quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O CASAMENTO MISTO

 

O CASAMENTO MISTO

 

O Senhor, estabeleceu condições definidas com respeito à pessoa com quem o crente deve se casar. A Bíblia, indica claramente que o casamento do povo de Deus deve ficar limitado aos da mesma fé. A pessoa crente não deve casar-se com alguém que não faça parte do povo de Deus.

 

1. Os Ensinamentos do Velho Testamento

 

O Velho Testamento, contém exortações suficientes para confirmar que não devemos nos casar fora do povo de Deus (Deut 7:3-4).

Não foi permitido ao povo de Israel, que seus filhos se casassem com os filhos de seus vizinhos: cananeus, heteus, zebuzeus, filisteus, moabitas, amonitas, edomitas, sidônios etc. para que não se desviassem seguindo os costumes destes povos na adoração a outros deuses. Salomão cometeu abominação diante de Deus casando-se com mulheres estrangeiras (I Reis 11:1-9).

 

1.1 O Aviso de Josué

 

Josué, também avisou sobre o povo da terra, pois isso poderia tornar-se um laço, uma armadilha para eles. Esposas e maridos estrangeiros seriam como espinhos e os amarrariam até que eles fossem destruídos. (Josué 23: 12-13).

 

1.2 A Volta de Neemias

 

Quando Neemias retornou à terra de Judá, depois de visitar a terra de seu cativeiro, ele descobriu que muitos dos filhos de Israel não podiam falar a língua dos judeus devido aos casamentos mistos que tinham contraído. Neemias contendeu com eles e os obrigou a se separarem completamente das mulheres estrangeiras (Neemias 13:23-27). O grande problema dos casamentos mistos é que mais cedo ou mais tarde os filhos tenderão mais a seguir o pai ou mãe descrente, e deixarão de servir a Deus com o que é crente. Os casais mistos são testemunhas da lutas e dificuldades para criarem os seus filhos no evangelho.

 

1.3 A Época de Malaquias

 

Casar com a filha de um gentio, aos olhos de Deus, significa profanar a sua santidade. Portanto, o casamento cristão fica limitado aos crentes, principalmente aos que professam a mesma fé e ordem. (Malaquias 2:11).

Salomão foi o mais sábio dos reis, contudo, caiu na idolatria através de casamentos com mulheres estrangeiras.

 

2. O Ensino do Novo Testamento

 

No Novo Testamento, Paulo escreve claramente com respeito a quem pode ser a outra parte na união conjugal.

2.1 Uma Palavra Para as Viúvas

 

Escrevendo a Igreja de Coríntios, Paulo recomendou em sua primeira carta que a mulher está ligada ao seu marido enquanto vive, contudo se vier a falecer o marido, a mulher está livre para casar-se novamente, mas somente no Senhor. (I Cor 7:39).

 

2.2 Não Vos Ponhais em Jugo Desigual

 

O apóstolo Paulo, mostra implicitamente com quem o crente deve casar-se, em sua segunda carta a Igreja de Corintios (II Cor 6:14). Para um crente e um incrédulo trabalharem juntos a fim de alcançarem um determinado alvo, seria como colocar juntos dois tipos opostos de animais, sob um único jugo, para ararem a terra. (Deut 22:10). O boi é lento e o jumento rápido. Um quer ir por um caminho e o outro por outro caminho. No caso do jugo desigual entre o crente e o descrente, um vai estar preocupado com as coisas espirituais e o outro com as coisas materiais. Um vai em busca das coisas eternas na direção do céu e o outro nas coisas passageiras do mundo.

 

2.3 Se For Casado Com Uma Pessoa Não-Salva e Este Quiser se Apartar

 

Escrevendo aos Coríntios, o Apóstolo Paulo responde esta questão dizendo que se um cônjuge não crente quiser se apartar, que o cônjuge crente permita (I Cor. 7:15). A iniciativa da separação nunca deve ser do crente e sim dos descrente. Não é o crente que quer se apartar, mas o incrédulo. É o descrente que está descontente, pensando que não há mais futuro no lar para eles, desde que o crente se converteu ao Senhor. Jesus predisse que haveria problemas na família por causa do evangelho (Luc 12:51-52; 18:29-30; Mat 19:29; Mat 10:34-36).

