quinta-feira, 12 de agosto de 2021

CAMPO DE ABACAXIS

 

CAMPO DE ABACAXIS


CAMPO DE ABACAXIS

         A história do campo de abacaxis aconteceu na Nova Guiné, na Indonésia. Ela durou sete anos. É uma ilustração humorística, mas profunda de um princípio bíblico básico aplicado.

         Ao ler este relato original, você descobrirá que ele é um exemplo clássico do tipo de lutas que cada um de nós enfrenta até aprender a aplicar o princípio de renunciar aos direitos pessoais.

         “Minha família e eu trabalhamos com pessoas no meio da selva. Um dia resolvi trazer para aquela região alguns abacaxis. O povo já tinha ouvido falar de abacaxis. Alguns já os tinha provado, mas não tinham meios de consegui-los.

         Busquei, então, mais de cem mudas de uma outra missão. Depois eu contratei um homem da aldeia, e ele plantou todas as mudas para mim. Eu o paguei por isto, é claro. Durante os dias em que ele trabalhou eu lhe dei sal e diversas outras coisas que ele precisava. (1)

         Precisei ter muita paciência até que as pequenas mudas de abacaxi se tornassem arbustos grandes e produzissem abacaxis. Demorou uns três anos.

         Lá no meio da selva você às vezes tem saudades de frutas ou verduras frescas.

         Finalmente, no terceiro ano, pudemos ver surgir abacaxis que davam água na boca, e só estávamos esperando o natal chegar, porque é nesta época que eles ficam maduros. No dia do natal minha esposa e eu saímos ansiosos para ver se algum abacaxi já estava pronto para ser tirado do pé. Mas tivemos uma surpresa desagradável após a outra! Não conseguimos colher nem um só abacaxi. Os nativos roubaram todos! Eles os roubavam antes de estarem maduros. Isto é um costume deles: roubar antes de estar maduro e o dono não pode colher.

         E aqui estou eu, um missionário, ficando com raiva destas pessoas. Missionários não devem ficar com raiva (2). Vocês todos sabem disso. Mas eu fiquei. Eu disse a eles: “Rapazes, eu esperei três anos por estes abacaxis. Não consegui colher um único deles. Agora há outros ficando maduros. Se desaparecer mais um só destes abacaxis, eu fecho minha clínica”.

         Minha esposa dirigia uma clínica. Todos os remédios ela dava de graça àquela gente. Eles não pagavam nada. Nós estávamos nos gastando tentando ajudar esta gente, cuidando dos doentes, salvando a vida das crianças.

         Um por um os abacaxis ficaram maduros, e um por um foram roubados. Então eu achei que deveria me defender destas pessoas. Eu simplesmente não podia deixar que fizessem comigo o que quisessem. A verdadeira razão não era esta. Eu era uma pessoa muito egoísta. Eu queria comer abacaxis. Fechei a clínica. Eles deixaram suas crianças morrer. Não podiam evitar. A vida era difícil naquela região. Vinham pessoas com gripe, tossindo e pedindo um remédio, e nós dizíamos: “Não! Lembrem-se que vocês roubaram nossos abacaxis”.

         “Não fui eu!”, eles respondiam. “Foram os outros que fizeram isto”. E continuaram tossindo e pedindo. Não conseguimos manter mais nossa posição. Eu me entreguei, e disse: “Esta bem, amanhã reabriremos a clínica.”

         Abrimos a clínicas, e eles continuaram roubando nossos abacaxis. Fiquei de novo louco de raiva. Cara! Estes sem-vergonhas!

         Finalmente descobrimos quem estava fazendo isto o mesmo homem que tinha plantado os abacaxis. Eu o chamei à plantação e disse: “Meu amigo, por que você está roubando meus abacaxis? Você é meu jardineiro!”.
         Ele respondeu: “Minhas mãos os plantaram, minha boca os come” (3). Esta é a lei da selva. O que eles plantam é deles. Nunca tinham ouvido de pagamento por serviço prestado. Por isto ele disse: “São todos meus”. 

         “Claro que não! São meus.”, eu respondi. “Eu o paguei para planta-los para mim!” Mas ele não podia entender como isto fazia com que as plantas fossem minhas. Eu pensei; “Bem, o que devo fazer? Isto é uma lei da tribo. Acho melhor eu aprender a viver conforme as suas regras.”

          Então eu lhe disse: “Está bem, eu lhe darei a metade destas plantas. Daqui até lá é tudo seu. Todo abacaxi que amadurecer é seu. Estes aqui são meus.” Ele fez conta que concordou. Mas meus abacaxis continuaram desaparecendo.

          Então eu pensei: “Talvez eu deva lhes dar todos estes abacaxis, e arranjar outros para mim.”

          Eu sabia que teria de esperar mais três anos. Foi difícil para mim tomar esta decisão. Finalmente eu lhes disse: “Vejam, eu vou lhes dar todos estes abacaxis, e começar tudo da frente. Façam uma plantação para vocês tirem todas estas mudas do meu terreno, para que eu possa  plantar novas. Eu não quero seus abacaxis no meu terreno.”

          Eles disseram: “Tu-uan (que significa estrangeiro), o senhor terá de nos pagar.”

