus: “… Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” – Mateus 4: 4.
Apenas com estes versos o nosso entendimento já toma alguma forma, mas vamos continuar mais um pouco.
“Achadas as tuas palavras, logo as comi; elas me foram gozo e alegria ao coração, pois pelo teu nome me chamo, ó Senhor, Deus dos Exércitos” – Jeremias 15: 16.
Precisamos nos lembrar, nesse passo, que: coração = alma. Ao todo que já temos, agregamos mais algumas palavras de Jesus: “Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Mas aqui está o pão que desce do céu, do qual se o homem comer não morre. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. Esse pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” – João 6: 48 a 51.
Carne de Jesus = Corpo do Mestre = Sacrifício de Redenção.
Por fim, uma constatação do Apóstolo Paulo: “Ora, todo aquele que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal” – Hebreus 5: 13 e 14.
Com toda essa informação percebemos que o verso nos fala sobre saúde e alimento espirituais. A Palavra de Deus é a nossa “comida espiritual”.
A Bíblia Sagrada nos diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11: 6), e o que nos mantêm sadios no Evangelho é uma fé pura e verdadeira.
A alma daquele que tem fé, e nela investe, engorda, é gorda. Prova de que a Palavra de Deus é “alimento espiritual”, com a conjugação dos versos acima transcritos, está em Romanos 10: 17: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”.
Então quanto mais ouvimos (e lemos) sobre a Palavra de Deus, mais diligentes somos, e nossas “almas engordam”. Se formos preguiçosos as nossas almas deixam de “se alimentar” convenientemente.
Assim, demanda esforço nosso perseguir o conhecimento de Deus. O maná caía do céu, é verdade, mas mesmo assim o povo deveria colhê-lo, prepará-lo e, depois, comê-lo. Para “engordarmos as nossas almas”, portanto, precisamos de diligência e iniciativa.
Se não for assim, isto é, se formos negligentes e preguiçosos nesse intento (de nos aplicarmos ao conhecimento da Palavra de Deus), nossas almas serão “esquálidas”, “anêmicas”, “adoentadas”, talvez, até, “mortas em si mesmas”.
Atentemos para o fato de que, se tomarmos “ao pé da letra” a comparação Bíblica, chegaremos à inevitável conclusão de que as nossas almas precisam ser alimentadas da mesma forma com a qual os nossos corpos são alimentados: diariamente.
Caso contrário, teremos como resultado uma “alma desnutrida”.
Nesse passo, pois, o melhor dos cenários é o “regime de engorda”. “Alma gorda”, “fé sadia”, “espírito forte” – seja assim a nossa constante realidade!

transcrito por paulo cezar gomes de souza

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