 

2.4 Se ele ficar, o Senhor o salvará

 

Se a esposa ou o marido incrédulo consente em morar com o crente, Paulo diz que este não deve deixar o seu cônjuge. Deus nos chamou à paz. O incrédulo é santificado no convívio com o crente. Pode ser que a esposa ou o marido incrédulo seja salvo (I Cor 7:12-14).    

AS BODAS DO CORDEIRO

 

AS BODAS DO CORDEIRO


Qual é o significado de As Bodas do Cordeiro

A expressão "Bodas do Cordeiro" define o encontro da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre.

Será a celebração desse casamento, uma festa de grande alegria e glória.

"Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou" (Ap 19.7).

É importante sabermos que enquanto se realiza a celebração das Bodas, os que ficaram na Terra, estarão passando pela mais terrível tribulação de todos os tempos.

Nas Bodas, o Senhor cumprimentará a todos, e todos O conhecerão de perto, e falarão com Ele.

A alegria desse momento é muito grande.

Todavia, o clima será também de expectativa, porque Jesus, após esta celebração, descerá à Terra para a grande batalha contra o Anticristo e seus exércitos, no sombrio vale do Armagedom.

"Bem-aventurados os que são chamados à ceia das Bodas do Cordeiro" (Ap 19.9).

É bom não esquecermos que ao instituir a Santa Ceia, quando disse aos apóstolos para que, em sua memória, comessem do pão e bebessem do cálice, Jesus prometeu que aquela celebração seria repetida no céu:

"E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da vide, ATÉ AQUELE DIA EM QUE O BEBA DE NOVO CONVOSCO NO REINO DE MEU PAI" (Mt 26.29).

Nesta, Jesus preparou-se para o sacrifício da cruz; na Ceia das Bodas, Jesus estará se preparando para derrotar o mal sobre a face da Terra: aniquilar o diabo, o Anticristo, as nações ímpias, e instalar seu reino milenar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O CAMINHO DA SALVAÇÃO

 

O CAMINHO DA SALVAÇÃO




O CAMINHO DA SALVAÇÃO

Todos precisamos de salvação. A vontade de Deus é que todos se salvem. Para consecução desse plano, Ele enviou seu Filho unigênito, “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). O verdadeiro caminho é Jesus, que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). E Ele próprio convida o pecador para receber salvação: “Estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Ap 3.20).
Primeiro passo
O homem deve reconhecer que é pecador; que está afastado de Deus pelo pecado; que está numa situação miserável, pois “TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS” (Rm 3.23). “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1 Jo 1.8). Pela desobediência do primeiro casal o pecado entrou no mundo e com o pecado, a morte. O homem herdou de Adão e Eva a natureza pecaminosa. O pecado original estendeu-se por toda a humanidade como uma herança maldita, porque “semente gera semente da mesma espécie”. Jesus foi o único homem, gerado no ventre de uma mulher, que não foi contaminado pela semente danosa do pecado. Ele foi gerado pela semente de Deus, e como tal pôde pagar o preço de nossa redenção.
Segundo passo
Arrependimento. Neste passo, o homem reconhece que é pecador e toma a decisão de dar meia volta e seguir caminho diferente. João Batista dizia em suas pregações: “Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus” (Mt 3.2). Jesus iniciou o seu ministério chamando todos ao arrependimento (Mt 4.17). Não basta arrepender-se; é preciso deixar o pecado, deixar a mentira, o adultério, as palavras torpes, tudo o que estiver em desobediência a Deus. “O QUE ENCOBRE AS SUAS TRANSGRESSÕES NUNCA PROSPERARÁ, MAS O QUE AS CONFESSA E DEIXA, ALCANÇARÁ MISERICÓRDIA” (Pv 28.13).
Terceiro passo
Aceitar Jesus como Senhor e Salvador: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus, e, em teu coração, creres que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.9-10). A essência da salvação está neste versículo: fé, senhorio de Cristo e Sua ressurreição. “Confessar ao Senhor Jesus” não significa apenas aceitá-LO de viva voz, numa decisão pública. Compreende, também, levar uma vida cristã de obediência a Ele, em palavras e atos.
As conseqüências desses passos
(a) Receberá perdão: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). 
(b) Passará a viver uma nova vida: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17).
(c) Será recebido como filho do Altíssimo: “Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26).
(d) Receberá o Espírito: “Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).
(e) Salvar-se-á: “Quem nEle crê não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18).