          “Ora, vejam!”, eu respondi.

          “O senhor está nos pedindo que tiremos seus pés de abacaxi daqui, e isto é trabalho”, eles disseram.

          Então eles eram meus?

          Eu respondi: “Está bem, eu lhes pagarei o salário de um dia de trabalho. Tirem todos daqui.

          E eles continuaram: “Nós não temos nenhum campo preparado. O senhor vai nos pagar para prepararmos um?”

          “Esqueçam!”, eu disse. Estava até aqui deles.

          A minha esposa disse: “Isto não é possível! Estou com vontade de pagar uns rapazes para que os joguem no monte de lixo! Então, se alguém quiser, que os pegue de lá.”

          E foi isto que fizemos. Arrancamos todos os pés de abacaxi e os jogamos fora. Foi uma trabalheira! Eram pés bonitos e vistosos. Depois eu comprei novas plantas. E disse a eles: “Prestem bem atenção. Eu vou pagá-los pelo serviço. Mas eu e minha família vamos comê-los, vocês não comerão nenhum.”

          “O senhor não pode fazer isto”, eles responderam. “Se nós os plantarmos, nós os comeremos.”

          “Vejam”, eu tentei explicar – “eu não tenho tempo para cuidar da plantação. Eu tenho muitas coisas para fazer. Vocês são tantos, e eu sou só um. Vocês vieram aqui para ajudar. Eu quero que vocês os plantem, mas eu vou comê-los.”

          “Eu vou pagar vocês pelo serviço”, continuei – “O que vocês querem? Eu lhes darei esta faca boa se vocês fizerem o serviço.”

          Eles começaram a cochichar: “Ele quer nos pagar aquela faca para poder comer dos nossos abacaxis.” E concordaram.

          Durante os próximos três anos eu ficava lembrando o rapaz que os tinha plantado:

          Quem vai comer estes abacaxis?

          O senhor – ele me respondia.

          Muito bem. Você ainda tem a faca?

          Sim – foi a resposta.

          Tome bem conta dela – eu lhe recomendava.

Se ele perdesse a faca eu teria dificuldades outra vez. O pagamento não existiria mais.

Finalmente, depois de mais três anos, os abacaxis começaram a amadurecer. Novamente minha esposa e eu andamos pela plantação. Eu exclamei: “Que bom! Daqui a pouco poderemos colher os nossos abacaxis. Mas vocês já estão imaginando o que aconteceu? Todos eles foram roubados! Eu vi os nativos passearem pela plantação durante o dia para ver quais os abacaxis que estavam amadurecendo, para não perderem tempo procurando-os à noite.

Comecei a pensar: “O que podemos fazer? Não podemos fechar a clínica. Pois então vamos fechar o armazém. Eles compravam fósforos, sal, anzóis e coisas assim. Antes eles não tinham estas coisas, por isso não iriam morrer sem elas. Comuniquei-lhes minha decisão: “Vou fechar o armazém. Vocês roubaram meus abacaxis.”

Fechamos o armazém. “Não há vantagem para nós ficarmos aqui com este homem. Podemos voltar para nossas casas na selva.” E se mudaram para selva.

E ali estava eu sentado, comendo abacaxis, mas não havia mais pessoas na aldeia. E eu não tinha mais ministério. Falei com minha esposa: “Podemos comer abacaxis nos Estados Unidos, quero dizer, se é só isso que temos para fazer.”

Um dos nativos passou por ali, e eu lhe disse que avisasse os outros que segunda-feira eu abriria novamente o armazém.

Pensei e pensei. Como vou fazer para comer estes abacaxis? Deve haver uma maneira. E então tive uma idéia. Um cão pastor! Arranjei o maior pastor alemão que consegui encontrar na ilha. E o soltei na plantação. Eles estavam com medo dele. Nunca tinham visto um cachorro tão grande. Eles todos tinham cachorros pequenos; nunca lhe davam comida, e todos tinham alguma doença. E agora este cão pastor alemão forte e saudável. Eles viram a comida que eu dava a ele, e eu tive de alimentá-lo sempre quando não tinha ninguém da aldeia por perto, porque eles teriam inveja da comida dele. Era melhor que qualquer coisa que eles comiam.

Mas o cachorro resolveu a questão. A maioria das pessoas não arriscavam mais se aproximar. Só que agora tínhamos o mesmo problema que quando fechamos o armazém. As pessoas não vinham mais. Eu não tinha ninguém a quem falar. Não consegui ninguém que me ajudasse a aprender a língua. “O que vou fazer?”, pensei.

O cachorro também não era a solução. Mas enquanto isso ele começou a namorar com a cachorrada da aldeia, e produziu um cão pastor mestiço, selvagem e esfomeado. O médico deles me mandou dizer: “Se alguém for mordido por este cachorro, eu não vou tratá-lo, mesmo se for um filho seu.” Ele estava usando contra mim as mesmas táticas que eu usava contra os nativos.
Falei à minha esposa: “Temos que nos livrar deste cachorro.” E foi o que fiz. Não foi fácil para mim. Depois que o cachorro não estava mais comigo, os nativos voltaram. E não havia mais abacaxis. Pensei de novo: “Meu DEUS, deve haver um jeito! O que posso fazer?”

