terça-feira, 5 de novembro de 2019

IDENTIFICANDO-ME COM CRISTO (PARTE 4)




IDENTIFICANDO-ME COM CRISTO

Bem-aventuranças - 4


“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” - Mt 5.6


1)  Explicação:
            Na primeira bem-aventurança (os humildes) aprendemos a reconhecer que, de nós mesmos, nada temos para nos justificar perante Deus. Na segunda (os que choram) aprendemos que esse choro é uma atitude de inconformismo para com para com o pecado ao nosso redor; aprendemos também a chorar amargamente quando percebemos o quanto Jesus teve que sofrer por causa dos nossos pecados. Na terceira (mansidão) aprendemos a visualizar quem nós somos e quem é Deus; aprendemos também a abrir mão de nossos bens e direitos, aos quais nos apegamos como tábua de salvação. Abrindo mão passamos a depender realmente de Deus.

            Essas três bem-aventuranças nos preparam para a quarta: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”. Essa bem-aventurança nos mostra a real causa de todos os nossos problemas: nossa condição de pecadores. Não são os outros a causa de nossos problemas, mas nossa natureza pecaminosa, e a nossa maneira errada de reagir aos acontecimentos que todos os dias nos cercam. A descoberta dessas verdades nos motiva a querermos uma vida espiritual num nível mais elevado. É isso que significa: “ter fome e sede de justiça”.

“Justiça”

            A justiça a que Jesus está se referindo não é o desejo de que os outros nos tratem com justiça. Não é buscar os seus direitos na justiça dos homens. Disso aprende a abrir mão no estudo de mansidão. Mas essa justiça é o anseio e o desejo por retidão.

            As pessoas a quem Jesus proferiu essas palavras pela primeira vez, sabiam por experiência o que é ter fome e sede físicas. Causa uma ansiedade muito grande. Quando as pessoas aprenderem a sentir anseio por justiça, isto é, por retidão, assim como sentem por pão e água quando estão com fome, Jesus promete: “serão fartos”.

 Em outras palavras: ter fome e sede de justiça é o mesmo que dizer: ter ardente desejo por retidão. Esse desejo por retidão é despertado em nós de duas maneiras: 1. Pela gratidão do perdão; 2. Pela visão da retidão de Deus. Em cada pessoa existe um vazio com formato de Deus.


Enganos do diabo


            A arma mais poderosa do diabo na vida do homem é o engano: “Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14). Visto que o engano é a ação dele em nossa mente, por isso o diabo nos faz pensar de maneira errada e assim deixarmos de ser abençoados por Deus:

1.   Confunde a busca de felicidades com a busca de santidade. Temos que nos lembrar que a felicidade é um fruto ou conseqüência da santidade. Lemos em Hb 1.9: “Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade, por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros”.
2.   Rouba a certeza da salvação: (2 Co 11.3). Depois que na mente do crente começou a embaralhar o plano da salvação, o diabo o engana a pensar que por meio da retidão poderá alcançar a salvação e assim a paz com Deus. Essa é a salvação por obras. Por isso é que podemos ver pessoas se esforçando no reino de Deus, não por gratidão pelo perdão e temor diante da santidade de Deus. Esforça-se por medo do castigo de Deus e medo do inferno. Pessoas assim acabam secando espiritualmente. É a justificação por obras em ação.
Confusão sobre o valor da bênção: Muitos vivem em busca de uma vida sem problemas. Daí o motivo porque muitos vivem reclamando das dificuldades e problemas. Quando uma dificuldade ou problema é resolvido, chama isso de bênção. Isso se assemelha a um cristianismo sem cruz.

            Qual é o valor da bênção? A bênção não nos amadurece. Ela apenas nos prepara e nos fortalece para a luta. E é na luta que amadurecemos. Por isso o grande valor das lutas e problemas é que por meio deles somos amadurecidos em Cristo. Esse é o grande alvo de Deus para nós: sermos parecidos com Cristo. Rm 8.28,29.

