terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O CARÁTER DE UM BOM CASAMENTO

 



O Caráter de um Bom Casamento


Diz-se com freqüência que um bom casamento é uma "amostra do céu". O companheirismo de que um homem e uma mulher podem gozar em relação ao casamento é uma bênção imensa dada por nosso Criador (Gênesis 2:18-24). Certamente, Deus destinou o casamento a ser benéfico e satisfatório para ambos, o esposo e a esposa. Infelizmente, muitos casais não descreveriam seus casamentos como "celestiais".

                    Estratégias Inaproveitáveis

                    O que podemos fazer para termos "bons casamentos"? Homens e mulheres têm tentado várias estratégias para assegurar casamentos bem sucedidos. Muitos têm raciocinado que o modo de ter um bom casamento é casar-se com a pessoa de melhor aparência possível. Conquanto não seja pecado ser fisicamente atraente, a aparência pessoal não é garantia de que uma pessoa será uma boa companheira. O homem extremamente elegante ou a mulher impressionantemente bela com freqüência não dão bons esposos! Outros têm concluído que um casamento espetacular e uma lua-de-mel dispendiosa são o ponto de partida de um bom casamento. 

Contudo, estas são coisas que não duram muito tempo e quando a grandiosidade da cerimônia e a emoção da lua-de-mel passam, é comum que o esposo e a esposa descubram que sua relação não é realmente muito boa. Ainda outros têm seguido a estratégia de acumular bens antes de casar ou, em alguns casos, de procurar uma pessoa rica com quem casar! Tal segurança financeira constituirá, pensam eles, o alicerce de um bom casamento. Algumas vezes parceiros em tal relação assentada sobre a riqueza material pagarão quase tudo para escapar do casamento. O resultado de tais preparativos financeiros é que há mais bens a serem divididos quando o casal se divorcia.

                    Deverá ser notado que não há nada inerentemente pecaminoso em ser fisicamente atraente, ter um grande casamento e uma lua-de-mel agradabilíssima ou mesmo economizar dinheiro antes do casamento com a esperança de um padrão de vida mais alto. Cada uma destas coisas pode ser uma bênção para um casamento. Nenhuma destas coisas, contudo, resulta necessariamente em um bom casamento. Se desejamos relações satisfatórias, precisamos abandonar as soluções e valores de sabedoria humana e consultar o manual de casamento escrito por Aquele que criou o casamento no princípio. Na Bíblia podemos encontrar toda a informação que precisamos para construir casamentos bem sucedidos.
 
                    Instruções Divinas

                    As Escrituras ensinam que o casamento é destinado a durar até que um dos cônjuges morra (Romanos 7:1-3; Marcos 10:9). Se cada parceiro mantiver esta convicção, o casamento terá uma possibilidade maior de dar certo. Quando aparecem problemas (e sempre aparecem!), tanto o esposo como a esposa empenham-se em resolvê-los em vez de procurar escapar facilmente através do divórcio.
 
Quando Paulo escreveu sobre as responsabilidades dos cônjuges, ele observou que as esposas deveriam ser submissas a seus esposos (Efésios 5:22-24). Ele ordenou ainda mais que os esposos deveriam amar suas esposas (Efésios 5:25-29). Este amor (na língua grega, "agape") não é de puro sentimento ou mesmo a expressão de palavras vazias, mas é antes o resultado de uma escolha moral e expressa-se em ação. Elcana, pai do profeta Samuel do Velho Testamento, evidentemente amava profundamente sua esposa Ana (1 Samuel 1:1-8). Ele expressou seu amor por ela através de sua generosidade. Além do mais, este tipo de amor busca o bem estar de outros independente do tratamento com que eles retribuem. O apóstolo Paulo descreveu o caráter deste amor em 1 Coríntios 13:4-7. As responsabilidades de amor e submissão incluem outras específicas.

                    Por exemplo, para amar sua esposa, o esposo tem que se comunicar com ela. Para procurar o melhor bem estar da esposa, ele precisa entender as necessidades e desejos dela. Mais uma vez, observando o exemplo de Elcana e Ana, quando ela estava triste por causa de sua esterilidade e da provocação de sua rival, Elcana procurou descobrir a causa de sua angústia (1 Samuel 1:4-5, 8). 