Chegou o tempo da minha licença, e eu aproveitei para ir a um Curso Intensivo para jovens. Lá eu ouvi que devemos entregar tudo a DEUS. A Bíblia diz que se você der, você terá; se você quiser guardar para si, você vai zelar para que você tenha o suficiente.”

Este é um princípio básico. Pensei nisto: “Amigo, você não tem nada a perder. Vou dar este campo de abacaxis a DEUS porque não estou mesmo podendo comê-los.” Eu sabia que não é fácil fazer um sacrifício. Sacrificar significa entregar algo de que você gosta muito (4).

Mas eu decidi dar a plantação a DEUS, e ver o que ele faria. Pensei comigo mesmo: “Quero só ver como Ele vai conseguir fazer.”

Assim, eu saí para a plantação, à noite. Todo mundo tinha ido para casa. Eu não queria que alguém me visse ali orando.

“Senhor, o Senhor está vendo estes pés de abacaxis ?”, eu orei – “eu lutei muito para colher alguns. Discuti com eles. Exigi os meus direitos. Tudo isso foi errado, estou compreendendo isto agora. Reconheço o meu erro, e quero entregar tudo ao Senhor. De agora em diante, se o Senhor quiser me deixar comer algum abacaxi, tudo bem. Pode dá-los a nós. Se não quiser, tudo bem também. Não tem problema.”

Assim eu dei os abacaxis a DEUS, e os nativos continuaram roubando-os, como de costume. Pensei com meus botões: “Viu ? DEUS também não pode controlá-los.”

Então, um dia, eles vieram falar comigo: “Tu-uan, o senhor é cristão, não é verdade ?” Eu estava pronto para dizer: “Escute aqui, eu sou cristão já há quase vinte anos !”, mas em vez disto eu perguntei : “Por que vocês perguntam ?”.

“Porque o senhor não fica mais com raiva quando roubamos seus abacaxis”, eles responderam.

Isto me abriu os olhos. Eu finalmente estava vivendo o que estivera pregando a eles. Eu lhes tinha dito que amassem um ao outro, que fossem gentis com os outros, e sempre exigira os meus direitos, e eles sabiam disto.    

Finalmente alguém mais inteligente começara a pensar: “Por que o Senhor não fica mais com raiva?”.

“Eu dei a plantação adiante”, eu respondi – “ela não pertence mais a mim. Por isso vocês não estão mais roubando os abacaxis. E eu não tenho mais motivos para sentir raiva de vocês”.

Então eu disse: “Eu dei a plantação a DEUS.”

“A DEUS ?!”, eles disseram – “Ele não tem abacaxis onde Ele mora ?”

 “Eu não sei se ele tem ou não abacaxis onde ele mora”, eu respondi – “eu simplesmente lhe dei os abacaxis.”

  Eles voltaram para a aldeia e disseram a todo mundo: “Vocês sabem de quem estamos roubando os abacaxis ? Tu-uan, o senhor não deveria Ter feito isto. Por que o senhor não os pede de volta? Não é de admirar que não conseguimos pegar os porcos-do-mato quando vamos caçar. Não é de admirar que nossas esposas não têm nenês. Não é de admirar que os peixes não mordem a isca.

Eles combinaram entre si: “Se os abacaxis são de DEUS agora, não devemos mais roubá-los, não é?” Eles tinham medo de DEUS.

Os abacaxis novamente começaram a amadurecer. Os nativos vieram para me avisar: “Tu-uan, seus abacaxis estão maduros.”

 “Não são meus”, eu respondi – “eles pertencem a DEUS.”

“Mas eles vão apodrecer”, eles insistiram – “é melhor o senhor colhê-los.”

Então eu colhi alguns, e também deixei os nativos pegar alguns.

Quando me senti com minha família para comê-los, eu orei: “Senhor, estamos comendo seus abacaxis. Muito obrigado por nos dar alguns.”

Durante todos aqueles anos os nativos estiveram me observando e prestando atenção às minhas palavras. Eles viam que as duas coisas não combinavam. E quando eu comecei a mudar, eles também mudaram. Em pouco tempo muitos se tornaram cristãos.

O princípio de dar a DEUS estava funcionando realmente. Eu quase não creditei. Depois comecei a entregar outras coisas a DEUS.

Certo dia meu filho estava à morte, e não havia meios de levá-lo a um médico. De repente me lembrei de que eu nunca tinha entregue meu filho a DEUS! Então eu orei: “DEUS, eu lhe dou meu filho. O que o Senhor quiser fazer com ele, estará bem.”

Isto foi mais difícil do que entregar a plantação de abacaxis a DEUS ! Eu estava preparado para o caso de DEUS tirar meu filho. Mas durante aquela noite a febre cedeu, e meu filho ficou bom.

Os nativos começaram a me trazer coisas para arrumar. Eu orei: “DEUS, meu tempo é seu. Se o Senhor quiser que eu fique arrumando gaitas, panelas, e pás aqui na missão, tudo bem!”

Eu não estava conseguindo traduzir muito da Bíblia mas mais e mais pessoas estavam se convertendo.

Eles continuaram dizendo: “Tu-uan se tornou cristão. Ele nos diz para amarmos uns aos outros e agora ele está começando a nos amar.