O que buscas: vitória ou alívio?

Vitória - Implica em transformação, crescimento e amadurecimento em Cristo. Quem busca vitória considera cada
               problema que está enfrentando como um instrumento de Deus para sua purificação e aperfeiçoamento.
Alívio   -  Buscar alívio é fugir do problema. É beber vinho com fel. Quando deram vinho com fel para Jesus (é uma
               composição que age como anestésico), queriam dar a Jesus a oportunidade de sentir um alívio das dores.
               Jesus recusou. No Getsêmani Jesus orou: “Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja
               como eu quero, e, sim, como tu queres”.

Vitória  - Quem busca vitória, se arrepende.
Alívio   -  Quem só busca alívio, sempre culpa os outros por seus sofrimentos. Quem pensa: “Só serei feliz quando
               tal e tal problema se resolver”, não está buscando transformação e vitória. Só quer alívio. É egoísmo.

Vitória  - Quem busca vitória pensa em santificar o nome de Deus, pensa mais na glória de Cristo, pensa não
                envergonhar o nome de Deus - Is 62.6,7.
Alívio - Quem busca alívio só pensa na sua própria felicidade e prazer. Os outros que se danem.


O que mata em nós a fome e sede por justiça?


            É a “impureza e acúmulo de maldade” conforme escreve Tiago 1.21: “Despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei com mansidão a palavra em vós implantada”.

            Algumas impurezas e maldades que tiram o apetite espiritual:

1.   Não separar um tempo considerável para estar a sós com Deus na Palavra e na oração.
2.   Desobediência constante às verdades já reveladas pelo E. Santo. Nm 14.22,23.
3.   Hipocrisia: aparentar uma cousa que no íntimo não somos. Por ex: pregar sem se preparar; não mencionar a origem das pregações; vida dupla - em casa e no púlpito.
4.   Pecado de sexo por pensamentos, desejos, palavras ou atos: Mt 5.8; Pv 23.7; Pv 28.13.
5.   Ressentimento - entristece o E. Santo - Ef 4.30,31; Hb 12.15.
6.   Tocar no ungido de Deus - Sl 105.15; Mt 7.1,2. Míriam ficou leprosa e Mical estéril.
7.   Orgulho: Ficar para si com a glória que pertence a Deus: Malaquias 2.1,2; também é sinal de orgulho o não aceitar correção: Pv 29.1; Pv 13.1.
8.   Ciúme: por denominações ou ministérios (1 Sm 18.8-10).
9.   Rebeldia - 1 Sm 15.23.
10. Temor de homens - Mt 10.28. Quem teme a Deus, não teme a homens. Temer aos homens é ter medo de se posicionar ao lado dos princípios de Deus com medo das conseqüências por parte dos homens. Ex: Medo de ser impopular - Mt 10.32.
11. Não satisfazer diariamente as condições para ser cheio do E. Santo - Ef 5.15-21.

2)  Exemplos de Cristo:
·      Lc 2.49-52: “Não sabeis que me convinha estar na casa de meu Pai?”.
·      Jo 2.16,17: “O zelo de tua casa me consumirá”.
·      Jo 14.24,25: “Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei”.

3)  Exemplos de fieis:
·      At 2.42-47 - “perseveravam na doutrina dos apóstolos...”
·      At 6.7 - “crescia a palavra de Deus e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos”.
·      At 11.1 - “os gentios recebiam a Palavra de Deus”.
·      At 12.24 - “a palavra de Deus crescia e se multiplicava”.
·      At 17.11 - “os de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda avidez”.

4) Atitudes positivas em quem tem fome e sede de justiça:
1.    “Acha tempo” para se ocupar com a palavra e a oração.
2.    Tem facilidade para deixar de lado tudo o que poderia interferir nos seus momentos de busca: TV, esportes.
3.    Investe tempo e dinheiro nas cousas de Deus: livros, discos evangélicos, assistir conferências e seminários.