Se o esposo comunica a razão para suas decisões, torna-se muito mais fácil para a esposa submeter-se. Sem comunicação adequada entre cônjuges, é extremamente difícil, talvez impossível, ter-se um bom casamento. Comunicação franca entre esposo e esposa permite a cada um entender melhor o outro, evitando muitos desentendimentos. A participação nas opiniões, sonhos e temores através da comunicação permite uma intimidade que ajuda a unir o casal.
 

Honestidade
 
                    Todos os bons casamentos exigem honestidade e discrição de ambos. Tanto esposo como esposa deverão empenhar-se em sempre falar a verdade um ao outro (Efésios 4:25; Colossenses 3:9). Bons casamentos dependem da confiança e uma mentira descoberta destrói essa confiança. A esposa que descobre que seu esposo mentiu para ela em um assunto imaginará que ele no futuro estará mentindo também sobre outros assuntos . . . mesmo que ele esteja falando a verdade. Infelizmente, aqueles que praticam o engano com freqüência acreditam arrogantemente que são muito inteligentes para "serem apanhados". O mentiroso pode freqüentemente cobrir seu engano por algum tempo, mas as mentiras costumam ser descobertas. A esposa que esconde informação de seu esposo está também praticando o engano, uma forma de desonestidade. A suspeita que resulta quando o engano é descoberto ameaça a bela intimidade possível num casamento.
 
                    Discrição

                   Quando duas pessoas vivem juntas ainda que por curto período de tempo, elas podem aprender algumas coisas nada lisonjeiras sobre um e outro. Num bom casamento, o esposo não falará destas faltas de sua esposa com outros. Ele protegerá a reputação dela à vista dos outros, enquanto trabalhará para ajudá-la a melhorar nessas áreas. De modo semelhante, a esposa não discutirá as fraquezas de seu esposo com outras pessoas. A prática de tal discrição encorajará maior intimidade na comunicação dentro do casamento. Cada parceiro sentir-se-á bem partilhando com o outro os pensamentos mais particulares porque ele ou ela sabe que estes pensamentos não serão revelados a outros. 

                   Fidelidade Sexual

                    Poucas coisas destroem um casamento mais depressa do que a infidelidade sexual. Num bom casamento, cada parceiro tem não somente de se abster de atos abertos de impureza sexual, mas não deve dar ao outro causa para suspeita. O esposo precisa evitar que seus olhos se fixem na direção de outras mulheres e a esposa tem que ser cuidadosa para que seu comportamento a respeito de outros homens seja puro (Mateus 5:27-28).
 
                    Respeito
 
                   O resumo feito por Paulo das responsabilidades do esposo e da esposa em Efésios 5:33 revela que a submissão da esposa envolve respeito ao seu esposo. Do mesmo modo, o esposo não deverá tratar sua esposa como inferior a ele porque ela voluntariamente aceitou uma posição de submissão (1 Pedro 3:7). Em vez disso, ele deverá tratá-la com dignidade e consideração. Ele não deve diminuí-la nem tratá-la com aspereza ou amargura simplesmente porque Deus lhe deu autoridade na família (Colossenses 3:19).
 
                    Altruísmo

                    O egoísmo está na base de um número incrível de dificuldades matrimoniais. É extremamente difícil viver com alguém que sempre pensa só em si mesmo. Cuidar de uma criança é trabalho duro porque ela não tem consideração com as necessidades e desejos dos outros. Suas necessidades precisam ser satisfeitas imediatamente ou ela fará com que seus pais saibam de sua infelicidade por meio de gritos estridentes! Como adultos, já deveremos ter ultrapassado tal egoísmo, mas infelizmente alguns esposos agem bem dessa mesma maneira. Se as coisas não são feitas como lhes serve, eles ficam trombudos ou têm ataques de cólera, muito parecidos com os das crianças que não sabem de nada melhor. A mulher virtuosa de Provérbios 31 sacrificava-se, trabalhando para prover a sua casa (Provérbios 31:10-31). Cada cônjuge [amadurecido] deverá estar querendo pôr as necessidades e desejos do outro antes do seu próprio, se necessário (Filipenses 2:4; 1 Coríntios 13:5), e os que são infantis não deveriam casar-se!
 
                    Paciência

                   A paciência é o lubrificante que evita que o casamento se aqueça demais quando os problemas provocam atrito entre os parceiros. Uma falta de paciência, no mais das vezes, resulta em decisões insensatas ou irritação. Tiago deu bom conselho quando escreveu "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20). A paciência é aquela qualidade que permite a uma pessoa suportar com calma serenidade uma situação que não é ideal ou desejável (longanimidade; Gálatas 5:22; Efésios 4:2; Colossenses 3:12). A impaciência é quase sempre uma forma de egoísmo na qual nos tornamos furiosos porque as coisas não estão acontecendo do modo que queremos que aconteçam. Haverá muitas ocasiões durante um casamento nas quais as coisas não serão ideais!