Certo dia eu estava consertando uma cadeira quebrada. Um nativo me viu, e disse: “Deixe-me ajudar a segurar”.

Quando terminamos, eu lhe perguntei: “Muito bem, você não vai me pedir um pouco de sal ?“   

“Não, Tu-uan”, ele respondeu – “O senhor me ajudou a consertar minha pá, não se lembra ? Agora eu o ajudo a consertar sua cadeira.”

“Incrível”, eu pensei – “esta é a primeira vez que alguém faz alguma coisa para mim sem exigir pagamento.”

Então, certo dia, eu achei algo na Bíblia que nunca tinha notado antes.

“Quando entrardes na terra, e plantardes toda sorte de árvore de comer, ser-vos-á vedado o seu fruto: três anos vos será vedado; dele não se comerá. Porém no quarto ano todo o seu fruto será santo, será oferta de louvores ao Senhor. No quinto ano comereis fruto dela para que vos faça aumentar a sua produção: Eu sou o Senhor vosso DEUS”. (Lv 19.23-25)

Finalmente eu entendi. DEUS não queria que eu comesse daqueles abacaxis no primeiro ano em que ficaram maduros ! Ele queria que eu os dedicasse a Ele. Depois Ele queria que eu os desse aos nativos, para que pudessem ver as minhas boas obras e glorificar meu Pai que está nos céus. Se eu tivesse feito isto, os nativos teriam insistido para que eu comesse os abacaxis no quinto ano.

Todos esses problemas eu poderia Ter evitado!!!

 Alguns abacaxis: Saúde; Planos; Trabalho; Vontade; Dinheiro; Possessões; Namoro; Atividades; Amigos; Opiniões; Reputação; Música.


COMO ENTREGAR SEU CAMPO DE ABACAXIS A DEUS
  

1- PENSE NO QUE O FAZ FICAR COM RAIVA

 O missionário ficou com raiva dos nativos, porque comiam seus abacaxis. Talvez você fique com raiva de seus pais por não respeitarem suas opiniões, ou não aprovarem suas atividades, ou não aceitarem seu namoro. Talvez você fique com raiva de seus amigos, por dizerem coisas de você que não são verdades, ou por excluírem você de suas atividades. Talvez você até fique com raiva de DEUS, por ele Ter feito você com algum defeito físico ou tê-lo colocado em uma família que não se ama.

2-FAÇA UMA LISTA DOS SEUS DIREITOS QUE OUTROS ESTÃO VIOLANDO

Os nativos não estavam respeitando o direito do missionário de comer os seus abacaxis. Talvez seus pais não estejam respeitando seu direito de Ter sua própria opinião, planejar suas atividades, ou escolher seus amigos. Talvez seus amigos não estejam respeitando seu direito a uma boa reputação ou de participar das suas atividades. Talvez você até sinta que DEUS está lhe negando o direito à saúde e a uma família feliz.

3- TRANSFIRA SEUS DIREITOS A DEUS

Imagine-se de joelhos diante de DEUS, colocando todos os seus direitos no seu altar. Depois curve a sua cabeça e diga a DEUS que você está dando tudo a Ele. Que Ele pode fazer com isto o que quiser. Isto significa que você não tem mais nenhum direito sobre seus próprios planos, sua vontade, bens, amigos, opiniões, reputação, etc. Todos os seus direitos agora pertencem a DEUS.

4- TOME O PROPÓSITO DE AGRADECER A DEUS, ACONTEÇA O QUE ACONTECER

DEUS pode decidir que algum dos direitos que você cedeu a Ele pode ser muito prejudicial ao seu crescimento espiritual. Ele lhe tirará estes direitos, e você pode lhe agradecer por isto. Talvez Ele devolva algum direito. Por isto você também pode agradecer. E agora eles não serão mais direitos, mas privilégios que devem ser usados de acordo com o plano de DEUS.




5- DAQUI POR DIANTE, USE A RAIVA COMO SISTEMA DE ALARME DE DEUS

Quando damos todos os nossos direitos a DEUS, estamos evidenciando mansidão. Mansidão é entregar nossos direitos a DEUS. É o contrário de raiva. A raiva vem quando fazemos questão dos nossos direitos. Na verdade toda vez que ficamos com raiva isto significa que alguém descobriu um direito nosso que ainda não tínhamos entregue a DEUS. Por isso podemos usar a raiva como sistema de alarme, para nos ajudar a procurar nossos direitos e transferi-los a DEUS.

O DESÂNIMO

 

O desanimo bateu a sua porta?



Nem responda, faça de conta que você não estar em casa. Tenha certeza de que ele nunca lhe fará bem, sempre trará consequências desagradáveis para sua vida.

Deus, em toda a sua Palavra, exorta-nos a não desfalecer, não desistir, nem desanimar. Como Pai amoroso que é, não quer ver seus filhos derrotados, prostrados, vencidos: “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não fatigueis, desmaiando em vossas almas” (Hb.12.3).

O desânimo pode impedir as realizações dos homens, pode conduzir-nos à depressão, revolta, murmuração, abatimento, fracasso, ou levar-nos a desistir da luta quando estamos prestes a vencê-la; pode fazer-nos abandonar a corrida a poucos metros da linha de chegada.