5)  Atitudes negativas em quem não tem fome e sede de justiça:
1.   Pessoa vazia. Sente muita solidão.
2.   Vive sempre em busca de cousas terrenas para compensar a falta de cousas celestiais em seu interior.
3.   Atitude de desinteresse espiritual.
4.   Todas as suas energias espirituais, emocionais e até físicas são consumidas em planos e projetos q  eu acabam com a volta de Cristo. Nada do que faz ou planeja fazer visa preparar a noiva para o encontro com o noivo.

6)  Auto exame:
1.   Manifesto o desejo de crescer espiritualmente?
2.   Quando o E. Santo me mostra uma fraqueza, manifesto atitude complacente do tipo “todo mundo faz isso; por que não posso também?”
3.   Busco justificativa para não dedicar um tempo considerável para me dedicar à palavra e a oração?
4.   Digo que não tenho tempo para meditar e orar, mas gastei muitas horas vendo TV?

7)  Bênçãos na vida de quem tem fome e sede de justiça:
1.   Alegria crescente - Sl 1.2,3.
2.   Espírito satisfeito.
3.   Crescimento espiritual. Eles crêem na promessa: “serão fartos”, isto é, Deus mudará o interior da pessoa, dará vitória sobre fraquezas.
4.   Aceitam como verdade as seguintes afirmações:
·      Não há segredo para sermos homens de Deus - é só começar a lutar contra o pecado.
·      Todos alcançam o nível de espiritualidade que querem ter.
·      Não temos um nível mais alto de espiritualidade porque não queremos pagar o preço.
5.   Meditam constantemente nos seguintes textos: Ez 11.19,20; Jr 29.13,14; Fp 4.13; Gl 2.19,20.


Barreiras que nos impedem de crermos que “seremos fartos”
1.    Incredulidade:  assim como muitos tem forte tendência para duvidarem da proteção de Deus em todos os momentos da vida, assim também alimentam dúvidas de que “serão fartos”, isto é, de que alcançarão vitória sobre pecados e fraquezas.
2.    Falta de perseverança: A santificação é um processo lento. Muitos querem solução rápida, e de preferência que não custe nada. Jesus disse: “toma a tua cruz e segue-me”.
3.    Não vivem por fé, mas por emoção: As emoções do início da conversão passam, para que assim continuemos buscando a Deus por fé na Palavra. Muitos não entendem isso e logo desanimam.
4.    Cegueira e orgulho: Muitos são cegos para “enxergar” a mão de Deus por trás das dificuldades para levá-los ao quebrantamento. Não encaram os problemas como o “amassar do barro” do Oleiro Celeste. E por causa do orgulho, não se humilham.
5.    Traumas ainda não sarados: A amargura entristece o E. Santo e assim não conseguem perceber o amor de Deus. Precisa começar pelo perdão. Depois que o pecador alcançar vitória sobre a amargura, nasce uma luz de esperança em relação aos demais problemas.

8)  Passos para desenvolver fome e sede de justiça e depois sermos fartos:
1.   Receber Cristo como Senhor e Salvador.
2.   Examinar a relação de pecados que tiram pela justiça de Deus.
3.   Abrir a Bíblia com uma pergunta no coração: “Senhor, por que minha vida não funciona?” Deus vai revelar a causa e a solução.
4.   Por decisão própria estabelecer e colocar em prática um plano sistemático de estudo da Palavra de Deus com um objetivo claro: interiorizar os princípios da Palavra de Deus.
5.   Medita no exemplo de homens da Bíblia que venceram.
6.   Meditar constantemente nas bênçãos que temos pela morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Esses três acontecimentos são a melhor garantia de que “serei farto”, isto é, vitorioso sobre todos os meus pecados e fraquezas.
 Bruno Marquardt

IDENTIFICANDO-ME COM CRISTO (PARTE 3)




IDENTIFICANDO-ME COM CRISTO

Bem-aventuranças - 3

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” - Mt 5. 5

1)  Explicação:

            As bem-aventuranças tratam de nossos relacionamentos: (a) com Deus; (b) com nossos semelhantes; © e com nossos direitos. Essa terceira bem-aventurança, a da mansidão, quer nos ensinar a termos atitudes e reações corretas para com as pessoas que Deus permite se envolverem de uma forma ou outra com nossos bens ou direitos.