                    Humildade

                    Algumas pessoas não querem admitir nenhuma falha. É inevitável que um cônjuge peque contra o outro. A humildade é a qualidade que permite-nos reconhecer nossa própria falibilidade, admitir nossas faltas e pedir perdão àqueles que tivermos maltratado. A pressuposição de que sempre sabemos o que é melhor ou que nunca cometemos nenhum erro é uma forma de arrogância. Tal arrogância é oposta ao amor (1 Coríntios 13:4). Num bom casamento, ambos os parceiros servirão um ao outro fazendo muitos pequenos favores. A arrogância não permite a "atitude servil" (João 13:1-15). A humildade também ajuda a perdoar os outros que pecam contra nós, porque nos lembra que nós mesmos somos falíveis e freqüentemente necessitamos ser perdoados (Efésios 4:31-32; Colossenses 3:13). No decorrer de um casamento, haverá muitas oportunidades para perdoar seu cônjuge! Ofensas não perdoadas tendem a ser como feridas não curadas, inflamadas; elas afetam severamente a saúde da relação.
 
                   Quando alguém está procurando um bom companheiro ou simplesmente tentando melhorar uma relação conjugal existente, estes princípios ajudarão a assegurar um casamento bem sucedido. De fato, muitos desses traços característicos que promovem um casamento bem sucedido podem ser aplicados praticamente em qualquer relação humana para torná-la melhor!

 

 

A REALIDADE DO SER HUMANO

 



A Realidade do Ser Humano

SALMOS 39

É difícil ler este Salmo sem pensar no livro de Jó. Em poucas palavras, o salmista consegue narrar todo o drama vivido, a exemplo do que vivera Jó. Com estas poucas palavras introdutórias, estamos fazendo um paralelo entre o sofrimento de Jó e o questionamento do salmista.

Normalmente lemos o livro de Salmos na perspectiva de louvor. É comum iniciar os cultos com a leitura de um Salmos. Entendemos, no entanto, que os Salmos retratam as ansiedades, perguntas, revoltas do povo que sofre por ser fiel a Deus. Os questionamentos, choros, alegrias, dúvidas registrado nos Salmos são os mesmos que fazemos no mais fundo do nosso coração e alma; muitos de nossos questionamentos somente Deus sabe, não atrevemos expressa-las para ninguém mais. Até diante de Deus temos medo de expô-las claramente em oração.

O salmo 39, demonstra uma grande agonia do salmista diante de um fato descrito claramente em outros salmos: "porque eu sendo fiel passo por lutas, dificuldades e sofrimentos e os que não temem a Deus vivem melhor do que eu?" (Salmos 37, 73).

O escrito deste salmo se tranca, não quer falar. Ele não quer expor o seu drama diante dos ímpios (v. 1). Não é uma boa política achar que Deus tem que castigar o ímpio. O pior é reclamar isso para Deus em voz alta na presença de um ímpio. Esse silêncio, essa luta interior, trouxe conseqüências graves para ele. Veja as expressões usadas:

1. As expressões de silêncio forçado. "...porei mordaça à minha boca..."; "Emudeci em silêncio.."
2. O trauma ocorrido pelo silêncio forçado: "...a minha dor se agravou."; "Esbraseou-se-me no peito o coração"; "...ateou-se o fogo."

O problema do Salmista é difícil precisar. O paralelo com o livro de Jó é interessante. O versículo 10 nos dá uma pista: "Tira de sobre mim o teu flagelo...". Muitos entendem que ele esta enfrentando uma grande enfermidade na área física ou psíquica.

Nesta angústia intensa, registrado nos versículo 1 a 3, levou o salmista refletir sobre o ser humano. Cremos que ele olha para si e, fazendo assim, tem uma visão clara de todo o ser humano. Todo o ser humano é igual. É de natureza pecaminosa. Todo o ser humano é egoísta, interesseiro, cheio de justiça própria. O filme: "O advogado do diabo", retrata com clareza esta realidade.

O que o Salmista retrata sobre o ser humano?