O desânimo não é algo extraordinário no ser humano; É um reflexo de nossa finitude, da nossa fragilidade e transitoriedade. Deus ”conhece nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl. 103.14).

Se nos sentirmos desalentados, certamente não seremos os primeiros, Moisés, Elias, Jonas, Paulo e muitos outros homens determinados e consagrados tiveram fases de abatimento.

Deus não promete livrar-nos desses momentos, Ele sabe que podermos superá-los e tirar lições deles, mas compreende, com amor, o desânimo do nosso coração, todavia, não devemos nos entregar a tal sentimento, precisamos Ter muito cuidado para que isso não aconteça!

Os servos de Deus que se sentiram abatidos em determinado momento não se entregaram ao desânimo.

Os heróis que tropeçaram não ficaram caídos, mas reergueram-se, prosseguiram, perseveraram. A perseverança é uma qualidade indispensável a todos os que desejam ser vitoriosos na vida. O Senhor Jesus ensina que devemos perseverar nas lutas, no trabalho, nos relacionamentos, na oração. Não há vitória sem luta, assim como não há conquista sem persistência. Não podemos desistir.

 
Experimentar o desânimo é um direito. Superá-lo é um dever. Entregar-se a ele é um pecado.

Quando nos entregamos ao desânimo: derrotados, pessimistas, achamos tudo muito árduo, muito difícil; enxergamos problema em tudo, desprezamos todas as ofertas de ajuda.
O Senhor está ao nosso lado, Ele não remove os obstáculos do nosso caminho, mas promete-nos sua força e sua companhia para que os ultrapassemos; Ele nos oferece os recursos de que precisamos para seguir em frente, cumprir a missão e vencer os inimigos, mas ele também requer de nós disposição, coragem, fé e reconhecimento.

“Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo o quanto te ordenar; não desanimes diante deles, para que eu não te desanime diante deles” - Jr. 1.17 .

Se não valorizarmos o auxílio divino, nós o perderemos, precisamos orar sempre e nunca esmorecer; temos de desabafar, abrir o coração e pedir ajuda àquele que tem todo o poder e todo o amor para ajudar-nos:“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas orças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (I Co. 10.13).

Mesmo quando não vemos a saída, precisamos perseverar, quando oramos e não vemos sinal imediato de resposta, somos tentados a sentirmo-nos desencorajados, magoados, desesperançados; mas, devemos continuar orando, trabalhando e pedindo; Não podemos desistir da luta, pois a solução certamente virá.

Deus aprecia que o procuremos com nossos pedidos de justiça. É ele mesmo quem o declara! “Julga a minha causa contra o meu adversário”, foi o clamor da viúva.

E quanto a você? Tem inimigos também? Eles o estão afligindo? Quem são os seus adversários? O diabo, os perseguidores, a penúria, a doença? Ou será você mesmo?

Não importa; vá a Deus, persevere, ele lhe fará justiça! Busque-o, não desanime, recorra ao Senhor.



Somos os escolhidos de Deus, não é do interesse dele que desanimemos, mas que nos fortaleçamos, vençamos e, através da luta e da perseverança, amadureçamos.

Deus diz que nos atenderá antes de desfalecermos.

Entregar-nos ao desânimo e afundar na apatia é o mesmo que chamar o Senhor de mentiroso.

Na vida, a única forma de perdermos a batalha é deixar de lutar, nossos adversários sabem disso e lançam mão de todas as armas para nos fazer desistir, se, porém, tivermos fé na vitória, fé em nós mesmos e, principalmente, fé em Deus, não haverá montanha por maior que seja que não consigamos remover.

A falta de fé caracteriza tanto os dias de hoje e retrata tão bem os tempos do fim, que muitas pessoas se dão por vencidas quando poderiam, perfeitamente, vencer.

Vamos deixar aos pés do Salvador todo o desânimo.

A HERANÇA PODE SER SUA

 

A HERANÇA PODE SER SUA


Conta-se que certo rei, sem filhos, ao fazer uma caçada, deparou-se com uma criança órfã de pai, que morava num casebre.

Percebeu, de imediato, tratar-se de um garoto muito inteligente. E, sem que o menino o soubesse, o monarca solicitou à pobre mãe que lhe permitisse educá-lo.

Ignorando quem era o seu benfeitor, o garoto começou a estudar nas melhores escolas.

Aos 21 anos, já advogado foi levado ao palácio e apresentado ao rei, que o declarou seu herdeiro e sucessor do trono.

Aquele jovem jamais imaginara que um dia seria o substituto daquele que o encontrara faminto e descalço em plena floresta. Ele havia sido adotado como filho do rei.

Você talvez esteja pensando como seria feliz se tivesse tido a sorte desse garoto.

Provavelmente, também esteja pensando em ganhar sozinho o grande prêmio, e realizar todos os seus desejos.

Se este sonho, porém, se tornasse realidade, depois do primeiro momento de euforia, viria a frustração e a certeza de que tudo no mundo é ilusão.

Mas a herança que Deus lhe oferece não é terrena nem perecível, mas eterna e celestial.

