SANTIDADE
Nós amamos falar sobre a graça, ajudar novas pessoas a
entenderem a graça. É assombroso que Deus nos declare justos em Cristo e não
precisemos fazer nada para merecer. Que alegria saber que nosso generoso Deus
derrama sobre nós tanta graça sobre graça que serão necessárias todas as eras
vindouras para ele revelar sua bondade a nós em Jesus.
Mas a graça de Deus deveria levar-nos à santidade. Justiça
imputada deveria conduzir a justiça PRÁTICA. Nós devemos andar de maneira digna
do evangelho. Nós devemos PRATICAR nossa justiça.
Jesus ensinou seus discípulos a praticar justiça. Mas, diferente dos líderes religiosos daquela
época, eles deveriam praticar justiça em todas as áreas da vida – especialmente
em privado. “Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para
serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso
Pai, que está nos céus” (Mateus 6.1)
Os fariseus praticam a justiça – em público. Mas não em
privado. Eles faziam para mostrar-se. Eles ensinavam outros a serem santos, mas
não era em secreto. Eles praticavam a justiça para receber o louvor de homens.
Jesus nos ordena a praticar a justiça. Em público e em
privado. A ter fome e sede de verdadeira justiça. A ser santos quer alguém
esteja vendo ou não. A fugir da tentação quando estamos completamente sozinhos
em um aeroporto 15 estados longe de casa. A ser puros e santos às 2 da manhã de
quinta bem como nos domingos de manhã quando cantamos em igreja. A ser puros em
nossos pensamentos assim como quando compartilhamos nos pequenos grupos.
Ora, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda
a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.
(2 Coríntios 7.1)
A despojar-vos, quanto ao procedimento anterior, do velho
homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; a vos renovar no
espírito da vossa mente; e a vos revestir do novo homem, que segundo Deus foi
criado em verdadeira justiça e santidade. (Efésios 4.22-24)
Santidade não é uma opção! Deus é santo e ele nos salvou
para tornar-nos como ele é. Impureza e toda forma de injustiça faz parte de
nossa vida pregressa. Agora, devemos nos revestir do nosso novo “eu”, criado
segundo Deus em justiça e santidade. Deus nos chamou em santidade. Ele nos
concede seu Espírito Santo para fazer-nos santos.
Santidade não se limita a pureza sexual. Devemos ter fome e
sede de justiça – ou agir corretamente – em todos os nossos relacionamentos.
Queremos fazer o que é certo para nossos cônjuges e filhos. Fazer o que é certo
com o nosso próximo. Mentir, roubar ou sonegar impostos não é justiça. Reclamar
e murmurar não é justiça. Nós queremos PRATICAR JUSTIÇA. Não queremos simplesmente
falar sobre ela.
Hospitais encorajam a prática da higiene. Eles colocam
avisos e lembretes por todo o lugar – lave suas mãos – não espalhe doenças;
lave suas mãos. Eles têm contêineres de gel antibacteriano por todo o ambiente.
Caixas de luvas de látex nos quartos dos pacientes; latas de lixo com símbolos
especiais. Cada agulha é individualmente embalada e eles não usam uma agulha
mais de uma vez. Antes de tiraram sangue, eles pincelam seu braço com algo que
mate todos os germes na área. Hospitais PRATICAM higiene. Por quê? Por que, se
não o fizerem, haverá consequências. As pessoas podem ficar doentes e morrer.
Você consegue imaginar um hospital que diz que acredita em
higiene, mas não a pratica? “Ah, claro que sim, nós acreditamos em saneamento.
Nós lavamos nossas mãos? Bem… não… Nós reutilizamos seringas? Ora, o que tem de
errado nisso? Aqui, coloque isso na sua boca para eu tirar sua temperatura. Só
foi usado algumas vezes; você ficará bem”. Eu não quero ir num hospital que
apenas fala sobre ser limpo; quero que eles sejam apaixonados por higiene.
Quanto maior deveria ser nossa paixão pela santidade!
Nós devemos ser santos e justos em todas as áreas das nossas
vidas. Santos em nossos pensamentos. Em nosso falar. Xingamentos, piadas sujas,
fofoca e difamação deveriam ficar longe dos nossos lábios. Devemos ser santos
com nossos olhos e desviar-se de toda impureza. Devemos procurar santidade em
nossas ações.
Sede e fome contínuas
Jesus não disse: “Bem-aventurados aqueles que uma vez
tiveram sede e fome de justiça…”. Ele disse: “Bem-aventurados aqueles que têm
fome e sede de justiça” – verbo no presente. O tempo todo. A cada momento. Como
os filhos de Corá que escreveram o Salmo 42: Como o cervo anseia pelas
correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem
sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus? (Salmo
42.1-2)
Ter sede de justiça é ter sede do Deus vivo. Ter sede de
relacionamento. De intimidade e comunhão com o Santo. Assim, não vamos apenas
falar sobre justiça. Tenhamos fome e sede dela. Não falemos apenas sobre
santidade. Vamos praticá-la.
MARK ALTROGGE