Definição de mansidão:
           
            Uma pessoa mansa é aquela que não reclama qualquer direito para si. Ela está disposta a submeter todos os seus bens e direitos pessoais a Deus e passa a considerar tudo o que tem como lhe tendo sido emprestado por Deus para o seu trabalho e glória (Larry Coy).

            O processo de levar o crente a submeter todos os seus bens e direitos a Deus é descrito pelos mestres da Palavra de Deus com as mais diferentes palavras, como por exemplo:

1.  Watchmann Nee fala muito em “quebrantamento”.
2.  A Missão JOCUM: “Renúncia de direitos”
3.  Larry Coy: “Como vencer a ira e a preocupação”.
4.  O profeta Jeremias: “Amassar o barro” (Jr 118.1-11).
5.  O apóstolo Paulo: “Palavra da cruz” (1 Co 1.18).
6.  Jesus: “O morrer do grão de trigo” (João 12.24).

            São diferentes maneiras de descrever o mesmo processo, mas os resultados são sempre iguais: descanso, paz, alegria, vida profunda com Deus, etc.

O que são nossos direitos? É tudo aquilo que Deus planejou e criou para o nosso bem estar espiritual, mental, emocional, físico e material. Por exemplo: Casamento (Gn 2.18);  relacionamento sexual com o cônjuge (11 Co 7.4,5); comida ((Gn 1.29); vestimenta (Mt 6.31,32). Temos ainda a necessidade de sermos amados, respeitados, de possuir propriedade, de um nome honrado, de salário digno. A constituição brasileira garante ao cidadão o direito de ir e vir, de liberdade de culto, etc.

Por que Cristo pede a renúncia de todos os nossos direitos? Nosso problema é que, mesmo depois da queda do homem em pecado e depois de ter sido expulso do paraíso, continuamos desejando comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, isto é, continuamos a depositar nossa segurança e felicidade mais nas cousas criadas do que no Criador, que nos é amoroso em Cristo.
          Eva “viu”                              |             1 João 2.16                     |         Nós desejamos
“Boa para se comer"                          “Concupiscência da carne”             Sentir algo
“Agradável aos olhos”                         “Concupiscência dos olhos”       |    Ter algo
“Desejável para dar entendimento” |  “Soberba da vida”                             Ser alguém

Por isso Jesus foi tão enfático: “TODO AQUELE QUE NÃO RENUNCIA A TUDO QUANTO TEM NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO’  (Lucas 14.33).

Áreas que Deus pede que lhe entreguemos:

           Deus nos deu muitas responsabilidades. Quando nos zangamos ou ficamos preocupados, estamos tentando controlar ou mudar algo que Deus nunca pretendeu que mudássemos ou controlássemos. Quando reagimos ou resistimos, nós negamos a Deus o direito de fazer o que ele deseja fazer; também temporariamente colocamos de lado o propósito que Ele queria realizar em nossa vida.

          



A ira ou ansiedade é sinal de que há um direito que Deus quer que eu ceda.
           A seguir há uma lista de áreas ou direitos que Deus quer que eu ceda, pois temos a tendência de ficar irados ou preocupados quando alguém toca nelas. Permita que o seu coração seja um lugar em que o E. Santo opere. Em oração analise todas as áreas e ceda a Deus cada um dos direitos –  sem esperar nada de volta.