Trata-se da salvação que lhe foi concedida por Jesus. Ele derramou o seu sangue na cruz do Calvário para garantir-lhe o direito de ser filho de Deus.

E, num futuro bem próximo, o Salvador lhe dirá “Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).

O apóstolo Paulo declara: “E se somos filhos, somos logo herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo” (Rm 8:17). Isto significa que toda a riqueza celestial será dividida entre Jesus, o Filho amado de Deus, e todos os que o aceitam como Salvador.

Você deseja ser realmente feliz?

Aceite a Jesus como Salvador, e torne-se um herdeiro de todas as riquezas que Jesus lhe conquistou: a salvação de sua alma, a paz, a confiança, libertação completa.

“ESTA É A MAIS VALIOSA DAS HERANÇAS!”

VIDA DIGNA E HONRADA

 

VIDA DIGNA E HONRADA


A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. (Pv. 16:18)

Em sua soberba os discípulos queriam destruir aquele que lembravam as suas falhas e fraquezas em não poderem expulsar o demônio do menino.

O ser humano, por natureza egoística e pecado congênito, esperam coisas e sinais espetaculares.

"... Então, alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe dará outro sinal, senão o do profeta Jonas, (Mc 12:38-39).

Qual o maior milagre, a não ser o coração de um homem transformado pela palavra de Deus, e que possa levar uma vida digna e honrada não só diante dos homens, mas diante de Deus.

Outro ensinamento dado por Jesus foi à parábola das sementes. Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio (Mt 13.24-28).

A semeadura do joio foi feita por um só homem enquanto os discípulos dormiam, contudo na hora de arrancar o joio, todos queriam todos estavam prontos; ou seja, para trabalhar, semear o evangelho seriamente na seara do Senhor poucos são voluntários, mas para criticar, difamar ver os defeitos, votar contra, todos estão pronto.

Contudo sabemos que todo o trabalho na seara do Mestre, o alvo é a expansão do reino dos céus ".. Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas... (Mt. 6:33);

É na definição de suas intenções em toda as suas obras, que se torna legítima sua vida cristã.

"...João Batista afirma: É necessário que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30);

"...Sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” (Rm 6:6)

A confirmação do reino dos céus, não consiste somente em realizar milagres e prodígios; em orar e Deus curar; estas maravilhas são bíblicas e mandamentos do Senhor Jesus; contudo não podem ser objetos de comércio para elevar a honra humana; mas, sobretudo em transformar vidas acorrentadas por satanás, para ter uma nova vida em Cristo Jesus.

"... E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. (Mt 3:10)"

O valor de um milagre, não se mede pelos resultados espetaculares, ou pelo impacto que ele possa causar, mas sim, pela grandeza e transformação do que ele possa produzir;

Jesus disse para aquele paralítico que foi descido pelo telhado..."perdoado estão os teus pecado e "...não.... vá usufruir o milagre da cura", a razão maior do milagre não foi à cura, e sim o perdão dos pecados.

".. E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico..., perdoados estão os teus pecados. (Mc2.5).

A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.( Pv 29:23) Vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria. (Pv 11:2).

O TEMOR DO SENHOR


 


O TEMOR DO SENHOR

Existe uma coisa chamada temor do Senhor. Quando estamos falando em bênção, referimo-nos ao temor do Senhor.
Temer ao Senhor não é ter medo d´Ele. Deus é pai. Quando você vai mergulhando no coração paterno de Deus, você vai compreendendo o Seu amor, o Seu carinho.
O Senhor disse: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7:11.)
Deus é Pai e, como tal, ama e disciplina, como está escrito na carta aos Hebreus 12:7: “É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?”
Temor não é ter medo de Deus, é ter respeito, reverência, é aquela paixão amorosa, aquele respeito que extravasa de maneira tão grande.
Está escrito no Salmo 34:11: “Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.”
O temor do Senhor precisa ser aprendido, precisa ser vivenciado. O versículo 7 deste mesmo Salmo diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra.”
A falta é um sintoma de que alguma coisa está errada em nossa vida. A falta é como a febre. Febre não é doença. É apenas um sintoma. Coloca-se o termômetro e constata-se: 37, 38, 39 graus. Por meio da febre sabemos que alguma coisa não está bem. A febre é um sintoma para mostrar que há alguma infecção, alguma doença no organismo.
No mundo espiritual, a falta é um sintoma de que alguma coisa na nossa vida espiritual não está indo bem.
O Salmo 23 começa dizendo: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” Se está havendo falta, alguma coisa não está funcionando corretamente.
O Salmo 34:9-10 completa, dizendo: “Temei o Senhor, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem. Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam ao Senhor bem nenhum lhes faltará.” Deus não deixa faltar nada. Tudo que vem d´Ele é grande, é abundante. NEle há abundância de alegria.
Deus podia ter feito o mundo de uma só cor, mas ele é abundante nas cores. Podia ter feito todas as pessoas iguais, mas não as fez. Somos todos parecidos, mas não iguais. Somos diferentes. Deus é criativo. Veja o que está escrito em Provérbios 15:16: “Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro, e com ele a inquietação.”
Pr. Márcio Valadão

terça-feira, 3 de agosto de 2021

A ARTE DE PERMANECER CASADOS

 

