quarta-feira, 14 de novembro de 2018

FIDELIDADE MATRIMONIAL


Fidelidade matrimonial

O Criador dos céus e da terra estabeleceu os laços matrimoniais no Éden ao criar a humanidade em dois sexos e celebrou a primeira união (Gn 1:26-282:21-24). 

Dois preceitos do Decálogo, o sétimo e o décimo, protegem a instituição do casamento. Na teocracia, a infidelidade era punida pela morte de ambas as partes (Leviticos 20:10).

Sobre fidelidade matrimonial como devemos entender as normas registradas em Números 5:11-31?

Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele, De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada, E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado, Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória. 

E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do Senhor. E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água. Então o sacerdote apresentará a mulher perante o Senhor, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote. E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre. 

Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo, Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O Senhor te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o Senhor consumir a tua coxa e inchar o teu ventre. E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém. Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará. 

E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar. E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o Senhor; e a oferecerá sobre o altar. Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher. E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo. 

E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos. Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada; Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o Senhor, e o sacerdote nela execute toda esta lei. E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade.
(Números 5:11-31)

Obviamente, o Senhor quis destacar a seriedade de toda a questão da infidelidade matrimonial, que é, sem dúvida, a maior ameaça para a estabilidade familiar.


Neste procedimento – que obviamente incluía um elemento sobrenatural – o foco estava na água. A água era santa; também era santo o piso do qual o sacerdote tomava uma pitada de pó. A água santa e pó não amargavam a água; simplesmente sublinhavam sua santidade. 

Os juízos ou maldições escritos que eram lavados pela água simbolizavam a amargura potencial. “Tudo dependida de ser a mulher santa (inocente) ou profana (culpada). Se a [água] santa encontrava a profana, o juízo era inevitável. Se a [água] santa encontrava a inocente, a harmonia prevalecia”(Raymond Marrom)

Esse procedimento (estranho para nós) não era um exemplo de magia. Ao contrário, era um recurso visual concreto que os ex-escravos podiam entender. Não era a água, mas o 

Senhor que lia o coração da esposa, que a castigava ou inocentava. Como esse procedimento servia também de proteção para a mulher, que podia ser vítima de ciúmes não comprovados do marido?

Por mais estranho que tudo isso pareça para nós, hoje, a lição que traz é a importância dos votos matrimoniais aos olhos de Deus. Só Deus sabe quanta dor, quanto sofrimento e prejuízo são provocados pela infidelidade matrimonial de qualquer dos cônjuges. Que tragédia é verificar que, em muitas sociedades, os votos matrimoniais pareçam ter tão pouca santidade quanto um aperto de mão!

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