quinta-feira, 1 de março de 2018

AS PALAVRAS TEM PODER?



AS PALAVRAS TEM PODER?
Muito se fala no meio cristão que as palavras tem poder de gerar maldição ou benção
É verdade que as palavras têm poder?
Uma vez no começo de minha caminhada cristã fui orientado por um amigo meu que frequentava uma igreja evangélica que eu só deveria dizer palavras profetizando coisas boas, dizer palavras que atraíssem aquilo que eu queria para minha vida, pois as palavras têm poder.
Ele me repreendeu porque eu comentei que minha filha era muito arteira e desobediente e eu dizia palavras negativas pra ela.
Ele me disse que eu não deveria dizer aquilo porque estava profetizando sobre minha filha que ela teria mal comportamento.
Afinal, as palavras têm poder mesmo?
Precisamos de certo equilíbrio nessa questão para avaliar se realmente as palavras têm poder e que tipo de poder é esse que elas têm.
Sabemos que as palavras que saem da nossa boca não têm um poder sobrenatural de realizar nada, pois, caso tivessem, poderíamos, por exemplo, começar a dizer agora mesmo para a violência acabar, para as guerras deixarem de existir, para as doenças serem curadas, etc.
Resolveríamos todos os problemas do mundo, não é verdade?
Sabemos que não temos esse poder através de simplesmente mencionar palavras.
Ao mesmo tempo, podemos notar que as palavras têm poder de trazer consequências boas ou ruins dependendo da forma com que são mencionadas.
Por exemplo, um pai que somente critica o filho poderá prejudicar a confiança do filho e trazer tristeza ao coração dele.
Um marido que nunca elogia sua esposa, antes, só a menospreza com palavras, poderá trazer problemas ao seu casamento.
Alguém que usa as palavras de forma ríspida arrumará muitas brigas. Uma pessoa que é acostumada a usar palavrões pode magoar alguém.
Uma pessoa que fala demais poderá ser taxada de fofoqueira. Esse é o tipo de “poder” que as palavras têm.
O fato de fazer um comentário com seu amigo sobre o comportamento ruim de seu filho não trará nenhum mal “sobrenatural” ao seu filho.
As palavras não tem poder de fazer isso. Isso é besteira. É dar um poder que a palavra não tem.
Será que se fosse o contrário, você ficar somente falando para seu amigo (mentindo) que seu filho é muito bom, que sempre faz a lição, que não dá nenhum trabalho, fará com que seu filho tenha todas estas qualidades?
Evidente que não! Para ele ser assim seu trabalho será muito maior do que dizer apenas algumas palavras positivas.
É importante observar que a Bíblia traz orientações sobre as palavras que dizemos para que a usemos com sabedoria e aproveitemos esse poder que as palavras têm.
Ela nos diz que não devemos usar palavrões, que nossas palavras devem edificar e transmitir graça aos que ouvem:
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.”
(Efésios 4:29).
Também diz que nossas palavras devem ser equilibradas e sensatas: “Tenham uma conversa agradável e sensata, pois assim vocês terão a resposta certa para todo o mundo.”
(Colossenses 4:6).
E traz outras diversas orientações sábias para o bom uso das palavras.
Por exemplo em Provérbios 12:6; Pv 14:23; Pv 15:23; Pv 24:26.
Assim, podemos concluir que as palavras têm poder, mas não um poder sobrenatural como alguns insistem em pregar, mas um poder de gerar consequências boas ou ruins dependendo de como são usadas.

AÇÃO E REAÇÃO



AÇÃO E REAÇÃO
O que Jesus quis dizer com dar a outra face?
Não podemos reagir?
Um dos ensinos de Jesus que deixam pessoas confusas é quando Ele mandou dar a outra face quando alguém nos ferir.
Sabemos que muitas reações são instantâneas dependendo o perfil de cada pessoa, todos tem momentos de calma e momentos de ira, que podem ser descontrolados
Algumas pessoas se aproveitam dos cristãos por causa disso e causam violências a eles, os fazem de bobos, pois acham que cristãos são bobos que tem sempre que dar a outra face, que devem sofrer.
É isso mesmo que Jesus quis que fizéssemos?
Os ensinos de Jesus são sempre desafiantes, não só quanto ao entendimento correto deles, mas também quanto a prática deles no dia a dia.
Mas hoje vamos aprender o que realmente quer dizer dar a outra face para que fique clara a intenção de Jesus nesse ensino.
(1) O famoso texto onde Jesus ensina sobre dar a outra face está em Mateus 5:39: “Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”.
A primeira coisa a entender é que esse texto está inserido no trecho que vai do verso 38 até o 42 e que fala sobre vingança pessoal.
As leis do Antigo Testamento sobre punição de erros de uma pessoa tinham o objetivo de adequar a punição ao erro cometido para evitar excessos.
