terça-feira, 3 de março de 2015
UMA QUESTÃO DE ÉTICA E CARÁTER
UMA QUESTÃO DE ÉTICA E CARÁTER
Um GAROTINHO tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo do chalé da família, numa ilha que ficava no meio de um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava autorizada.
O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.
Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço envergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.
O garoto e o pai olharam para o peixe tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite...
Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Tens que devolvê-lo, filho!
- Mas, pai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza da sua voz, que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.
Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem sucedido.
O chalé continua lá, na ilha no meio do lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.
Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado.
Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está vendo.
Essa conduta só é possível quando, desde criança, aprende-se a devolver o peixe à água.
"A boa educação é como uma moeda de ouro: Tem Valor Em Toda Parte"
(James P. Lenfestey)
O caráter é aquilo que você é no escuro." "E também o que você é de dia, quando acha que ninguém está olhando."
I Coríntios I:11-13 diz: Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. “Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido”. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”...
A intenção de relatar esta história, nesse blog, é para ilustrar e acrescentar que, atualmente, as informações circulam de forma livre e célere.
Por conseqüência, é possível ter uma noção de conjunto dos valores e hábitos da humanidade.
Certas ocorrências repetem-se com tanta freqüência, nos mais diversos locais e ambientes, que chamam a atenção.
E a observação do que ocorre no mundo por vezes causa estarrecimento. Uma das coisas que impressionam é a audácia das pessoas desonestas.
Elas parecem ter uma habilidade incomum para colocar-se nas posições mais relevantes.
Na política, na educação, nos meios jurídico e empresarial, a imprensa não cessa de apontar focos de corrupção e desonestidade.
Já é bastante ruim haver tantas pessoas desleais. Mas o que causa estupefação é como elas assumem facilmente posições de liderança.
Ninguém consegue disfarçar sua essência por muito tempo. Quem não possui um nível ético satisfatório evidencia isso em inúmeras oportunidades.
Ninguém se corrompe de repente. Uma pessoa genuinamente honesta não acorda um dia disposta a apoderar-se do que não lhe pertence. O ser humano revela suas mazelas morais ao longo do tempo.
Sendo assim, como é possível que seres viciosos tornem-se tão influentes?
Em todo e qualquer ambiente, há homens íntegros e inteligentes.
Por que esses não agem, para obstar a influência perniciosa?
À primeira vista, parece pouco caridoso evidenciar os vícios de um semelhante, para limitar sua ascensão.
Ocorre que a caridade não possui como bandeira a ingenuidade e a conivência. Constitui equívoco imaginar que o homem bondoso deve ser tolo e falho de percepção.
A criatura íntegra e generosa procura ser um fator de progresso e bem-estar no mundo.
Mas age com critério e discernimento, não de forma piegas. Nessa delicada questão, importa considerar o móvel da ação e quanto bem ela pode produzir.
Certamente é condenável divulgar os defeitos do próximo por malevolência, com o fito de denegri-lo.
Mas também é censurável prestigiar a comodidade de um único ser, em detrimento de inúmeros outros.
A corrupção que atinge um ambiente prejudica a todos os que se vinculam a ele.
O dinheiro público surrupiado por alguns faz falta na construção de hospitais e escolas. O desfalque realizado em uma empresa talvez seja a causa de sua falência. Trata-se da vantagem desonesta de uma pessoa causando a penúria de muitas outras.
A compaixão não justifica a inércia perante esse tipo de situação. Nada há de louvável em assistir-se silenciosamente a atos desonestos que prejudicam o meio social.
Na verdade, a timidez e a acomodação dos homens íntegros favorece a preponderância dos desonestos.
Grande parcela de culpa pela corrupção que grassa no mundo se deve às pessoas honestas. Caso estas desejassem, preponderariam.
Quando o vício for combatido, sem ódio, mas firmemente, ele encontrará pouco espaço para proliferar.
É preciso ter compaixão pelo delinqüente, mas jamais compactuar com seus atos.
Assuma, pois, sua responsabilidade perante o mundo em que você vive.
Por timidez ou preguiça de desempenhar tarefas e ocupar postos, não permita que eles caiam em mãos indignas.
A título de ostentar virtude, não simule ignorância e nem seja conivente.
Repito: - Não seja conivente!
"O que preocupa na sociedade em geral e no mundo não é o grito dos maus e desonestos, mas o silêncio dos bons" (PARAFRASEANDO: Marthin Luther King)
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