1. Sua fragilidade v.4. Emocional, física. Olhamos para alguém. Hoje estamos cheio de saúde. Amanhã, estamos definhando numa cama. Hoje, somos alegres. Amanhã, estamos tomando remédio para dormir e antidepressivo.
2. Sua vaidade v.5 e 11. Por vaidade entende-se algo sem sentido, oco, vazio. Nos valorizamos pelo que temos. São os nossos títulos que interessa. Queremos a atenção. Queremos a fama. Queremos a proeminência. Etc... É interessante a afirmação contida no versículo 5: "...Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade."
3. Sua brevidade v. 6. Bem explicada no Salmos 90 e outros textos Bíblicos. "O homem passa como uma sombra.". Os tesouros que ele amontoa outros irão desfrutar. Jesus nos deu a grande dica em Mt. 6.19-21. Observe a expressão: "em vão se inquieta"

Diante dessa trágica e dura realidade, que caminho tomar? O que fazer?
Há três opções:

1. O caminho do ateu. Não dá para crer na existência de Deus.
2. O caminho do "jogar tudo para o alto". Comamos e bebamos porque amanhã morreremos. Vamos divertir. Vamos trancar Deus num quartinho. Deus existe, mas não vale a pena. Muitos chamados cristãos tem tomado este caminho.
3. O caminho do Salmista, crente e fiel a Deus. O caminho de Jó. O caminho de quem entendeu, pelo Espírito Santo, o sacrifício de Cristo. Como é esse caminho?

a) Santidade = vida cristã legítima vv.11-12
b) Esperança v.7
c) Oração. V. 12 Cair aos pés do nosso Deus, gritar diante dele. Chorar na presença de Deus. Aqueles que tomam os dois primeiros caminhos, normalmente caem aos pés da bebida, da promiscuidade, da avareza, etc..
d) Visualizar nossa eternidade v. 13. Somos peregrinos.

Conclusão: O salmo 39 é para levar você a afirmar: "Apesar dos pesares, o melhor negócio é ser cristão!"
 
 
 

 

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O JEJUM BÍBLICO



O JEJUM BÍBLICO

Jejum é abstinência de alimento durante algum tempo.
Há diferença entre:
JEJUM RITUAL: praticado regularmente, com objetivos ritualísticos, característica da lei e prática judaica e de outras religiões: Lv 16.29-31.
JEJUM ESPONTÂNEO: sempre acompanhado de orações, tendo somente objetivos especiais. É sempre secreto: Mt 6.18. Na Bíblia, o jejum espontâneo tem os seguintes objetivos:
1) honrar a Deus: Is 58.3-7, Mt 6.18
2) humilhar-se perante os juízos divinos: Sl 35.13, 2 Sm 12.16, Ne 9.1-3, Jl 2.12
3) como período de preparação para as batalhas espirituais: Mt 4.1-3, 17.21.
CARACTERÍSTICAS DO JEJUM BÍBLICO ESPONTÂNEO:
1) Quebrantamento: Sl 69.10, Ne 9.1
2) Reservado e secreto: Mt 6.18
3) Com um (ou mais) dos 3 objetivos: honrar a Deus, humilhar-se e preparar-se
4) Sempre acompanhado de orações: Sl 35.13, At 13.3
QUAL O PERÍODO DO JEJUM ?
Indeterminado, podendo ser por um pequeno período. O que importa não é sua extensão, mas suas características bíblicas. Exemplo: Dn 9.3-19.
PORQUE O JEJUM É SECRETO ?
Para evitar qualquer orgulho e hipocrisia. O fariseu deu mau exemplo, ao declara em público seu jejum: Lc 18.9-14.
PODE-SE BEBER DURANTE O JEJUM ?
É necessário, para evitar desidratação. A maioria dos jejuns bíblicos era somente de alimento. O jejum de Jesus no deserto foi somente de alimento: Mt 4.2 (“teve fome”, não se menciona a sede).
O JEJUM É SÓ DE ALIMENTO ?
Não. Recomenda-se abster-se de televisão, relações conjugais e outras distrações. É preferível um pequeno período de jejum completo do que um grande período cheio de “atividades”, sem alimentação.
TODO CRISTÃO DEVE FAZER JEJUM ?
Não. Somente aqueles que tiverem condições físicas para isto. Jejuar não é obrigação, mas um recurso espiritual. Observe que Jesus não jejuava sempre:

Mt 9.14-15, Lc 5.33-35.

domingo, 8 de novembro de 2020

O AMOR E O TEMPO

 

 

AMOR E TEMPO

Houve um tempo em que numa ilha muito pequena, confundida com o paraíso de tão linda, habitavam os sentimentos, como habitamos agora a Terra.