CAMPO DE ABACAXIS

 

CAMPO DE ABACAXIS


CAMPO DE ABACAXIS

         A história do campo de abacaxis aconteceu na Nova Guiné, na Indonésia. Ela durou sete anos. É uma ilustração humorística, mas profunda de um princípio bíblico básico aplicado.

         Ao ler este relato original, você descobrirá que ele é um exemplo clássico do tipo de lutas que cada um de nós enfrenta até aprender a aplicar o princípio de renunciar aos direitos pessoais.

         “Minha família e eu trabalhamos com pessoas no meio da selva. Um dia resolvi trazer para aquela região alguns abacaxis. O povo já tinha ouvido falar de abacaxis. Alguns já os tinha provado, mas não tinham meios de consegui-los.

         Busquei, então, mais de cem mudas de uma outra missão. Depois eu contratei um homem da aldeia, e ele plantou todas as mudas para mim. Eu o paguei por isto, é claro. Durante os dias em que ele trabalhou eu lhe dei sal e diversas outras coisas que ele precisava. (1)

         Precisei ter muita paciência até que as pequenas mudas de abacaxi se tornassem arbustos grandes e produzissem abacaxis. Demorou uns três anos.

         Lá no meio da selva você às vezes tem saudades de frutas ou verduras frescas.

         Finalmente, no terceiro ano, pudemos ver surgir abacaxis que davam água na boca, e só estávamos esperando o natal chegar, porque é nesta época que eles ficam maduros. No dia do natal minha esposa e eu saímos ansiosos para ver se algum abacaxi já estava pronto para ser tirado do pé. Mas tivemos uma surpresa desagradável após a outra! Não conseguimos colher nem um só abacaxi. Os nativos roubaram todos! Eles os roubavam antes de estarem maduros. Isto é um costume deles: roubar antes de estar maduro e o dono não pode colher.

         E aqui estou eu, um missionário, ficando com raiva destas pessoas. Missionários não devem ficar com raiva (2). Vocês todos sabem disso. Mas eu fiquei. Eu disse a eles: “Rapazes, eu esperei três anos por estes abacaxis. Não consegui colher um único deles. Agora há outros ficando maduros. Se desaparecer mais um só destes abacaxis, eu fecho minha clínica”.

         Minha esposa dirigia uma clínica. Todos os remédios ela dava de graça àquela gente. Eles não pagavam nada. Nós estávamos nos gastando tentando ajudar esta gente, cuidando dos doentes, salvando a vida das crianças.

         Um por um os abacaxis ficaram maduros, e um por um foram roubados. Então eu achei que deveria me defender destas pessoas. Eu simplesmente não podia deixar que fizessem comigo o que quisessem. A verdadeira razão não era esta. Eu era uma pessoa muito egoísta. Eu queria comer abacaxis. Fechei a clínica. Eles deixaram suas crianças morrer. Não podiam evitar. A vida era difícil naquela região. Vinham pessoas com gripe, tossindo e pedindo um remédio, e nós dizíamos: “Não! Lembrem-se que vocês roubaram nossos abacaxis”.

         “Não fui eu!”, eles respondiam. “Foram os outros que fizeram isto”. E continuaram tossindo e pedindo. Não conseguimos manter mais nossa posição. Eu me entreguei, e disse: “Esta bem, amanhã reabriremos a clínica.”

         Abrimos a clínicas, e eles continuaram roubando nossos abacaxis. Fiquei de novo louco de raiva. Cara! Estes sem-vergonhas!

         Finalmente descobrimos quem estava fazendo isto o mesmo homem que tinha plantado os abacaxis. Eu o chamei à plantação e disse: “Meu amigo, por que você está roubando meus abacaxis? Você é meu jardineiro!”.
         Ele respondeu: “Minhas mãos os plantaram, minha boca os come” (3). Esta é a lei da selva. O que eles plantam é deles. Nunca tinham ouvido de pagamento por serviço prestado. Por isto ele disse: “São todos meus”. 