 1. Nossa vida - Lc 9.23,24.                                       8. Nossa saúde - 2 Co 12.7-10
 2. Nossa família - Mt 10.37.                                     9. Nosso futuro - Mt 6.31-34
 3. Nosso dinheiro - Mt 6.24,25                                 10. Nosso casamento - 1 Co 7.4,5.
 4. Nossos bens - Jó 1.21.                                          11. Nossa reputação - Sl 23.3.
 5. Nossos amigos - Mt 10.40.                                    12. Nossos filhos - Sl 127.3.
 6. A música - Ef 5.19.                                               13. Nosso ministério - 1 Co 3.4-6.
1.  


 
Nossa roupa - 1 Pe 3.3,4.                                     14. Nossa aparência - Sl 139.14.

           Se em alguma dessas áreas você vir que corre o risco de se ver privado desse direito, e começar a ficar agitado emocionalmente, é porque o teu coração está àquele direito. Deus está permitindo alguém tocar, porque Ele, com os seus olhos oniscientes, está percebendo que é um ídolo para você. E Deus quer ocupar o primeiro lugar no teu coração. Por isso Jesus disse: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”. Significa seguir o seu exemplo de renúncia a todos os privilégios, ao emprego do tempo, aos prazeres mesquinhos, a fim de que outrem possa receber vida eterna.

           “Enquanto cada igreja cristã não se submeter a esse tipo de renúncia, de morte, a vida verdadeira não brotará dela. Se os membros de uma congregação ou grupo cristão, por menor que seja, estiverem dispostos a morrer para os seus privilégios, esse grupo poderá abalar o mundo. Se cada crente que o compõe disser: Meu tempo não me pertence, nem o meu dinheiro, nem meus privilégios, nem minha família; estou nas mãos de Deus, do mesmo modo como Jesus estava quando toou a cruz, esta célula cristã convulsionará o mundo.” (Larry Christenson em: “Mente Renovada”).

           
2.  Exemplos de Cristo:

            Fp 2.5-9: Texto básico para a renúncia de direitos:

“A atitude de vocês deve ser semelhante àquela que foi mostrada por Jesus Cristo  que, embora fosse Deus, não exigiu nem tampouco se apegou a seus direitos como Deus, mas pôs de lado seu imenso poder e sua glória ...  Foi por causa disso que Deus o elevou até às alturas dos céus”  (Novo Testamento Vivo).

a)  Mt 8.20 - “O Folho do homem não tem onde  reclinar a sua cabeça”. 
b)  1 Pedro 2.21-23: Jesus renunciou ao direito de ser respeitado.

3)  Exemplos de fiéis:

a)  Gn 22.1-19: Deus provou a Abraão. Abraão renunciou ao direito de ter seu único filho Isaque vivo com ele.
b)  Atos 12.1-8: Pedro, na prisão, sabendo que no dia seguinte seria morto, dormia tranqüilamente. Renunciou ao direito de viver.
c)  He 10.34: Os primeiros cristãos foram espoliados dos seus bens por causa de sua fé em Cristo, e não reclamaram.

4)  Atitudes positivas em quem é manso:

a)  Satisfação íntima - Sl 22.26.
b)  Um princípio essencial para vencer a ira - Sl 37.8-11.
c)  Tranqüilidade - Mt 11.28-30.
d)  Um dos fatores básicos para ter sensibilidade em ouvira voz - Sl 25.9.
e)  Velhice tranqüila  - Salmo 92.12-15.
f)   Qualidade essencial para ajudar a levantar os que caíram em pecado - Gálatas 6.1.
g)  Qualidade essencial para podermos ensinar aos rebeldes - 2 Tm 2.23-25.