Nesta ilha viviam em harmonia o Amor, a Tristeza, a Sabedoria, a Vaidade, a Alegria, a Riqueza e todos os outros sentimentos.

Um dia, num desses em que a natureza parece revoltar-se, o Amor acordou apavorado porque percebeu que sua ilha estava sendo inundada. Mas esqueceu-se logo do medo que sentia e foi cuidar de outros sentimentos em situações geográficas muito piores que a sua, afinal eles corriam riscos. O Amor ajudou vários a se salvarem. Cada sentimento ia pegando seu próprio barco e fugiam todos para parte mais alta da ilha de onde avistavam todos os outros sentimentos a caminho sem correrem nenhum perigo com a inundação. Só o Amor não se apressou. O Amor nunca se apressa. Ele queria ficar um pouquinho mais em sua ilha, tentou salvar pequenas e significativas lembranças de amor verdadeiro.

Mas quando já estava quase se afogando o Amor lembrou-se que ele não podia deixar-se morrer. Então saiu correndo em direção dos barcos gritando socorro. Ainda poderia ter sido salvo por alguns deles, mas a Riqueza ouvindo seu grito, tratou logo de responder que não poderia levá-lo, pois com todo o ouro e a prata que carregava não podia arriscar afundar seu barco. Passou então a Vaidade que também disse que não poderia levá-lo uma vez que ele, o Amor, se sujara por demais ajudando aos outros e ela não suportava sujeira! Logo atras da Vaidade vinha a Tristeza que sentia-se tão profunda que não queria a companhia de ninguém, mal se apercebeu do Amor. Passou também a Alegria, mas esta tão alegre estava, não ouviu o pranto do Amor. Sem esperanças o Amor sentou-se na última pedra que ainda se via sobre a superfície da água e começou a minguar.

Seu pranto triste chamou atenção de mundos outros... Um velhinho apareceu num barco. Aproximou-se e apanhou o Amor nos seus braços. Levou-o para a alta Montanha, para perto dos outros sentimentos.

Recuperando-se o Amor perguntou a Sabedoria quem era o velhinho que o ajudara. Sabedoria respondeu que tinha sido o Tempo. O Amor questionou:- Porque só o Tempo pode trazer-me até aqui? A Sabedoria então respondeu:

Porque só o Tempo tem a capacidade de ajudar o Amor a chegar aos lugares mais difíceis e a compreender os sentimentos, só o Tempo!

(Adaptação Kathy Amorim Marcondes)

APRENDENDO A ESCUTAR A DEUS

 

Aprendendo A Escutar A Deus

Escutar a Deus é uma experiência de primeira mão. Quando ele pede sua atenção, Deus não quer que você envie um substituto; ele quer você. Ele o convida a tirar férias no esplendor dele. Ele o convida a sentir o toque da mão dele. Ele o convida a festejar à mesa dele. Ele quer passar tempo com você. E com um pouco de treinamento, seu tempo com Deus pode ser o ponto alto do seu dia.

Equipados com as ferramentas certas, nós podemos aprender a escutar a Deus. Quais são essas ferramentas? Aqui estão as que eu achei úteis.

Uma hora do dia e um lugar constantes
Escolha um horário na sua agenda e um canto de seu mundo, e reserve-os para Deus. Para alguns pode ser melhor fazer isto pela manhã. “já de manhã a minha oração chega à tua presença” (Sl. 88:13 NVI). Outros preferem à noite e concordam com a oração de Davi, “Suba à tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina.” (Sl. 141:2 ARA). Outros preferem muitos encontros durante o dia. Aparentemente o autor de Salmo 55 sentia isto. Ele escreveu, “À tarde, pela manhã e ao meio-dia choro angustiado, e ele ouve a minha voz.” (v. 17 NVI)

Alguns sentam debaixo de uma árvore, outros na cozinha. Talvez sua viagem ao trabalho ou sua hora de almoço seriam apropriados. Busque um tempo e lugar que pareçam certos para você.

Quanto tempo você deve separar? O quanto você precisar. Dê mais valor à qualidade do que à quantidade de tempo. Seu tempo com Deus deve durar o suficiente para você dizer o que você quer e para Deus dizer o que ele quer. Isso nos leva a uma segunda ferramenta que você precisa - uma Bíblia aberta.

Uma Bíblia aberta
Deus fala conosco pela Palavra dele. O primeiro passo para ler a Bíblia é pedir a Deus para ele lhe ajudar a entender a Palavra. “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.” (João 14:26 NVI).

Antes de ler a Bíblia, ore. Não vá para a Escritura procurando suas próprias idéias; vá procurar as de Deus. Leia a Bíblia em oração. Também, leia a Bíblia com cuidado. Jesus nos falou, "Procure, e você achará" (Mat. 7:7). Deus recomenda aqueles que meditam na Palavra “dia e noite” (Sl. 1:2). A Bíblia não é um jornal a ser lido superficialmente, mas uma mina onde procuramos seu tesouro. “se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o Senhor e achará o conhecimento de Deus.” (Prov. 2:4-5 NVI).

Eis um ponto prático. Estude a Bíblia um pouco de cada vez. Deus parece enviar mensagens como ele fez com o maná: numa porção suficiente para cada dia. Ele provê “preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali.” (Isa. 28:10 ARA). Escolha profundidade ao invés de quantidade. Leia até que um versículo lhe “toque”, então pare e medite nisto. Copie o versículo numa folha de papel, ou escreva em seu diário, e reflita nele várias vezes.

Na manhã em que eu escrevi isto, por exemplo, meu tempo em meditação foi em Mateus 18. Eu li apenas quatro versículos quando vi, “quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” Eu não precisei ir adiante. Eu copiei as palavras em meu diário e as ponderei de tempo em tempo durante o dia. Várias vezes eu perguntei a Deus, “Como eu posso ser mais como uma criança?” Até o final do dia, me lembrei de minha tendência de me apressar, e de ficar preocupado.

Eu aprenderei o que Deus pretende que eu aprenda? Se eu escutar, sim!

Não fique desanimado se sua leitura render uma colheita pequena. Há dias em que uma porção menor é tudo que nós precisamos. Uma menina novinha voltou do primeiro dia na escola. A mãe dela perguntou, “Você aprendeu alguma coisa?” “Acho que não”, a menina respondeu. “Eu tenho que voltar amanhã e no dia seguinte, e no dia seguinte ...”

Tal é o caso com a aprendizagem. E tal é o caso com o estudo da Bíblia. O entender vem aos poucos, durante uma vida toda.

Um coração atento


Há uma terceira ferramenta para ter um tempo produtivo com Deus. Nós precisamos não só de um tempo constante e uma Bíblia aberta, nós também precisamos de um coração atento. Não esqueça da advertência de Tiago: “O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas. Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer.” (Tiago 1:25 NTLH).

Nós sabemos que estamos escutando a Deus quando aquilo que nós lemos na Bíblia for o que outros vêem em nossas vidas.

Paulo chamou seus leitores a porem em prática o que eles tinham aprendido dele. “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.” (Filipenses 4:9 ARA).

Eu quero encorajar você a fazer o mesmo. Passe tempo escutando a Deus até que você receba sua lição para o dia – e então, pratique-a.

Copyright © 2004 Max Lucado. Todos os direitos reservados.
Texto traduzido por Dennis Downing e usado com permissão do autor.


A MARTELADA

 

A MARTELADA

 

Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou.

Imediatamente o comandante, mandou chamar o técnico do porto mais próximo.

Ele trabalhou durante uma semana, porém sem resultados concretos.

Chamaram então o melhor engenheiro do país. O engenheiro trabalhou três

dias inteiros, sem descanso, mas nada conseguiu. O navio continuava

enguiçado.

A empresa proprietária do navio mandou então buscar o maior engenheiro

especialista do mundo naquele tipo de motor. Ele chegou olhou detidamente

a casa de máquinas, escutou o barulho, observou a tubulação e, abrindo a

sua valise, retirou um pequeno martelo e deu uma Martelada numa válvula

solenóide, apertou uma outra válvula vermelha que estava solta e guardou o

martelo de volta na valise. Mandou ligar o motor, e este funcionou na

primeira tentativa.

Dias depois chegaram às contas ao escritório da empresa de navegação.

Por uma semana de trabalho o técnico cobrou U$ 700,00.

O primeiro engenheiro cobrou por três dias de trabalho o valor de

U$900,00.

Já o segundo engenheiro especialista, por sua vez, cobrou U$ 10.000,0 pelo

serviço.

Atônito com a última conta, o Diretor Financeiro da empresa enviou um Fax

ao especialista, perguntando "Como você chegou a esse valor de U$ 10 MIL

por cerca de 1 minuto de trabalho e uma única Martelada.?"

O especialista então enviou os seguintes detalhes do cálculo à empresa:

a.. Por dar 01 Martelada.......... U$ 1,0

b.. Por Saber onde dar a Martelada U$ 9.999,0

Total............................. U$ 10.000,0.

 

 

MORAL DA HISTÓRIA :

 

"O que vale no Universo não é dar a Martelada, e sim saber onde bater o

martelo. A Martelada em si você pode até delegar para outro."

E é por (querer) ignorar isto que muitos subestimam certos tipos de

trabalho, que são trivialmente avaliados pelo tempo de duração.

"No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas. Dinheiro e

Experiência.

Agarre a Experiência primeiro, e o Dinheiro virá depois."

 

Elisangela Freitas

 

LIBERDADE

 

LIBERDADE

Israel não foi chamado apenas para fora do cativeiro, mas à gloriosa liberdade de Deus e a uma nova terra de promessa de prosperidade e benção. De igual forma, nós não fomos chamados apenas fora desse mundo, ou do mal dessa era, mas fomos chamados para o Reino de Deus. É, também, um lugar de benção e prosperidade sem precedentes. Contudo, temos fundamentalmente que manter em mente que o Reino do Senhor “não é desse mundo” (veja João 18:36). É um reino que transcende muito além dessa realidade. Seu Reino tem domínio sobre a realidade desse mundo, e em cada ponto que esse Reino tocar trará transbordar e benção além de nossas medidas.

Por exemplo, quando o Rei tocou a necessidade de vinho no casamento em Cana, Ele fez muito mais vinho para aquele casamento! (veja João 2:1-11) Quando o Rei toca a necessidade por comida dos cinco mil que O seguiam, houve comida a sobrar (veja Mateus 14:20). Sempre que o Reino dos Céus toca a terra, há um transbordar. Por isso que nossa busca deveria sempre ser buscar primeiro Reino e Sua justiça, sabendo que através do Seu Reino tudo mais será cuidado, com abundância.

Essa é a promessa que o Senhor dá àqueles que são fiéis no dizimar, como lemos em Malaquias 3:10:

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.

O mesmo é afirmado no Novo Testamento em II Coríntios 9:6-8:

Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará,

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.

E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra;

Primeiro, nos foi dito que o Senhor é capaz de fazer “toda a graça” abundar àqueles que forem fiéis nisso. Como seria “toda a graça” abundando na vida de uma pessoa? O apóstolo segue e nos diz como seria: “tendo sempre, em tudo, toda a suficiência.” Então ele avança e adiciona para que “abundeis em toda boa obra.”

Ora ponderemos por um minuto. O que faríamos se tivéssemos “abundância em toda boa obra”?

Temos que manter em mente que essa graça não é para nós mesmos, mas a boa obra. Nós, também, temos a promessa de ter “em tudo, toda suficiência”, mas tal como a vida é o resultado de generosa semeadura de sementes. É uma vida condicional que requer que busquemos primeiro o Reino em tudo. Quando fizermos isso nossos motivos serão purificados, e seremos maduros o suficiente para sermos confiados com tamanha graça. Ainda assim, quando o céu toca podemos esperar por muito!

Todos que falam assim ficam marcados como pregadores do “evangelho da prosperidade”. Confesso que fico de igual forma alarmado pela forma que costuma ser apresentado promovendo, na realidade, egoísmo e ambição egoísta. Contudo, não há duvida que o evangelho de Jesus Cristo inclua prosperidade abundante que é além do que a maioria dos “pregadores da prosperidade” compreende. Assim como Pedro disse concernente aos ensinos de Paulo, o imaturo e inconstante distorcerão tais coisas, assim como ao resto das Escrituras (veja II Pedro 3:14-16). Entretanto, não podemos permitir que esses levem tais coisas ao extremo, ou usem erroneamente esses ensinos, nos levando a reagir e cair na vala no outro lado.

Mas mantenhamos em mente que isso não é para vivermos em luxuria, mas termos abundância do fruto do Reino de Deus. Não é apenas sobre tesouro na terra – é muito mais que isso! Aqueles que compreenderem as “verdadeiras riquezas” (Lucas 16:11) não se preocuparão com as riquezas terrenas. Nós somente queremos lidar com elas corretamente para que sejamos confiados às verdadeiras.