         “Claro que não! São meus.”, eu respondi. “Eu o paguei para planta-los para mim!” Mas ele não podia entender como isto fazia com que as plantas fossem minhas. Eu pensei; “Bem, o que devo fazer? Isto é uma lei da tribo. Acho melhor eu aprender a viver conforme as suas regras.”

          Então eu lhe disse: “Está bem, eu lhe darei a metade destas plantas. Daqui até lá é tudo seu. Todo abacaxi que amadurecer é seu. Estes aqui são meus.” Ele fez conta que concordou. Mas meus abacaxis continuaram desaparecendo.

          Então eu pensei: “Talvez eu deva lhes dar todos estes abacaxis, e arranjar outros para mim.”

          Eu sabia que teria de esperar mais três anos. Foi difícil para mim tomar esta decisão. Finalmente eu lhes disse: “Vejam, eu vou lhes dar todos estes abacaxis, e começar tudo da frente. Façam uma plantação para vocês tirem todas estas mudas do meu terreno, para que eu possa  plantar novas. Eu não quero seus abacaxis no meu terreno.”

          Eles disseram: “Tu-uan (que significa estrangeiro), o senhor terá de nos pagar.”

          “Ora, vejam!”, eu respondi.

          “O senhor está nos pedindo que tiremos seus pés de abacaxi daqui, e isto é trabalho”, eles disseram.

          Então eles eram meus?

          Eu respondi: “Está bem, eu lhes pagarei o salário de um dia de trabalho. Tirem todos daqui.

          E eles continuaram: “Nós não temos nenhum campo preparado. O senhor vai nos pagar para prepararmos um?”

          “Esqueçam!”, eu disse. Estava até aqui deles.

          A minha esposa disse: “Isto não é possível! Estou com vontade de pagar uns rapazes para que os joguem no monte de lixo! Então, se alguém quiser, que os pegue de lá.”

          E foi isto que fizemos. Arrancamos todos os pés de abacaxi e os jogamos fora. Foi uma trabalheira! Eram pés bonitos e vistosos. Depois eu comprei novas plantas. E disse a eles: “Prestem bem atenção. Eu vou pagá-los pelo serviço. Mas eu e minha família vamos comê-los, vocês não comerão nenhum.”

          “O senhor não pode fazer isto”, eles responderam. “Se nós os plantarmos, nós os comeremos.”

          “Vejam”, eu tentei explicar – “eu não tenho tempo para cuidar da plantação. Eu tenho muitas coisas para fazer. Vocês são tantos, e eu sou só um. Vocês vieram aqui para ajudar. Eu quero que vocês os plantem, mas eu vou comê-los.”

          “Eu vou pagar vocês pelo serviço”, continuei – “O que vocês querem? Eu lhes darei esta faca boa se vocês fizerem o serviço.”

          Eles começaram a cochichar: “Ele quer nos pagar aquela faca para poder comer dos nossos abacaxis.” E concordaram.

          Durante os próximos três anos eu ficava lembrando o rapaz que os tinha plantado:

          Quem vai comer estes abacaxis?

          O senhor – ele me respondia.

          Muito bem. Você ainda tem a faca?

          Sim – foi a resposta.

          Tome bem conta dela – eu lhe recomendava.

Se ele perdesse a faca eu teria dificuldades outra vez. O pagamento não existiria mais.

Finalmente, depois de mais três anos, os abacaxis começaram a amadurecer. Novamente minha esposa e eu andamos pela plantação. Eu exclamei: “Que bom! Daqui a pouco poderemos colher os nossos abacaxis. Mas vocês já estão imaginando o que aconteceu? Todos eles foram roubados! Eu vi os nativos passearem pela plantação durante o dia para ver quais os abacaxis que estavam amadurecendo, para não perderem tempo procurando-os à noite.

Comecei a pensar: “O que podemos fazer? Não podemos fechar a clínica. Pois então vamos fechar o armazém. Eles compravam fósforos, sal, anzóis e coisas assim. Antes eles não tinham estas coisas, por isso não iriam morrer sem elas. Comuniquei-lhes minha decisão: “Vou fechar o armazém. Vocês roubaram meus abacaxis.”