É o princípio da proporcionalidade. Porém, aos poucos, as pessoas começaram a achar que a vingança pessoal era aceita por Deus evocando o “olho por olho, dente por dente”
fora da intenção original do mandamento que Deus deu. Jesus está combatendo isso.
(2) Os servos de Cristo deveriam ser capazes de controlar a sua reação quando fossem insultados ou agredidos.
Dar a outra face é não se render a vingança pessoal, mas ser sábio na forma de reagir às injustiças e violências sofridas, de forma que Deus seja glorificado em nossas ações e reações.
Quando reagimos pagando o mal com bem impactamos as pessoas com um forte testemunho a respeito da ação de Deus em nossas vidas.
Quando pagamos o mal com mal apenas mostramos que somos iguais aos que nos agridem. Esse é o foco principal do ensino de Jesus.
O que Jesus NÃO QUIS DIZER com dar a outra face?
(3) Dar a outra face não quer dizer que devemos nos manter em uma posição de sermos agredidos sempre.
Jesus não está nos mandando estar sempre diante de quem nos agride nos apresentando a esse tipo de pessoa como um saco de pancadas.
Quando somos agredidos pagamos o mal com o bem, mas tomamos providências para que tais situações não ocorram novamente como, por exemplo, estar a certa distância do agressor ou mesmo buscar reparação na forma da lei através da justiça.
(4) Dar a outra face não significa abrir mão de nossos direitos.
Temos, por exemplo, o apóstolo Paulo, diante de uma situação injusta que viveu, apelando para que fosse julgado por César, pois tinha direito a isso como cidadão romano que era:
“Caso, pois, tenha eu praticado algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer; se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém, para lhes ser agradável, pode entregar-me a eles. Apelo para César” (Atos 25:11).
Paulo não escolheu a vingança pessoal, antes, colocou o caso nas mãos de quem era apto para julgar a questão, cumprindo assim o ensino de Jesus.
Isso nos mostra que dar a outra face não significa que temos de abrir mão de nossos direitos legais. Podemos recorrer a eles quando isso for justo.
(5) Dar a outra face não é aguentar injustiças calado. Quando somos injustiçados de alguma forma (ou vemos outros sendo injustiçados), devemos reagir de modo cristão (sem sermos vingativos), com mansidão e perdão se for o caso, porém, certas injustiças não devem ser aguentadas dia após dia de forma passiva.
Jesus ensinou Seus discípulos que são “bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça” (Mateus 5:10), o que implica em estarmos buscando sempre viver e agir em prol da promoção da justiça nesse mundo. Agir dessa forma não quebra o ensino de Cristo de dar a outra face.
(6) Finalizo dizendo que a maioria das afrontas que vivemos no dia a dia nos instigará a nos vingar do ofensor com nossas próprias mãos.
Esse é o curso natural do homem pecaminoso. Mas Jesus nos chama a reagirmos com perdão e uma gigantesca ousadia dando a outra face, fazendo com que o ofensor seja impactado com o poder de Deus que emana das boas ações.
Se o caso for grave podemos saber que existe um Deus justo vendo tudo e que a punição pertence a Ele: “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:19)

SE ARREPENDIMENTO MATASSE



SE ARREPENDIMENTO MATASSE
Na Bíblia, o pecado é apresentado de duas maneiras:
É a transgressão da Lei: “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei.”
- 1 João 3:4.
Faz parte da natureza humana: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram”. - Romanos 5:12.
Estudando os dois textos, em primeiro lugar, descobrimos que pecamos quando não cumprimos a Lei de Deus.
Vejamos alguns exemplos: Assim, quando mentimos, roubamos ou cometemos adultério, estamos em pecado.
Em segundo lugar, percebemos que, desde o primeiro pecado no Éden, a natureza humana tem se degradado.
Vivemos em um estado de “entropia” física e espiritual.
O homem, que antes era parecido com Deus, ficou completamente mudado.
A prova disso é que vivemos em constante conflito e temos dificuldade para gerenciar nossa própria vida.
Viciamos em coisas ruins, gostamos de comer o que é prejudicial à saúde e cultivamos relacionamentos deficientes, baseados no egoísmo, onde só “meu prazer” é que conta.
Prometemos “um milhão de vezes” que vamos mudar, mas não mudamos.
O apóstolo Paulo definiu bem essa realidade, quando declarou: “O que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo... Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” - Romanos 7:19 e 24
Somos escravos de fazer o que não queremos. Vivemos prometendo melhorar, mas, para nós, TORNOU-SE NATURAL PECAR e tornou-se ANTINATURAL NÃO PECAR.
NASCEMOS ESCRAVOS DO PECADO.
Mas existe uma saída para o problema do pecado.
Pense comigo:
Se Deus criou o mundo perfeito;
Se Ele ofereceu ao homem liberdade de escolha;
Se o homem abandonou a Deus para escolher a Satanás e, por isso o pecado entrou no mundo;
Se nascemos neste mundo “acorrentados” e estamos condenados à morte eterna;
E se Deus ofereceu uma alternativa através da morte de Cristo na cruz...