Como um amigo disse. “Um momento de favor de Deus vale toda uma vida de esforço”. Se realmente entendermos a graça de Deus, isso seria a devoção guia de nossa lida. Pode parecer arrogante, mas essa é minha oração e devoção, andar em “toda graça” para que isso abunde e toque a todos com quem eu venha ter contato.

Eu também oro essa oração por minha família, equipe, e todos que a quem me foi dado responsabilidade espiritual e nossas congregações. Oro por nossos parceiros ministeriais, o Time Estratégico MorningStar (MST), assim como para todos em nossa Comunidade de Igrejas e Comunidade de Ministros. Também tento orar diariamente por aqueles que estão conectados a nós de qualquer forma, tal como os que recebem nosso Jornal Morning Star, Mensagem do Mês etc, e aqueles de vocês que lêem essa Palavra da Semana. Tenho a esperança de ver toda pessoa que nosso ministério toca andando em tudo que eles foram chamados para andar. Se nós fizermos isso teremos a atenção de toda terra.

Eu quero, sem desculpa, cuidar bem de minha família. É um desejo íntegro, e um reflexo de como o Senhor quer cuidar de Seus filhos. Quero estar certo de que cada um de meus filhos está bem preparado e bem estabelecido para seu propósito nessa terra. Quero ver que minha esposa está sempre bem cuidada. No entanto, após ter provido para aqueles que foram confiados a mim, tenho a visão de pessoalmente morrer sem nada. Quando meus filhos estiverem crescidos e estabelecidos com suas próprias famílias, quero sistematicamente simplificar minha vida, e fazer todas as coisas e dar tudo que tenho para o bem do evangelho. Quando meus últimos dias vierem, gostaria de ter um balanço zero na minha conta corrente e sem posses, pois tudo foi dado pelo bem do evangelho.

Um dos grandes filmes de nosso tempo é A Lista de Schindler, que termina com uma das mais constrangedoras cenas de qualquer filme. Schindler cheio de remorso de como ele poderia ter vendido seu broche de ouro ou seu carro e ter salvado mais algumas vidas. Eu não quero chegar ao fim da minha e ter esse remorso. Estamos todos aqui para fazer o que Schindler fez, não apenas salvando vidas para o hoje, mas para eternidade!

Uma das coisas mais maravilhosas que encontrei esse ano é como o governo americano aprovou leis que assistem pessoas querendo fazer isso enquanto elas estão vivas através do que chamamos de “Legado de Presente”[1]. Isso não foi feito especificamente para o evangelho, mas para permitir que pessoas deixem ajudas para caridade sem ter pagar taxas, exceto igrejas e ministérios. Coisas como essa me ser mais grato por nosso governo. Sei que não é o reino de Deus, e está longe da perfeição, mas sou muito grato pelo quanto bom é e por programas como esse.

O que isso tem haver com andar no fruto do Espírito? Bom gerenciamento do que nos foi confiado é um fundamento para andar no Espírito e preparo para a vinda do Reino de Deus. A maior parte dos próprios ensinos do Senhor enquanto Ele andou na terra foram sobre mordomia. Aqueles que Ele chamou de “servo bom e fiel” foram os que usaram os talentos que Ele deu a eles sabiamente, tendo um bom retorno para eles. O que Ele chamou de “servo mau e preguiçoso” foi o que enterrou o talento que confiado a ele (veja Mateus 25:14-30). É claro que isso fala sobre nossos dons espirituais, mas literalmente um “alento” era a medida de dinheiro naquele tempo.

Como o Senhor disse em Lucas 16:11: “Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (NVI) Ele quer que sejamos sábios gerentes de tudo que Ele confiou a nós para que sejamos confiados às “verdadeiras riquezas” que são as riquezas de Seu reino. Não há nenhuma falta no céu. Quando o céu toca a terra, há superabundância. Não há doença no céu. Quando o céu toca a terra, o doente é curado. Nossa tarefa é proclamar o evangelho do reino e demonstrá-lo Sua autoridade na Terra.

Não devemos ter medo da abundância ou prosperidade, mas consideremos isso com uma responsabilidade ainda maior. Não nos foi dado para consumir com nós mesmos, mas para investir! Pense nisso. Quanto mais mal seria o escravo que recebeu dez talentos se ele tivesse enterrado todos eles? Quanto mais recebemos, mais fomos confiados, mas também mais somos responsáveis por. Sejamos fiéis com aquilo que nos dado de forma que nos possa ser dado mais, até que nossas vidas transbordem com a bondade do reino “para toda boa obra”.


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