Fechamos o armazém. “Não há vantagem para nós ficarmos aqui com este homem. Podemos voltar para nossas casas na selva.” E se mudaram para selva.

E ali estava eu sentado, comendo abacaxis, mas não havia mais pessoas na aldeia. E eu não tinha mais ministério. Falei com minha esposa: “Podemos comer abacaxis nos Estados Unidos, quero dizer, se é só isso que temos para fazer.”

Um dos nativos passou por ali, e eu lhe disse que avisasse os outros que segunda-feira eu abriria novamente o armazém.

Pensei e pensei. Como vou fazer para comer estes abacaxis? Deve haver uma maneira. E então tive uma idéia. Um cão pastor! Arranjei o maior pastor alemão que consegui encontrar na ilha. E o soltei na plantação. Eles estavam com medo dele. Nunca tinham visto um cachorro tão grande. Eles todos tinham cachorros pequenos; nunca lhe davam comida, e todos tinham alguma doença. E agora este cão pastor alemão forte e saudável. Eles viram a comida que eu dava a ele, e eu tive de alimentá-lo sempre quando não tinha ninguém da aldeia por perto, porque eles teriam inveja da comida dele. Era melhor que qualquer coisa que eles comiam.

Mas o cachorro resolveu a questão. A maioria das pessoas não arriscavam mais se aproximar. Só que agora tínhamos o mesmo problema que quando fechamos o armazém. As pessoas não vinham mais. Eu não tinha ninguém a quem falar. Não consegui ninguém que me ajudasse a aprender a língua. “O que vou fazer?”, pensei.

O cachorro também não era a solução. Mas enquanto isso ele começou a namorar com a cachorrada da aldeia, e produziu um cão pastor mestiço, selvagem e esfomeado. O médico deles me mandou dizer: “Se alguém for mordido por este cachorro, eu não vou tratá-lo, mesmo se for um filho seu.” Ele estava usando contra mim as mesmas táticas que eu usava contra os nativos.
Falei à minha esposa: “Temos que nos livrar deste cachorro.” E foi o que fiz. Não foi fácil para mim. Depois que o cachorro não estava mais comigo, os nativos voltaram. E não havia mais abacaxis. Pensei de novo: “Meu DEUS, deve haver um jeito! O que posso fazer?”

Chegou o tempo da minha licença, e eu aproveitei para ir a um Curso Intensivo para jovens. Lá eu ouvi que devemos entregar tudo a DEUS. A Bíblia diz que se você der, você terá; se você quiser guardar para si, você vai zelar para que você tenha o suficiente.”

Este é um princípio básico. Pensei nisto: “Amigo, você não tem nada a perder. Vou dar este campo de abacaxis a DEUS porque não estou mesmo podendo comê-los.” Eu sabia que não é fácil fazer um sacrifício. Sacrificar significa entregar algo de que você gosta muito (4).

Mas eu decidi dar a plantação a DEUS, e ver o que ele faria. Pensei comigo mesmo: “Quero só ver como Ele vai conseguir fazer.”

Assim, eu saí para a plantação, à noite. Todo mundo tinha ido para casa. Eu não queria que alguém me visse ali orando.

“Senhor, o Senhor está vendo estes pés de abacaxis ?”, eu orei – “eu lutei muito para colher alguns. Discuti com eles. Exigi os meus direitos. Tudo isso foi errado, estou compreendendo isto agora. Reconheço o meu erro, e quero entregar tudo ao Senhor. De agora em diante, se o Senhor quiser me deixar comer algum abacaxi, tudo bem. Pode dá-los a nós. Se não quiser, tudo bem também. Não tem problema.”

Assim eu dei os abacaxis a DEUS, e os nativos continuaram roubando-os, como de costume. Pensei com meus botões: “Viu ? DEUS também não pode controlá-los.”

Então, um dia, eles vieram falar comigo: “Tu-uan, o senhor é cristão, não é verdade ?” Eu estava pronto para dizer: “Escute aqui, eu sou cristão já há quase vinte anos !”, mas em vez disto eu perguntei : “Por que vocês perguntam ?”.

“Porque o senhor não fica mais com raiva quando roubamos seus abacaxis”, eles responderam.

Isto me abriu os olhos. Eu finalmente estava vivendo o que estivera pregando a eles. Eu lhes tinha dito que amassem um ao outro, que fossem gentis com os outros, e sempre exigira os meus direitos, e eles sabiam disto.    

Finalmente alguém mais inteligente começara a pensar: “Por que o Senhor não fica mais com raiva?”.

“Eu dei a plantação adiante”, eu respondi – “ela não pertence mais a mim. Por isso vocês não estão mais roubando os abacaxis. E eu não tenho mais motivos para sentir raiva de vocês”.

Então eu disse: “Eu dei a plantação a DEUS.”

“A DEUS ?!”, eles disseram – “Ele não tem abacaxis onde Ele mora ?”

 “Eu não sei se ele tem ou não abacaxis onde ele mora”, eu respondi – “eu simplesmente lhe dei os abacaxis.”

  Eles voltaram para a aldeia e disseram a todo mundo: “Vocês sabem de quem estamos roubando os abacaxis ? Tu-uan, o senhor não deveria Ter feito isto. Por que o senhor não os pede de volta? Não é de admirar que não conseguimos pegar os porcos-do-mato quando vamos caçar. Não é de admirar que nossas esposas não têm nenês. Não é de admirar que os peixes não mordem a isca.

Eles combinaram entre si: “Se os abacaxis são de DEUS agora, não devemos mais roubá-los, não é?” Eles tinham medo de DEUS.

Os abacaxis novamente começaram a amadurecer. Os nativos vieram para me avisar: “Tu-uan, seus abacaxis estão maduros.”

 “Não são meus”, eu respondi – “eles pertencem a DEUS.”

“Mas eles vão apodrecer”, eles insistiram – “é melhor o senhor colhê-los.”

Então eu colhi alguns, e também deixei os nativos pegar alguns.

Quando me senti com minha família para comê-los, eu orei: “Senhor, estamos comendo seus abacaxis. Muito obrigado por nos dar alguns.”

Durante todos aqueles anos os nativos estiveram me observando e prestando atenção às minhas palavras. Eles viam que as duas coisas não combinavam. E quando eu comecei a mudar, eles também mudaram. Em pouco tempo muitos se tornaram cristãos.

O princípio de dar a DEUS estava funcionando realmente. Eu quase não creditei. Depois comecei a entregar outras coisas a DEUS.

Certo dia meu filho estava à morte, e não havia meios de levá-lo a um médico. De repente me lembrei de que eu nunca tinha entregue meu filho a DEUS! Então eu orei: “DEUS, eu lhe dou meu filho. O que o Senhor quiser fazer com ele, estará bem.”

Isto foi mais difícil do que entregar a plantação de abacaxis a DEUS ! Eu estava preparado para o caso de DEUS tirar meu filho. Mas durante aquela noite a febre cedeu, e meu filho ficou bom.

Os nativos começaram a me trazer coisas para arrumar. Eu orei: “DEUS, meu tempo é seu. Se o Senhor quiser que eu fique arrumando gaitas, panelas, e pás aqui na missão, tudo bem!”

Eu não estava conseguindo traduzir muito da Bíblia mas mais e mais pessoas estavam se convertendo.

Eles continuaram dizendo: “Tu-uan se tornou cristão. Ele nos diz para amarmos uns aos outros e agora ele está começando a nos amar.

Certo dia eu estava consertando uma cadeira quebrada. Um nativo me viu, e disse: “Deixe-me ajudar a segurar”.

Quando terminamos, eu lhe perguntei: “Muito bem, você não vai me pedir um pouco de sal ?“   

“Não, Tu-uan”, ele respondeu – “O senhor me ajudou a consertar minha pá, não se lembra ? Agora eu o ajudo a consertar sua cadeira.”

“Incrível”, eu pensei – “esta é a primeira vez que alguém faz alguma coisa para mim sem exigir pagamento.”

Então, certo dia, eu achei algo na Bíblia que nunca tinha notado antes.

“Quando entrardes na terra, e plantardes toda sorte de árvore de comer, ser-vos-á vedado o seu fruto: três anos vos será vedado; dele não se comerá. Porém no quarto ano todo o seu fruto será santo, será oferta de louvores ao Senhor. No quinto ano comereis fruto dela para que vos faça aumentar a sua produção: Eu sou o Senhor vosso DEUS”. (Lv 19.23-25)

Finalmente eu entendi. DEUS não queria que eu comesse daqueles abacaxis no primeiro ano em que ficaram maduros ! Ele queria que eu os dedicasse a Ele. Depois Ele queria que eu os desse aos nativos, para que pudessem ver as minhas boas obras e glorificar meu Pai que está nos céus. Se eu tivesse feito isto, os nativos teriam insistido para que eu comesse os abacaxis no quinto ano.

Todos esses problemas eu poderia Ter evitado!!!

 Alguns abacaxis: Saúde; Planos; Trabalho; Vontade; Dinheiro; Possessões; Namoro; Atividades; Amigos; Opiniões; Reputação; Música.


COMO ENTREGAR SEU CAMPO DE ABACAXIS A DEUS
  

1- PENSE NO QUE O FAZ FICAR COM RAIVA

 O missionário ficou com raiva dos nativos, porque comiam seus abacaxis. Talvez você fique com raiva de seus pais por não respeitarem suas opiniões, ou não aprovarem suas atividades, ou não aceitarem seu namoro. Talvez você fique com raiva de seus amigos, por dizerem coisas de você que não são verdades, ou por excluírem você de suas atividades. Talvez você até fique com raiva de DEUS, por ele Ter feito você com algum defeito físico ou tê-lo colocado em uma família que não se ama.

2-FAÇA UMA LISTA DOS SEUS DIREITOS QUE OUTROS ESTÃO VIOLANDO

Os nativos não estavam respeitando o direito do missionário de comer os seus abacaxis. Talvez seus pais não estejam respeitando seu direito de Ter sua própria opinião, planejar suas atividades, ou escolher seus amigos. Talvez seus amigos não estejam respeitando seu direito a uma boa reputação ou de participar das suas atividades. Talvez você até sinta que DEUS está lhe negando o direito à saúde e a uma família feliz.

3- TRANSFIRA SEUS DIREITOS A DEUS

Imagine-se de joelhos diante de DEUS, colocando todos os seus direitos no seu altar. Depois curve a sua cabeça e diga a DEUS que você está dando tudo a Ele. Que Ele pode fazer com isto o que quiser. Isto significa que você não tem mais nenhum direito sobre seus próprios planos, sua vontade, bens, amigos, opiniões, reputação, etc. Todos os seus direitos agora pertencem a DEUS.

4- TOME O PROPÓSITO DE AGRADECER A DEUS, ACONTEÇA O QUE ACONTECER

DEUS pode decidir que algum dos direitos que você cedeu a Ele pode ser muito prejudicial ao seu crescimento espiritual. Ele lhe tirará estes direitos, e você pode lhe agradecer por isto. Talvez Ele devolva algum direito. Por isto você também pode agradecer. E agora eles não serão mais direitos, mas privilégios que devem ser usados de acordo com o plano de DEUS.




5- DAQUI POR DIANTE, USE A RAIVA COMO SISTEMA DE ALARME DE DEUS

Quando damos todos os nossos direitos a DEUS, estamos evidenciando mansidão. Mansidão é entregar nossos direitos a DEUS. É o contrário de raiva. A raiva vem quando fazemos questão dos nossos direitos. Na verdade toda vez que ficamos com raiva isto significa que alguém descobriu um direito nosso que ainda não tínhamos entregue a DEUS. Por isso podemos usar a raiva como sistema de alarme, para nos ajudar a procurar nossos direitos e transferi-los a DEUS.

O DESÂNIMO

 

O desanimo bateu a sua porta?



Nem responda, faça de conta que você não estar em casa. Tenha certeza de que ele nunca lhe fará bem, sempre trará consequências desagradáveis para sua vida.

Deus, em toda a sua Palavra, exorta-nos a não desfalecer, não desistir, nem desanimar. Como Pai amoroso que é, não quer ver seus filhos derrotados, prostrados, vencidos: “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não fatigueis, desmaiando em vossas almas” (Hb.12.3).

O desânimo pode impedir as realizações dos homens, pode conduzir-nos à depressão, revolta, murmuração, abatimento, fracasso, ou levar-nos a desistir da luta quando estamos prestes a vencê-la; pode fazer-nos abandonar a corrida a poucos metros da linha de chegada.

O desânimo não é algo extraordinário no ser humano; É um reflexo de nossa finitude, da nossa fragilidade e transitoriedade. Deus ”conhece nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl. 103.14).

Se nos sentirmos desalentados, certamente não seremos os primeiros, Moisés, Elias, Jonas, Paulo e muitos outros homens determinados e consagrados tiveram fases de abatimento.

Deus não promete livrar-nos desses momentos, Ele sabe que podermos superá-los e tirar lições deles, mas compreende, com amor, o desânimo do nosso coração, todavia, não devemos nos entregar a tal sentimento, precisamos Ter muito cuidado para que isso não aconteça!

Os servos de Deus que se sentiram abatidos em determinado momento não se entregaram ao desânimo.

Os heróis que tropeçaram não ficaram caídos, mas reergueram-se, prosseguiram, perseveraram. A perseverança é uma qualidade indispensável a todos os que desejam ser vitoriosos na vida. O Senhor Jesus ensina que devemos perseverar nas lutas, no trabalho, nos relacionamentos, na oração. Não há vitória sem luta, assim como não há conquista sem persistência. Não podemos desistir.

 
Experimentar o desânimo é um direito. Superá-lo é um dever. Entregar-se a ele é um pecado.

Quando nos entregamos ao desânimo: derrotados, pessimistas, achamos tudo muito árduo, muito difícil; enxergamos problema em tudo, desprezamos todas as ofertas de ajuda.
O Senhor está ao nosso lado, Ele não remove os obstáculos do nosso caminho, mas promete-nos sua força e sua companhia para que os ultrapassemos; Ele nos oferece os recursos de que precisamos para seguir em frente, cumprir a missão e vencer os inimigos, mas ele também requer de nós disposição, coragem, fé e reconhecimento.

“Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo o quanto te ordenar; não desanimes diante deles, para que eu não te desanime diante deles” - Jr. 1.17 .

Se não valorizarmos o auxílio divino, nós o perderemos, precisamos orar sempre e nunca esmorecer; temos de desabafar, abrir o coração e pedir ajuda àquele que tem todo o poder e todo o amor para ajudar-nos:“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas orças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (I Co. 10.13).

Mesmo quando não vemos a saída, precisamos perseverar, quando oramos e não vemos sinal imediato de resposta, somos tentados a sentirmo-nos desencorajados, magoados, desesperançados; mas, devemos continuar orando, trabalhando e pedindo; Não podemos desistir da luta, pois a solução certamente virá.

Deus aprecia que o procuremos com nossos pedidos de justiça. É ele mesmo quem o declara! “Julga a minha causa contra o meu adversário”, foi o clamor da viúva.

E quanto a você? Tem inimigos também? Eles o estão afligindo? Quem são os seus adversários? O diabo, os perseguidores, a penúria, a doença? Ou será você mesmo?

Não importa; vá a Deus, persevere, ele lhe fará justiça! Busque-o, não desanime, recorra ao Senhor.



Somos os escolhidos de Deus, não é do interesse dele que desanimemos, mas que nos fortaleçamos, vençamos e, através da luta e da perseverança, amadureçamos.

Deus diz que nos atenderá antes de desfalecermos.

Entregar-nos ao desânimo e afundar na apatia é o mesmo que chamar o Senhor de mentiroso.

Na vida, a única forma de perdermos a batalha é deixar de lutar, nossos adversários sabem disso e lançam mão de todas as armas para nos fazer desistir, se, porém, tivermos fé na vitória, fé em nós mesmos e, principalmente, fé em Deus, não haverá montanha por maior que seja que não consigamos remover.

A falta de fé caracteriza tanto os dias de hoje e retrata tão bem os tempos do fim, que muitas pessoas se dão por vencidas quando poderiam, perfeitamente, vencer.

Vamos deixar aos pés do Salvador todo o desânimo.

DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO

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