terça-feira, 9 de junho de 2020

CAINDO SOB O PODER DO ESPÍRITO SANTO


Cair Sob o Poder do Espírito Santo


Por que achar que o Espírito Santo só opera de um jeito?

Nota introdutória: Esta apostilha NÃO foi preparada com o objetivo de defender o cair sob o toque do Espírito Santo, uma experiência comum em alguns segmentos da igreja pentecostal. O que nos propomos é mostrar apenas que tais experiências, longe de ser uma doutrina ou uma prática, também ocorreram em outros avivamentos da história da igreja, e é claro, apresentarmos o tema sob à luz da Escritura, nossa regra básica de Fé.

Não estamos contestando aqui aqueles que pregam e escrevem contra; apenas queremos mostrar que muitas pessoas não conhecem a Escritura nem a história e quando têm conhecimento dos fatos, pensam no Espírito Santo como Alguém limitado, alguém que só faz e opera dentro de parâmetros teológicos estruturados. Mas o Espírito Santo opera como quer e em quem ele quer operar! Aqueles que dizem que somente o diabo derruba, desconhecem determinados textos bíblicos em que Deus é quem derruba e levanta!

Há vários textos nas Escrituras que nos surpreendem quanto a ação do Espírito Santo. Não podemos limitá-lo em suas manifestações e temos indícios das Escrituras de algumas de suas ações. Usando as regras de interpretação bíblica, observamos que há mais de dois textos apresentados por diferentes autores a respeito do tema. Se houvesse apenas uma citação ou uma experiência apenas, não poderíamos estabelecer um ensino. Mas como há mais de uma citação, temos a autoridade da Palavra de Deus para abordar o tema.

1. A experiência de Saul. Mesmo depois do Espírito do Senhor o haver abandonado por causa de sua desobediência e entrado em Davi, (Compare 1 Sm 10.6 com 16.14), Saul teve uma experiência muito forte com o Espírito Santo. Ele mandou uma primeira escolta de soldados prender Davi na casa de Samuel em Ramá, mas o Espírito de Deus veio sobre os soldados que não regressaram a Saul; todos ficaram profetizando.

Saul mandou, então uma segunda escolta que também ficou profetizando e ainda uma terceira que não pôde prender a Davi por causa do poder de Deus (1 Sm 19.18-21). O próprio Saul foi prender a Davi e o "mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, e ia profetizando, até chegar a Naiote em Ramá" (vs 23).

Veja bem, já pelo caminho Saul ia profetizando tomado pelo Espírito de Deus! Quando chegou a Ramá, diz a Bíblia na versão corrigida: "E ele também despiu os seus vestidos, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por todo aquele dia e toda aquela noite..." Veja bem! Ele ficou todo um dia e toda uma noite caído por terra, profetizando diante de Deus! A impressão que se tem é que ele ficou fora de si, deitado e prostrado diante de Deus!

2. O tabernáculo no deserto e o templo de Salomão. Temos dois exemplos ainda: um anterior a Saul, na edificação do Tabernáculo e outro na inauguração do Templo de Salomão. No primeiro, diz a Bíblia que "Moisés não podia entrar na tenda da congregação" por causa da glória do Senhor! (Ex 40.34,35) indicando que ele tentava entrar, mas era impelido ou jogado para fora!

O segundo exemplo está em 2 Crônicas 5.13,14 na inauguração do templo: "E não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus" (Versão corrigida). Isto é, eles estavam ali dentro ministrando quando veio a glória de Deus; o que aconteceu não sabemos, mas o texto diz que "não podiam ficar em pé" o que quer dizer que todos caíram por terra! Será que não podemos, também nós, em nossos dias, experimentarmos um pouquinho desta glória do Senhor?

Veja ainda 2 Crônicas 7.2.

3. Jeremias. Quando Deus falava com Jeremias ele se sentia tonto, embriagado pelo poder de Deus. Veja o que ele diz: "Sou como homem embriagado, e como homem vencido do vinho, por causa do Senhor, e por causa de suas santas palavras" (Jr 23.9).

4. Ezequiel em transe: Ezequiel teve uma experiência ainda mais forte. Ele estava reunido com os anciãos no cativeiro, na Babilônia. Era uma reunião daqueles que foram levados cativos, quando, de repente, o Espírito do Senhor o leva para Jerusalém em visões.

Seu corpo fica ali, prostrado diante dos anciãos e ele passa a relatar, posteriormente tudo o que viu. Leia Ezequiel 8.1-3 com 11,24, o começo e o fim da visão. Como ficou o corpo de Ezequiel? Prostrado diante de várias pessoas enquanto era levado em espírito a Jerusalém nas visões de Deus!

5. Daniel ao contemplar o Senhor, desfaleceu, perdeu as forças e seus companheiros fugiram de medo. Leia o que ele mesmo diz (Dn 10.7-11). Ele caiu não pela fraqueza de estar em jejum há três semanas, mas pela presença de Deus, porque depois, sentindo-se fortalecido, ficou em pé!

6. Jesus. Bastou o Senhor Jesus dizer aos soldados, "Sou eu" e eles caíram por terra! (Jo 18.6).

7. Os discípulos e a voz de Deus. Quando Jesus foi transfigurado diante dos discípulos aconteceu este fenômeno. Eles ouviram a voz de Deus e caíram por terra.

Veja em Mateus 17.5-7.

8. E como foi no dia de Pentecostes? Não podemos negar que as pessoas que os viam falando em línguas achavam que eles estavam embriagados! "Estão embriagados", diziam. Os moradores de Jerusalém, quando olhavam aqueles cento e vinte acharam que era fruto de uma bebedeira! Como procedem os bêbados? Falam alto, gritam, dão risadas, rolam pelo chão... e que respondeu-lhes Pedro? "Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando..." (At 2.13-15).

A presença do Espírito Santo na vida dos 120 dava a impressão, para os de fora, de algo ridículo, como se fosse um bando de beberrões!

9. Paulo. A experiência de Paulo (que não deve ser tomada como algo corriqueiro), foi muito grande. Ele nem sabe como chegou aos céus, como ele próprio diz: "se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe" (2 Co 12.1-4). Será que muitos dos discípulos não teriam experimentado algumas das fortes manifestações do Espírito Santo que nem mesmo foram registradas nas Escrituras por acharem que era algo normal na vida deles? O próprio Paulo só foi contar a experiência doze anos depois!

10. Paulo também cita o que aconteceu com Moisés. Ele diz que sob a lei a glória de Deus foi tão forte que Moisés tinha que colocar um véu sobre o rosto cada vez que saia da tenda para falar ao povo. E como não será na época da graça? "Se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça" (2 Co 3.7-13). O que Paulo quer dizer? Ele explica que, se Moisés, que pregava a lei, tinha tanta glória, quanto maior glória terá os que pregam a justiça?

11. Paulo foi derrubado por terra pelo Senhor Jesus: "E caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9.4).

12. E que dizer de João, na experiência que teve em Patmos? "Quando o vi, caí a seus pés como morto" (Ap 1.10-17).

Ele ficou sem forças diante de Deus!

Estas são experiências relatadas nas Escrituras. Mas imagine algumas outras manifestações semelhantes ao cair, como êxtases, visões e percepções à distância que tiveram os profetas. Eliseu (1 Rs 5.19-27; 6.8-20; Pedro, (At 10.1-22). À luz de todos estes textos, podemos afirmar que é possível haver manifestações do Espírito em nossas vidas das maneiras mais diversas.

A história da igreja registra muitas manifestações na vida de pessoas que se consagraram a Deus. A protestante Evelyn Underhill em vários de seus livros conta suas experiências de contemplação e o que ocorria com a presença do Espírito Santo (livros: Mysticism; The Mistery of Sacrifice; Practical Mysticism for Normal People e outros).

João da Cruz, monge católico no seu livro, Obras Espirituais, Carmelo, ensina o caminho e as experiências da vida cristã com experiências semelhantes de êxtases e arrebatamentos. Numa das obras da Biblioteca de Autores Cristãos, em espanhol, o Padre I.G. Arintero trata de toda a mística da igreja onde há relatos surpreendentes do que aconteceu com alguns missionários da Igreja; alguns eram trasladados fisicamente para outras terras onde pregavam o evangelho e regressavam!

Algumas experiências, diz ele, aconteciam com o padre Gracián: "São efeitos do divino amor, os resultados de uma alma enamorada de Deus que se chama júbilo, gozo, paz, embriaguez, desmaio, morte e fogo de amor, zelo, devoção, êxtases e raptos, amalgamento em Deus, e a divina união". São Dionísio diz que o amor divino produz êxtases e o amante já não é seu, mas do amado!

Um escritor anônimo mencionado por Sauvé diz: "As pessoas não têm consciência do que dizem ou fazem: dizem coisas sublimes e coisas que não podemos compreender... outras vezes o amor opera de modo mui distinto, deixando-as dormindo. Perdem o conhecimento como no sono e necessitam que sejam despertadas; e não é fácil despertá-las. A razão é que Deus as embriagou até deixá-las adormecidas...."

Nunca devemos tomar uma experiência e utilizá-la como base doutrinária. Entretanto, podemos usar o argumento histórico quando este abaliza o texto bíblico. Por isso podemos acrescentar algumas das experiências de homens de Deus do passado.

Carl Brumback no livro "Que Quer Isto Dizer? (O S. Boyer, 1960), diz: "Como os críticos gostam de descrever os acontecimentos nos cultos pentecostais! Como se regozijam de se referir à maneira de eles tremerem, clamarem, dançarem, caírem e, então, dirigindo-se ao interessado perguntar seriamente: "isso tem alguma coisa em comum com o relato calmo e solene das Escrituras".

O interessado, se for um verdadeiro estudante das Escrituras, pode retrucar: "A qual relato calmo e solene das Escrituras se refere? Ao relato do Pentecostes, quando as manifestações extraordinárias e barulhentas levaram os zombadores a dizerem : "Estão embriagados?" Ou refere-se a história da cura do coxo, que deu "um salto, pôs-se em pé e, começou a andar; e entrou no templo, andando, saltando e louvando a Deus?"

Ao relato em Atos 4, onde os discípulos "levantaram unanimemente a voz?" A Saulo que caiu sob o poder de Deus? Ao regozijo e louvor a Deus em alta voz da multidão na entrada triunfal, o qual o Senhor Jesus apoiou, dizendo: "Declaro-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão"?

Depois ele continua: "João Wesley exprimiu uma atitude sábia e com juízo, quanto às demonstrações do corpo, no seu jornal de domingo de 25 de novembro de 1759: 'O perigo foi o de dar demasiada ênfase a acontecimentos extraordinários, tais como clamores, convulsões, visões, êxtases, como se fossem indispensáveis à obra interior até o ponto da obra não avançar sem esses acontecimentos. O perigo (diz Wesley) é o de não lhes dar ênfase suficiente; de condená-los inteiramente; de imaginar que não tivessem alguma coisa de Deus, e que impedissem a sua obra.

Na realidade, João Wesley, fundador do Metodismo, está mostrando que em seus dias havia este tipo de manifestação do Espírito Santo! De todos os líderes do passado, João Wesley foi o que mais embasamento bíblico e histórico tinha a respeito do Espírito Santo e por isso o que ele acrescenta é muito importante: "A verdade, contudo, é:


Deus convenceu a muitos repentina e profundamente que eram pecadores perdidos e o resultado natural foram clamores e fortes convulsões do corpo;


Os que creram foram fortalecidos e encorajados, e a obra de Deus ficava mais evidente. Ele concedeu a muitos deles sonhos divinos, a outros êxtases e visões;


Muitas vezes, depois de um intervalo a natureza se misturava com a graça;


Satanás, igualmente, imitava essa obra de Deus, para desacreditar toda a obra.... no início foi, sem dúvida, inteiramente de Deus. A sombra não desacredita a substância, nem o diamante falso deprecia o verdadeiro". E isto em 1759!

0 livro "O Fogo do Reavivamento" de Wesley Duewel (Editora Candeia, pg. 53) afirma que enquanto João Wesley pregava, "inúmeras pessoas caíram ao chão como se atingidas por um raio". George Whitefield, companheiro de Wesley diz que quando pregou em Edimburgo em junho de 1742 "... durante uma hora e meia houve tanto choro, tanta aflição, manifestada de várias formas, que fica impossível descrever.

O povo parecia estar sendo atingido às centenas. As pessoas eram carregadas e levadas até suas casas como soldados feridos num campo de batalha. Sua agonia e gritos eram profundamente comoventes" (ibid pg. 58). Ele acrescenta o que aconteceu no dia 3 de outubro numa reunião que começou as 8.30 da manhã e terminou as 8.30 da noite: "Vi 10.000 pessoas afetadas num instante, algumas com alegria, outras com choro... algumas desmaiando nos braços de amigos" (pg. 59).

Um outro avivamento aconteceu nos dias de Finney. Onde ele pregava as pessoas caíam sob o poder de Deus. Diz o texto que, enquanto Finney pregava "a congregação começou a cair de seus assentos, e caíam em todas as direções, pedindo misericórdia" (ibid pg. 87). "Algumas pessoas desmaiavam sob a convicção nos cultos da igreja e outras mais tarde em suas casas" (pg. 90). As biografias de Finney falam deste mover de Deus que derrubava as pessoas no chão!

Jônatham Edwards relata o acontecido quando pregou o sermão Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: "Parecia que um espírito aterrador havia descido sobre as pessoas. A congregação começou a cair de seus assentos em todas as direções, clamando por misericórdia." E ele relata: "No grande avivamento americano de 1858, os navios, ao se aproximarem dos portos americanos, pareciam entrar numa zona de influência do Espírito. Navio após navio chegava com o relato de uma repentina convicção e conversão" (Citado na revista Atos, Vol. 12 No. 3 pg. 17).

No avivamento de Cane Ridge em 1801 nos Estados Unidos um pastor presbiteriano relata: "O que vi foi para mim novo e realmente extraordinário...Muitas e muitas e muitas pessoas caíram ao chão, como homens mortos na batalha, e continuaram neste estado durante horas a fio, num estado aparentemente sem respiração e inerte – às vezes reavivando-se por alguns momentos e exibindo sintomas de vida através de um profundo gemido, ou de um grito penetrante e agudo..." (Idem pg. 31)

Portanto, não podemos ser sectários achando que Deus só opera de um jeito. O Espírito Santo tem muitas maneiras de se manifestar, algumas delas menciono no livro "Dons Espirituais, o Poder de Deus em Você". Leia a Bíblia e examine cuidadosamente a história da igreja e você descobrirá muitas maneiras do Espírito Santo operar em nós!

Se, como afirmam alguns o cair não faz parte da obra do Espírito Santo, então temos que concordar que:

As experiências acima relatadas que aconteceram no Antigo Testamento, foram obras de um outro espírito. Mas não é o que diz a Bíblia. Saul, os sacerdotes, Jeremias, Ezequiel e Daniel foram tocados pelo Espírito de Deus!

Então, Deus estaria nos enganando. Mas isto não é verdade, pois a Palavra serve como fundamento do que acontece. O Espírito Santo é aquele que nos conduz à verdade. Ele não nos deixaria cair na mentira.

Se assim fosse os obreiros e os crentes que tiveram tal experiência estariam sob a influência de um outro espírito. Não creio, entretanto, que estejamos sendo enganados, pois tais experiências ajudaram a aumentar a percepção de Deus; a comunhão com ele e o crescimento na Fé, no amor e no ardor evangelístico. Cresceu a comunhão com Deus e solidificou o relacionamento entre os membros do corpo. Nenhum "espírito" teria interesse no crescimento espiritual dos fieis nem no reino de Deus!

Teríamos que negar nosso ministério, nosso chamamento e colocar em dúvida a conversão de tanta gente. Tais experiências têm servido para demonstrar o poder de Deus; a operação do Senhor nas vidas. É certo que há pessoas que caem sob forte convicção do Espírito Santo mas não permanecem.

Este é um problema do homem e não de Deus. O fato de uma pessoa não ficar transformada quando cai, é problema da pessoa e não de Deus. É a mesma experiência que algumas pessoas têm quando, decidem-se por Cristo, choram, confessam seus pecados e continuam iguais!

Temos que admitir, contudo, que muitos obreiros forçam, empurram as pessoas para que caiam e isto é criancice, infantilidade. Obreiros há que "forçam" este tipo de manifestação. Apesar da ignorância de alguns, precisamos afirmar que a manifestação do poder de Deus não precisa de nossa força humana da mesma forma que não precisamos nos agarrar a objetos, coisas ou práticas achando que desta ou daquela forma consegue-se algum favor de Deus.

No caso de pessoas serem tocadas por Deus, quando o Espírito age, mesmo à distância as pessoas começam a cair, sem qualquer influência do homem. Outras vezes basta chegar perto da pessoa, dar um leve toque, soprar, e a pessoa está no chão!



OS AFETOS NÃO SÃO OPCIONAIS


OS AFETOS NÃO SÃO OPCIONAIS

É provável que você perceba o por quê me resulta tão surpreendente que tanta gente tente definir o verdadeiro cristianismo em termos de decisões e não de sentimentos, não significa que as decisões não sejam essenciais. O problema é que podem ser tomadas sem que exista uma grande transformação. As simples decisões não são uma evidência segura de uma verdadeira obra de graça no coração. A gente talvez tome "decisões" em quanto à verdade de Deus, em tanto que seus corações estão longe dEle.
Temos nos afastado muito do cristianismo bíblico de Jonathan Edwards. Ele se referiu a 1 Pedro 1:8 e susteve que "a verdadeira religião consiste, em grande parte, nos sentimentos."
"Ao qual [Jesus Cristo], não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais, com gozo inefável e glorioso" (1 Pe 1.8).
Através das Escrituras, nos é ordenado sentir, não só pensar nem decidir. Nos é ordenado que experimentemos dezenas de emoções, não sé que realizemos atos da vontade.
Por exemplo, Deus nos manda que não cobicemos (Ex 20.17) , e é evidente que por trás de cada mandamento que não ter determinado sentimento também se nos ordena ter outro determinado sentimento. O oposto à cobiça é o contentamento, e é isso exatamente o que se nos manda experimentar em Hebreus 13.5: "...contentando-vos com o que tendes".
Deus nos manda que não guardemos rancor (Levítico 19.18). o lado positivo de não guardar rancor é perdoar "de coração". Isto é o que Jesus nos ordena em Mateus 18.35: "...se do coração não perdoardes, cada um, a seu irmão, as suas ofensas." A Bíblia nos diz: "só tomem a decisão de não guardar rancor". Diz: "Experimentem uma mudança de coração". Incluso vai além a nos ordena certa intensidade. Por exemplo, em 1 Pedro 1.22 ordena: "amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro", e Romanos 12.10 ordena: "Amai-vos cordialmente uns aos outros, com amor fraternal".
Em linha geral, a gente se preocupa com o ensino do hedonismo cristão que diz que as emoções são parte de nossa obrigação, que são um mandamento. Isto resulta estranho porque nossas emoções não estão sob o nosso controle imediato como parecem estar os atos da vontade. Porém, o hedonismo cristão diz: "considera a Escritura". Através de todas as Escrituras, as emoções são um mandamento.
A Escritura nos ordena que nos gozemos, que tenhamos esperança, temor, paz, bondade, que sintamos profunda pena, desejo, contrição, que sejamos humildes, etc. por tanto, o hedonismo cristão não põe ênfase demais nas emoções quando nos diz que a satisfação em Deus é nossa vocação e dever. 
É verdade que nossos corações a miúdo são torpes. Não sentimos a profundidade nem a intensidade das emoções que são apropriadas para Deus ou Sua causa. É verdade que nesses momentos devemos exercer a nossa vontade e tomar decisões com as quais esperamos reavivar nosso gozo. Apesar de que o amor carente de gozo não é a nossa meta (2 Coríntios 9.7: "Deus ama quem dá com alegria"; "...o que exercita misericórdia, [faça-o] com alegria" (Rm 12.8), de todas formas é melhor cumprir com uma obrigação sem gozo que deixar de cumpri-la, se é que existe um espírito de arrependimento ao reconhecer que não temos cumprido com todo nosso dever devido à torpeza dos nossos corações.
Muitas vezes me perguntam que deve fazer um cristão se não tem em seu interior a alegria da obediência. É uma boa pergunta. Minha resposta é que não se deve continuar avançando com a obrigação pensando que os sentimentos simplesmente não têm importância. É claro que a têm" minha resposta consta de três passos:
Em primeiro lugar, confesse o pecado da falta de gozo "Desde o fim da terra, clamo a ti, por estar abatido o meu coração; leva-me para a rocha que é mais alta do que eu" (Sl 61.1). Reconheça a frieza do seu coração. Não diga que não importa como você se sente.
Em segundo lugar, ore com sinceridade para que Deus restaure o gozo da obediência ("Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração" Sl 40.8).
Em terceiro lugar, continue avançando e cumpra com a dimensão externa de sua obrigação com a esperança de que assim será reavivado o deleite.
Isto é muito diferente de dizer: "Cumpre com a tua obrigação porque os sentimentos não têm importância", pois assim fica estipulado que existe aquela coisa chamada hipocrisia. Isto está baseado na crença de que a nossa meta é a união do prazer e do dever, e que justificar sua separação é justificar o pecado.
É verdade, cada vez se faz mais evidente que a experiência de gozo em Deus encontra-se além do que o nosso coração pecaminoso é capaz de alcançar. Vá em contra de nossa natureza. Estamos escravizados ao prazer que nos proporcionam outras coisas (Rm 6.17). não podemos decidir estar contentes com algo que encontramos enfadonho, carente de interesse, desagradável... como Deus. A criação de um cristão hedonista é um milagre de graça soberana. É por isso e Paulo disse que passar a ser um cristão é como passar da morte para a vida ("Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, [Deus] nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" Ef 2.5). é por isso que Jesus disse que era mais fácil que um camelo passasse pelo fundo de uma agulha que um rico deixasse de amar o dinheiro e começasse a amar a Deus (Mc 10.25). os camelos não podem passar pelo fundo de uma agulha, assim como os mortos não se podem levantar sozinhos da morte. Pelo qual, Jesus agrega: "Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis" (Mc 10.27). por isso, o hedonismo cristão gera uma dependência absoluta da soberania de Deus. Nos ensina a escutar o mandamento: "Deleita-te no Senhor", e depois a orar com sem Agostinho, dizendo: "Ordena o que desejes, mas dá-nos o que ordenas".



OS AMULETOS DA FÉ CRISTÃ


Os Amuletos e a Fé Cristã

O Dicionário Aurélio diz:  AMULETO  é  “pequeno objeto (figura, medalha, figa, etc.) que, desde a mais alta antiguidade, alguém traz consigo  ou guarda  por acreditar  em seu poder mágico passivo de afastar desgraças ou malefícios”;   FETICHE é “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza,  ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto”; SUPERSTIÇÃO é “sentimento religioso baseado  no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes”. A  Enciclopédia Britânica diz que  AMULETO é   ”designação genérica de diferentes objetos aos quais se atribui a virtude mágica de guardar ou proteger quem o porta. Usados tradicionalmente para afastar o azar e trazer sorte”. SUPERSTIÇÃO – “É uma atitude de espírito, crença ou prática mágico-religiosa para as quais não há explicação lógica e que se baseiam na convicção de que certos atos, palavras, números ou objetos trazem males, benefícios, azar ou sorte. As superstições, de modo geral, podem ser classificadas como religiosas, culturais e pessoais”.
Dentre os diversos tipos de amuletos (olho de boto ou do peixe-boi; a ferradura, a meia-lua, a estrela-de-davi) a figa é o que alcançou maior popularidade. Usada para combater a esterilidade e o mau-olhado, é representada por uma mão humana fechada com o polegar entre os dedos indicador e médio.  Enfim, amuleto é uma figura, medalha ou qualquer objeto portátil, qualquer coisa a que supersticiosamente se atribui virtude sobrenatural para livrar seu portador de males materiais e espirituais, e para propiciar benefícios nessas áreas.
Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o Espírito Santo (1Co 6.19 Ef 1.13); nossos pecados são perdoados (Atos 10.43; Rm 4.6-8);  somos  recebidos como filhos de Deus (Jo 1.12); se somos filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17);  passamos da morte espiritual para a vida espiritual (1 Jo 3.14);   somos novas criaturas (2 Co 5.17);  o diabo se afasta e não nos toca (Tg 4.7; 1 Jo 5.18);  não estamos mais sujeitos às maldições (Jo 8.32,36);   podemos usar o nome de Jesus para curar enfermos e expulsar demônios (Mc 16.17-18); a salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com Jesus como Senhor e Salvador (Mt 6.9; Jo 14.18-23);  estamos livres da ira vindoura (Rm 5.91 Ts 1.10),  além de fazermos jus a outras promessas,
Em razão disso,  somente o retorno voluntário ao pecado poderá alterar a nossa situação diante de Deus. O uso de qualquer objeto, seja no corpo, seja em nossa casa, não melhora em nada a nossa condição de filho, de herdeiro, de abençoado, de isento das investidas do diabo.  Objetos não  expulsam demônios, não quebram maldições, não substituem o poderoso nome de Jesus.
O nome de Jesus não pode ser substituído por um objeto ou um produto industrializado. O uso de amuletos evidencia não uma atitude de fé, mas de falta de fé.   Deus não opera por esse meio, sejam cordões, pulseiras, pirâmides, cristais, velas ou qualquer outro produto. A Bíblia não apóia   tal prática.    A  atitude de fé é o esperarmos no Senhor e  nEle confiarmos. Alegremo-nos  no Senhor e Ele nos concederá os desejos do nosso coração  (Salmos 23.1; 37.4-7).
A nossa confiança deve ser depositada no Senhor. “Bem-aventurado o homem que pôe no Senhor a sua confiança” (Sl 40.4).  Se dividirmos a nossa fé entre Deus e os amuletos, estaremos coxeando entre dois pensamentos. Não é esta uma manifestação  de fé, mas  de incredulidade, de dúvida nas promessas de Deus. E a dúvida é inimiga da fé (Mt 21.21). “Abraão  não duvidou da promessa de Deus, deixando-se levar pela incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para cumprir”  (Rm 4.20-21).  Abraão creu na promessa  de que seria pai de muitas nações. Aguardou confiantemente. Não apelou para objetos, amuletos, cordão, pulseiras,  vassoura atrás da porta.
Os amuletos, longe de serem veículos de bênçãos, podem trazer maldições, porque a fé não está centralizada  exclusivamente em  Deus. Podemos ler Isaías 13.1 assim:  Ai dos que confiam no poder místico dos amuletos, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor. O uso de amuletos pelo povo de Deus equivale a tomar o caminho de volta para o Egito.  As nossas superstições foram deixadas no esquecimento. Não precisamos limpar nossos olhos  com óleo ungido para não vermos as coisas do mundo. Nós, pela ação do Espírito em nossas vidas, já morremos para essas coisas, para o sistema mundano, para o pecado. O Espírito que em nós opera não nos permite colocar coisas impuras diante de nossos olhos (Salmos 101.3).
Os objetos, ou qualquer tipo de material seja sólido ou líquido, do reino mineral ou do reino vegetal, não servem para aumentar a fé dos cristãos. O que transmite fé, o que proporciona  fé, o que dá origem  à fé, é a palavra de Deus  (Rm 10.17).  Jesus não distribuiu qualquer tipo de objeto  para melhorar a fé de seus ouvintes. Nos primeiros passos da Igreja, vemos Pedro e demais apóstolos anunciando insistentemente o Cristo vivo, e falando com paciência dos mistérios de Deus e das palavras de Jesus. E todos se enchiam de alegria, e milhares aceitavam o Evangelho. “Disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E os que com grado receberam a sua palavra foram batizados, e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” (Atos 2.38-41).
O uso de  amuletos é incompatível com a vida cristã e    não proporciona prosperidade material ou espiritual a ninguém. Quem deseja viver uma vida de paz e de abundância deve buscar  “primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33; Jo 10.10).  Para viver a sua fé o cristão não precisa de figas, de cordão de ouro, varinha mágica, porque as maldições não prevalecem contra  nossas vidas. “Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra repouso” (Pv 26.2). A maldição nos alcança se não estivermos sob a proteção de Deus, se não confiarmos nEle, se estivermos em pecado.
A fé cristã rejeita o uso de qualquer objeto com o propósito de obter favores espirituais ou evitar a influência demoníaca.   Do Egito já viemos.  Das superstições já nos libertamos. Do jugo do opressor já estamos livres.  Da Babilônia espiritual já saímos.  Cristo quebrou na cruz todas as  amarras,  grilhões,  embaraços; quebrou  os fortes laços que nos prendiam ao mundo das trevas  (Gl 3.13). Um irmão escreveu num fórum de debate:  Deus nos fez livres, livres de contatos físicos para O sentir, livres de pontos de apoio, para crer, livres de toda e qualquer espécie de superstição e amuletos, livres para crer num Deus que tudo supre, tudo faz, tudo opera naqueles que o amam”.
 Quando estávamos na ignorância espiritual, fazíamos uso de incensos e defumadores para afastar os maus espíritos. A Bíblia nos dá a receita: “Submetei-vos, pois a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
“Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Estai, pois, firmes e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da escravidão” 
(Gl 5.1).

  Airton Evangelista da Costa

O CARPINTEIRO E A CASA


O Carpinteiro e a Casa

Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Contou a seu chefe os planos de largar o serviço de carpintaria e construção de casas, para viver uma vida mais calma com sua família. Claro que sentiria falta do pagamento mensal, mas necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial.

O carpinteiro consentiu mas, com o tempo, era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão de obra e matéria prima de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.

Quando o carpinteiro terminou o trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente para você."

Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora iria morar numa casa feita de qualquer maneira.

Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.

Pense em você como um carpinteiro. Pense na sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente, pois é a única vida que você construirá. Mesmo que tenha somente mais um dia de vida, esse dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade.

A vida é um projeto de "faça você mesmo".

O que poderia ser mais claro que esta frase? Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizer hoje.

Parece ser difícil? Muita responsabilidade? Peça a ajuda a Deus:

"Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, ele dará
porque é generoso e dá com bondade a todos"
Bíblia, livro de Tiago, capítulo 1 verso 5


O PECADO DA IDOLATRIA


O PECADO DA IDOLATRIA
                 
Idolatria é trocar Deus por outra coisa ou pessoa, é adorar a um falso deus. 
Todas as pessoas de todas as religiões devem ser respeitadas, amadas e devem ter o direito de expressar suas crenças e opiniões. No entanto,  não é em nome do amor que vamos deixar de dizer a verdade. Isto seria uma contradição. A Bíblia fala do amor de Deus a toda a humanidade, independente de suas religiões (João 3.16). Contudo, ela fala também contra o pecado e contra as doutrinas erradas, mostrando que o caminho do erro leva ao inferno (Gálatas 5.19-21 e Apocalipse 22.15). Logo, devemos amar e também mostrar o erro. Devemos mostrá-lo polidamente, como é próprio do amor. No Velho Testamento, por exemplo, Deus fala contra aqueles que
adoravam imagens de escultura e proibiu o seu próprio povo de fazê-las com o objetivo de se prostrarem diante delas (Êxodo 20:1-5; Isaías 40.18-20; Isaías 44.9-20; Isaías 45.20). Deus condenou também a invocação aos mortos
(Deuteronômio 18.9-14).  O pecado da idolatria é um dos mais combatidos pelos profetas da Velha Aliança. Enquanto que os outros pecados, em geral, são ofensas contra Deus, a idolatria configura-se como abandono ao verdadeiro Deus.  Pensemos, por exemplo, em uma vida conjugal. Marido e mulher podem, eventualmente, se ofenderem e se magoarem e tudo pode ser resolvido na maioria das vezes. O adultério, porém, é uma ofensa totalmente distinta das outras, porque vai contra o vínculo matrimonial e os seus compromissos basilares. Logo, na vida conjugal, o adultério é o mais grave pecado. A Bíblia compara a idolatria com o adultério. O povo de Deus é muitas vezes mencionado como "esposa" do Senhor. Essa expressão foi usada no Velho Testamento em relação à nação de Israel, e, no Novo Testamento, referindo-se à igreja.  Quando o povo de Deus vai atrás de outros deuses, isto é considerado uma traição, ou um tipo de adultério espiritual. (Ezequiel 16;  Ezequiel 23;  Oséias 1.2; Oséias 3.1; Jeremias 3; Tiago 4.4-5).
Essas praticas são alguns dos grandes erros doutrinários de vários segmentos religiosos. Sabemos que
muitos dos santos adorados hoje foram, de fato, pessoas santas, servos de Deus, dignos de serem imitados. Porém, morreram, e não ressuscitaram. Quando alguém lhes dirige uma oração, está fazendo uma invocação aos mortos, o que Deus proibiu e condenou. Tais fiéis, pessoas sinceras e bem intencionadas, deveriam estar fazendo seus pedidos a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo). Jesus mesmo nos ensinou a orar direto ao "Pai nosso". Dizem
que os santos intercedem pelos vivos. Mas, o que diz a Bíblia? Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, conforme está escrito na primeira epístola de Paulo a Timóteo (2.5). Isto, porque Jesus foi o único que morreu
na cruz para nos salvar do inferno, tomando sobre si o castigo pelos nossos pecados. Jesus e o Espírito Santo são os únicos que intercedem por nós diretamente diante do Pai (Isaías 53.12 e Romanos 8.26). É verdade que as
pessoas vivas intercedem umas pelas outras, mas os mortos não intercedem por ninguém. Está escrito que os mortos não tem parte alguma no que sucede debaixo do sol (Eclesiastes 9.5-6). Eles não participam, não vêem, não ouvem orações, não intercedem, nem interferem.
Logo, vemos a invocação aos santos como idolatria e politeísmo. O apóstolo Paulo, quando estava vivo, não admitiu que ninguém o adorasse nem se prostrasse diante dele (Atos 14.11-15). Se hoje ele pudesse falar a todos
quantos o invocam e veneram como santo, talvez ele repetisse suas palavras do texto de Atos: "Por quê fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós!"
Quando o apostolo João, inadvertidamente, se prostrou diante de um anjo, este o repreendeu dizendo : "Não faças tal coisa. Sou teu conservo .... Adora a Deus!" Só diante de Deus devemos nos prostrar. Somente a ele devemos dirigir nossas orações. "Ao Senhor teu Deus adorarás e somente a ele darás culto." (Mateus 4.10).
Devemos adorar ao Criador e não à criatura. (Romanos 1.21-25).


(Outras referências bíblicas sobre o tema : Jeremias 10.1-16  Ezequiel 22.3-4   Salmo 115.1-8 )

Anísio Renato de Andrade

 



O BARCO DA VIDA


O barco da vida

Em caindo a tarde, lá estava ele(Jesus) só.

Entretanto, o barco já estava longe, muito distante da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário.

Na Quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar.

E os discípulos ao verem andando sobre o mar, ficaram atemorizados, e exclamaram: É um fantasma! E tomados de medo gritaram.

Mas Jesus imediatamente lhes falou: Tende bom ânimo, sou eu, não temais!

Respondendo-lhe Pedro, disse: Se es tu, Senhor, manda-me ir Ter contigo, por sobre as águas.

E ele disse: Vem! E Pedro descendo do barco, andou por sobre as águas e foi Ter com Jesus.

Reparando porem na força do vento, teve medo, e começando a submergir, gritou: Salva-me Senhor!

E, prontamente Jesus estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, porque duvidaste?

Subindo ambos para o barco, cessou o vento.

E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: verdadeiramente és Filho de Deus.

 Quantas tardes não passamosv em nossas vidas onde deixamos a presença de Deus esperando por nós, deixamos de buscar o Senhor que direciona e ilumina as nossas vidas sozinho de nossa companhia em oração, louvor, adoração e trocamos a sua presença por “coisas” que não remam o barco da nossa vida? muitas vezes ele pergunta como fez com Pedro: não podes vigiar nenhuma hora comigo?

 Então, o sol da nossa vidav começa se pôr e a escuridão parece está se tornando densa diante dos nossos olhos ao ponto de pensarmos que não iremos mais enxergar a luz que manifesta os nossos sonhos e planos muitas vezes sonhados pelo despertar de muitas manhãs...mas, o que fazer quando a tarde começa a desaparecer e a noite vem surgindo e os sonhos parecem não se realizar e nossas forças parecem ir se acabando, acabando!

 Que noite é essa onde tudo se esconde e o medov aparece, a incerteza se torna concreta e o nosso coração parece agitado como o mar em suas ondas e a nossa vida é como um barco lançado ao meio do mar onde ondas insistem em bater contrário ao nosso barco pela fúria do vento das situações e tudo o que fazemos é chorar...

O que fazer?

Diz o salmista: esperei com paciência no Senhor e ele ouviu o meu clamor. Será que em meio a ondas agitadas em nossas vidas onde o grito de socorro é mais forte em nosso coração terá lugar para paciência? Sim, muitas vezes não entendemos que a paciência que o Senhor nos pede é a confiança nele, é acreditar que se ainda as ondas entram no nosso barco da vida para tentarem nos afogar, confiarmos que O Senhor está conosco, que mesmo que tivermos que passar por muitas águas de tribulação e até de desespero, elas não nos sufocarão porque Ele está conosco e nos livrará de todo embaraço, de toda a tempestade, ele tem o poder de ordenar as águas turbulentas que se aquietem e elas se aquietarão se primeiro nos aquietarmos na confiança de que realmente o Senhor é Deus sobre o barco da nossa vida.

O discípulos de Jesus estavam em um barco longe da terra, empurrado pelas ondas, para longe de onde estava o seu Senhor...quantas vezes deixamos que as situações difíceis se tornem ondas que separam a nossa vida da presença do nosso Deus?

 As vezes uma dificuldade financeira, perseguição no nossov ministério por causa da Palavra da Verdade, ou até mesmo, nos distanciamos do Senhor buscando refugio em uma religião morta e sem perceber que estamos bem longe dos propósito daquele que zela e cuida para que o barco da nossa vida não venha a afundar.

Mas a bíblia diz que na Quarta vigília da noite o Senhor foi Ter com eles sobre as águas. O Senhor sempre nos encontra, ele sabe onde estamos e quando estamos necessitando do seu socorro.

O Senhor permite que certas coisas aconteçam em nossa vida para que a glória dele, o agir dele se manifeste e tenhamos a prova de que ele é Deus, o nosso Deus, para que todos saibam que o nosso socorro vem do Senhor, porque muitos perguntam: Onde está o teu Deus?

 E é nessas horas de escuridão, nestes momentos onde ninguemv sabe onde estamos ou o que passamos, que Deus se manifesta e se revela e ouvimos nos falar assim:

Não temas, eu estou contigo, não te assombres porque eu sou o teu Deus, eu ti esforço e te sustento com a minha destra fiel, nada ti atingirá, nem um mal ti sucederá, por que eu estou contigo.

Não entendemos o mover invisível de Deus, e pensamos que os momentos difíceis vem sobre nossas vidas para nos derrotar, mas Deus quer que creiamos nele para que aquele que pense que está caído, seja exaltado nele.

Os discípulos temeram o vento, a tempestade era grande, imaginem um barco solitário no meio do mar, muito longe de ver terra em que possam firmar seus pés e acreditarem que a vida pode continuar...

Imaginem agora, um caminho escuro, sem direção, sem ponto de partida ou de chegada, sem um farol visível para iluminar este barco, vento frio e junto com o frio, o medo...é aí que nasce a esperança viva, onde não há luz nem direção visível ao homem que o farol da fé e da confiança em Deus pode nos guiar, porque neste momento, nos entregamos realmente a ele, entregamos o remo do nosso barco e sem forças, dizemos : Senhor, toma toda a direção porque o Senhor é o caminho que eu preciso, o Senhor é o piloto da minha vida, pega na minha mão, e me faz ver um caminho em meio a esse mar! e se percebermos bem, lá dentro das águas que estão agitadas em nosso coração, ao falarmos ao Senhor ou até gritarmos ainda que de medo: Senhor! socorre-nos, iremos ouvi-lo dizendo: sou eu, não tenham medo.

Jesus sempre anda por cima das águas que envolvem o barco da nossa vida, se não houver caminho para voltar a terra, Jesus abre um caminho assim como ele fez para levar o homem para o céu, ou nos fará andar com ele por cima das águas, ele é o caminho, ele é a luz que nos guia na escuridão, ele é a esperança quando em nós não existe mais nenhuma.

 Pedro, um dos discípulos, no meio desse vendaval de tempestadev em que estava, quando ouviu e viu o Senhor, não acreditou que fosse ele, e pediu: Senhor, se és tu mesmo, me manda Ter contigo, e o Senhor disse: Vem, e ele foi Ter com o Senhor e mesmo assim continuou a olhar para o vento forte que ainda o perseguia e começou a afundar.

 É preciso acreditarmos que ov Senhor nos faz andar por cima das situações porque só ele sabe o que há por trás de cada uma, assim como é misterioso o mar, é misterioso o seu Criador, e existem situações em nossas vidas que se enxergássemos o porque estamos passando por elas, talvez, quiséssemos tomar o lugar do nosso Deus e usar do nosso braço de carne, da nossa justiça própria para nos defender, por isso que não é o fato de estarmos com o Senhor que o vento bravo irá deixar de soprar forte contra nossa vida, pois a nossa própria vida é um vento que passa, mas a diferença é que o Senhor esteja conosco e ele aquietará o vento, ele transformará o vento bravo, em uma brisa mansa e suave e para isso, precisamos está constantemente em sua presença, sabendo que devemos nos aquietar mediante as tempestades por que Ele é Deus e será exaltado em nós mediante esta situação que mais parece um furacão querendo extinguir nossa vida, mas o Senhor é a nossa vida e contra ele, quem lutará?.

É preciso não só que estejamos no barco com o Senhor, mas que o Senhor esteja conosco no barco da nossa vida, ele em nós e juntos, estarmos nele como seu corpo andando com ele seja em ventos, em mares, em montes, em vales, mas se Ele não estiver conosco ele não nos deixará partir sem ele e mesmo que aflições venha a passar o Senhor os livrará de todas.



Por: Surama F.A. Costa


NÃO SABEIS A HORA


NÃO SABEIS A HORA

Lucas 12.40 - Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora em que não imaginais.

REFLEXÕES - Nos tempos de hoje é impressionante verificar a quantidade de apelos que são feitos através de todos os tipos de mídia - rádio, televisão, jornais e outras - no sentido de levar as pessoas a tentarem conhecer o dia de amanhã. Tais apelos tem como fonte de inspiração o inerente desejo humano de conhecer o que o futuro lhe reserva. É triste observar como pessoas de todas as classe sociais se deixam seduzir por esses apelos e são capturadas pelos charlatões e oportunistas. Realmente, meu amigo, como pode um ser dotado de inteligência, acreditar que aquelas pedrinhas dos búzios, cartas de baralho, astros ou qualquer outra criação inanimada, sem vida, ou mesmo que vida tenha, pode dizer-lhe algo sobre o futuro?

Afora o aspecto grotesco da busca do futuro em tais objetos, há uma pergunta que se impõe: se soubéssemos de antemão o que os dias futuros nos reservam, qual seria o sentido da vida? Como viver esta semana, sabendo que na próxima passaríamos por grandes apertos? Como viver este ano, sabendo o que iria acontecer no ano que vem e que
nada poderíamos fazer para mudar a realidade vindoura? E mais: como ficaria a mais notável das faculdades humanas que é o livre arbítrio, o direito de escolha? Deus o respeitou até mesmo no âmbito do plano de salvação. Não bastasse tais indagações, há uma afirmação na Palavra de Deus que é decisiva e a lemos em Mateus 6.34: "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." Isto nos disse o Mestre e Senhor Jesus.
Dentro do contexto de sua tentativa de prever o futuro a humanidade tem se preocupado com o dia de seu próprio fim. Inúmeras seitas, umas estranhas e outras até nem tanto, tem apregoado saber esse dia. Todas as previsões tem falhado e continuarão a falhar tantas quantas forem feitas. A princípio o dia do fim da vida neste planeta para cada um, assim como hoje é, será o dia da morte de nosso corpo, quando comparecermos perante Jesus para apresentar nossas mãos com tudo o que fomos e fizemos em estada aqui. Se não passarmos pela experiência do morte humana, será porque iremos presenciar a vinda gloriosa do Senhor Jesus. Em ambos os contextos não há a mínima chance de prevermos o dia em que acontecerá nosso encontro com o Senhor. O próprio Jesus afirma que tal ocorrerá quando menos imaginarmos.
Se não podemos prever nem imaginar o dia e a hora da vinda de Jesus é necessário que estejamos preparados a cada instante. Talvez você diga: mas isso é muito difícil! Não, não é difícil. Primeiro: se estás preocupado com essa hora é porque já te foi anunciada, de alguma forma, a Palavra de Deus; segundo: se ouviste falar dEle, porque não o aceitas então? Aceite-o! Receba a Jesus Cristo como teu único e suficiente salvador. Ele será teu libertador pleno: corpo, alma e espírito. Tendo aceito e professado o nome de Jesus lembre-se então: ser santo não equivale a sermos perfeitos; isso não seremos nunca; somente o Jesus foi. Que fazer então para estarmos preparados? Andemos na presença de Deus, com o auxílio e direção do Espírito Santo, nosso guia. Peça-o e o Pai dar-te-á o Espírito. Ele há de mantê-lo vigilante.

O Senhor te abençoe e te guarde, o Senhor volte para ti o seu rosto e tenha misericórdia de ti, o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.


DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO

DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO  A cruz do Calvário é o lugar onde podemos descarregar todas as nossa ansiedades e preocupações, t...