5)  Atitudes negativas em quem não é manso:

a)  Espírito obstinado e rebelde - 1 Sm 15.23.
b)  Espírito de ansiedade - Fp 4.6.
c)  Espírito irritado - Ef 4.30; Pv 14.17.
d)  INJUSTIÇA” !!! - Esta é a palavra mais falada e pensada por aqueles em quem falta à mansidão. Sempre vive a reclamar os seus direitos.   Há uma fórmula que sempre devemos lembrar:

                                          Meus direitos  =  Deveres do outro.
                                          Meus deveres = Direitos do outro.

            Há muita bênção quando pensamos sós em nossos deveres; mas frustração quando pensamos sós em nossos direitos.

6)  AUTO-EXAME:

a)  Quando alguém me maltrata, respondo procurando vingar-me ou respondo com mansidão?
b)  Se alguma coisa de minha propriedade for usada sem minha permissão, e for danificada, como eu reajo: em ira ou calma?
c)  Se alguém me acusa, reajo defensivamente, revidando, ou entrego o caso àquele que julga retamente?
d)  Quem é responsável para punir as pessoas que me caluniam?

7) Bênçãos da mansidão:

a)  Poder para viver sobrenaturalmente pela fé.
b)  Capacidade para se aproximar das promessas de Deus.
c)  Vitória sobre a ira e a preocupação.
d)  A principal qualidade de uma esposa bonita - 1 Pe 3.3,4.

8)  PASSOS PARA RENUNCIAR AOS DIREITOS E ASSIM ADQUIRIR MANSIDÃO

1. Entregar a vida Jesus Cristo.
2.  Tendo por base nosso relacionamento com Deus por meio de Cristo, me lembrar de que Deus está envolvido em cada detalhe de minha vida para, por meio disso, aperfeiçoar o meu caráter (Rm  8.28,29; Lc 12.7). Baseados nessa verdade, nunca podem dizer quando qualquer coisa nos acontece: “nesse acontecimento Deus não está envolvido”. Está, sim!!!
3.  Por isso, o passo seguinte é identificar todos os meus direitos que estão sendo negados e violados.
4.  Se meu direito negado ou violado me irritou, encarar essa irritação como um sinal de que Deus está me pedindo de que eu entregue a ele esse direito a ele.
5.  Renunciar ao diabo que me enganou, levando-me a depender daquele direito como fonte de segurança, de preenchimento de significado, e preenchimento de minha carência afetiva.
6.   Em oração, transfira cada um dos direitos que estavam sendo negados, para Deus. Coloque todos os seus direitos sobre o altar. Depois curve sua cabeça e diga a Deus que você está dando tudo a Ele, que Ele pode fazer com os seus direitos como melhor lhe aprouver. Isto quer dizer que você não tem direito algum sobre os seus próprios planos, vontades, bens, amigos, opiniões, reputação, etc. Todos os seus direitos pertencem agora a Deus. Olha para Jesus na cruz. Ele fez assim.
7.  Esperar que Deus teste essa entrega feita a Ele. Depois que cada direito tiver sido entregue a Deus, Ele permitirá que ocorram situações  em que esses direitos nos serão negados. Essa experiência virá para ver se o direito foi realmente entregue. Se a ira ocorrer novamente, isso significa que tomei esse direito de volta. Será necessário entregar mais uma vez cada direito a Deus.
8.  Tome o propósito de agradecer a Deus, aconteça o que acontecer. Esse propósito é uma prova de confiança na providência e soberania de Deus sobre minha vida.
9.  Daqui por diante use a raiva como sistema de alarme. Quando a raiva surgir, diga logo: “Senhor, qual é o direito que queres que eu te entregue?”?
10. Descobrir a reação de Deus quando “perdemos” nossos direitos, pois os entregamos a Ele. Quando abrimos mão de um direito passamos a experimentar uma sensação de “perda” pessoal. É importante que a pessoa reconheça: “Deus está operando seu propósito em minha vida”. Isso aconteceu com Jó quando disse: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” - Jó 1.21.

Bruno Marquardt 

DESCARREGANDO A ANSIEDADE E A PREOCUPAÇÃO

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