Então, a decisão certa é ACEITAR o sacrifício de Cristo e MANTER um relacionamento íntimo com Ele.
Você sabe como isso acontece? Bem, você começa a estudar a Bíblia, sente Deus se comunicando com você através dela e corresponde ao chamado, abrindo o coração e a mente.
Com sua permissão, Deus puxa você para perto dEle e sua visão da vida passa a ser diferente. Você vai se libertando. Este processo de libertação causa certo desconforto inicial, pois ao mesmo tempo em que Deus está puxando você para cima, Satanás puxa para baixo.
Esta é uma fase de transformação, libertação. Mas não se desespere se começar a sentir como se fosse ser “partido ao meio”, pois é exatamente aí que a corda arrebenta do lado mais fraco e você está livre nas mãos de Deus.
Jesus tem nos chamado a viver uma nova vida e somente Ele pode nos libertar do pecado: “... assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens.” Romanos 5:18. É muito bom saber que podemos contar com Jesus, sua graça e seu perdão.
Para entender o que é perdão, é necessário compreender o verdadeiro sentido da palavra. “Perdão” significa “perda”, uma GRANDE PERDA.
Sabe por que é tão difícil perdoar alguém?
Porque, para perdoar, você precisa perder algo. Quando você escolhe perdoar uma pessoa que lhe feriu, você está escolhendo perder.
Jesus mostrou o verdadeiro sentido do perdão. Ele deixou o Céu, deixou Sua glória e desceu para viver nesta Terra como um de nós. E aqui, deixou Sua própria vida em sacrifício pelos nossos pecados, dando-nos uma nova chance.
A Bíblia diz que Jesus “passou por todo o tipo de tentação, porém, sem pecado.” - Hebreus 4:15.
Ele nunca pecou, então, Ele não merecia morrer. Entretanto, Ele teve a morte mais violenta que alguém pode ter. Ele pagou por algo que não fez.
Você sabe quais foram as últimas palavras de Jesus na cruz?
Veja o que está escrito em João 19:30: “Jesus disse: ‘ESTÁ CONSUMADO’!” (ênfase acrescentada). No original grego, o termo “consumado” é “tetelestái”, que quer dizer “está pago”.
O salário do pecado foi pago com a morte dAquele que não teve pecado. Por isso, está escrito: “Porque o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que vocês herdaram de vossos pais, não foi com coisa que com o tempo perde o valor, como prata ou ouro, mas custou a vida e o sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus, puro e sem pecado.”
- 1 Pedro 1:18 e 19
Ao saber que Jesus pagou o preço do pecado, qual deve ser sua atitude? Continuar pecando? Veja o que Jesus disse à mulher apanhada em adultério: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” João 8:11
No tempo em que eu era menino, detestava quando minha mãe me batia e me colocava de castigo.
Às vezes, ela me chamava para conversar e me explicava tudo o que eu tinha feito de errado; isso era pior ainda, porque eu sabia que teria que pedir desculpas.
No início da conversa, eu sempre sentia raiva da minha mãe, mas depois, a raiva sumia e o amor por ela aumentava ainda mais.
Você já percebeu como é difícil se arrepender e pedir perdão a alguém? Segundo a Bíblia, existem dois tipos de arrependimento: o causado pela TRISTEZA SEGUNDO O MUNDO e o causado pela TRISTEZA SEGUNDO DEUS
(2 Coríntios 7:10).
O primeiro envolve a tristeza por ter de sofrer as conseqüências do erro cometido. Isso tem a ver com remorso, com fuga.
Um exemplo é a atitude de Judas, que ficou horrorizado com as conseqüências de seu ato: “Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso... e, saindo, foi e enforcou-se.” - Mateus 27:3-5.
O segundo arrependimento é aquele que o Espírito Santo produz em nosso coração, levando-nos a reconhecer nosso erro e a tomarmos a decisão de não cometê-lo mais.
O arrependimento verdadeiro pode ser visto na postura de Pedro que, depois de negar a Cristo, “se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: ‘Antes que o galo cante, você me negará três vezes’. E, saindo dali, chorou amargamente.”
- Mateus 26:75.
Após experimentar o verdadeiro arrependimento, aquele que tinha negado seu Mestre tornou-se um destemido pregador. Pedro teve sua vida transformada pelo Espírito Santo e nunca mais foi o mesmo. Ele experimentou uma mudança de rumo em sua vida.
Conversão
Fazemos muitas ESCOLHAS na vida. Quando decidimos pelo errado, sofremos as CONSEQÜÊNCIAS. A partir daí, temos duas opções: ou nos afundamos no remorso ou nos arrependemos e confessamos o nosso erro a Deus.
Se pedirmos sinceramente Seu perdão, a Bíblia nos garante que “ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” - 1 João 1:9.
Todo esse processo nos levará a uma mudança em nossa natureza. Isso é CONVERSÃO. “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados”. -
- Atos 3:19
Conversão é obra do Espírito Santo e produz uma mudança de direção em nossa vida.
Em sua vida existe alguma coisa que separa você de Deus?
Algum pecado escondido que precisa ser confessado e abandonado?
Você já experimentou a conversão em sua vida?
Deus quer tocar o seu coração agora e quer lhe dar o verdadeiro arrependimento.
Ore, confesse seus pecados a Deus e peça a Ele uma nova natureza!
“Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR e tu perdoaste a culpa do meu pecado.” - Salmo 32:5.
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O PREÇO DO PRESENTE



O PREÇO DO PRESENTE
A Bíblia conta a história de um homem que começou buscando a salvação da maneira errada, mas depois encontrou o caminho certo.
Saulo foi educado pelos melhores mestres da sua época e seguia fielmente todos os costumes judaicos.
Numa de suas cartas, ele se descreveu: “Circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu; quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível.” - Filipenses 3:5 e 6.
Ele era um LEGALISTA.
O legalista concentra sua atenção no comportamento e, em geral, se torna um fanático.
Saulo era um fanático e perseguia os cristãos, aqueles que acreditavam na morte e ressurreição de Jesus.
Era difícil, para Saulo, entender como Jesus poderia ser verdadeiramente o Messias.
Para ele, o Filho de Deus não comeria com pecadores, não convidaria iletrados pescadores para ser Seus discípulos e, muito menos, perdoaria uma prostituta apanhada em adultério.
Talvez você esteja pensando que Saulo era um homem mau.
Não! Ele era muito sincero, mas estava sinceramente errado.
Hoje, isso também acontece com muitas pessoas. Mas Deus, que conhece os corações, conhecia a realidade do coração de Saulo e sabia que ele queria encontrar a verdade
Certo dia, enquanto caminhava pela estrada de Damasco, Saulo teve uma experiência que transformou, para sempre, sua vida e a história do cristianismo.
Ele, que tinha certeza que a ressurreição de Jesus era uma farsa, de repente, encontrou-se com o próprio Jesus no caminho:
Por volta do meio-dia... estando eu a caminho, vi uma luz do céu, mais resplandecente que o sol... todos caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia em aramaico: “Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo?”... Então perguntei: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: “Sou Jesus, a quem você está perseguindo.
Saulo pensou que Jesus iria acabar com sua vida; no entanto, Jesus disse: “Agora, levante-se, fique em pé. Eu lhe apareci para constituí-lo servo e testemunha do que você viu a meu respeito e do que lhe mostrarei.” - Atos 26:16.
Atos 26:13-15.
Nesse encontro com Jesus, Saulo experimentou a graça e teve sua vida transformada. Ele “logo começou a pregar nas sinagogas que Jesus é o Filho de Deus.” Atos 9:20.
E Saulo, que era perseguidor dos cristãos, passou a ser chamado PAULO, o perseguido por causa do evangelho de Cristo.
Assim é a graça de Jesus em nossa vida. Você pode não se importar com Ele, pode rir, fazer piada e até perseguir quem O segue. Mas, de repente, Jesus se aproxima de você e diz:
“Filho, eu quero você! Eu o aceito. Eu o perdôo.”
Veja o que Paulo escreveu sobre a graça: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus.”Efésios 2:8.
A graça é um presente que Deus dá a você, é um favor imerecido. Para recebê-lo, você deve apenas aceitar esse dom. A graça é de graça!
Anos atrás, houve uma conferência na Inglaterra. O objetivo? Comparar as religiões. Teólogos do mundo inteiro debatiam para descobrir uma crença comum e exclusiva do cristianismo.
O debate prosseguiu durante algum tempo até que C. S. Lewis entrou no recinto... e ouviu a resposta dos seus colegas de que estavam discutindo sobre a contribuição única do cristianismo entre as religiões do mundo. Lewis respondeu:
“Oh, isso é fácil. É a GRAÇA
Cada religião apresenta um caminho para alcançar a salvação:
O budismo aponta para um caminho de oito passos;
O hinduísmo ensina a doutrina do karma;
O judaísmo prega a aliança judaica;
Os muçulmanos pregam o seu código de lei.
A graça de Deus não poderia ter sido inventada por alguém.
Ela vai contra cada instinto humano, é injusta aos nossos olhos. Deus deveria nos dar a recompensa que merecemos, e o que merecemos é a morte, “pois o salário do pecado é a morte”.
Nossa compreensão de justiça é limitada, mas a graça de Cristo está além do que a nossa mente finita pode compreender, porque “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Romanos 6:23.
Paulo entendeu que a salvação não pode ser adquirida mediante “obras da lei” (legalismo), ou seja, por guardar os mandamentos como um meio de salvação.
Ele percebeu que, apenas através da graça de Cristo, podemos ser justificados: “Visto que ninguém será justificado diante dele [Deus] por obras da lei... sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. Romanos 3:20 e 24
Enquanto prega-se a salvação através da caridade, de promessas de sacrifício feitas a Deus, e de outras trocas feitas com Deus, o Senhor nos chama para abraçarmos a
salvação “de graça".
Depois de sua transformação, Paulo começou a estudar e meditar nos ensinos de Jesus, sua vida de amor e serviço. E encontrou entre os ensinamentos de Jesus o seguinte: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.”
- João 14:15.
“Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço.” -
- João 15:10.
Inicialmente parecia antagônico aceitar a salvação de graça e ao mesmo tempo guardar os mandamentos, mas logo percebeu que Jesus unia lei e amor facilmente em Suas palavras.
No Sermão da Montanha, Jesus disse: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir.”
Mateus 5:17. Paulo entendeu que Jesus não desprezou a Lei:
“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” Romanos 3:31
Em outras palavras, Paulo está dizendo: “Quando amo a Jesus e tenho fé nEle, não estou anulando a Lei, mas confirmando-a através das minhas ações”.
Se Jesus não veio abolir, para que serve a Lei?
O Propósito da Lei
A Lei de Deus é a expressão do Seu caráter, tem as mesmas características do próprio Deus. Ela não necessita de reforma ou de atualização; é perfeita e útil para mostrar qual é a vontade de Deus.
Paulo escreveu: “De fato a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom.” Romanos 7:12.
Quando estamos em pecado, a Lei mostra nossa condição. Se ela não existisse, nunca saberíamos quando nos afastamos de Deus.
“Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei”. Romanos 7:7
A lei aponta o meu pecado! Mas ela não tem poder para apagar nossos erros - somente Cristo é capaz de fazer isso, através de Sua graça.
A Lei revela nossa necessidade de um Salvador: “De maneira que a lei nos serviu de aio [professor] para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.”
- Gálatas 3:24.
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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

FAMÍLIA EDIFICADA, TEMPLO EDIFICADO



FAMÍLIA EDIFICADA, TEMPLO EDIFICADO
O rei Salomão recrutou 30 mil homens para a construção do templo em Jerusalém, e então os organizou em turnos de revezamento para que não ficassem longe de suas casas (FAMÍLIAS) por longos períodos.
E o rei Salomão fez subir uma leva de gente dentre todo o Israel, e foi a leva de gente trinta mil homens; E os enviava ao Líbano, cada mês, dez mil por turno; um mês estavam no Líbano, e dois meses cada um em sua casa; e Adonirão estava sobre a leva de gente. (1 Reis 5:13-14)
Salomão dividiu os 30 mil homens em 3 grupos de 10 mil. Ou seja, quando 10 mil estava trabalhando num mês, os outros 20 mil estavam descansando com suas famílias em casa
De modo individual cada homem, trabalhava um mês e descansava dois meses.
Isto mostra a preocupação de Salomão com o bem estar de seus trabalhadores e a importância que dava à VIDA FAMILIAR
Salomão não pede para cada trabalhador que trabalhasse um mês e outros 2 meses fosse para o bar, tomar uma cerveja, relaxar e ficar com os amigos mais chegados jogando conversa fora e nem pede para eles irem pescar para aliviar o stress, ou jogar algum tipo de jogo ou irem para a balada, para se distraírem.
A ordem era "fiquem com as FAMÍLIAS em suas casas".
Que alegria cada trabalhador do templo saber que vai trabalhar um mês, e ficar dois meses com a FAMÍLIA reunida em casa, isto era gratificante e todos se alegravam com isso
A força de uma nação está diretamente relacionada à força de suas
FAMÍLIAS, que bem estruturadas só tem a ganhar
Salomão reconheceu sabiamente que o LAR deveria ser, sempre, a principal PRIORIDADE
Quando estruturamos nosso próprio trabalho ou organizamos os horários de outros, devemos ter cuidado com o impacto de nossos planos sobre a FAMÍLIA
Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. (1 Timóteo 5:8)
Do que adianta o cristão viver numa religião, não sair da igreja, participar de campanhas, conhecer todas as teorias da palavra de Deus e não praticar em casa
Ou seja, de nada adianta clamar, orar e jejuar pela família se não tivermos tempo de sentar com nossos ente-queridos, conversar, dialogar, resolver problemas, elogiar, aconselhar e manter um nível adequado de bons relacionamentos em amor e respeito mútuo
Salomão deu chance aos trabalhadores do templo, que era uma construção magnifica da época, o maior edifício já registrado para adoração a DEUS
Assim Salomão deu tempo pra eles compartilharem momentos agradáveis com a FAMÍLIA, o trabalho era pesado, carregar madeiras de um lugar para outro, em jangadas, embarcações, mas qualquer homem de bem com a FAMÍLIA iria estar bem disposto e animado para fazer tal obra
FAMÍLIA É TUDO, não basta apenas trabalhar no templo,cultuar a Deus no templo e negar a família, a nossa prioridade como HOMENS de Deus
É MANTER NOSSA FAMÍLIA BEM ESTRUTURADA antes de tudo...
Temos que fazer as duas partes, a espiritual, que é nosso enchimento com a palavra de Deus e a parte prática nosso bom relacionamento com a FAMÍLIA
A prioridade de Deus para nossas vidas é esta: DEUS, FAMÍLIA, TRABALHO E MINISTERIO (servir)

SERÁ QUE OS ELOGIOS ENGANAM?



SERÁ QUE OS ELOGIOS ENGANAM?
Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios. (Provérbios 27;2)
Cuidado com os elogios, muitas vezes eles camuflam nossa verdadeira identidade
Encontramos diariamente amigos falsos e muitos inimigos honestos
Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio." (Sigmund Freud)
Elogios, todo mundo gosta, não é mesmo?
Até mesmo nós, cavamos elogios, mas isto é perigoso!
As pessoas vão achar que a gente quer aparecer, se destacar dos demais, aí gera conflitos e crises de ciúmes
Reflitam!! Muitos de nós temos facilidades para fazer novos amigos. Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades.
É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de os respeitar.
Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo. Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina.
Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes.
Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante. Nossas ações estão sempre em direção aos ouvidos dos outros
Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro, igreja ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira.
É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, mágoa, ressentimento, das nossas queixas, das nossas reclamações e de tantos boatos e fofocas que ouvimos.
Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida. Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar.
O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afetos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza.
Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida.
Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto.
Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devem suportar tudo. E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos.
Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas.
Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim.
Por isso a amizade necessita, para se manter da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias.
Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade, caso contrário, nossos amigos se torna inimigos distantes.
Podes começar no teu ambiente de trabalho. Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito.
Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: por favor, muito obrigado.
Lembra-te de dizer bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.
Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia.
Bom dia, boa tarde, bom almoço, como vai?
Seja amigo de todos e espalha o perfume da amizade por onde vás e onde estejas.

MURMURAÇÃO X ORAÇÃO



MURMURAÇÃO X ORAÇÃO
Abra sua Bíblia e leia os textos que se encontram em Números 11:1-20, 31-34.
As pessoas têm reações diferentes diante das diversas situações que ocorrem no dia-a-dia, conforme as características de cada um.
Vamos destacar duas das principais reações, que fazem muita diferença na qualidade de vida e na espiritualidade saudável: a murmuração e a oração.
Essas duas reações estão presentes do nosso texto base, e as consequências de se adotar uma ou outra também estão muito claras na passagem bíblica.
1) Murmuração (v. 1; 4-6)
Murmuração é reclamação, insatisfação, resmungos e revolta.
Nos versículos 1 e 4-6 encontramos um exemplo bastante contundente de murmuração. Ali está o povo de Israel reclamando contra Moisés e Deus, julgando que sua situação era melhor quando escravo no Egito do que agora, que estavam prestes a entrar na terra prometida.
Para refrescar a sua memória, cabe lembrar que Israel viveu em escravidão no Egito por 400 anos, sofrendo uma terrível repressão, com açoites e maus tratos constantes.
Deus ouviu o clamor de Seu povo e enviou Moisés e Arão para libertá-lo. Esse objetivo foi alcançado após várias demonstrações do ilimitado poder de Deus, vindo as conhecidas dez pragas do Egito.
Logo depois da libertação, Deus continuou demonstrando Seu poder e protegendo Seu povo. Ele abriu o Mar Vermelho para que Israel passasse a pés secos, e fez o Mar se fechar engolindo o exército egípcio.
Deus enviou a nuvem que protegeu o povo do calor do sol, e também as colunas de fogo que evitaram que o povo morresse de frio. Leia o Livro do Êxodo e você verá quantas maravilhas Deus fez em favor de Israel.
Mas para Israel nada disso era suficiente. Tudo quanto Deus fez era esquecido rapidamente diante de algum problema que surgia. E lá vinham as reclamações, os choros, os lamentos.
Agora, Israel estava reclamando com saudades das comidas do Egito, e o alimento enviado por Deus, o maná, já era tido como algo desprezível, que não atendia aos desejos do povo.
Vejamos algumas características da murmuração:
a) É um sinal de ingratidão para com Deus
Deus fez coisas maravilhosas em favor de Israel, mas tudo isso era esquecido quando havia um problema, por menor que fosse. Era como se Deus precisasse fazer prodígios a cada minuto para manter a memória do povo fresca, caso contrário eles esqueciam tudo.
A murmuração nos impede de enxergar as bênçãos de Deus, pois nossos olhos ficam fixos em coisas transitórias, em situações que trazem alguma aflição temporária, e esquecemos de agradecer por tudo o que Deus faz por nós continuamente.
Há muitos crentes que passam o tempo todo reclamando.
Reclamam do trabalho, da esposa, do marido, dos filhos, do alimento, da saúde, da casa, do carro, do tempo, da Igreja, dos irmãos da Igreja, do som da Igreja, etc.
Essas pessoas não conseguem parar para agradecer a Deus por lhes conceder vida, pelo ar que respiram, não enxergam a bênção que é poder andar, falar, ver, ouvir e sentir. Ficam cegas para a bênção do trabalho e do sustento diário. Não conseguem lembrar de livramentos que o Senhor lhes concedeu.
Esquecem aquela cura que parecia impossível, aquela porta de emprego que foi aberta quando parecia que não havia mais opções.
A murmuração impede que os pais agradeçam a Deus por terem filhos saudáveis, ativos, e faz com que os filhos esqueçam a bênção que é ter pais responsáveis, que se preocupam com sua educação, com seu bem estar, que anseiam por lhes dar proteção e lhes ensinar coisas excelentes.
O murmurador não busca a Deus, antes, ele vive reclamando contra Deus. Quando ele diz que ora, na verdade está fazendo o que Israel fez, que é chorar por coisas pequenas e esquecer de agradecer pelas grandes bênçãos.
b) Murmuração é rejeição a Deus (v. 20)
No versículo 20 vemos uma declaração bastante pesada: com sua atitude de murmuração, Israel estava rejeitando a Deus, pois considerava melhor sua vida de escravidão no Egito do que a liberdade com Deus.
Quantas vezes rejeitamos a Deus sem nos dar conta disso! Nossas constantes reclamações demonstram que não estamos satisfeitos, e que Deus não é suficiente para nós, queremos mais.
O que Deus nos oferece é pouco, nossa ambição é por coisas “maiores e melhores”, embora isso seja uma ilusão.
Há crentes que chegam a dizer que quando eram incrédulos, sem fé em Deus, escravos do pecado, não tinham tantos problemas, e suas vidas eram melhores, sentiam-se mais felizes e realizados.
Isso é uma clara rejeição a Deus e a tudo quanto Ele nos oferece.
Reflita um pouco e veja se você não tem rejeitado a Deus todos os dias, com murmurações constantes em vez de ações de graças
c) Murmuração provoca a ira de Deus (v. 1; 19-20; 33)
Leia de novo os versículos acima indicados e veja as graves consequências da murmuração.
No primeiro, o fogo do Senhor ardeu no arraial e consumiu parte do povo.
Nos versículos 19-20 Deus resolve dar o que o povo está pedindo, mas já que há tanta ânsia por obter essas coisas, elas vêm em tão grande quantidade que vão fazer muito mal.
No versículo 33 vemos que, após dar ao povo o que este pedia, Deus enviou uma praga sobre ele, e o povo nem aproveitou a carne que havia sido enviada.
Pense bem antes de viver murmurando. Deus se agrada de um coração grato, mas sua ira se acende contra o coração rebelde, que não faz outra coisa senão provocar o Senhor com murmurações e mais murmurações.
Suas reclamações podem chegar a Deus e Ele pode conceder aquilo que você está pedindo com tanta insistência, mas será que você conseguirá usufruir disso que acha ser algo bom?
Deus sabe o que é bom ou não, mas nós apenas presumimos o que seja bom. Por vezes estamos pedindo coisas que nos farão muito mal, e Deus não concede porque quer nosso bem, mas nossa murmuração pode levar Deus a atender nossas reclamações, e só depois é que vamos nos dar conta de que estávamos errados.
Cuidado com suas reclamações, pois se elas forem atendidas você pode não aguentar. Não queira atrair a ira de Deus para sua vida, porque Israel não suportou essa ira, e nem nós temos estrutura para a suportar.
2) Oração (v. 2; 11-15)
Enquanto o povo murmurava, Moisés orava a Deus. É engraçado que, à primeira vista, parece que Moisés também está murmurando, pois ele faz uma queixa e diz que não está mais aguentando, todavia, o que ele apresenta diante de Deus não é murmuração, e sim oração autêntica.
Características da oração:
a) Diálogo sincero com Deus
Moisés era um homem que estava sempre conversando com Deus, e isto foi gerando uma intimidade, de forma que ele sentia liberdade para expor a Deus os seus anseios, suas preocupações, pedir orientações e interceder pelo povo.
Quando Moisés conversou com Deus, após as reclamações do povo, ele simplesmente abriu seu coração diante do Pai, com quem ele tinha excelente relacionamento, e foi sincero ao dizer que considerava muito pesado o fardo que estava sobre suas costas, pois havia sido encarregado de liderar um povo de coração duro, que não fazia outra coisa senão murmurar.
Por que Deus não se zangou com Moisés? Simplesmente porque Moisés não estava murmurando, ele estava demonstrando sua amizade por Deus ao levar a Ele o que se passava em seu coração.
Em nossas orações devemos abrir nosso coração a Deus, fazendo a Ele com sinceridade sobre nossos problemas reais (não aqueles que criamos com nossa ambição). Nossos sentimentos devem ser postos diante de Deus com toda reverência, crendo que Ele é nosso Pai e nosso melhor Amigo, e está pronto a nos ouvir a qualquer momento.
Diga a Deus o que você está sentindo, mas faça-o como fez Moisés. Veja no próximo tópico porque o diálogo de Moisés com Deus não era murmuração, e sim oração, e procure seguir o exemplo desse homem de fé.
b) Oração é busca ao Senhor em fé
Qual a diferença entre a oração de Moisés e a murmuração de Israel. Note que em ambos os casos há uma reclamação! A diferença é que o povo reclamava entre si, um incitando o outro contra Deus e contra o líder escolhido por Deus, Moisés. A reclamação de Israel era de insatisfação com Deus e desprezo por suas bênçãos.
Já Moisés, em vez de sair reclamando com as pessoas, ou procurar um amigo mais chegado dentre o povo e começar a se lamentar e fazer que Deus estava agindo mal com ele, colocando sobre suas costas uma carga muito pesada, retirou-se e foi conversar diretamente com Deus. Por que Moisés fez isso? Simples: ele cria em Deus e tinha confiança de que, levando a Deus sua petição, receberia uma resposta. Moisés sabia que não possuía meios de atender ao povo, portanto, era necessário recorrer a Quem poderia fazê-lo.
Se você está passando por situações que lhe causam aflição, tribulações que parecem ser grandes demais; se está enfrentando gigantes e se julga pequeno demais para prevalecer; se você acha que as pessoas estão exigindo mais do que você pode dar; se você se julga injustiçado, desprezado, incompreendido; enfim, se algo não está bem em sua vida e você está muito aflito, sem ver perspectivas, não saia reclamando com um e com outro.
Não fique expondo seus anseios a pessoas enquanto espera na fila do banco.
Não tente levar as pessoas ficarem com pena de você.
Não ocupe o tempo das pessoas com suas reclamações, como se isso fosse capaz de fazer surgir uma solução para o problema.
Lembre-se: os outros são seres humanos como você, fracos, falhos, e vez ou outra até podem dar algum bom conselho, principalmente se forem tementes a Deus, mas na maioria das vezes você só conseguirá aumentar sua amargura e se tornar uma pessoa chata aos olhos dos outros.
Faça como Moisés: recolha-se ao seu quarto e vá conversar com Deus. Reconheça sua incapacidade de gerir sua própria vida, de superar os obstáculos com a própria força, e diga a Deus que precisa dEle, porque não está conseguindo mais caminhar com esse fardo nas costas.
A Bíblia nos recomenda isso em 1 Pedro 5.7: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.
C) Oração gera resposta positiva de Deus
Enquanto a murmuração do povo gerou uma resposta negativa da parte de Deus, a oração de Moisés gerou uma resposta positiva. Deus viu a sinceridade de Moisés, viu que o servo confiava unicamente nEle para obter uma solução, e que realmente Moisés não estava exagerando o problema, antes, estava expondo a Deus o que de fato acontecia.
Diante da humildade de Moisés, que reconhecer se incapaz de cuidar do povo sozinho, Deus lhe atendeu a petição e ordenou que fossem escolhidos setenta homens para auxiliá-lo, e eles receberiam do Espírito de Deus para agir com sabedoria e para dividir a carga com Moisés.
Quando oramos com sinceridade e humildade, Deus atende nossas petições. Por vezes pode até não fazer o que estamos pedindo. No caso de Moisés, Deus não fez o que ele pediu. Moisés pediu a morte, tão grande era sua aflição. Em vez de lhe enviar a morte, Deus lhe concedeu auxílio para prosseguir sua jornada. Em resumo, Deus estava dizendo a Moisés que sabia do peso que ele estava carregando, e que, por sua obediência, sinceridade e humildade, tornaria mais leve o seu fardo, trazendo pessoas que pudessem lhe servir de suporte.
Por vezes nossas pernas fraquejam a quase caímos, nossos braços se tornam fracos e não conseguimos lutar como deveríamos, mas Deus, quando oramos em busca de Seu socorro, nos envia auxílio, fortalece nosso corpo e nossa mente, providencia pessoas que compartilhem conosco as cargas.
Na Igreja, deveria ser assim: uns levando as cargas dos outros, pois dessa forma todos se animariam mutuamente e prosseguiriam firmes rumo ao alvo (Gálatas 6.2).
Conclusão
Murmuração é o mesmo que rebeldia, e rebeldia é o mesmo que pecado de feitiçaria (1 Samuel 15.23). Viva sem murmurações (Filipenses 2.4; 1 Coríntios 10.10).
Oração é a chave da vitória, do crescimento espiritual, do avivamento.
Jesus é o amigo fiel que nos ajuda a carregar nossos fardos.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30)
Vá até Jesus e entregue a Ele o fardo pesado que está sobre suas costas. Veja que diferença isso vai fazer na sua vida. Não fique aí pensando, faça isso o mais rápido possível, e caminhe em liberdade, fortalecido no Senhor.
Que Jesus Cristo seja seu companheiro de caminhada hoje e sempre. Amém.

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