A arte de permanecer casados

O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao Senhor dos Exércitos. Ainda fazeis isto outra vez, cobrindo o altar do Senhor de lágrimas, com choro e com gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão. E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobrava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência para Deus. Portanto guardai-vos em vosso espírito, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o repúdio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais. (Malaquias 2:12-16)

 “…Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade”.  (Malaquias 2.15)

Ao estudar esta lição, você se dedicará de modo sábio e cristão à manutenção de um casamento saudável. A lição de hoje trata de alguns princípios sobre a manutenção do casamento:

1. Casamentos são realizados com a previsão de durarem a vida toda.

2. Os casamentos não duram a vida toda naturalmente, sem algum esforço e cuidado.

3. Devemos descobrir e tomar atitudes claras e eficazes para que o casamento seja durável.

O estudo da lição não tem a intenção de acusar ou trazer um peso ainda maior aos que experimentaram o divórcio.

O fato é que mesmo as pessoas que passaram por divórcio entendem que o casamento é feito para durar toda a vida.

Também não teremos segredos garantidos e fáceis para as pessoas permanecerem casadas, mas alguns princípios que tenham fundamento na palavra de Deus, e que poderão ajudar na construção de casamentos mais saudáveis e mais duráveis.

Quando alguém assume um grande compromisso, geralmente, espera que logo acabe. Do outro lado, quando alguém aceita um compromisso de longa duração, espera que o valor do compromisso esteja diluído de tal maneira que se torne bastante pequeno, aceitável.

No casamento, as duas dimensões estão presentes: trata-se de um compromisso intenso e, ao mesmo tempo, um compromisso extenso, para toda a vida.

Nossa lição evitará o trabalho de defesa da durabilidade do casamento, e se dedicará a oferecer orientações básicas que ajudem as pessoas “na arte de permanecerem casadas”.

I. Casamentos duráveis demonstram presença equilibrada de amor e compromisso (Mc 10.7-8)

Aqueles que são casados há muitos anos, geralmente, testemunham que “só o amor não sustenta uma relação”.

Aqueles que se separaram um dia demonstram na prática que “só o compromisso não sustenta uma relação”.

Ainda assim, ambos concordarão que uma relação duradoura depende tanto de amor como de compromisso – muito amor, e compromisso firme!

A maneira bíblica de descrever compromisso no casamento está na célebre frase proferida em Gênesis (2.24-25) e pelo próprio Senhor Jesus:

“Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe e unir-se-á a sua mulher, e, com sua mulher, serão os dois uma só carne” (Mc 10.7-8).

Duas expressões são especialmente contundentes ao ensinarem a intensidade do compromisso: “unir-se” e “uma só carne”.

Segundo os estudiosos, “unir-se” tem o significado de um elo forte que não será jamais quebrado, envolvendo duas características: lealdade inabalável e amor ativo, permanente, que não desiste.

Do outro lado, tornar-se uma só carne (que inclui relação sexual e todas as dimensões adicionais afetivas e físicas) significa uma natureza de união tão forte que seria impossível desunir (separar, cortar, dividir) sem que marcas profundas sejam manifestas.

Para se ter uma ideia da natureza desse modelo de união, a Bíblia o chama de mistério e declara ser essa a representação mais completa do relacionamento entre Cristo e Sua igreja (Ef 5.31-32).

Um compromisso de tamanha magnitude e com tamanhas implicações não é assumido com facilidade. Por isso, alguns chegam a temer o casamento.

A base do comprometimento tem que ser o amor, pois ele expulsa o medo (1Jo 4.18 NVI). Desse modo, enquanto o compromisso dá sustentação para o sentimento de amor, o amor torna possível a manutenção do compromisso.

II. Casamentos duráveis pedem manutenção sistemática

A atitude própria de todas as pessoas que adquirem um bem durável é programar-se para o natural cuidado de sua manutenção. Assim fazemos quando adquirimos uma casa, um carro ou mesmo algum eletrodoméstico.

Na verdade, até mesmo a garantia da maioria dos bens depende de sua manutenção adequada.

O mesmo acontece quando se deseja construir um casamento durável. Sem manutenção adequada, os casamentos se tornam vulneráveis e frágeis.

Entre as diversas formas de se cuidar da manutenção de um casamento, duas serão destacadas aqui.

1. Disposição e capacidade de lidar com conflitos

Podemos evitar muitos dos conflitos que surgem no casamento bastando para isso uma atitude mais cuidadosa por parte de cada um de nós. A disposição para aceitar as diferenças, por exemplo, diminui de modo decisivo o potencial de um casal para se envolver em conflito – homens são diferentes de mulheres (que bom!), pessoas criadas na família “A” são diferentes de pessoas criadas na família “B”, e assim por diante.

Nossas diferenças se manifestam na maneira como reagimos aos problemas, na escala de valores da família, no gosto por alimentos, ambientes, humor e de tantas outras maneiras.

Há casais que não conseguem conviver porque um dos cônjuges deseja mudar o outro e fazê-lo ser exatamente igual a ele. Há casos em que a disposição para “implicar” com o outro e com a maneira de ele ser e perceber as coisas acaba por tornar insustentável a vida comum.

O texto de 1Pedro 3.1-7 (NVI) oferece exemplo de postura favorável para lidarmos com as diferenças quando orienta as mulheres cristãs a tratarem até mesmo com um marido que não obedece à Palavra: “Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês” (v.1-2).

 O ensino alcança diversas áreas da vida familiar, e orienta também os homens a serem sábios no convívio com a própria esposa… “e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e coerdeiras do dom da graça da vida…” (v.7).

2. Habilidade de lidar com mudanças necessárias e inevitáveis

Além das questões que podem ser vistas como “diferenças”, o casamento inclui enganos, erros e pecados por parte dos membros da família. O fato é que somos pecadores!

A maneira como lidamos com os nossos próprios erros e com os erros do cônjuge será fundamental para definir a continuidade saudável do casamento. Isso significa aprender a pedir perdão (embora os exemplos bíblicos sejam tantos, temos a tendência de achar que é humilhante pedir perdão, e acabamos optando por atitudes prejudiciais ao casamento, como negar, “deixar o tempo passar”, ficar irritado quando confrontado, culpar o outro, etc.), ter capacidade para entrar em acordo com o outro e disposição para perdoar.

A Bíblia nos ensina que devemos ser “uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Ef 4.32).

Do outro lado, se existe um lugar em que deve ser aplicado o ensinamento de Jesus a Pedro segundo o qual devemos perdoar nossos irmãos até “setenta vezes sete”, esse lugar é no casamento.

 

A atitude de perdão, segundo a Bíblia, é antecedida por uma cuidadosa advertência contra os pecados relacionais que nos dividem e fazem nascer conflito.

Em Efésios 4.25-31, somos exortados a ser cuidadosos para “não mentir uns aos outros (v.25), não nos entregar à raiva de uns para com os outros (v.26-27), não roubar uns dos outros (v.28), não dizer palavras que machuquem uns aos outros (v.29), e viver (inclusive em casa) de maneira que permaneça “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia” (v.31).

III. Casamentos duráveis recebem investimentos constantes

Um casamento saudável não se sustenta “naturalmente”, sem investimento.

1. De natureza física

Resumidamente, o investimento no casamento inclui o cuidado com o corpo (higiene, saúde, aparência…) e o uso de todas as potencialidades do corpo, incluindo as expressões físicas de carinho (de caráter sexual ou não).

 2. De natureza emocional

Podemos investir no casamento também por meio do uso adequado das emoções, especialmente quando oferecemos ao outro a segurança de que é importante, especial, alvo de amor. O livro de Cantares tem sido usado como um verdadeiro manual de investimento físico e emocional no casamento.

 

3. De natureza espiritual

Felizes são os casais que oram um pelo outro e juntos, que leem a Bíblia e cultuam juntos e que, especialmente, são capazes de aplicar os ensinamentos da palavra de Deus nas atitudes diárias e em todas as dimensões do relacionamento conjugal (veja Tg 1.22).

A Bíblia trata bastante desse tipo de relacionamento de cumplicidade e proximidade.

 

Eclesiastes 4.9-12 registra que “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.

Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?”

Provérbios 31 apresenta uma mulher chamada de virtuosa e diz que a vida em família é muito agradável, entre outras razões, porque o marido confia na mulher (v.11), e “ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (v.12).

1Coríntios 13 lembra-nos ainda que, havendo amor, há paciência nos momentos de sofrimento, confiança, e disposição para esperar e suportar as eventuais lutas da vida (v.7).

Vale a pena observar alguns conselhos apresentados pelo Dr. Ed Wheat no livro O Amor que não se Apaga.

a. Nada é tão essencial qual a saúde de seu casamento e o desenvolvimento de união entre vocês.

 

b. Concentrar-se no conhecimento mútuo e em construir um relacionamento íntimo agrada ao Senhor.

 

c. É necessário tempos juntos para lançar adequadamente os alicerces do casamento.

 

d. É essencial que o marido aprenda a satisfazer às necessidades da esposa.

 

e. O conhecimento do cônjuge é necessário a fim de ver segundo os padrões bíblicos. Você deve conhecê-lo em profundidade se quiser amá-lo, compreendê-lo e encorajá lo.

 

f. Os cônjunges devem ser companheiros de equipe unidos para servirem a Deus eficazmente. Para vocês se tornarem uma equipe, é preciso tempo e colaboração numa atmosfera tão livre de distrações quanto é possível.

 

g. De acordo com a sabedoria de Criador, o primeiro ano é crucial em todo casamento, devendo ser vivido com cuidado e prudência.

 

Conclusão

Nesta lição estudamos sobre a arte de permanecer casados – um casamento durável, para a vida toda. Dois lembretes são importantes. Primeiro, que a vida é curta, e devemos gozá-la com discernimento e alegria, sempre que possível, na companhia da pessoa com quem nos casamos.

Segundo, que não basta ter um casamento duradouro. É preciso viver bem, com alegria e felicidade. Mais do que aparências e convenções sociais, é preciso construir relacionamento saudável e feliz, de modo que permanecer casados seja um privilégio, uma alegria, e não um dever enfadonho e sofrido.

 

O ACASO NÃO EXISTE

  O ACASO NÃO EXISTE  "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamad...